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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Qui, 22 Ago 2019 12:56:00 -0300
Comunicação para preservação dos oceanos
Conexão Oceano abordará assuntos transversais à vida marinha, a relação do oceano com o nosso dia a dia e o papel fundamental da comunicação para a sensibilização da comunidade. Evento será no dia 3 de setembro, no Rio de Janeiro
A relação do oceano com a sociedade e como a comunicação consegue envolver as pessoas para que elas compreendam essa ligação e protejam os ecossistemas marinhos serão os fios condutores do Conexão Oceano, o primeiro evento brasileiro de comunicação para a Década do Oceano. Aberto ao público e com participação gratuita, o workshop será realizado no dia 3 de setembro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e contará com a participação do pesquisador Ronaldo Christofoletti da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Christofoletti coordena um projeto apoiado pelo CNPq pela Chamada Universal de 2018 que busca identificar diferentes atores, avaliar sua percepção e conhecimentos sobre a Década dos Oceanos, dentro do contexto da Agenda 2030 da ONU e identificar desafios e oportunidades para a comunicação científica que possa subsidiar a tomada de decisão e conscientização sobre esta temática. "O objetivo é desenvolver uma Estratégia de Comunicação que envolva todos os setores da sociedade e sempre considere a ciência como suporte para as ações e tomada de decisão, fortalecendo o papel das pesquisas científicas para o desenvolvimento do país e da qualidade de vida das pessoas", explica o pesquisador.
O projeto coordenado pelo pesquisador conta, ainda, com a parceria da Fundação Grupo Boticário e UNESCO e pretende elaborar uma estratégia de comunicação para 2020, construída em conjunto pelos diferentes setores. A iniciativa já teve uma primeira publicação conjunta.
O evento
Voltado a comunicadores, influenciadores, acadêmicos, pesquisadores e sociedade em geral, o evento tem por objetivo conscientizar e engajar as pessoas sobre a importância dos mares e trazer o tema à tona, já que o período entre 2021 e 2030 foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, ou simplesmente Década do Oceano. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site do Museu do Amanhã pelo link https://museudoamanha.org.br/pt-br/conexao-oceano. As vagas são limitadas.
O Conexão Oceano é promovido conjuntamente pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, UNESCO no Brasil e Museu do Amanhã. Com formato dinâmico, o workshop trará roda de conversa, brunch de ideias e casos de sucesso em speed talks que demonstram o impacto do oceano sobre temas como empreendedorismo, inovação, esporte e entretenimento.
Entre os participantes já confirmados para a programação estão os velejadores Isabel Swan e Lars Grael; o embaixador da Boa Vontade da UNESCO Oskar Metsavaht; o economista Vilfredo Schurmann; a atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo; as jornalistas Paulina Chamorro e Paula Saldanha; e o surfista e empresário Rico de Souza.
"Os oceanos fazem parte do nosso dia a dia e são extremamente importantes para a economia, ciência, bem-estar, meio ambiente e saúde da população. Quando compreendemos que todas essas atividades estão relacionadas com os mares, entendemos a importância de nos mobilizarmos para proteger e conservar os ecossistemas marinhos. Nesse processo, comunicadores e influenciadores são atores estratégicos", afirma a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.
Para a Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, "o evento abre as atividades da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, que visa a ampliar a cooperação internacional e a promover a preservação dos oceanos e a gestão dos recursos naturais. Este é um tema essencial para a sustentabilidade do planeta e sempre relevante para o Brasil, um país que tem um litoral de quase 7.500 quilômetros".
Christofoletti ressalta que, como a Década dos Oceanos trabalha com a Agenda 2030 e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, o trabalho da comunicação nesse assunto não é apenas para pesquisadores na área de oceanografia, mas de todas as áreas (exatas, biológicas e humanas) trabalhando a interconexão entre suas pesquisas e o mar.
Serviço - Conexão Oceano
Data e horário: 3 de setembro, das 9 horas às 17h30
Local: Museu do Amanhã (Praça Mauá, no Rio de Janeiro)
Inscrições: pelo site do Museu do Amanhã - https://museudoamanha.org.br/pt-br/conexao-oceano
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Sex, 09 Ago 2019 13:35:00 -0300
CNPq lança Plano de Integridade
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou, nessa quarta-feira, 8, o Plano de Integridade do CNPq, desenvolvido com o objetivo de promover a adoção de medidas e ações institucionais com vistas à prevenção, detecção, remedição e punição dos casos de quebra de integridade. Com isso, pretende-se garantir a proteção dos princípios da transparência ativa, da eficiência, da ética, e outros de interesse público, que devem ser a base de governança da boa administração do CNPq.
O lançamento do plano aconteceu na sede do CNPq, em Brasília, com a presença do Diretor de Gestão e Tecnologia da Informação da agência, Manoel da Silva; o Chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Osmar Assis do Nascimento Filho; e o representante da Diretoria de Promoção da Integridade da Controladoria Geral da União (CGU), Fábio Felix Cunha da Silva.
Diretores do CNPq e representantes do MCTIC e da CGU participaram da cerimônia de lançamento do Plano de Integridade do CNPq. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Para o diretor do CNPq, o Plano representa uma busca de colaboração conjunta para a construção de uma cultura de integridade, envolvendo várias instâncias do CNPq que trabalham juntas as diretrizes da iniciativa. Osmar Assis reforçou que o Ministério está trabalhando para a capacitação dos servidores e colaboradores para a atuação no âmbito das ações de integridade. "Já foram formadas cinco turmas e vamos, em breve, criar uma turma específica para o CNPq", informou. O representante da CGU lembrou que o conceito de integridade pública passa, necessariamente, por priorizar o interesse público acima dos interesses privados e que uma iniciativa nesse sentido deve ir além de ações isoladas de prevenção e repreensão. "Deve funcionar dentro de um sistema integrado com todas as instâncias da instituição", pontuou Fábio Felix.
Para conhecer o Plano de Integridade do CNPq, acesse aqui.
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Ter, 06 Ago 2019 18:17:00 -0300
Guia reúne as espécies mais comuns nas várzeas da Amazônia
Com apoio do CNPq, grupo de pesquisa lançou o "Guia de campo de herbáceas aquáticas: várzea Amazônica", que reúne as espécies mais comuns nas várzeas, especialmente da Amazônia Central, com fotos, ilustrações e esquemas sintetizando o ciclo de vida das plantas ao longo do ciclo hidrológico. No livro, são descritas espécies de 38 diferentes famílias de plantas.Grupo de pesquisa lançou o Guia de campo de herbáceas aquáticas: várzea Amazônica, que reúne as espécies mais comuns nas várzeas, especialmente da Amazônia Central, com fotos, ilustrações e esquemas sintetizando o ciclo de vida das plantas ao longo do ciclo hidrológico. No livro, são descritas espécies de 38 diferentes famílias de plantas, incluindo pteridófitas, hepáticas, monocotiledôneas e dicotiledôneas. O principal objetivo da obra é fornecer informações básicas para identificar essas plantas em campo, conhecer sua ecologia e morfologia adaptativa e, adicionalmente, expandir o conhecimento de todos os interessados por seus aspectos estéticos, recreativos e de embelezamento.
Típica paisagem de um lago de várzea às margens do Rio Amazonas; em primeiro plano a belíssima vitória-régia [Victoria amazonica (Poepp.) J.E.Sowerby], entremeada pelo capim-membeca (Paspalum repens P.J.Bergius); no fundo a exuberante floresta alagável. Foto: Acervo Grupo MAUA
A obra conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e é assinada pelos pesquisadores Maria Teresa Fernandez Piedade, Aline Lopes, Layon Oreste Demarchi, Wolfgang Junk, Florian Wittmann, Jochen Schöngart e Jefferson da Cruz. O livro ainda não foi impresso por falta de recursos, mas está disponível, gratuitamente, para download na página do INPA na internet.
Segundo os autores, "as plantas aquáticas amazônicas pertencem a vários grupos taxonômicos, e sua identificação e organização não se mostrou um exercício banal". Várias ideias se sucederam ao longo dos anos, mas a opção foi fazer uma obra mais concisa e rica visualmente que atendesse às necessidades de um público maior. Entretanto, uma compilação mais robusta está em construção.
Mureru (Eichhornia azurea (Sw.) Kunth), espécie comum em vários lagos da várzea amazônica. Foto: Acervo Grupo MAUA
O livro é apresentado pelo Professor Sir. Ghillean Prance, um dos maiores botânicos do mundo, que trabalhou muitos anos junto ao INPA. Ele destaca a importância da publicação e ressalta que "a vegetação aquática tem um papel bastante importante na ecologia da região, então é essencial facilitar o trabalho dos pesquisadores na identificação exata das espécies". Prance destaca, ainda, que "os detalhes da estrutura das plantas são claramente ilustrados mostrando adaptações aos diversos nichos do ecossistema aquático".
Para a pesquisadora do INPA, Maria Teresa Fernandez Piedade, coordenadora do sítio do Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração do CNPq PELD-MAUA, considerando o papel ecológico e econômico que as herbáceas da várzea desempenham, a obra é essencial para auxiliar o entendimento de como as espécies se comportam em função das variações de nível da água dos rios da região, ou seja, a dinâmica do pulso de inundação. Segundo ela, essas informações são de interesse para alunos, pesquisadores, gestores públicos, bem como para o público em geral.
Eichhornia crassipes (Mart.) Solms, uma das espécies mais abundantes das várzeas amazônicas, onde frequentemente forma estandes monoespecíficos. Foto: Acervo Grupo MAUA
"Além de um guia ilustrado que auxilia a identificação das espécies em campo, (o livro) representa a reunião de diversas informações ecológicas e morfológicas até agora ausentes para este importante e magnífico grupo de espécies das várzeas amazônicas. Esse trabalho visou atender não apenas aos especialistas em plantas aquáticas, como também a outros pesquisadores que necessitam identificar as plantas aquáticas, como, por exemplo, aqueles que estudam aves, peixes e insetos que usam as plantas como alimento ou habitat", disse, Maria Teresa, que é bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A do CNPq.
A professora ressalta, ainda, que a publicação conta com informações fundamentais sobre a ecologia das principais espécies de plantas aquáticas e em que período do ano elas podem ser encontradas. "Assim, se trata de um trabalho inédito, que vem sendo idealizado há muitos anos por pesquisadores que são referências na área de ecologia de áreas úmidas amazônicas, e sintetiza informações de diversas outras publicações anteriores, mas, principalmente, o conhecimento de campo acumulado durante anos de experiência na área", finaliza.
Nymphaea rudgeana G.Mey., espécie que ocorre em águas calmas de lagos de várzea e igapó da região amazônica. Foto: Aline Lopes
Sobre os autores
Aline Lopes, bióloga, doutora em ecologia. Bolsista PNPD Capes do PPG Ecologia, Universidade de Brasília. Pesquisadora Colaboradora do PELD-MAUA e Grupo MAUA/INPA. Estuda ecologia de macrófitas aquáticas e efeitos da poluição sobre as plantas aquáticas. alopesmga@ gmail.com
Florian Wittmann, doutor em geografia física e livre-docente em geografia física. Pesquisador do Instituto de Geografia e Geoecologia da Universidade de Karlsruhe, Alemanha, e líder do Departamento de Áreas Úmidas. Pesquisador do PELD-MAUA e Grupo MAUA/INPA. Estuda a ecologia e fitogeografia das áreas alagáveis neotropicais. f-wittmann@web.de
Jefferson da Cruz, biólogo, doutor em botânica. Professor Associado da Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Pesquisador Colaborador do Grupo MAUA/ INPA. Estuda morfologia, taxonomia e ciclos de vida de macrófitas aquáticas e de palmeiras amazônicas. jeffdacruz2@gmail.com
Jochen Schöngart, doutor e livre docência em ciências florestais. Pesquisador Associado do INPA atuando no grupo de pesquisa MAUA e projeto PELD-MAUA. Estuda a idade de árvores e as relações entre o crescimento arbóreo e fatores ambientais em áreas úmidas com aplicações na ecologia, conservação, climatologia, hidrologia e manejos de recursos madeireiros. jochen.schongart@inpa.gov.br
Layon Oreste Demarchi, ecólogo, mestre em ecologia e doutorando em botânica pelo INPA. Grupo MAUA/INPA. Estuda florística e fitossociologia de formações vegetais amazônicas e seus usos pelas populações humanas. layon.lod@gmail.com
Maria Teresa Fernandez Piedade, bióloga, doutora em ecologia. Pesquisadora Titular do INPA e responsável pelo Grupo de Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas - MAUA. Pesquisadora coordenadora do Grupo MAUA e PELD-MAUA. Estuda a ecologia de áreas úmidas com ênfase em macrófitas aquáticas. maitepp@inpa.gov.br
Wolfgang Junk, doutor em zoologia, botânica, química, oceanografia e limnologia com livre docência em Ecologia Tropical. Professor visitante da Universidade Estadual do Amazonas - UEA. Coordenador Científico do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INCT-INAU) na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá. Pesquisador Colaborador do PELD-MAUA e Grupo MAUA/INPA. Estuda ecologia tropical com ênfase em áreas alagáveis, biodiversidade e manejo sustentável. wjj@evolbio.mpg.de
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Ter, 06 Ago 2019 11:02:00 -0300
Rede realiza evento sobre cidades médias
A Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe) realizará o IV CIMDEPE - Simpósio Internacional sobre Cidades Médias: Urbanização e cidades médias, entre os dias 20 e 24 de abril de 2020, em Vilarrica, no Chile. A ReCiMe, com sede na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem mais de 50 pesquisadores e conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com bolsas e projetos fomentados.
Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação, professores, pesquisadores e técnicos e a inscrição de trabalhos pode ser feita até 15 de novembro de 2019. Os trabalhos não selecionados para compor as sessões de trabalhos em forma de mesas redondas, poderão ser indicados para exposição em formato de pôster, a critério do comitê científico. Veja aqui detalhes sobre a submissão de trabalhos.
O evento
O Simpósio aborda as preocupações tradicionais das cidades médias que tem recebido grande quantidade e diversidade de pesquisas em perspectiva histórica, questões econômicas, industriais, do agronegócio, no comércio, nos novos espaços de consumo e nas desigualdades sociais. A proposta é incluir, ainda, temas que não tem sido abordados com frequência nos estudos latino-americanos, como modelos e simulações de crescimento urbano, desenvolvimento sustentável, resiliência e nas questões culturais nas cidades médias.
São propostos os seguintes temas que deverão ser debatidos nos Grupos de Trabalho (GT):
- Produção e modelação do espaço em cidades médias marítimas, lacustres e fluviais. Reflexões sobre políticas públicas, sustentabilidade e resiliência urbana
- Rede urbana (História, tendências e perspectivas)
- Reestruturação produtiva, indústria e cidades médias
- Urbanização, expansão urbana e novos espaços de consumo
- Desigualdades socioespaciais. Produção de moradia, dinâmica imobiliária e segregação residencial
- Interculturalidade, agronegócio e questões alimentares em cidades médias
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Qua, 31 Jul 2019 17:28:00 -0300
Bolsista é a primeira mulher do Prêmio SBM
Especialista em Sistemas Dinâmicos, a italiana Luciana Luna Lomonaco é a primeira mulher a conquistar o Prêmio SBM de Matemática. Professora do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ela passará, a partir de 2020, a integrar o corpo científico do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
Luna Lomonaco, bolsista PQ do CNPq, é a primeira mulher a receber o Prêmio SBM. Foto: Impa/Divulgação
Luna ganhou o prêmio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) 2019 pelo trabalho On Quasi-Conformal (In-)Compatibility of Satellite Copies of the Mandelbrot Set: I, publicado, em 2017, na Inventiones Mathematicae 210. Além de diploma e prêmio de R$ 20 mil, o vencedor é convidado a proferir palestra plenária no Colóquio Brasileiro de Matemática (CBM), realizado no IMPA.
Após receber o prêmio das mãos do presidente da SBM, Paolo Piccione, Luna falou sobre "a imensa honra" de ter recebido a distinção e as dificuldades para entrar e se manter na carreira de pesquisadora em Matemática. "Nunca imaginei que chegaria até aqui, pois não foi nada fácil. Nesses 15 anos e muitos de vida, estive muito perto de desistir", declarou, enfatizando a importância do apoio das pessoas que acreditaram que ela seria capaz.
Luna agradeceu a comunidade brasileira de matemática, "pela acolhida"; à SBM, pelo prêmio: e aos pais dela e contou à plateia que chegou ao Rio de Janeiro no domingo, ainda a tempo de acompanhar o segundo e último dia do Encontro Brasileiro de Mulheres Matemáticas, realizado este fim de semana no IMPA.
"Foi uma experiência muito forte, pois ouvi muitas histórias parecidas com a minha", confessou, dedicando o Prêmio SBM 2019 a todas as mulheres matemáticas.
Concedido a cada dois anos pela SBM durante o Colóquio, o prêmio foi criado para distinguir o melhor artigo original de pesquisa em Matemática publicado recentemente por um jovem pesquisador residente no Brasil. As indicações são feitas por qualquer pesquisador ou docente de instituição nacional de ensino e pesquisa.
Ganhadora do L'óreal-Unesco-ABC "Para Mulheres na Ciência 2018" - criado para promover a igualdade de gênero no ambiente científico - Luna estuda um dos fractais mais conhecidos, intitulado Conjunto de Mandelbrot, e suas cópias dentro e fora do objeto geométrico.
Nascida em Milão, na Itália, e criada na Europa, onde também fez boa parte de seus estudos ¿ graduou-se (2007) na Univesità degli Studi di Padova, mestrado na Universitat de Barcelona (2009) e doutorado na Roskilde University (2012).
O artigo de Luna foi selecionado pela comissão formada pelos professores Noga Alon (Tel Aviv University e Princeton University), Vaughan Jones (Vanderbilt University), Richard Schoen (University of California-Irvine), Stanislav Smirnov (Université de Genève) e Paolo Piccione (USP), presidente da SBM. Foram considerados os critérios de originalidade, relevância, profundidade e potencial de impacto no desenvolvimento da respectiva área.
Nas quatro edições já realizadas, dois pesquisadores do IMPA foram premiados: em 2013, Artur Avila ganhou com "On the regularization of conservative maps", artigo publicado na Acta Mathematica 205 (2010); e em 2017, o vencedor foi Robert Morris, autor de "Independent sets in hypergraphs", divulgado no Journal of the American Mathematical Society, volume 28 (2015).
Com informações do IMPA
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Ter, 30 Jul 2019 18:08:00 -0300
Pesquisa estuda o manejo de polinizadores na produção do açaí
Mais uma entrevista da série da Chamada Pública nº32/2017, a bióloga Márcia Maués fala do trabalho de seu grupo de pesquisa que identificou mais de 200 espécies de insetos que visitam as flores de açaí, entre eles, abelhas, besouros, moscas e vespas, além de constatar a importância das áreas de floresta para a produção de frutos.Melhorar a produtividade agrícola e, ao mesmo tempo, minimizar os impactos ambientais é um grande desafio. A bióloga Márcia Maués, em parceria com pesquisadores de diversas instituições de pesquisa e ensino, alunos de graduação, pós-graduação, pós-doutorado e técnicos, há quatro anos se dedica ao estudo da ecologia da polinização do açaí, cultura totalmente dependente dos serviços de polinização. A alta diversidade de insetos polinizadores nos açaizais pode responder por um acréscimo de até 25% na produção de frutos de açaí em cada planta, quando são comparadas áreas onde a diversidade é menor. O trabalho do seu grupo de pesquisa identificou mais de 200 espécies de insetos que visitam as flores de açaí, entre eles, abelhas, besouros, moscas e vespas, além de constatar a importância das áreas de floresta para a produção de frutos.
A bióloga Márcia Maués coordena a pesquisa de manejo de polinizadores na produção do açaí - Foto: Ronaldo Rosa
A demanda crescente pelo consumo dos frutos do açaizeiro, sobretudo nas duas últimas décadas, levou a uma expansão do extrativismo e do cultivo no norte do Brasil. Por consequência, provocou transformações nos hábitats das florestas de várzea (planícies inundáveis) onde os açaizais nativos ocorrem naturalmente, com a transformação de hábitat naturais em sistemas agroflorestais simplificados, ecologicamente e funcionalmente distintos das formações originais. Além disso, impulsionou o plantio desta palmeira em terra firme, ocupando áreas previamente abertas.
"Como o açaí contribui de forma importante para a economia e a segurança alimentar das comunidades locais, é essencial identificar abordagens de manejo que protejam a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que sustentam a produção de frutos", enfatiza a pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental.
Esse é o principal objetivo do projeto coordenado por Márcia Maués, um dos selecionados por meio da Chamada Pública nº32/2017 do CNPq e financiados em parceria entre CNPq, Ibama, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.).
O grupo de pesquisadores busca compreender o potencial dos polinizadores silvestres (disponíveis na natureza, não manejados) e manejados (abelhas sem ferrão) para melhorar o rendimento de frutos do açaí em terra firme e nos açaizais nativos das várzeas. Promover os serviços de polinização, através do manejo adequado dos habitats dos polinizadores e/ou introdução e manejo de polinizadores, pode reduzir os déficits de produção agrícola.
O projeto está avaliando o potencial do manejo de polinizadores (abelhas nativas sem ferrão) para melhorar o rendimento de frutos e os índices socioeconômicos para os produtores de açaí em diferentes contextos de manejo (açaizais nativos manejados nas várzeas e plantios em terra firme), bem como a viabilidade econômica, visando caracterizar os impactos das mudanças no uso da terra sobre polinizadores silvestres e a introdução e manejo de polinizadores (abelhas sem ferrão), em relação à produtividades do açaizeiro.
Para os estudos de campo, contam com a parceria de uma grande rede de produtores de açaí em diferentes contextos de manejo (açaizais nativos manejados nas várzeas e plantios em terra firme) em áreas com diferentes índices de cobertura florestal. Em cada propriedade, detalha Márcia, estão sendo instaladas 15-20 colônias da abelha canudo (Scaptotrigona aff. postica), espécie que forma colônias muito populosas com até 15 mil abelhas e tem um alcance de voo de até 500 metros de raio. "A ideia é avaliar e comparar os dois cenários e a frequência de visitação de polinizadores: a produção com introdução de abelhas manejadas e sem a introdução de abelhas, nos diferentes tipos de paisagem, com mais ou menos floresta, para indicar ao produtor o que pode ser feito para otimizar a produtividade de frutos do açaizeiro".
Os pesquisadores pretendem gerar informações que possam ser usadas pelos produtores de açaí. Ao final do estudo, o intuito é reunir recomendações de aplicação direta no campo, estratégias de manejo visando à manutenção dos serviços de polinização nos açaizais nativos e nas áreas cultivadas, tanto direcionadas a agricultores familiares quanto empresariais. "Essas informações são importantes para que os produtores, sobretudo os ribeirinhos, obtenham o melhor de seu cultivo inclusive do ponto de vista ambiental".
Resumo
Linha de Pesquisa 5 - Avaliação bioeconômica do serviço de polinização na produtividade agrícola por cultura relevante
Projeto de pesquisa - Manejo de polinizadores como apoio à conservação e à produção sustentável de açaí na região do estuário amazônico
Rede de parceiros
Embrapa Amazônia Oriental
Universidade Federal de Goiás
Instituto Tecnológico da Vale
Universidade de Brasília
Universidade Estadual Paulista
Universidade Federal do Pará
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Federal da Bahia
Instituto Federal do Mato Grosso
Museu Paraense Emílio Goeldi
Fundação Escola Bosque (PA)
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Ter, 30 Jul 2019 18:00:00 -0300
Informe: Planilha de julgamento de bolsas PDE
Em atendimento à decisão judicial pela 1ª Vara Federal da Subseção de Rondonópolis, Seção Judiciária de Mato Grosso, o Coneselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga a planilha de julgamento que gerou o resultado da seleção público para bolsas de Pós Doutorado no Exterior - PDE, Cronograma 2 de 2018, do Comitê de Assessoramento de Arquitetura, Demografia, Geografia, Turismo e Planejamento Urbano e Regional (CA-SA). O resultado da Chamada foi originalmente publicado no Diário Oficial da União, Nº 186, Seção 3, página 9 de 26/09/2018.
Confira aqui a planilha.
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Qui, 25 Jul 2019 18:37:00 -0300
Conferência debate incêndios florestais
Conferência internacional promoverá troca de conhecimentos entre profissionais de todas as nacionalidades ligados ao manejo do fogo e ao controle de incêndios florestais. É a WildFire 2019, organizada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Prevfogo/Ibama), que acontecerá entre 28 de outubro a 2 de novembro deste ano, em Campo Grande (MS).
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre outras instituições no âmbito dos governos federal, estadual e municipal, o evento tem como tema deste ano "Frente a frente com o fogo em um mundo em mudanças: redução da vulnerabilidade das populações e dos ecossistemas por meio do Manejo Integrado do Fogo".
A Wildfire busca reunir acadêmicos, pesquisadores, gestores públicos (como representantes municipais, estaduais e federais das áreas de meio ambiente e agricultura), brigadistas florestais, bombeiros civis e militares, produtores rurais e comunitários em um mesmo ambiente, para compartilhar as novas informações e tecnologias para prevenção e combate aos incêndios florestais. Entre as atividades da Conferência estão o debate e a divulgação de trabalhos sobre os impactos do fogo em comunidades e ecossistemas em diversas regiões do mundo.
As inscrições podem ser feitas até 19 de setembro pelo site http://www.ibama.gov.br/wildfire2019-inscricao
A Conferência
A Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais ocorreu pela primeira vez em 1989 e acontece a cada quatro anos. O evento é realizado para estimular a troca de experiências e conhecimentos relacionados a incêndios florestais: políticas públicas, pesquisa, manejo do fogo, etc. A Wildfire também busca fortalecer as habilidades de cada nação para a redução de impactos dos incêndios florestais sobre a vida humana e o meio ambiente, além de discutir os benefícios ecológicos e ambientais do fogo em áreas dependentes ou tolerantes, e seu uso controlado para fins agrossilvipastoris.
A Conferência promove cooperação internacional e ajuda humanitária, consolidando a estratégia global para gerenciamento de incêndios e manejo do fogo. O evento também abre espaço para que empresas, instituições de pesquisa e especialistas exponham novas tecnologias, produtos e métodos para manejo do fogo e controle de incêndios florestais.
A Conferência também é palco para as reuniões das Redes Regionais de Incêndios Florestais, dentre as quais, a Rede Regional da América do Sul, coordenada pelo Prevfogo/Ibama, em cooperação com a Corporação Nacional Florestal (Conaf, Corporación Nacional Forestal) do Chile.
A programação inclui quatro Sessões Plenárias, cujos temas são:
- Wildfire +30 - A população, as terras, os recursos: 30 anos depois da primeira Conferência quais foram as conquistas e melhorias?
- O papel das mulheres no manejo integrado do fogo
- O papel das empresas de silvicultura na conservação, prevenção e combate aos incêndios florestais; resposta às comunidades locais
- Comunidades indígenas e tradicionais e o conhecimento sobre manejo integrado do fogo
Além disso, a Conferência conta com várias sessões paralelas, eventos culturais e um dia de campo. Ao todo, foram recebidos 350 trabalhos, que serão distribuídos em 120 apresentações orais e o restante em pôsteres. Veja aqui a programação completa.
Pesquisas sobre efeito do fogo
Estudos sobre o efeito do fogo são temas de várias pesquisas científicas. Pela importância do assunto, o CNPq e o IBAMA, por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), lançaram, em 2018, Chamada de apoio a pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo.
A Chamada CNPq/Prevfogo-Ibama Nº 33/2018 - Pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo tem por objetivo apoiar projetos de pesquisa interdisciplinares e socioambientais que visem suprir lacunas no conhecimento disponível sobre a temática dos incêndios florestais e do manejo integrado do fogo, com destaque para ecologia e impactos do fogo, monitoramento, prevenção e combate de incêndios florestais, além de apoiar a investigação de temas de pesquisa que possam subsidiar a gestão de áreas protegidas sujeitas a incêndios e queimadas nos Biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, preferencialmente nas áreas de atuação do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Busca-se, com essa ação, apoiar a integração da pesquisa à gestão pública suprindo-os de informações qualificadas. Freqüentemente, os gestores necessitam planejar, elaborar diretrizes, tomar decisões e definir políticas sem dispor de dados e/ou informações cientificas que os subsidiem. De modo especial, busca-se valorizar o diálogo de saberes com comunidades indígenas e quilombolas.
Foram aprovados 25 projetos, um investimento total de R$ 4,4 milhões, oriundos do Prevfogo-Ibama e do CNPq, abrangendo pesquisa em Terras Indígenas, Quilombolas e Unidades de Conservação na Amazônia, Cerrado e Pantanal.
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Ter, 23 Jul 2019 13:46:00 -0300
Estudo busca diagnosticar principais polinizadores do café
Em mais uma entrevista da série sobre a Chamada Pública nº 32/2017 CNPq/Ibama/MCTIC/A.B.E.L.H.A., a Professora Maria Cristina Gaglianone, da UENF, e bolsista do CNPq, fala sobre estudo que busca entender quais as espécies de abelhas mais favorecem a frutificação do cafeeiro nas principais regiões produtoras do País.Entrevista ¿ Série Chamada Pública
Maria Cristina Gaglianone
Pesquisadora da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Estudo busca diagnosticar principais polinizadores do café
As exportações brasileiras de café bateram recorde e atingiram 41,1 milhões de sacas entre julho de 2018 e junho de 2019. Os dados, recém-divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), apontam ainda que 126 países importaram o produto nacional nessa safra. Principal produtor e exportador de café do mundo, e o País cultiva duas espécies (Coffea arabica e Coffea canephora) em 15 Estados brasileiros.
Embora não seja uma cultura dependente de polinização, estudos científicos apontam que a presença de polinizadores nos cafezais pode aumentar em até 28% a rentabilidade do produtor. Além disso, proporciona frutos mais pesados e com mais qualidade. Entre os insetos responsáveis pela prestação desse serviço ecossistêmico, as abelhas ocupam a linha de frente.
Entender quais as espécies que mais favorecem a frutificação do cafeeiro nas principais regiões produtoras do País é um dos objetivos da pesquisadora Maria Cristina Gaglianone, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), coordenadora de um dos projetos selecionados por meio da Chamada Pública nº32/2017 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e financiados em parceria entre o CNPq, Ibama, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.).
A Profª Maria Cristina Gaglianone é coordenadora de um dos projetos contemplados pela Chamada - Foto: Divulgação.
O grupo de pesquisadores vem coletando dados em diversas áreas de produção do cafeeiro no Sudeste e no Sul do País e buscam avaliar a polinização pela abelha africanizada (Apis mellifera) e pelas abelhas sem ferrão e outras espécies nativas, além de comparar as duas espécies de café (arábica e canephora).
"Além de identificar os polinizadores mais importantes, ou que mais favorecem a polinização do cafeeiro, buscamos poder fazer indicações de manejo apícola e ambiental adequados para aumentar a produtividade do café e, ao mesmo tempo, conservar o hábitat dos polinizadores", afirma a pesquisadora, que também é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
A pesquisa é conduzida por um grupo multidisciplinar, que compreende biólogos, especialistas em ecologia e interação, agrônomos, economista e agricultores. ¿É uma força-tarefa com expertise para tratar o tema, com toda a sua complexidade, e transformar os resultados em informação de utilidade para a sociedade, sobretudo para produtores e comunidades locais¿, enfatiza.
Paisagem amigável
A identificação dos cenários de paisagem mais ou menos amigáveis às abelhas é um aspecto essencial para a convivência harmônica entre a agricultura e a conservação ambiental. "Sabemos que paisagens mais amigáveis favorecem o aumento da biodiversidade no entorno das áreas agrícolas. Buscamos identificar esses cenários, estabelecer parâmetros e gerar informações que colaborem para a conservação dos polinizadores nas áreas de abrangência do estudo", reforça a pesquisadora.
Para ela, essa é a principal razão de ser da pesquisa científica sobre abelhas nativas. "Fazer a ponte entre a universidade e a sociedade e levar informação de utilidade para o público leigo é a consolidação da contribuição científica."
Resumo
Linha de Pesquisa 5 ¿ Avaliação bioeconômica do serviço de polinização na produtividade agrícola por cultura relevante
Projeto de pesquisa ¿ Serviço de polinização nas principais regiões produtoras de café no Brasil: biodiversidade, avaliação bioeconômica e intensificação ecológica
Rede de pesquisa
Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Universidade Estadual de Londrina
Universidade Federal de Uberlândia
Universidade de São Paulo ¿ Ribeirão Preto
Universidade Federal do Paraná
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (EMATER-RIO)
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER)
Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
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Ter, 23 Jul 2019 13:21:00 -0300
Nota de pesar: Prof. Rocha Campos
O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e a ciência do país perderam, nessa segunda-feira, 22, um grande representante, com o falecimento do pesquisador Antonio Carlos Rocha Campos, aos 82 anos. Rocha Campos foi o mais notório pesquisador brasileiro sobre a Antártica e contribuiu para a implantação do Proantar. O professor também foi o único brasileiro a presidir o Scientific Commiittee on Antarctic Research (SCAR). O sepultamento vai ocorrer nesta terça-feira, às 15 horas, no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo.
Em sua trajetória, Rocha Campos ajudou o Brasil a ser membro pleno do Tratado da Antártica e auxiliou na formação de centenas de pesquisadores. A partir de 1983, coordenou a parte científica do Proantar e integrou todos os organismos envolvidos com as atividades antárticas nacionais. Suas atividades científicas abrangem duas linhas de pesquisa principais, relacionadas à sedimentação glacial pré-pleistocênica e paleontologia do Neopaleozóico do Brasil.
"Ele impulsionou a pesquisa antártica de qualidade mundial no Brasil e foi fundamental para o Proantar. Até a Revista Antártica Brasileira ele lançou na Academia Brasileira de Ciências", reforça o coordenador-geral de Oceanos, Antártica e Geociências do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Andrei Polejack. A professora Wânia Duleba, da Universidade de São Paulo (USP), destacou que Rocha Campos ajudou na formação de vários pesquisadores brasileiros em início de carreira. "Perdi meu mentor científico e uma pessoa fantástica."
Nascido em Araras (SP), Rocha Campos graduou-se em Geologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em 1960. Iniciou suas atividades acadêmicas, no Departamento de Geologia e Paleontologia, FFCL/USP, em 1961, onde doutorou-se em 1964 e obteve o título de Livre-Docente, em 1969. Ele também integrou diversas organizações científicas nacionais diversas, como a Sociedade Brasileira de Paleontologia , Sociedade Brasileira de Geologia e Academia Brasileira de Ciências.
No Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, criou o Centro de Pesquisas Antárticas, do qual foi diretor e promoveu inúmeras edições do Simpósio Brasileiro de Pesquisas Antárticas, que pode ser considerado o principal evento científico da pesquisa brasileira na Antártica.
No exterior, estagiou, na qualidade de Pesquisador Visitante (pós-doutorado), na Universidade de Illinois, City University of New York, Universidade de Minnesota, no American Museum of Natural History, Natural Museum of Natural History e United States Geological Survey, EUA, e na Universidade de Estrasburgo, França.
Com informações da ASCOM/MCTIC