Notícias Destaque em CT&I
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Seg, 17 Set 2018 10:16:00 -0300
Seminário debateu avaliação e monitoramento de políticas públicas
Durante dois dias, mecanismos de avaliação de políticas públicas, experiências bem-sucedidas em instituições de ensino e pesquisa e da administração pública, propostas de novas abordagens e análises de indicadores e programas, âmbito da CT&I, foram temas debatidos entre gestores, pesquisadores e estudantes durante o I Seminário de Avaliação de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação.Durante dois dias, mecanismos de avaliação de políticas públicas, experiências bem-sucedidas em instituições de ensino e pesquisa e da administração pública, propostas de novas abordagens e análises de indicadores e programas, âmbito da ciência, tecnologia e inovação, foram temas debatidos entre gestores, pesquisadores e estudantes durante o I Seminário de Avaliação de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília. Nos dias 12 e 13 de setembro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sediou o evento que reuniu centenas de pessoas e foi organizado pela agência em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Foram apresentados 24 artigos, 10 pôsteres, além das conferências Sistemas de inovação, acumulação científica nacional e o aproveitamento de janelas de oportunidade e Ciência Aberta em debate: novas questões às políticas de CT&I. Além disso, o evento contou com duas mesas de debate: Importância da Avaliação de Resultado no âmbito do marco legal de CT&I e Politicas de Inovação no Brasil: o que mostram as evidências recentes.
O Seminário contou com a presença de autoridades e representantes das principais agências de fomento à pesquisa do Brasil e instituições de ensino e pesquisa. Foto: Roberto Hilário/CNPq
As discussões promovidas pelas apresentações apontam para uma necessidade de institucionalizar instrumentos de avaliação e diagnóstico das iniciativas em torno da CT&I, tanto para construir cenários que permitam prospectar sobre novas ações, quanto para medir a eficiência de programas e aprimorar as ações. Além disso, foram apresentados estudos que realizaram diagnósticos com o propósito de obter um levantamento de dados ou entender o cenário atual das áreas avaliadas.
Algumas das experiências apresentadas sobre abordagens de avaliação de políticas públicas abrangeram o ambiente acadêmico e de educação. Foi o caso do artigo exposto pela professora da Universidade de Brasília (UnB), Fernanda Sobral, um trabalho em parceria com o professor Gilberto Santos, mostrando que o trabalho de avaliação é importante também para prospectar cenários antes da implementação de políticas públicas. Foi o caso da pesquisa de avaliação realizada para identificar a possibilidade de execução da política de expansão do ensino superior e projetar um cenário para essa expansão. A professora alerta, no entanto, que muitas das avaliações não são utilizadas posteriormente para a tomada de decisão.
Profª Fernanda Sobral (UnB) apresenta artigo no evento. Foto: Cláudia Marins/CNPq
Outro trabalho nesse sentido foi o artigo Mapeamento, avaliação e diagnóstico da pesquisa na UnB como estratégia para gestão, apresentado pela professora da UnB, Cláudia Amorim. O estudo fez um levantamento dos grupos por meio do Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, identificando os pesquisadores por áreas, e mapeou o número de projetos de pesquisas. Desse estudo, criou-se o cenário atual de pesquisa da UnB, apresentando números como: do total dos 2261 docentes permanentes do quadro 20% são PQs do CNPq; nos últimos cinco anos, foram desenvolvidos 3.558 projetos de pesquisas na UnB muitos em cooperação internacional; atualmente, existem 496 grupos de pesquisas e a média de professores da UnB por grupo é de 3,21%, além da identificação de que 60% dos docentes da instituição integram projetos vinculados a esses grupos de pesquisas.
Outras abordagens de avaliação foram apresentadas, como o estudo exposto pela Profª Ângela Lima Peres, da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas, pelo qual foi feito um mapeamento tecnológico junto à base de dados do Instituo Nacional de Propriedade Industrial (INPI) sobre deposito de pedidos de registro de software que tratassem a gestão da propriedade intelectual. Como resultado, foi identificado que existem, apenas, 13 pedidos de registros de programas de computador para fazer gestão de propriedade intelectual. Segundo a professora, nem todas as ações, principalmente de desenvolvimento de software, geram propriedade intelectual. Então, certamente, esse mapa não reflete as ferramentas que existem. "O artigo tem como objetivo justamente identificar essa lacuna, desse olhar de registro de propriedade em relação às ferramentas de monitoramento e avaliação de propriedade intelectual", afirmou.
Um dos programas avaliados pelos artigos do Seminário foi o Ciência sem Fronteiras, tema do trabalho Avaliação institucional do programa Ciência sem Fronteiras na Unicamp, da pesquisadora Ana Maria Carneiro. O objetivo do estudo foi avaliar o impacto do programa para a instituição, que enviou cerca de 3 mil bolsistas para o exterior, ficando em sétimo lugar entre as instituições que mais mandou bolsistas. Dentro os efeitos identificados estão um aumento não muito considerável de cursos e uma redução de inscrições em outros programas e convênios internacionais que já existiam.
Servidores do CNPq também apresentaram trabalhos com avaliações sobre programas como o SISBIOTA, prospecção de futuro do CNPq e análise dos resultados da chamada Forma-Engenharia, entre outros.
O Seminário foi finalizado com mesa sobre A importância e avaliação de resultados no âmbito do Marco Legal para a CT&I. O debate contou com a presença do presidente do CNPq, Mario Neto Borges; do presidente da FINEP, Marcos Cintra; do diretor da CAPES, Geraldo Nunes; do Secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antonio Carlos Bezerra Leonel; e do procurador do CNPq, Leopoldo Muraro.
Mesa sobre o Marco Legal da CT&I destacou as mudanças apresentadas pela nova legislação. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Foram destacadas as inovações para a prestação de contas que a nova legislação apresenta, com foco no resultado. Para tanto, ressaltaram os palestrantes, torna-se ainda mais necessária a sistemática de avaliação, pois é por meio dela que os resultados e impactos da pesquisa serão apresentados. Também foi pontuada a visão mais moderna de controle e fiscalização e a busca por menos burocracia na gestão dos projetos de pesquisa.
O Seminário contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
EXPOLattes
Durante o Seminário, aconteceu, também, a EXPOLattes, uma exposição de soluções que utilizam o banco de dados da Plataforma Lattes. Foram selecionados projetos em três temas: Produção de informações estruturadas por meio de rotinas dinâmicas para subsidiar processos de tomada de decisão, Integração com sistemas institucionais e Aplicabilidade na pesquisa e atividade científica. Os primeiros colocados de cada tema receberam diplomas durante o evento.
Premiação de trabalho apresentado na EXPOLattes, solução Ranquim, segunda colocada na categoria. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Os trabalhos selecionados foram:
Temas
Produção de informações estruturadas por meio de rotinas dinâmicas para subsidiar processos de tomada de decisão
Integração com sistemas institucionais
Aplicabilidade na pesquisa e atividade científica
1º Lugar
Cientum
Sistema de Gerenciamento dos Cursos de Pós-Graduação da UnB
Intelligentia
2º Lugar
e-Lattes
Ranquium
Sistema Somos
3° Lugar
Plataforma Stela Experta
Coleta Produção USP
Sistema Institucional de Mapeamento de Competências
4° Lugar
Painel Colabora
Websensors Ad-Hoc
5° Lugar
LattesDB
LattesLab
Veja as fotos do evento em https://flic.kr/s/aHsmpW3b3p
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Qui, 13 Set 2018 09:44:00 -0300
Aberto 1º Seminário de Avaliação de Políticas de CT&I
Apresentar os resultados dos impactos das políticas públicas da área de ciência, tecnologia e inovação, visando mostrar para a sociedade a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico, a geração de riqueza e a solução de problemas nacionais. Com esse objetivo, foi aberto nessa quarta-feira (12), em Brasília (DF), o 1º Seminário de Avaliação de Políticas de CT&I.Apresentar os resultados dos impactos das políticas públicas da área de ciência, tecnologia e inovação, visando mostrar para a sociedade a contribuição do setor para o desenvolvimento econômico, a geração de riqueza e a solução de problemas nacionais. Com esse objetivo, foi aberto nessa quarta-feira (12), em Brasília (DF), o 1º Seminário de Avaliação de Políticas de CT&I.
O evento, que segue até hoje (13), é realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). A iniciativa conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Participaram da mesa de abetura, o diretor da CAPES, Geraldo Nunes; os secretários do MCTIC, Alvaro Prata e Elton Zacarias; o presidente do CNPq, Mario Neto Borges; Marcio Miranda, presidente do CGEE; e o diretor do CNPq,Jose Ricardo de Santana. Foto: Marcelo Gondim/CNPq
"Queremos que esse planejamento seja absorvido pelos servidores do CNPq, como uma forma de incorporar metodologias, processos e uma visão de desenvolvimento estratégico da agência", afirmou.
Na ocasião, o presidente do CGEE, Marcio Miranda, destacou a qualidade da infra-estrutura de dados da CT&I brasileira, fruto de um esforço sistemático realizado pelas agências federais, pelas fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e por outras instituições.
"Isso permite que, a partir de metodologias inteligentes, possamos orientar o SNCTI para direções estratégicas que digam respeito ao desenvolvimento econômico e social do país", disse.
O diretor de Cooperação Institucional do CNPq, José Ricardo Santana, explicou que o evento busca trazer os resultados dos impactos de políticas públicas, por meio de estudos elaborados por técnicos do Conselho, em interação com a comunidade externa, como institutos de pesquisa e universidades.
Diretor do CNPq, José Ricardo de Santana fala sobre a organização e a importância do Seminário. Foto: Marcelo Gondim/CNPq
"O seminário deverá facilitar esse intercâmbio, inclusive, entre os autores e propiciar a geração de novos artigos e ideias em relação a essas atividades de avaliação de fomento", afirmou.
Após a abertura, foi realizada a primeira conferência, sobre Sistemas de inovação, acumulação científica nacional e o aproveitamento de janelas de oportunidades, tendo como palestrante o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Eduardo da Motta e Albuquerque.
No período da tarde, sessões de artigos e apresentações dos primeiros colocados na EXPOLattes completaram as atividades do dia.
Veja aqui a programação para esta quinta-feira.
Confira a galeria de fotos do primeiro dia do seminário: https://flic.kr/s/aHsmpW3b3p
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Ter, 11 Set 2018 17:58:00 -0300
Seminário debate a avaliação de políticas públicas de CT&I
O CNPq e o CGEE realizam, nos dias 12 e 13 de setembro, o 1º Seminário de Avaliação de Políticas Públicas de CT&I. O evento acontece na sede do Conselho, em Brasília (DF).O evento reunirá pesquisadores, profissionais e gestores com o objetivo de ampliar o debate sobre a estratégia de fomento.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realizam, nos dias 12 e 13 de setembro, o 1º Seminário de Avaliação de Políticas Públicas de CT&I. O evento acontece na sede do Conselho, em Brasília (DF).
A abertura do seminário contará com a presença do presidentes do CNPq, Mario Neto Borges; e do CGEE, Marcio Miranda. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) será representada pelo diretor Geraldo Nunes Sobrinho.
O objetivo da iniciativa é integrar os participantes em uma rede consistente e sistêmica, como forma de dar visibilidade às informações na área de avaliação e ampliar o debate sobre a estratégia de fomento, promovendo nacionalmente o intercâmbio entre profissionais, pesquisadores e interessados no tema.
Além disso, o seminário busca estimular a capacidade inovadora, por meio de estudos que contribuam para a melhor compreensão e importância do tema para subsidiar a tomada de decisão e a adoção de medidas que visem aprimorar os instrumentos disponíveis.
Na ocasião, serão apresentados artigos e pôsteres previamente selecionados, de acordo com os seguintes eixos: Análise de políticas, programas e ações de CT&I; e Metodologias de avaliação e mensuração de impactos de programas, políticas e ações de CT&I.
Os participantes também terão acesso aos trabalhos vencedores do ExpoLattes. O encontro integra a programação do seminário e tem como objetivo reunir e expor soluções tecnológicas, resultantes do acesso a informações disponibilizadas pelo CNPq, para a resolução de problemas relacionados ao cotidiano, nas mais variadas áreas. Essas propostas podem contribuir para que as iniciativas nacionais sejam mais competitivas e, também, para a eficiência dos órgãos e programas governamentais brasileiros.
Os trabalhos escolhidos foram categorizados em três temas: Produção de informações estruturadas por meio de rotinas dinâmicas para subsidiar processos de tomada de decisão; Integração com sistemas institucionais; e Aplicabilidade na pesquisa e atividade científica.
Para acompanhar a transmissão online do seminário, acesse este link http://video.rnp.br/portal/transmission.action?idItem=45303.
A íntegra da programação está disponível neste link.
Serviço
1º Seminário de Avaliação de Políticas de CT&I
Data: 12 e 13 de setembro
Horário: De 09h às 18h
Local: Auditório do CNPq ¿ Brasília (DF)
Contato
Mariana Galiza
Assessora de Comunicação ¿ CNPq
(61) 3211-9414
Bianca Torreão
Assessora de Comunicação ¿ CGEE
(61) 3424-9667
(61) 98126-8058/ (61) 99907-0259
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Qui, 06 Set 2018 18:17:00 -0300
Semana do Cerrado apresenta pesquisas do PELD
Para apresentar toda a diversidade do Cerrado e alertar para os riscos que o bioma vem correndo, o PELD Cerrado realizará, entre os dias 11 e 15 de setembro o evento 'Semana do Cerrado', no Jardim Botânico de Brasília. Aberto para o público de todas as idades, a Semana contará com atividades bem didáticas, com jogos, exposição, oficinas, histórias, trilhas, óculos de realidade virtual, entre outros.Uma semana para celebrar e aprender um pouco mais sobre o cerrado, um bioma de aproximadamente 2 milhões de km2 de área original que apresenta a maior diversidade biológica entre as savanas mundiais. Além de ser uma região de grande importância para a conservação de recursos hídricos com um grande número de nascentes e parte considerável das principais regiões hidrográficas da América do Sul.
Ipê amarelo floresce em Brasília - Foto: Roberto Hilário/CNPq
Para apresentar toda essa diversidade e, ainda, alertar para os riscos que o cerrado vem correndo devido ao desmatamento que já tirou 50% do cerrado, o programa PELD Cerrado realizará, entre os dias 11 e 15 de setembro o evento 'Semana do Cerrado', no Jardim Botânico de Brasília. Aberto para o público de todas as idades, a Semana contará com atividades bem didáticas, com jogos, exposição, oficinas, histórias, trilhas, óculos de realidade virtual, entre outros.
Segundo a coordenadora do PELD Cerrado e idealizadora do evento, a Prof ª da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante, a ideia do evento foi, primeiro, mostrar um pouquinho do que a gente faz e como se faz ciência, mas, também, criar uma consciência da importância do cerrado para a população em geral, desde as crianças até os adultos. Segundo a professora, já está agendada a visita de 2500 crianças, alunos e alunas de escolas publicas e particulares.
Bustamante explica que esse retorno à sociedade sempre foi uma preocupação do PELD Cerrado e que trabalham para que ele seja um projeto de pesquisa que tenha essa extensão envolvendo a comunidade.
Profª Mercedes Bustamante fala sobre o evento que acontecerá em Brasília durante a Semana do Cerrado. Foto: Claudia Marins/CNPq
A Semana do Cerrado é uma produção da rede de pesquisadores de diferentes instituições como a Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Jardim Botânico de Brasília e Reserva Ecológica do IBGE, estudantes de áreas de Cerrado no Distrito Federal.
Confira toda a programação do evento aqui.
O PELD Cerrado
Programa Ecológico de Longa Duração (PELD) é uma iniciativa pioneira, existente há 20 anos, de articular uma rede de sítios de referência para a pesquisa científica no tema de Ecologia de Ecossistemas. Por ele, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) fomenta a geração de conhecimento qualificado sobre os nossos ecossistemas e a biodiversidade que abrigam, em parcerias, ao longo desses anos, com as Fundações de Amparo a Pesquisa (FAPs), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes e o British Council - BC -Fundo Newton.
Seis dos 34 sítios PELD vigentes estão localizados no bioma Cerrado, desenvolvendo pesquisas com foco em ecologia de ecossistemas. Em geral, os estudos tratam de aspectos relacionados à estrutura e funcionamento de ecossistemas e dos impactos antrópicos e ambientais (fogo, defaunação, poluição sonora, luminosa e invasões biológicas) sobre a biota do Cerrado.
Incêndios são uma das causas de devastação do cerrado brasileiro - Foto: Roberto Hilário/CNPq
Desses grupos, está o PELD Cerrado, que faz parte do programa desde a sua implementação. Para a professora Bustamante, a possibilidade da continuidade da pesquisa em longo prazo é importante para o monitoramento. "Conseguimos separar o que é o sinal e o que é ruído. O ruído é normal que os sistemas naturais tenham. Mas quando você começa medir por muito tempo, você consegue entender que já não é um ruído, ta começando a mudar o padrão", explica a professora.
O PELD Cerrado estudo o bioma há 20 anos dentro da área do Distrito Federal conhecida como APA Gama Cabeça de Veado, uma Área de Proteção Ambiental que protege vários cursos de água, que contribuem depois para bacia do Paranoá. São três áreas separadas que formam, juntas, uma das últimas manchas de cerrado preservado dentro do Distrito Federal.
"Só que, se você olhar no mapa, essas três áreas estão separadas, tem três áreas preservadas, mas que não tem conexão. Foram separadas por conta da urbanização, que não se pensou naquele momento que era importante ter corredores entre as águas", explica Bustamante.
Assim, o monitoramento realizado pelo grupo de pesquisa é de extrema importância para acompanhar os processos que acontecem dentro das áreas protegidas, que não estão isentas de impacto. "Elas estão cercadas pela cidade, então você tem poluição sonora no Parque que afeta as aves, os morcegos, os animais que precisam do som para se comunicar. Você tem poluição luminosa porque o brilho da cidade atrapalha, sobretudo a parte da fauna noturna da área. E tem processo de invasão de espécies exóticas que entram, porque a área vai sofrendo queimada perto da beira da estrada", completa a professora.
A professora Bustamante fala sobre os projetos do PELD Cerrado - Foto: Claudia Marins/CNPq
Bustamante explica que o projeto do PELD busca, então, monitorar e entender o que está acontecendo com essas áreas que vão ficando isoladas e cercadas de paisagens dominadas pelo homem. "O fato de você ter uma pesquisa que tem um financiamento de longo prazo, sobretudo para esses sistemas que vão sofrendo esses tipos de alterações e vão mudando é importante", ressalta.
Um dos resultados do projeto foi o de entender como o fogo afeta o sistema em longo prazo. "Uma coisa é você fazer uma queimada rápida, e observar três, quatro meses depois. Mas será que ela vai ser a mesma 5 anos depois?", explica a professora.
Outra questão observada pela pesquisa diz respeito às invasões biológicas, porque as áreas nativas acabam funcionando como termômetro do que está acontecendo em volta. Bustamante exemplifica: "Tem grupo que trabalha com que pode parecer organismo pequenininho, mas que é importante, as mosquinhas das frutas, as Drosophilas. Eles percebem a entrada de espécies exóticas que vieram de outros locais, dentro da reserva ecológica. E uma delas detectada foi uma praga importante no morango. Então esse monitoramento pode te indicar que há uma possibilidade de uma praga importante entrar dentro da área observada". Isso, segundo a professora, permite, por exemplo, apontar mecanismos de controle e pensar em soluções como colocar barreiras e proteção contra os sons, plantando arvores diminuindo a luminosidade e os ruídos da cidade que atrapalham as áreas protegidas.
Garça branca pousa em ipê amarelo, em Brasília - Foto: Roberto Hilário/CNPq
Outro grupo monitora há muito tempo os córregos que nascem nas áreas e que depois vão alimentar as bacias que atendem o Distrito Federal. A ideia é acompanhar em período longo e identificar as mudanças. Um dos impactos já observados é da grande seca que a região sofre em 2016. A professora citou uma pequena lagoa da área de proteção que foi vista, pela primeira vez nesses 20 anos, secar completamente. "Então a gente percebe que mesmo nessas áreas que tem uma boa vegetação, se a gente continuar nesse processo, a tendência é que realmente a gente tenha redução de água", finaliza.
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Ter, 04 Set 2018 19:31:00 -0300
Chamada seleciona projetos em tecnologias sociais
Um investimento previsto de R$ 3,5 milhões do Governo Federal promoverá ações voltadas para a tecnologia social. Os recursos estão destinados em chamada pública do CNPq aberta até o dia 15 de outubro para recebimento de propostas.Um investimento previsto de R$ 3,5 milhões do Governo Federal promoverá ações voltadas para a tecnologia social. Os recursos estão destinados em chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aberta até o dia 15 de outubro para recebimento de propostas.
O objetivo é selecionar projetos de desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento e avaliação de tecnologias sociais que promovam geração de renda, inclusão no mundo do trabalho e autonomia econômica das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Além disso, os projetos devem atender aos requisitos de simplicidade, fácil aplicabilidade, reaplicabilidade, efetivo impacto e repercussão social.
As linhas temáticas estão relacionadas a um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU em sua Agenda2030.
A Chamada define Tecnologia Social como "produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social". A Reaplicação pode ser entendida como adequação sóciotécnica do produto tecnológico, incluindo o entorno sócio-cultural e econômico da sociedade.
A Chamada conta com a parceria do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que contribuirá com R$ 2 milhões e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), com R$ 1,5 milhão.
A divulgação do resultado preliminar do julgamento está prevista para 13 de novembro deste ano.
Mais informações, acesse a chamada na página do CNPq na internet.
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Seg, 03 Set 2018 10:07:00 -0300
Museu Nacional: CNPq lamenta perda irreparável
O CNPq, que desde sua criação acompanha a trajetória de milhares de pesquisadores, muitos deles com atuação direta no Museu Nacional ou por ele formados, lamenta profundamente o incêndio que tomou a instituição, no Rio de Janeiro, e causou a destruição de uma riqueza incalculável para o país e para a ciência brasileira e mundial.O Brasil perdeu, na noite deste domingo, uma parte importante do acervo científico e cultural produzido pelos seus pesquisadores ao longo de 200 anos, recentemente comemorados. O incêndio que tomou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, causou a destruição de uma riqueza incalculável para o país e para a ciência brasileira e mundial. É uma tragédia e uma perda irreparável.Criada ainda no tempo do Império, a instituição, hoje vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro, é a mais antiga instituição científica do Brasil voltada à pesquisa e à memória da produção do conhecimento, com reconhecimento internacional.Em seu acervo, estavam mais de 20 milhões de itens, constituído principalmente por itens relacionados às áreas de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que desde sua criação acompanha a trajetória de milhares de pesquisadores, muitos deles com atuação direta no Museu Nacional ou por ele formados, lamenta profundamente o ocorrido, mas mantém a certeza de que o conhecimento adquirido e a força e excelência dos pesquisadores brasileiros - que sempre se esforçaram para manter o Museu ativo - poderão recomeçar e reconstruir, no que for possível, essa história.Nossa solidariedade a todos os pesquisadores, gestores e educadores envolvidos.
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Sex, 31 Ago 2018 17:19:00 -0300
Novidades no Lattes: "projeto de ensino" na aba "projetos"
A fim de ampliar a abrangência da Plataforma Lattes e refletir a realidade das Universidades -fundamentada no tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão - pesquisadores agora podem incluir, no Currículo Lattes, sua atuação, também, em projetos de ensino.A fim de ampliar a abrangência da Plataforma Lattes e refletir a realidade das Universidades, fundamentada no tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão, pesquisadores que atuam com avanços educacionais agora podem incluir, no Currículo Lattes, sua atuação não apenas em projetos de pesquisa e de extensão como também em projetos de ensino.
A construção do ensino por meio de projeto faz parte das orientações metodológicas de várias áreas do ensino, pois propicia aos educadores e pesquisadores estimularem o engajamento dos alunos na produção de conhecimento escolar, formando tanto professores mais reflexivos, como estudantes mais questionadores e dispostos a investigar a realidade e, assim, começarem a se envolver mais diretamente no universo científico. Além disso, projetos de ensino podem contribuir fortemente na implementação de metodologias ativas e multidisciplinares que, por sua vez, podem trazer a tona novos paradigmas para a educação e formação em diferentes áreas do conhecimento.
Tal relevância passa a ser refletida agora também no Currículo Lattes, uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), articulada pela diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, que aponta a importância da demanda para educadores e pesquisadores, ressaltando que a aba "Projeto de Ensino" é uma solicitação antiga da comunidade acadêmica. Para Tonini, é preciso considerar ações inovadoras de ensino e aprendizagem em relação a temáticas diversas como, por exemplo, aprendizagem por projetos, inserção de tecnologias no ensino, integração social, projeto de intervenção, mobilidade e internacionalização e isso somente seria contemplado com a inserção dessa aba. Esse é um passo para deixar o Currículo Lattes mais completo possível, pois, seja na pesquisa, no ensino ou na extensão, busca-se uma prática contextualizada pela teoria e relacionada com a formação e atuação científico-acadêmica e também com o desdobramento da cidadania.
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Sex, 31 Ago 2018 14:05:00 -0300
Novidades no Lattes: "projeto de ensino" na aba "produções'"
A fim de ampliar a abrangência da Plataforma Lattes e refletir a realidade das Universidades, fundamentada no tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão, pesquisadores que atuam com avanços educacionais agora podem incluir, no Currículo Lattes, sua atuação não apenas em projetos de pesquisa e de extensão como também em projetos de ensino.A fim de ampliar a abrangência da Plataforma Lattes e refletir a realidade das Universidades, fundamentada no tripé: Ensino, Pesquisa e Extensão, pesquisadores que atuam com avanços educacionais agora podem incluir, no Currículo Lattes, sua atuação não apenas em projetos de pesquisa e de extensão como também em projetos de ensino.
A construção do ensino por meio de projeto faz parte das orientações metodológicas de várias áreas do ensino, pois propicia aos educadores e pesquisadores estimularem o engajamento dos alunos na produção de conhecimento escolar, formando tanto professores mais reflexivos, como estudantes mais questionadores e dispostos a investigar a realidade e, assim, começarem a se envolver mais diretamente no universo científico. Além disso, projetos de ensino podem contribuir fortemente na implementação de metodologias ativas e multidisciplinares que, por sua vez, podem trazer a tona novos paradigmas para a educação e formação em diferentes áreas do conhecimento.
Tal relevância passa a ser refletida agora também no Currículo Lattes, uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), articulada pela diretora de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, que aponta a importância da demanda para educadores e pesquisadores, ressaltando que a aba "Projeto de Ensino" é uma solicitação antiga da comunidade acadêmica. Para Tonini, é preciso considerar ações inovadoras de ensino e aprendizagem em relação a temáticas diversas como, por exemplo, aprendizagem por projetos, inserção de tecnologias no ensino, integração social, projeto de intervenção, mobilidade e internacionalização e isso somente seria contemplado com a inserção dessa aba. Esse é um passo para deixar o Currículo Lattes mais completo possível, pois, seja na pesquisa, no ensino ou na extensão, busca-se uma prática contextualizada pela teoria e relacionada com a formação e atuação científico-acadêmica e também com o desdobramento da cidadania.
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Qui, 30 Ago 2018 14:14:00 -0300
Parceria entre CNPq e FAPES: R$ 10 mi em editais
Foram lançados, nessa quarta-feira (29), em Vitória (ES) três editais que vão beneficiar pesquisadores de Núcleos Emergentes, de Núcleos de Excelência e Jovens Pesquisadores em uma parceria entre o CNPq e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES). Os recursos financeiros envolvidos chegam a mais de R$ 10 milhões.Foram lançados, nessa quarta-feira (29), em Vitória (ES) três editais que vão beneficiar pesquisadores de Núcleos Emergentes, de Núcleos de Excelência e Jovens Pesquisadores em uma parceria entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES). Ao todo, os recursos financeiros envolvidos chegam a mais de R$ 10 milhões.
O lançamento aconteceu durante o Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), organizado pela FAPES e pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). No evento, esteve presente o Diretor de Cooperação Institucional do CNPq, José Ricardo de Santana.
Os editais já estão publicados e a previsão de contratação das propostas é em fevereiro de 2019.
EDITAL CNPq/FAPES 023/2018 - Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (PRONEM)
Com o objetivo de apoiar Núcleos Emergentes do estado do Espírito Santo por meio do apoio a projetos de pesquisa científica, tecnológica ou de inovação (PD&I), o edital é voltado, exclusivamente, para propostas cujos coordenadores são pesquisadores bolsistas de produtividade nível 2 do CNPq (PQ ou DT). A iniciativa visa contribuir para o fortalecimento e consolidação de grupos de pesquisa sediados em Instituição do Estado.
Define-se como Núcleo Emergente, para os fins do Edital, os grupos de pesquisa já estabelecidos ou em fase de implantação, liderados por pesquisadores doutores, bolsistas de produtividade do CNPq nível 2 (PQ ou DT), cujo núcleo deve ser constituído por pelo menos três pesquisadores com linha de pesquisa comum ou complementar. Exige-se dos pesquisadores reputação técnico-científica reconhecida de pelo menos duas instituições distintas e localizadas no estado do Espírito Santo.
Ainda, que tenham histórico de colaboração, por meio de projetos, publicações e orientações comuns, capazes de funcionar como fonte geradora e transformadora de conhecimento científico-tecnológico para aplicação em programas e projetos de relevância ao desenvolvimento do Estado e do país. Cada proposta obrigatoriamente deverá atuar em uma das três vertentes: pesquisa básica, pesquisa aplicada ou extensão.
A submissão de propostas é até o dia 5 de outubro e os recursos financeiros disponíveis são da ordem de R$ 4,95 milhões.
Acesse aqui a íntegra do edital.
EDITAL CNPq/FAPES 024/2018 - Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX)
Esse Edital é para seleção de projetos de pesquisa científica e tecnológica em todas as grandes áreas do conhecimento. Devem ser coordenados por pesquisador bolsista de Produtividade (PQ/DT) Nível 1 do CNPq e vinculado a Instituição de Ensino Superior ou Pesquisa, pública ou privada sem fins lucrativos, localizada no estado do Espírito Santo, com significativa liderança dentro de sua área de pesquisa, inserção nacional e internacional, e excelência continuada na produção científica e na formação de recursos humanos, visando contribuir para o fortalecimento e consolidação de Núcleos de Pesquisa de Excelência no estado do Espírito Santo.
O Programa de Apoio a Núcleos de Excelência do CNPq é um instrumento de estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico do País, por meio de apoio continuado e adicional aos instrumentos hoje disponíveis, a grupos de alta competência, que tenham liderança e papel nucleador em seu setor de atuação.
O PRONEX no Espírito Santo celebrou o primeiro convênio com o CNPq em 2005. Até dezembro de 2017, foram 27 projetos apoiados no programa, totalizando cerca de R$ 14,3 milhões de investimentos. O PRONEX tem impulsionado o desenvolvimento de pesquisas em rede, a formação de intercâmbios interinstitucionais e o desenvolvimento de pesquisas inovadoras, destacando a pesquisa que é desenvolvida no estado no âmbito nacional e internacional.
Para fins deste Edital, Núcleo de Excelência se caracteriza por um grupo organizado de pesquisadores e técnicos de alto nível em permanente interação, com reconhecida competência e tradição em suas áreas de atuação técnico-científica, capazes de funcionar como fonte geradora e transformadora de conhecimento científico-tecnológico para aplicação em programas e projetos de relevância ao desenvolvimento do Espírito Santo. Os Núcleos de Excelência em Pesquisa do ES deverão, ainda, comprovar o estabelecimento de parcerias nacionais e internacionais, e caracterizados por tema de atuação bem definido, em área de fronteira da ciência ou da tecnologia no Estado.
A submissão de propostas é até o dia 8 de outubro e os recursos financeiros para este edital serão de até R$ 3,68 milhões.
Veja aqui o edital na íntegra.
Edital FAPES/CNPq Nº 022/2018 - Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores
Também conhecido como Programa Primeiros Projetos (PPP), este Edital vai selecionar projetos de pesquisa e desenvolvimento coordenados por recém-doutores. O objetivo é apoiar a fixação de jovens pesquisadores e nucleação de novos grupos de pesquisa, em qualquer área do conhecimento, por meio da aquisição, instalação, modernização, ampliação ou recuperação da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica nas instituições de ensino superior e/ou pesquisa, públicas ou privadas sem fins lucrativos, localizadas no Espírito Santo.
As finalidades desse Programa consistem em dar acesso aos recursos para C,T&I ao jovem pesquisador que tem dificuldades em competir com os grupos consolidados e pesquisadores experientes e fortalecer a infraestrutura básica das instituições que fazem pesquisa. Além disso, promover o avanço da competência local e regional em sua área de atuação, criando, para tanto, ambientes atraentes e estimulantes para alunos talentosos de diversos níveis, do ensino médio ao pós-graduado, e responsabilizando-se diretamente pela formação de jovens pesquisadores.
A submissão de propostas é até o dia 8 de outubro e os recursos financeiros para este edital serão de até R$ 1,75 milhão.
Acesse aqui a íntegra do edital.
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Ter, 28 Ago 2018 16:36:00 -0300
CNPq recebe ciclo de seminário sobre a industria da Biotecnologia
O seminário acontece no dia 30, quinta-feira, no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. Inscrições abertas.O evento reunirá o setor empresarial, academia e governo para extrair propostas, sugestões e demandas que orientem o CNPq na formulação de ações futuras, quer sejam elas financiamento de projetos e formação de pessoal para o setor, quer sejam formas de parcerias.
Dentre os palestrantes estão o Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde (DABS) do CNPq, Marcelo Marcos Morales, além de Maria Sueli Felipe (CNTBio), João A. P. Henriques (UFRGS), Luís F. M. de Souza (Finep), Mario Lima (BIOTIC S/A), Bruno Nunes ( SEPED/MCTIC), Thiago Falda (ABBI), Osmar Vaz de Carvalho Netto (GranBio), Rodrigo Rodrigues (Janssen), Hatylas Azevedo (Aché), Alexandre J. Macedo (Regenera), Andrew Simpson (Orygen) e Egmar Rocha (Easythings Start Up/BIOTIC).
Uma das palestras do seminário será sobre o INOVA-GENBIOTEC, uma iniciativa do CNPq, por meio da sua Coordenação do Programa de Pesquisa em Biotecnologia e Recursos Genéticos, em parceria com alguns pesquisadores, no âmbito do Grupo de Trabalho de Políticas em Biotecnologia e Recursos Genéticos. O objetivo foi levantar temas e áreas científicas e tecnológicas que devem continuar sendo financiadas pelo CNPq.
O Seminário é o passo seguinte do INOVA-GENBIOTEC, que será o tema de uma das palestras, na qual serão mostrados os detalhes da iniciativa.
Para participar clique aqui e se inscreva! Veja a programação completa.
Histórico
Nos últimos 15 anos o CNPq tem financiado projetos de pesquisa científica e tecnológica em Biotecnologia. São exemplos plantas transgênicas, controle biológico de pragas, biofármacos e vacinas, desenvolvimento de tintas e polímeros para a indústria têxtil, geração de biocombustíveis com uso de biomassa vegetal, e a nanobiotecnologia.
O que se busca é continuar o financiamento de projetos aliado à formação de pessoal em áreas de ponta com as citadas, porém mais próximos ao desenvolvimento e a inovação de produtos e processos biotecnológicos.
Diante do atual cenário de limitação de recursos, e tendo a regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação como norte para novas formas de financiamento e parcerias entre empresas, instituições de pesquisa e agências de fomento à C&T, a Coordenação do Programa de Pesquisa em Biotecnologia e Recursos Genéticos - COBRG, junto com alguns pesquisadores, criou o Grupo de Trabalho de Políticas em Biotecnologia e Recursos Genéticos. O objetivo foi levantar temas e áreas científicas e tecnológicas que devem continuar sendo financiadas pelo CNPq.
O trabalho culminou no documento INOVA-GENBIOTEC, que identificou áreas prioritárias, como a Biotecnologia Industrial e a Biotecnologia Aplicada à Saúde Humana, além de demandas futuras, sendo exemplo a criação, organização e suporte de redes de plantas piloto.
Serviço:
Data do Seminário: 30/08/2018
Horário: 9h às 17h30
Local: Auditório do CNPq, bloco D
Dúvidas: (61) 2027-6895 (Shirlley)
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Qui, 23 Ago 2018 14:22:00 -0300
Aberta a chamada "Meninas nas Exatas, Engenharias e Computação"
O objetivo é estimular a formação de mulheres para as carreiras de ciências exatas, engenharias e computação no Brasil, despertar o interesse vocacional das estudantes por essas profissões e para a pesquisa, além de combater a evasão meninas dos cursos de graduação nessas áreas.Estimular a formação de mulheres para as carreiras de ciências exatas, engenharias e computação no Brasil; despertar o interesse vocacional de estudantes do sexo feminino da Educação Básica e do Ensino Superior por essas profissões e para a pesquisa cientifica e tecnológica; e combater a evasão que ocorre, principalmente nos primeiros anos, de meninas dos cursos de graduação nessas áreas. Esses são os principais objetivos da Chamada "Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação", lançada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
A iniciativa, que representa um investimento total de R$ 3 milhões, estimula a aproximação das escolas públicas da Educação Básica com as Instituições de Ensino Superior, exigindo que cada proposta deva, obrigatoriamente, envolver uma parceria entre elas. Para as escolas públicas, o projeto de envolver alunas do Ensino Fundamental a partir do 6º ano e/ou do Ensino Médio. Cada projeto pode ter de uma a cinco escolas públicas envolvidas.
As propostas podem ser enviadas até o dia 5 de outubro de 2018.
Sobre a Chamada
As escolas deverão se comprometer em garantir condições para realização das atividades do projeto e escolher um professor (das áreas de ciências, matemática, física, química, computação ou tecnologias) que se responsabilizará por organizar as atividades do projeto na escola.
Cada proposta deve prever, de acordo com o número de escolas públicas participantes do projeto, a participação de uma, duas ou três estudantes de graduação do sexo feminino matriculadas em cursos das áreas de ciências exatas, engenharias ou computação e de três a quinze estudantes da Educação Básica do sexo feminino, matriculadas nas escolas participantes do projeto.
Os participantes dos projetos, alunas e professores, receberão bolsas de iniciação científica e apoio técnico, respectivamente.
Veja a Chamada para ter as informações completas sobre critérios, condições e exigências.
Histórico
A Chamada é fruto de um esforço da Diretoria de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq para reduzir as desigualdades de gênero na pesquisa científica, tecnológica e de inovação.
Em recente participação, na Colômbia, do Seminário Taller sobre la participacíon de la mujer en la investigación científica en América Latina, realizado pelo International Development Research Centre (IDRC), do governo canadense e pelo COLCIENCIAS, da Colômbia, a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini, apresentou dados que ilustram esse cenário. A proporção de mulheres que publicam artigos científicos cresceu 11% no Brasil nos últimos 20 anos e elas publicam quase a mesma quantidade que os pesquisadores homens (49%). Os números são do relatório Gender in the Global Research Landscape, Elsevier, de março de 2017, mostram a ascensão das mulheres na trajetória acadêmica e científica. Mas apesar do número de mulheres com bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado ser superior ao de homens, as mulheres representam apenas 33% do total de bolsistas de Produtividade em Pesquisa a mais prestigiada modalidade do CNPq. Além disso, há desigualdades mais acentuadas em áreas específicas como é o caso das ciências exatas, engenharias e computação.
Adriana Tonini falou sobre a participação das mulheres na pesquisa, em evento na Colômbia. Foto: Divulgação
Publicações de áreas como Computação e Matemática têm mais do que 75% de homens na autoria dos trabalhos, por exemplo. "Há uma sub-representação de mulheres em postos de prestígio e poder, incluindo as carreiras consideradas femininas", aponta a Diretora. Resultado disso é que cientistas brasileiras recebem em média 0,74 citação/paper, enquanto os brasileiros 0,81. "Destaca-se que esse índice é semelhante entre homens e mulheres até nos países em que a produção é bastante desigual", ressalta Tonini.
A questão de gênero tem sido tão importante nos debates que a ONU, em sua agenda 2030 (http://www.agenda2030.com.br/), com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), aponta a igualdade de gênero (5) e a redução das desigualdades (10) como itens a serem alcançados.
O Brasil, como país membro da organização, está comprometido com esses objetivos, tendo a Chamada 31/2018 como uma das ações para o alcance do ODS 5. Essa ação soma-se às iniciativas anteriores, já que, há 13 anos, o CNPq vem promovendo projetos nesse sentido, com o programa Mulher e Ciência.
A primeira Chamada "Meninas nas Exatas" foi lançada em 2013 e apoiou 325 propostas. Além disso, foram lançadas quatro chamadas de apoio a projetos de pesquisas nas temáticas relações de gênero, mulheres e feminismos, com 659 projetos aprovados e R$ 21 milhões investidos.
O CNPq também desenvolveu iniciativas de estímulo e divulgação do trabalho de mulheres pesquisadoras com o Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero, com dez edições já lançadas; dois encontros "Pensando Gênero e Ciência", seis edições do projeto Pioneiras da Ciência, entre outras ações.
Neste ano, paralelamente ao trabalho de elaboração da nova chamada, o CNPq tem marcado presença em eventos e encontros que buscam lançar a questão de gênero como prioridade nos debates sobre ciência. Além da participação no evento na Colômbia, sobre o papel da mulher na ciência da América Latina, com representantes de vários países da região, da UNESCO, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação para América Latina (CIESPAL) e da Organização dos Estados Americanos, no qual a diretora do CNPq representou o Brasil, Adriana Tonini esteve, também, no Congresso Nacional de Liderança Feminina (CONALIFE) 2018, em maio, e contou com a presença de mulheres de destaque no campo científico.
A Diretora Adriana Tonini com as pesquisadoras, Miriam Harumi Koga, Medalha de Ouro IX Olimpiada LatinoAmericana de Astronomia e Astronautica; Thaisa Storchi Bergmann, Profª de Astronomia na UFRGS e Sonia Guimaraes, Profª do ITA, no Conalife deste ano. Foto: Divulgação
O congresso é promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo, em parceria com a ONU Mulheres. No evento, Tonini moderou o Painel "Mulheres na Ciência", que contou, ainda, com a Professora Associada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Thaísa a Storchi Bergmannm, com Miriam Harumi Koga, Medalha de Ouro IX Olimpíada LatinoAmericana de Astronomia e Astronáutica e a Professora do ITA, Sonia Guimarães.
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Qua, 22 Ago 2018 11:15:00 -0300
Lançada nova chamada do PROANTAR
O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) contará com novos investimentos que somam R$ 18 milhões para projetos de pesquisa científica, tecnológica e em inovação. O valor envolve recursos do CNPq, do MCTIC, da CAPES e do FNDCT.O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) contará com novos investimentos que somam R$ 18 milhões para projetos de pesquisa científica, tecnológica e em inovação. O valor envolve recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e estão previstos na chamada lançada nesta quarta-feira para seleção de propostas.
A submissão de propostas vai até o dia 8 de outubro de 2018.
- Os projetos deverão ser multi e interdisciplinares e multi-institucionais, com incentivo à cooperação internacional, de longo prazo e nas seguintes propostas:
- Atingir os objetivos e metas dos cinco programas temáticos de pesquisa propostos no documento Ciência Antártica para o Brasil - Plano de Ação 2013 - 2022.
- Atuar em novas áreas de investigação que visem responder questões sobre temas emergentes e em lacunas de conhecimento sobre o Oceano Austral e a Antártica;
- Promover cooperação com pesquisadores estrangeiros, objetos de acordos de cooperação científica internacional, como, por exemplo, os acordos bilaterais com Chile, Argentina e Portugal e a Agenda Científica Sul-Sul para o Atlântico Sul e Oceano Austral;
- Apoiar a formação, a institucionalização e a consolidação de grupos nacionais de excelência em pesquisa antártica.
Além disso, as propostas deverão ter suas pesquisas orientadas em um dos seguintes eixos temáticos:
a) O papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul;
b) Dinâmica da alta atmosfera na Antártica, interações com o geoespaço e conexões com a América do Sul;
c) Mudanças Climáticas e o Oceano Austral;
d) Biocomplexidade dos ecossistemas antárticos, suas conexões com a América do Sul e mudanças climáticas;
e) Geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul;
f) Química dos oceanos, geoquímica marinha e poluição marinha;
g) Ciências Humanas e Sociais;
h) Biologia Humana e Medicina Polar;
i) Inovação em novas tecnologias.
Os projetos terão o valor máximo de financiamento de acordo com uma das seguintes faixas:
Faixa 1: no máximo, R$ 2 milhões por projeto destinado exclusivamente aos eixos a ou b.
Faixa 2: no máximo, R$ 2 milhões por projeto destinado exclusivamente ao eixo c.
Faixa 3: no máximo, R$ 1 milhão por projeto destinado exclusivamente ao eixo d.
Faixa 4: no máximo, R$ 800 mil por projeto destinado exclusivamente aos eixos e ou f.
Faixa 5: no máximo, R$ 700 mil por projeto destinado exclusivamente aos eixos g, h ou i.
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Seg, 20 Ago 2018 11:46:00 -0300
Pesquisa para combate a incêndios florestais
CNPq e Ibama lançam chamada destinada a apoiar projetos de pesquisa em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo. O prazo para submissão de propostas é 1 de outubro de 2018.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lançam a Chamada Pública 33/2018 destinada a apoiar projetos de pesquisa em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo. O prazo para submissão de propostas foi prorrogada para dia 8 de outubro.
A Chamada visa favorecer a aproximação da comunidade científica com os gestores públicos, identificando e suprindo lacunas no conhecimento e apoiando a investigação de temas de pesquisa que possam subsidiar a gestão de áreas protegidas sujeitas a incêndios florestais e queimadas nos Biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, preferencialmente nas áreas em que o Prevfogo-Ibama atua.
As propostas poderão solicitar o financiamento de itens de custeio e bolsas e deverão ter os objetivos claramente alinhados com pelo um dos seguintes temas:
a) Impactos do fogo na biota e nas comunidades tradicionais e proposição de recomendações e protocolos para o aprimoramento das ações de manejo integrado do fogo;
b) Avaliação dos impactos socioambientais e culturais da formação, contratação e atuação de brigadistas indígenas e quilombolas pelo Prevfogo-Ibama e proposição de recomendações para aprimorar a participação e integração do conhecimento tradicional na prevenção e combate a incêndios florestais;
c) Sensoriamento remoto aplicado à detecção, prevenção e monitoramento de incêndios florestais e proposição de recomendações e protocolos para o aprimoramento do monitoramento remoto;
d) Recuperação de áreas degradadas por incêndios florestais ¿ diagnóstico e proposição de metodologias que orientem a tomada de decisão sobre a necessidade e forma de intervenção com foco na recuperação da flora e fauna de áreas degradadas por incêndios florestais;
e) Avaliação de risco e impacto do uso de retardantes e outros supressores e recomendações para a normatização.
Acesse aqui para obter as informações completas desta seleção.
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Qua, 15 Ago 2018 09:28:00 -0300
Pesquisadoras do CNPq ganham Prêmio "Para mulheres na Ciência"
Das sete pesquisadoras contempladas pelo Prêmio L¿Oréal-Unesco-ABC para Mulheres na Ciência 2018, seis contam com o CNPq em sua trajetória científica. Quatro delas são bolsistas de Produtividade em Pesquisa e duas foram bolsistas de Pós-Doutorado do CNPq.Das sete pesquisadoras contempladas pelo Prêmio L'Oréal-Unesco-ABC para Mulheres na Ciência 2018, seis contam com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em sua trajetória científica. Quatro delas são bolsistas de Produtividade em Pesquisa e duas foram bolsistas de Pós-Doutorado da agência.
Esta é a 13ª edição do "Para Mulheres na Ciência", programa desenvolvido pela L'Oréal Brasil em parceria com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), cujo objetivo é promover a igualdade de gênero no ambiente científico. Desde 2006, o prêmio já reconheceu o trabalho de mais de 80 pesquisadoras brasileiras, estimulando a participação feminina na ciência e no ambiente acadêmico.
Há trezes anos, o prêmio reconhece cientistas com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil reais em quatro categorias: Ciências da Vida, Química, Matemática e Física. A edição 2018 bateu recorde de inscrições: ao todo, foram registradas 524 inscrições, 34% a mais que em 2017. A entrega da premiação acontecerá em 4 de outubro, na sede da L'Oréal, no Rio de Janeiro.
Todo ano, os jurados escolhem trabalhos com potencial de encontrar soluções para importantes questões de saúde, ambientais e econômicas.
Este ano, os temas pesquisados pelas pesquisadoras premiadas envolvem a promoção da qualidade de vida para pacientes idosos em tratamento de câncer, uso da pedra-sabão como solução para aperfeiçoar próteses ortopédicas e dentárias, a busca da alimentação correta para a resistência das bactérias a antibióticos, entre outros.
Saiba mais sobre as cientistas reconhecidas em 2018:
CIÊNCIAS DA VIDA
Angélica Vieira: estudo sobre resistência de bactérias a antibióticos
A bióloga Angélica Vieira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, dedica-se a um tema de grande repercussão mundial: a resistência a antibióticos; causa de morte de 700 mil pessoas todos os anos. Especialista em Imunologia, a cientista mostra que uma possível solução pode estar mais perto do que se pensa: dentro do próprio organismo humano. Em seu projeto, Angélica procura descobrir os efeitos de uma alimentação balanceada através das bactérias benéficas que habitam o corpo, já que elas produzem substâncias - chamadas de metabólitos - que auxiliam no combate a bactérias "invasoras".
Ethel Wilhelm: projeto sobre terapias eficazes para causas de dores em idosos
A bioquímica Ethel Wilhelm, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, dedica-se ao tema do envelhecimento populacional. Pacientes idosos em tratamento contra o câncer - doença diretamente relacionada ao envelhecimento das células, entre outros fatores - costumam se queixar de efeitos adversos, como as dores nas extremidades do corpo. Em seu projeto, a cientista busca entender as causas das dores para desenvolver terapias mais eficazes que levem em conta as especificidades dessa faixa etária. Uma pista pode estar na relação entre a quimioterapia e o estresse oxidativo; tema em que Ethel é especialista.
Fernanda Cruz: estudo busca por tratamentos menos invasivos para asma grave
Especialista em medicina regenerativa, a pesquisadora Fernanda Cruz é recém-concursada do Laboratório de Investigação Pulmonar (LIP) do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ). A médica dedica-se ao estudo de problemas respiratórios crônicos desde sua iniciação científica, feita na mesma Instituição. O foco da cientista e seu grupo é buscar tratamentos menos invasivos para a asma grave e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que se tornaram mais comuns no cenário de envelhecimento da população. A pesquisa propõe o uso de monócitos em vez de células-tronco. Fernanda têm sua trajetória acompanhada pelo CNPq desde que recebeu de 2014 a 2016 a bolsa de atração de jovens talentos pelo programa Ciência sem Fronteiras, logo em seguida, já no pós-doutorado (2014 a 2017) recebeu bolsa de jovens talentos.
Sabrina Lisboa: projeto estuda terapia mais eficaz para pacientes com Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Sabrina Lisboa, biomédica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo busca uma terapia eficaz para pacientes que sofrem de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), uma condição que atinge cerca de 8% da população mundial. Atualmente é preciso combinar diversos medicamentos para o tratamento, o que aumenta os riscos de efeitos colaterais. O grupo de pesquisa da pós-doutoranda da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo procura, portanto, entender as alterações que acontecem no cérebro de quem desenvolve o TEPT através de modelos experimentais. A partir das descobertas, um dos medicamentos já avaliados como uma possível terapia é um composto sintético semelhante ao THC encontrado na cannabis.
FÍSICAJaqueline Soares: projeto busca criar próteses ortopédicas e dentárias mais resistentes
A inspiração para o projeto da cientista mineira Jaqueline Soares veio de um ingrediente famoso e abundante em sua região: a pedra-sabão. Docente da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, a especialista em nanotecnologia pretende usar o talco produzido a partir da pedra para tornar próteses ortopédicas e dentárias mais resistentes. O pó tem um custo reduzido e pode ser incorporado ao filme de hidroxiapatita, material usado nos implantes, aumentando sua durabilidade sem provocar uma rejeição do organismo.
MATEMÁTICA
Luna Lomonaco: estudo do fractal chamado Conjunto de Mandelbrot
Luna Lomonaco, do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME/USP) também é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, e especialista em sistemas dinâmicos, a ciência que analisa o comportamento de sistemas que mudam com o tempo e, assim, tenta prever seus próximos movimentos. Em seu projeto, a cientista se dedica ao estudo do Conjunto de Mandelbrot, um dos fractais mais conhecidos, e suas cópias dentro e fora do objeto geométrico.
QUÍMICA
Nathalia Lima: projeto visa aumentar prazo de validade do cimento para beneficiar economia brasileira
Nathalia Lima, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), busca a solução para um problema comum relacionado à economia brasileira e o campo da Engenharia Civil: o curto prazo de validade do cimento. O material amplamente usado em construções mantém suas condições ideais por apenas 90 dias após a fabricação. O estudoda cientista analisa as reações envolvidas na degradação do cimento por meio de técnicas como microscopia de fluorescência e química quântica. A partir da análise, a intenção é propor novas formas de armazenamento que sigam as condições ambientais de cada região, visando aumentar a durabilidade do material. Nathalia foi bolsista do CNPq durante a graduação entre 2006 e 2010, e entre 2015 e 2017 durante o pós-doutorado.
Com informações da L'Oreal Brasil
Foto: Divulgação
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Ter, 14 Ago 2018 11:54:00 -0300
CNPq divulga selecionados para Seminário de Avaliação
O I Seminário de Avaliação de Políticas de CT&I, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), contará com 10 pôsteres e 24 artigos, além de 5 trabalhos a serem apresentados no ExpoLattes.O I Seminário de Avaliação de Políticas de CT&I, organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), contará com 10 pôsteres e 24 artigos, além de 5 trabalhos a serem apresentados no ExpoLattes.
As listas de selecionados estão disponíveis no site do evento: Seminário e EXPOLattes.
O Seminário acontecerá nos dias 12 e 13 de setembro de 2018. Paralelamente, como parte da programação do Seminário, ocorrerá a EXPOLattes, com a apresentação de soluções desenvolvidas ou resultantes do acesso a informações disponibilizadas pelo CNPq.
Pesquisadores, profissionais e gestores que estudam ou atuam com avaliação de políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação terão uma importante oportunidade de compartilhar pesquisas e metodologias, além de conhecer outras abordagens sobre o tema.
O objetivo da iniciativa é integrar os participantes em uma rede consistente e sistêmica, como forma de dar visibilidade às informações na área de avaliação e ampliar o debate sobre a estratégia de fomento, promovendo nacionalmente o intercâmbio entre profissionais, pesquisadores e interessados no tema. Os trabalhos a serem apresentados estarão enquadrados em dois eixos: Eixo 1: Análise de políticas, programas e ações de CT&I e Eixo 2: Metodologias de avaliação e mensuração de impactos de programas, políticas e ações de CT&I:
Além de difundir os trabalhos técnico-científicos realizados no país na área de avaliação, o Seminário pretende institucionalizar um espaço para discussões regulares sobre os estudos que envolvam a avaliação de políticas de CT&I, além de despertar o interesse e reflexão sobre o tema.
A EXPOLattes
O uso de soluções tecnológicas que consomem grandes bases de dados tem se tornado fator de destaque no auxílio à avaliação de políticas públicas. Para isso, o EXPOLattes, que ocorrerá como parte da programação do Seminário, promoverá a apresentação de soluções desenvolvidas ou resultantes do acesso a informações disponibilizadas pelo CNPq.
As melhores iniciativas serão premiadas ao longo do seminário. Essas soluções serão expostas, durante a programação, em quiosques ou estruturas similares, além de apresentações programadas para o público-geral.
Programação
Em dois dias, serão realizadas conferências, mesa de debate, discussão de artigos e apresentação de estudos técnicos.
Conferência
Programação para ampliar o debate sobre as ações de CT&I, com duas palestras nas temáticas do evento:
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Avaliação de Políticas de CT&I - Impactos Regionalizados
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EXPOLattes: Uso da Base de Lattes para a avaliação de resultados - avaliação das áreas de conhecimento, com premiação aos melhores trabalhos.
Mesa de debate
Debate do tema "Metodologias de avaliação de programas, políticas e trajetórias de inovação", com a participação de especialistas, visando estabelecer um ambiente de discussão para reavaliação e aprimoramento de ações em CT&I, para melhor compreensão do tema e por meio de exemplos a serem apresentados.
As sessões temáticas serão divididas em dois momentos para apresentação de: artigos (discussão dos temas de interesse centrados na proposta do Seminário, mais concisos e com foco no impacto) e E-Pôster (Sessões no formato de apresentações dinâmicas e mais modernas, em versão eletrônica).
É possível fazer inscrição no Seminário para assistir as apresentações. Ela é gratuita e dá direito à participação em todos os eventos.
O evento conta com a parceria institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Conta ainda com a parceria científica da Associação Brasileira de Estudos Regionais Urbanos (ABER), Associação Brasileira de Economia industrial e Inovação (ABEIN), Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Ciência da Informação (ANCIB) e Rede Nacional de Ciência para a Educação (CpE).
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Qui, 09 Ago 2018 09:29:00 -0300
CNPq aponta cortes que podem limitar ações
Em carta aberta, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, alerta para a proposta inicial de redução em R$ 400 milhões do orçamento da agência para o próximo ano.Em carta aberta, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, alerta para a proposta inicial de redução em R$ 400 milhões do orçamento da agência para o próximo ano. "Se, em 2018, o CNPq pôde contar com recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão, em 2019 a previsão de R$ 800 milhões poderá limitar ações diversas como o lançamento de editais de pesquisa, contratações de novos projetos e outras iniciativas", pontua.
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Ter, 07 Ago 2018 12:18:00 -0300
Programa Talentos para Inovação: resultado
Com investimentos de R$ 5,5 milhões, o Programa Talentos para Inovação selecionou 35 projetos aprovados e um total de 75 bolsas, sendo 23 na modalidade Bolsas Jovens Talentos (BJT) nível A e 52 na modalidade BJT nível B. O programa é uma parceria entre CNPq, CAPES, IEL e Embrapii.Com investimento total de R$ 5,5 milhões, o Programa Talentos para Inovação selecionou 35 projetos aprovados e um total de 75 bolsas na modalidade Bolsa Jovens Talentos (BJT), sendo 23 BJT nível A e 52 na modalidade BJT nível B. Esse é o resultado da Chamada Pública lançada em janeiro deste ano. Os bolsistas do nível A receberão R$ 7 mil mensais e os do nível B R$ 4 mil pelo período máximo de 12 meses.
A iniciativa é fruto de um acordo firmado em 2017 entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-NC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O programa abrange 27 áreas de competências tecnológicas e beneficiará pesquisadores com produção científica e tecnológica relevante ou profissional com experiência destacada em projetos de P,D&I.
Esta é uma parceria envolvendo as principais agências de fomento do país que pretende levar às empresas a mão-de-obra e expertise qualificada dos pesquisadores brasileiros. Essa ação está no âmbito do Programa Talentos para Inovação, que pretende incentivar a inserção de novos talentos no mercado de trabalho, com a concessão de bolsas para pesquisadores atuarem nas unidades e polos da Embrapii.
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Sex, 03 Ago 2018 18:13:00 -0300
Assinado acordo entre CNPq e CGEE para Seminário
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico assinou, nesta sexta-feira, 03, acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) para a realização do I Seminário de Avaliação de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação. Evento acontece em 12 e 13 de setembro, na sede do CNPq, em Brasília.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico assinou, nesta sexta-feira, 03, acordo com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) para a realização do I Seminário de Avaliação de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O evento acontecerá na sede do CNPq, em Brasília, nos dias 12 e 13 de setembro. O objetivo da iniciativa é integrar os participantes em uma rede consistente e sistêmica, como forma de dar visibilidade às informações na área de avaliação e ampliar o debate sobre a estratégia de fomento, promovendo nacionalmente o intercâmbio entre profissionais, pesquisadores e interessados no tema.
Para participar do evento apresentando um trabalho, foi aberto um período de submissão de propostas e recebidos mais de 100 artigos. Está aberta a inscrição para acompanhar o seminário pelo site do CGEE. A inscrição é gratuita e dá direito à participação em todos os eventos. Até o momento, há 305 inscrições de participantes de quase todos os estados brasileiros, incluindo pesquisadores estrangeiros no Brasil.
Estavam presentes na assinatura do acordo, o presidente do CNPq, Mario Neto Borges; o presidente do CGEE, Marcio de Miranda Santos; o diretor de Cooperação Institucional do CNPq, José Ricardo de Santana; e a diretora do CGEE, Regina Maria Silverio.
O evento conta com parcerias institucionais com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); a Sociedade Brasileira de Computação (SBC); e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Há, ainda, parcerias científicas com a Associação Brasileira de Estudos Regionais Urbanos (ABER); Associação Brasileira de Economia Industrial e Inovação (ABEIN); Rede Nacional de Ciência para Educação (CpE); e Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB).
O evento conta com o patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
Saiba mais sobre o Seminário em https://www.cgee.org.br/web/seminarioavaliacaocti/inicio
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Sex, 03 Ago 2018 15:27:00 -0300
Aberta seleção de Feiras e Mostras Científicas
O Governo Federal destinará R$ 3,5 milhões para a realização de Feiras de Ciências e Mostras Científicas de âmbito municipal, estadual/distrital e nacional. As propostas serão selecionadas por meio de chamada pública aberta pelo CNPq com submissão aberta até o dia 24 de setembro.O Governo Federal destinará R$ 3,5 milhões para a realização de Feiras de Ciências e Mostras Científicas de âmbito municipal, estadual/distrital e nacional. As propostas serão selecionadas por meio de chamada pública aberta pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com submissão aberta até o dia 24 de setembro.
O objetivo de apoiar eventos científicos como feiras e mostras é a popularização da ciência, promoção da melhoria dos ensinos fundamental e médio e identificação de jovens talentosos.
A Chamada é uma parceria do CNPq com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações (MCTIC) e o Ministério da Educação (MEC).
As propostas deverão ser enquadradas em uma das categorias definidas na chamada:
- Abrangência municipal: Destinado ao apoio a Feiras de Ciências e Mostras Científicas que reúnam no mínimo 40 trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas de um só município;
- Abrangência estadual ou distrital: Destinado ao apoio a Feiras de Ciências e Mostras Científicas que reúnam no mínimo 80 trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas de pelo menos 10% dos municípios do Estado ou, no caso das feiras distritais, de pelo menos 20% das escolas do Distrito Federal.
- Abrangência nacional: Destinado ao apoio a Feiras de Ciências e Mostras Científicas que reúnam no mínimo 200 trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas
As propostas de Feiras de Ciências e Mostras Científicas de abrangência nacional deverão evidenciar experiências e dados anteriores que demonstrem a efetiva capacidade do proponente na realização de um evento desta abrangência.
Serão consideradas prioritárias as propostas de Feiras e Mostras que envolvam majoritariamente alunos de escola pública e que possuam o escopo de estimular a submissão de projetos por meninas, especificamente em áreas matemática, física, astronomia, robótica e engenharias.
Os projetos deverão obrigatoriamente possuir natureza gratuita, e estimular o livre acesso a todos, sendo vedada a cobrança de ingressos.
As Feiras e Mostras Científicas previstas para o segundo semestre devem ocorrer, obrigatoriamente, nas atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
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Qui, 02 Ago 2018 15:21:00 -0300
Chamada aberta para Bolsas DT
O CNPq recebe até 17 de setembro deste ano propostas de pesquisadores para as Bolsas de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT). Essa modalidade é destinada a pesquisadores que se destaquem no desenvolvimento tecnológico, indução e disseminação de inovação e empreendedorismo de base tecnológica.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) recebe até 17 de setembro deste ano propostas de pesquisadores para as Bolsas de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT). Essa modalidade é destinada a pesquisadores que se destaquem no desenvolvimento tecnológico, indução e disseminação de inovação e empreendedorismo de base tecnológica.
As bolsas DT são concedidas em duas categorias:
Categoria 2: Para pesquisadores com título de doutor até o ano de 2015, inclusive, ou pelo menos 5 anos de experiência em atividades de desenvolvimento tecnológico e em atividades de extensão inovadora e de transferência de tecnologia.
Categoria 1: Para pesquisadores com título de doutor até o ano de 2010, inclusive, ou possuir experiência de pelo menos 10 anos em atividades de desenvolvimento tecnológico, extensão inovadora ou transferência de tecnologia.
Informações completas sobre submissão e critérios de julgamento, acesse aqui a chamada na íntegra.