Notícias Destaque em CT&I
-
Ter, 07 Abr 2020 09:56:00 -0300
Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação: nova chamada
A iniciativa tem como objetivo fomentar o desenvolvimento científico nas Áreas de Tecnologias Prioritárias do MCTIC. Serão 3.100 bolsas com vigência entre Agosto de 2020 e Julho de 2021.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) disponibilizará 3.100 bolsas de Iniciação Tecnológica (IT) para Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) ou Instituições de Ensino Superior (IESs) selecionadas por meio de Chamada Pública a ser lançada em breve. As bolsas terão vigência de Agosto de 2020 a Julho de 2021 e deverão estar vinculadas a projetos de pesquisa que apresentem aderência a, no mínimo, uma das Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
As instituições a serem selecionadas devem manter uma política de pesquisa tecnológica institucionalizada e promover a interação entre ICTs/IESs e empresas e institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), visando à elaboração e à execução de projetos aplicados às atividades empresariais com foco em tecnologia, inovação, empreendedorismo, produtividade e gestão.
A iniciativa está no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) do CNPq cujos principais objetivos são:
- estimular jovens estudantes do Ensino Superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação;
- contribuir para a formação tecnológica de recursos humanos que se dedicarão a qualquer atividade profissional; e
- promover a interação entre ICTs/IESs e empresas e institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), visando a elaboração e execução de projetos aplicados às atividades empresariais com foco em tecnologia, inovação, empreendedorismo, produtividade e gestão.
As bolsas de IT buscam contribuir para o desenvolvimento inicial de capital intelectual para a pesquisa tecnológica e a inovação, além de incentivar a consolidação da política de iniciação tecnológica em instituições de ensino superior em parcerias e acordos com empresas.
Áreas de Tecnologias Prioritárias
As áreas de tecnologias prioritárias definidas pelo MCTIC por meio das Portarias nº 1.122, de 19.03.2020 e nª 1.329 de 27.03 de 2020.
http://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/legislacao/portarias/Portaria_MCTIC_n_1122_de_19032020.html) A aderência a essas áreas deve ser explicitamente apresentada no texto do projeto submetido no âmbito do edital interno.
As Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) são:
- Tecnologias Estratégicas, nos seguintes setores: Espacial; Nuclear; Cibernética; e Segurança Pública e de Fronteira.
- Tecnologias Habilitadoras, nos seguintes setores: Inteligência Artificial; Internet das Coisas; Materiais Avançados; Biotecnologia; e Nanotecnologia.
- Tecnologias de Produção, nos seguintes setores: Indústria; Agronegócio; Comunicações; Infraestrutura; e Serviços.
- Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável, nos seguintes setores: Cidades Inteligentes e Sustentáveis; Energias Renováveis; Bioeconomia; Tratamento e Reciclagem de Resíduos Sólidos; Tratamento de Poluição; Monitoramento, prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais; e Preservação Ambiental.
- Tecnologias para Qualidade de Vida, nos seguintes setores: Saúde; Saneamento Básico; Segurança Hídrica; e Tecnologias Assistivas.
São também considerados prioritários, diante de sua característica essencial e transversal, os projetos de pesquisa básica, humanidades e ciências sociais que contribuam, em algum grau, para o desenvolvimento das Áreas de Tecnologias Prioritárias do MCTIC e, portanto, são considerados compatíveis com o requisito de aderência solicitado.
Em breve, o CNPq disponibilizará a Chamada com informações completas sobre como participar e critérios de elegibilidade.
-
Sex, 03 Abr 2020 13:12:00 -0300
Informe nº2 - Retificação
CNPq divulga retificação de item do Informe nº 2, divulgado em 27 de março de 2020, sobre participação em eventos no exterior, de forma a clarificar o procedimento a ser seguido.Em relação ao último item do primeiro ponto do Informe nº 2, divulgado em 27 de março de 2020, (Fui contemplado com uma bolsa que entraria em vigor neste período de medidas restritivas ou com apoio para participação em eventos no exterior, neste mesmo período), retificamos a informação, de forma a clarificar o procedimento a ser seguido, nos seguintes termos:
- Ficam suspensas as implementações de bolsas novas no exterior, bem como a análise de novas solicitações para participação de pesquisadores em congressos e eventos similares com início previsto até o dia 30 de junho de 2020. Esse prazo de suspensão poderá ser prorrogado dependendo do andamento da situação de exceção que está levando o CNPq a adotar as medidas presentes.
-
Qua, 01 Abr 2020 12:22:00 -0300
CNPq lançará Chamada para o Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação MAI/DAI
Com o objetivo de fortalecer a pesquisa, o empreendedorismo e a inovação nas instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICT), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pretende lançar, brevemente, Chamada Pública para o Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI).
A chamada busca fomentar a cooperação das ICTs com empresas por meio do envolvimento de alunos graduação e pós-graduação em projetos de interesse do setor empresarial.
A iniciativa visa ampliar o escopo do Programa Doutorado Acadêmico para Inovação (DAI), de âmbito nacional, lançado pelo CNPq em 2018, com a inclusão da modalidade de Mestrado e de Iniciação Tecnológica e Industrial (ITI). Cabe ressaltar que o Programa MAI/DAI apoiará propostas aderentes a, no mínimo, uma das Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), conforme estabelecido na Portaria MCTIC nº 1.122/2020, com o texto alterado pela Portaria MCTIC nº 1.329/2020.
Em breve, a Chamada será lançada no site do CNPq.
-
Sex, 27 Mar 2020 10:17:00 -0300
CNPq divulga segundo comunicado sobre a COVID-19
Em complemento ao primeiro comunicado a bolsistas e pesquisadores, do dia 17 de março, quanto a situações decorrentes das limitações impostas pelas medidas de enfrentamento à pandemia do COVID-19, e considerando a diversidade de questionamentos recebidos nos últimos dias, o CNPq detalha algumas medidas específicas para melhor orientar a comunidade científica.Em complemento ao primeiro comunicado a bolsistas e pesquisadores, do dia 17 de março, quanto a situações decorrentes das limitações impostas pelas medidas de enfrentamento à pandemia do COVID-19, e considerando a diversidade de questionamentos recebidos nos últimos dias, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) detalha, a seguir, algumas medidas específicas para melhor orientar a comunidade científica.
Nesse contexto, informamos, de imediato, que o CNPq suspenderá a cobrança, por 60 (sessenta) dias, de todos os relatórios cujos prazos previstos para envio se encerram até o dia 31/05.
Além disso, listamos, abaixo, os casos de dúvidas mais gerais que abrangem o maior número de pesquisadores e bolsistas. As demais situações, com particularidades que não permitem orientações gerais, serão analisadas e deliberadas, sob demanda e caso a caso, pelas Diretorias do CNPq.
1. Fui contemplado com uma bolsa que entraria em vigor neste período de medidas restritivas ou com apoio para participação em eventos no exterior, neste mesmo período
- O pesquisador, bolsista ou seu orientador, deverá solicitar alteração da data de início da vigência, informando a data prevista para o período desejado, se for o caso.
- Alterado o início da vigência, a data de término acompanhará a alteração, sendo postergada para a data da duração prevista na modalidade da bolsa.
- Quando não houver previsão de nova data, pode ser solicitada, pelo pesquisador, bolsista ou seu orientador, a suspensão ou cancelamento das atividades/bolsa.
- A reativação da bolsa suspensa, quando for o caso, deve ser solicitada com antecedência mínima de 30 dias.
- Ficam suspensas as implementações de bolsas novas no exterior, bem como a análise de novas solicitações para participação de pesquisadores em congressos e eventos, até o dia 30 de abril de 2020. Este prazo de suspensão poderá ser prorrogado dependendo do andamento da situação de exceção que está levando o CNPq a adotar as medidas presentes.
2. Tenho uma bolsa no exterior em vigor, estou no Brasil e, em decorrência da pandemia, não foi possivel voltar ao exterior
- Estes casos estão previstos no item 7.1.1 da RN-007/2008 (http://www.cnpq.br/web/guest/view/-/journal_content/56_INSTANCE_0oED/10157/6123307), que permite a vinda do bolsista ao Brasil em condições excepcionais, por um período de até 15 dias.
- Após 15 dias de permanência no Brasil, a bolsa será suspensa, até o retorno das atividades acadêmicas no exterior. A vigência da bolsa será alterada, quando do retorno das atividades acadêmicas no exterior, considerando o prazo restante quando de sua efetiva suspensão.
3. Tenho uma bolsa vigente no exterior, entretanto, em razão da pandemia, as atividades acadêmicas foram suspensas e pretendo retornar antecipadamente ao Brasil
- Bolsistas e pesquisadores que estão no exterior e pretendem voltar ao Brasil deverão apresentar sua solicitação ao CNPq, por meio dos canais já estabelecidos no CNPq ou pela Central de Atendimento (e-mail: atendimento@cnpq.br), para receber orientações sobre os procedimentos necessários para seu retorno.
4. Tenho uma bolsa no exterior cuja vigência encerrou, mas não consigo retornar ao Brasil, dadas as restrições de viagens
- Nesse caso, orientamos que o interessado deva fazer contato com a Embaixada ou Consulado brasileiro mais próximo, para solicitar orientação e apoio sobre opções diplomáticas, consulares e de logística, tendo em vista que se trata de um contexto causado pela pandemia, situação em que cada país está definindo regras específicas.
- No que concerne ao CNPq, o bolsista deve entrar em contato, imediatamente, com a coordenação responsável pela bolsa, descrevendo detalhadamente a situação, para que sejam adotadas as medidas cabíveis mais adequadas a cada caso. o CNPq poderá conceder, excepcionalmente, a prorrogação da bolsa por um período de até 60 (sessenta) dias, de acordo com cada caso.
5. Tenho uma bolsa vigente no exterior, entretanto, em razão da pandemia, as atividades acadêmicas foram suspensas e não conseguirei concluir o doutorado no período originalmente previsto.
- Para os bolsistas brasileiros no exterior, cujas atividades acadêmicas sejam interrompidas e impeçam a conclusão do doutorado (GDE) no prazo originalmente previsto, o CNPq poderá, excepcionalmente, avaliar a prorrogação da bolsa por um período de até 60 (sessenta) dias, de acordo com cada caso.
- O bolsista deverá apresentar pedido de prorrogação, com exposição da situação, por meio dos canais já estabelecidos no CNPq ou pela Central de Atendimento (e-mail: atendimento@cnpq.br).
6. Sou bolsista estrangeiro no Brasil, a vigência da minha bolsa se encerra em março e as atividades acadêmicas foram suspensas
- Para os bolsistas estrangeiros no Brasil, cujas atividades se encerram a partir de março de 2020, e enquanto permanecerem as medidas de restrição de retorno ao seu país de origem, o CNPq poderá conceder, excepcionalmente, a prorrogação da bolsa por um período de até 60 (sessenta) dias, de acordo com cada caso.
- O bolsista deverá apresentar pedido de prorrogação, com exposição da situação, à Central de Atendimento (email:atendimento@cnpq.br), que enviará ao setor competente do CNPq.
7. Tenho uma bolsa vigente no Brasil, entretanto, em razão da pandemia, as atividades acadêmicas foram suspensas e não conseguirei concluir as atividades no período originalmente previsto
- Para os bolsistas no Brasil, cujas atividades acadêmicas sejam interrompidas e impeçam a conclusão de suas atividades no prazo originalmente previsto, o CNPq poderá, excepcionalmente, avaliar a prorrogação da bolsa por um período de até 60 (sessenta) dias, de acordo com cada caso.
- O bolsista deverá apresentar pedido de prorrogação, com exposição da situação, por meio dos canais já estabelecidos no CNPq ou pela Central de Atendimento (e-mail: atendimento@cnpq.br).
Todas as solicitações devem ser encaminhadas aos canais já estabelecidos pelo pesquisador com o CNPq ou pela Central de Atendimento, por meio do formulário disponível em http://www.cnpq.br/web/guest/central-de-atendimento, pelo e-mail atendimento@cnpq.br ou pelo telefone +55 61 3211-4000, das 08:00 às 20:00 (horário de Brasília/DF).
As mensagens enviadas devem estar identificadas, no campo ¿assunto¿, com o termo COVID19, seguido, após espaço, do número de processo CNPq do bolsista, para melhor rastreamento das solicitações.
-
Ter, 17 Mar 2020 18:42:00 -0300
Orientação a bolsistas e coordenadores de projetos
Orientação para bolsistas e coordenadores de projetos afetados pelas restrições resultantes das medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus.Considerando as restrições impostas pelas medidas preventivas adotadas pelo Governo Federal e governos estaduais, com vistas ao enfrentamento à pandemia do Coronavírus, o CNPq ressalta que está ciente e sensível às dificuldades de trabalho e pesquisa resultantes desse cenário. Dessa forma, orientamos bolsistas e coordenadores de projetos apoiados pelo CNPq que estejam passando por problemas decorrentes dessas limitações a entrarem em contato por meio dos canais já estabelecidos ou por nossa Central de Atendimento, apresentando, detalhadamente, a situação.
Devido às particularidades das diversas formas de apoio que o CNPq oferece, incluindo mais de 20 modalidades de bolsas, torna-se imprescindível a avaliação caso a caso para melhor atender as necessidades de cada situação. Estamos organizados para receber as demandas e avaliá-las com a devida atenção e urgência que o momento exige.
A Central de Atendimento do CNPq pode ser acessada pelo e-mail atendimento@cnpq.br, a qualquer hora, ou pelo telefone +55 61 3211-4000, das 8:00h às 20:00h (horário de Brasília/DF).
-
Ter, 17 Mar 2020 18:37:00 -0300
Orientação a bolsistas e coordenadores de projetos apoiados pelo CNPq
Orientação para bolsistas e coordenadores de projetos afetados pelas restrições resultantes das medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírusConsiderando as restrições impostas pelas medidas preventivas adotadas pelo Governo Federal e governos estaduais, com vistas ao enfrentamento à pandemia do Coronavírus, o CNPq ressalta que está ciente e sensível às dificuldades de trabalho e pesquisa resultantes desse cenário. Dessa forma, orientamos bolsistas e coordenadores de projetos apoiados pelo CNPq que estejam passando por problemas decorrentes dessas limitações a entrarem em contato por meio dos canais já estabelecidos ou por nossa Central de Atendimento, apresentando, detalhadamente, a situação. Estamos organizados para receber as demandas e avaliá-las, caso a caso, com a devida atenção que o momento exige.
A Central de Atendimento do CNPq pode ser acessada pelo e-mail atendimento@cnpq.br, a qualquer hora, ou pelo telefone +55 61 3211-4000, das 8:00h às 20:00h (horário de Brasília/DF).
-
Sex, 13 Mar 2020 14:12:00 -0300
CNPq participa de simpósio sobre mulheres na ciência
Iniciativas de estímulo à inserção de meninas e mulheres nas ciências é tema de simpósio sediado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, que conta com a participação de diversas instituições de pesquisas, universidades e institutos federais.Iniciativas de estímulo à inserção de meninas e mulheres nas ciências é tema de simpósio sediado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, que conta com a participação de diversas instituições de pesquisas, universidades e institutos federais. O I Simpósio Brasileiro Mulheres em STEM (SMSTEM) tem por objetivo reunir representantes e participantes de projetos e iniciativas com propósitos de atrair jovens meninas e manter jovens estudantes e profissionais nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), bem como pessoas interessadas nas questões das mulheres no mercado de trabalho, desafios a serem enfrentados e ações para superá-los.
Profª Adriana Tonini participa de mesa redonda sobre inserção de meninas e mulheres na ciência
Na abertura, na manhã desta sexta-feira, 13, esteve presente a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Adriana Tonini, que também participará de mesa redonda nesta tarde para falar de ações do CNPq para promover o acesso de meninas e mulheres nas áreas de exatas, computação e engenharias.
Na mesa redonda, cujo tema é "Políticas públicas, institucionais e nas empresas para estimular a carreira da mulher em STEM", participam, ainda, Cristina Garcia (Diretora Científica da L'Oréal no Brasil) e Cristina Fernandes (Diretora de Talentos e Comunicação da White Martins/Linde plc - América do Sul). A mediação é da Professora do Departamento de Humanidades do ITA e Coordenadora do Projeto Mulheres em STEM2D, Sueli Sampaio Damin Custódio.
De acordo com a Profª. Adriana Tonini, "a realização do evento é fundamental para discutir a ampliação da participação das mulheres nas áreas STEM. É uma oportunidade para conhecer as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas nessa temática. Em outros eventos pelo Brasil, o assunto tem obtido bastante destaque, especialmente com a realização de painéis temáticos, como, por exemplo, na reunião da Associação Brasileira de Ensino de Engenharia, onde houve uma sessão sobre o assunto, ou na Reunião da Sociedade Brasileira de Computação, onde houve um workshop sobre o tema. Nesses espaços, tem sido possível também perceber a importância da contribuição do CNPq a esse debate, seja por meio dos projetos que financiamos em nossas chamadas de Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, seja por meio da discussão que ajudamos a promover e a consolidar". Em seguida, ressaltou a importância da primeira edição do Simpósio, esperando que ele tenha resultados expressivos em muito pouco tempo, de modo que, consolidada a presença feminina nessas áreas, edições futuras possam discutir também a própria produção científica das mulheres em STEM.
Sobre o evento
O intuito é compartilhar experiências, e criar uma rede de relacionamento entre os projetos e iniciativas, conhecer os programas em andamento, analisar o panorama atual das Mulheres em STEM, ampliando as conexões e integração entre os grupos, a fim de fortalecer a cooperação regional e nacional para que seja possível formular, implementar, avaliar e gerenciar diretrizes e políticas de C&T que integrem uma perspectiva de gênero.
O Simpósio inclui palestras de mulheres de reconhecida atuação/ou referência na área, mesas redondas com representantes de projetos de sucesso, sessão de apresentações orais e de pôsteres com os trabalhos que estão sendo desenvolvidos, além de rodas de conversa e uma sessão para discutirmos as ações para o futuro. Foram submetidos um total de 182 resumos estendidos para o evento, de todas as regiões do País, descrevendo projetos e iniciativas de incentivo à participação feminina em STEM. O Simpósio inclui ainda uma programação musical com apresentações de estudantes formados pelo Projeto Guri (http://www.projetoguri.org.br) e com apresentações de alunas e alunos do ITA.
-
Qui, 05 Mar 2020 15:08:00 -0300
Seminário reúne resultados no combate ao derramamento de óleo
MCTIC reuniu, nesta quarta, os INCTs e os sítios PELDs apoiados pelo programa Ciência no Mar MCTIC. As iniciativas receberam R$ 7,5 milhões para desenvolver projetos em resposta à emergência do derramamento de óleo na costa brasileira em 2019. As áreas de atuação foram segurança alimentar; controle e remediação; balneabilidade e impactos sobre ecossistemas.O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) reuniu nesta quarta-feira (4), em Brasília, os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e os Programas de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (Pelds) apoiados pelo programa Ciência no Mar MCTIC. As iniciativas receberam R$ 7,5 milhões para desenvolver projetos em resposta à emergência do derramamento de óleo na costa brasileira em 2019. As áreas de atuação foram segurança alimentar; controle e remediação; balneabilidade e impactos sobre ecossistemas.
Evento detalhou os próximos passos do Programa Ciência no Mar para 2020
Além de apresentar os resultados das iniciativas das redes de pesquisa, o Seminário de Monitoramento Marco Zero do Ciência no Mar também detalhou os próximos passos do programa: o lançamento de uma chamada nacional em parceria com outros órgãos do governo federal e as Fundações de Amparo à Pesquisa estaduais e um edital público para criação do Instituto Nacional do Mar (Inmar), uma organização pública para integrar os laboratórios e infraestrutura de pesquisa marítima.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou que o trabalho em redes é uma forma de otimizar recursos humanos, infraestrutura e conhecimento e que a união de diferentes entidades é importante para enfrentar grandes problemas.
"Esse programa começou em uma situação de emergência, o derramamento de óleo, e a ciência soube responder junto com outros setores. No caso do coronavírus, nós também estamos aqui para responder. A ciência e a tecnologia podem ajudar o país a solucionar emergências e a termos planos de contingência. A gente tem capacidade e o MCTIC está aqui para unir essas redes e obter resultados de curto, médio e longo prazo", destacou.
Já o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales, explicou que a criação do Inmar se dará por meio de uma organização social escolhida por chamada pública, enquanto o edital de projetos para 2020 terá como temas as áreas de segurança alimentar; balneabilidade e impactos na saúde da população; impactos sobre ecossistemas; e controle e remediação.
"O edital de projetos de 2020 a gente está articulando com as Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados e outros atores, como o Ministério do Meio Ambiente, fundos já existentes para que a chamada seja robusta. A gente teve essa experiência no CNPq, na crise do Zika, e fez uma chamada para enfrentar o problema de forma organizada. Já o Inmar vai ser um marco histórico. Nós teremos uma organização social em que os equipamentos, laboratórios de pesquisa marítima serão otimizados dentro de uma única instituição", detalhou.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTIC), João Luiz Filgueiras de Azevedo, detalhou o processo de escolha dos projetos apoiados na fase da ação emergencial do programa. "A grande função que coube ao CNPq foi o trabalho de identificação das competências do país, em particular as redes de pesquisa já consolidadas. Foram 7 projetos aprovados, envolvendo 9 redes de pesquisa, 7 INCTs e 2 sítios Peld. Nós buscamos redes de pesquisa que já tivessem demonstrado um desenvolvimento contínuo e consistente de pesquisas científicas nas áreas relacionadas aos temas prioritários da ação emergencial", expôs.
Já o diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, elogiou a comunidade científica que trabalhou junto com a Marinha e outros órgãos durante a emergência do derramamento de óleo e a articulação entre diferentes atores para resolver problemas e prevenir desastres.
"A Marinha estuda forma de dar corpo e institucionalizar essa assessoria científica ao Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) de forma inclusiva e com grande participação de todos os atores. Não serão projetos de pesquisa isolados, mas a articulação entre eles, somados à infraestrutura de pesquisa, que permitirão ações de conhecimento científico, prevenção de desastres e respostas rápidas em situação de ameaça, como a que foi estimulada pelo derramamento de óleo", pontuou.
Ciência no Mar MCTIC
O Ciência no Mar é um programa do MCTIC de gestão à pesquisa brasileira em águas oceânicas com duração prevista até 2030. Reúne seis linhas temáticas: gestão de riscos e desastres; mar profundo; zona costeira e plataforma continental; circulação oceânica, interação oceano-atmosfera e variabilidade climática; tecnologia e infraestrutura para pesquisas oceanográficas e biodiversidade marinha.
Confira todas as ações do programa Ciência no Mar e as ações de cada rede de pesquisa no site http://ciencianomar.mctic.gov.br/
Fonte: ASCOM/MCTIC
-
Sex, 28 Fev 2020 16:22:00 -0300
Prazo prorrogado para Chamada de créditos da AWS
A Chamada CNPq/AWS Nº 032/2019 - Acesso às Plataformas de Computação em Nuvem da AWS (Cloud Credits for Research), que visa oferecer a pesquisadores brasileiros a oportunidade de utilizar créditos promocionais da AWS, teve prazo de submissão prorrogado para 15 de março. A AWS disponibilizou ferramentas para sanar dúvidas por parte dos pesquisadores interessados.A Chamada CNPq/AWS Nº 032/2019 - Acesso às Plataformas de Computação em Nuvem da AWS (Cloud Credits for Research), que visa oferecer a pesquisadores brasileiros a oportunidade de utilizar créditos promocionais da AWS, teve prazo de submissão prorrogado para 15 de março.
A iniciativa é fruto do acordo assinado entre as duas instituições, em outubro de 2019 e faz parte do Programa AWS Cloud Credits for Research, conectando a AWS ao CNPq como parte do compromisso e investimento em educação e desenvolvimento tecnológico que a empresa realiza no país.
A AWS disponibilizou ferramentas para sanar dúvidas por parte dos pesquisadores interessados. Uma delas é um vídeo tutorial sobre como utilizar a Simple Monhtly Calculator, com a sistemática para o cálculo de custos dos serviços a serem solicitados pelos pesquisadores em seus projetos (a Chamada oferece 'vouchers' da AWS para que os pesquisadores tenham acesso a serviços de processamento de informações pelas plataformas da Amazon), disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=pAucv_29kzU&feature=emb_logo
Além disso, a AWS possui uma biblioteca de recursos, com acessos a conteúdos que podem tirar algumas dúvidas dos pesquisadores: Conceitos básicos ou Estimativa de custo
Saiba mais sobre a chamada:
QUEM PODE PARTICIPAR?
Para apresentar a proposta é preciso:
- Possuir o título de Doutor
- Ser coordenador do projeto
- Ter vínculo com a instituição de execução da proposta
- Ter currículo na Plataforma Lattes atualizado
COMO DEVE SER A PROPOSTA?
Os projetos de pesquisa devem seguir as seguintes linhas temáticas:
a) Linha Temática 01 - Tecnologia Aeroespacial;
b) Linha Temática 02 - Energias Renováveis;
c) Linha Temática 03 - Transformação Digital;
d) Linha Temática 04 - Biodiversidade;
e) Linha Temática 05 - Biotecnologia; e
f) Linha Temática 06 - Mineração e Segurança de Barragens.
Além disso, as propostas precisam ser estruturadas no modelo apresentado no anexo da Chamada, descrevendo, entre outros itens, os serviços nas plataformas da AWS e demais serviços virtuais da AWS (disponíveis em https://aws.amazon.com/pt/products/) a serem utilizados no projeto de pesquisa e qual é o valor previsto de acordo com o simulador visto na AWS em https://calculator.s3.amazonaws.com/index.html
QUAIS BENEFÍCIOS OS PROJETOS SELECIONADOS RECEBERÃO?
Os projetos contemplados receberão créditos promocionais da AWS para acesso e utilização das plataformas disponibilizadas na forma de computação em nuvem, incluindo a transmissão, recepção e segurança de dados inerentes aos serviços prestados pela AWS.
Esses créditos serão oferecidos por meio de "Voucher" no limite de US$ 15.000,00 (quinze mil dólares americanos) para cada projeto, a serem utilizados por um período de até 12 meses corridos a partir da data de aprovação do projeto.
Ao todo, a chamada prevê recursos no valor global de US$ 400.000,00 (quatrocentos mil dólares americanos), oriundos do orçamento da AWS.
ATÉ QUANDO A PROPOSTA PODE SER SUBMETIDA?
O Prazo para a submissão da Chamada foi prorrogado para o dia 15 de março de 2020.
COMO POSSO TER MAIS INFORMAÇÕES?
Para mais informações sobre a Chamada, acesse aqui.
Se ainda houver dúvidas, entre em contato com a Central de Atendimento do CNPq, disponível pelo telefone +55 61 3211-4000, das 08:00 às 20:00, por meio do e-mail atendimento@cnpq.br ou do formulário http://cnpq.br/web/guest/central-de-atendimento.
A AWS também dispõe de um canal todas as quintas-feiras, às 14h, com acesso por meio do Amazon Chime usando o link https://chime.aws/7552070333 ou pelos telefones: 4680-2865 ou 0800-8785028
-
Ter, 18 Fev 2020 15:30:00 -0300
CNPq cumpre compromissos assumidos pela Ciência Aberta no Brasil
O CNPq participou da IX Reunião Bimestral do Compromisso pela Ciência Aberta no 4º Plano de Ação da OGP Brasil, quando foram apresentadas as realizações de 2019 no âmbito dessa iniciativa. A Diretora do CNPq, Profª Adriana Tonini, Coordenadora do Ciência Aberta no CNPq, apresentou Relatório sobre a conclusão de 100% do marco 5, coordenado pelo CNPqO Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) participou, no último dia 14/02, da IX Reunião Bimestral do Compromisso pela Ciência Aberta no 4º Plano de Ação da OGP (Open Government Partnership) Brasil, quando foram apresentadas as realizações de 2019 no âmbito dessa iniciativa. Cabe ao CNPq a coordenação do Marco 5 do Compromisso 3 do 4º Plano de Ação Nacional em Governo Aberto. Esse compromisso prevê o estabelecimento de mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da ciência aberta no Brasil e o marco 5 atua na articulação com agências de fomento para a implantação de ações de apoio à Ciência Aberta.
Na ocasião, a Diretora do CNPq, Profª Adriana Tonini, Coordenadora do Ciência Aberta no CNPq, apresentou o Relatório de Status de Execução de Compromisso do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Parceria para Governo Aberto ¿ Open Government Partnership ¿ OGP, sobre a conclusão de 100% do marco 5, coordenado pelo CNPq. Tonini falou, também, sobre as conquistas realizadas no ano de 2019, tais como: a Aprovação pelo Fórum de Coordenadores e Procuradoria Federal do CNPq no modelo do texto padrão de chamada do incentivo a publicação em acesso aberto; o Trabalho de Sensibilização dos Comitês de Assessoramento do CNPq; Curso de capacitação dos servidores do CNPq, voltado à Ciência Aberta; e Articulações e elaboração do acordo de cooperação CNPq/IBICT em Ciência Aberta - ação voltada ao lançamento da Plataforma Lattes Data, o que resultou no alcance de 100% das entregas previstas no marco 5 da OGP.
O Lattes Data é um repositório federado de acesso aberto para dados de pesquisa, ação que situa o CNPq como referência brasileira relativamente ao elemento Dados Abertos de Pesquisa. O objetivo é disponibilizar o acesso ao conhecimento, compartilhamento e reuso de dados pela comunidade científica e acompanhamento pela sociedade. Ele também permitirá armazenar os dados gerados pelas pesquisas científicas financiadas com recursos públicos oriundos do CNPq, de modo a manter sua preservação no longo prazo, e assentar institucionalmente a governança dos dados científicos.
¿É uma plataforma que pode ser desenvolvida de forma complementar ao OASIS-BR e com padrões compatíveis com o OpenAire Open Access Infrastructure for Research in Europe, repositório de acesso aberto da União Européia., que já possui mais de 9.800.000 registros de dados de pesquisa, inclusive com razoável participação de dados brasileiro. Assim, podemos construir um repositório integrável àquele instrumento europeu, tornando o Brasil importante ator neste segmento¿, afirmou Tonini.
O Plano de Ação
A Parceria para Governo Aberto (Open Government Partnership ¿ OGP) foi oficializada em 2011. Atualmente o Brasil está em seu 4º Plano de Ação, que contém 11 compromissos, que envolvem mais de 80 instituições entre organizações da sociedade civil e órgãos da Administração Pública (Federal, Estaduais e Municipais), sempre com o intuito de fortalecer os princípios de transparência, participação cidadã, inovação, prestação de contas e responsabilização (accountability).
O Compromisso 3 do 4º Plano de Ação consiste em estabelecer mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da ciência aberta no Brasil, e foram estabelecidos 9 marcos para o seu devido cumprimento. O compromisso pretende avançar nos processos relacionados à disponibilização de dados abertos de pesquisa científica por meio do aprimoramento de instrumentos de governança. A conceituação de ciência aberta é ampla, ora é definida como um movimento de acesso ao conhecimento científico acessível a todos, mas apesar da variação nos conceitos, é invariável a aceitação de que os dados científicos devem ser localizáveis, interoperáveis, reprodutíveis e reutilizáveis.
Além de assumir a coordenação do Marco 5, o CNPq participa dos Marcos 7 e 9: implantação de infraestrutura federada piloto de repositórios de dados de pesquisa; e, proposição de conjunto de indicadores para aferição da maturidade em Ciência Aberta, respectivamente. As ações deste compromisso corroboram também com objetivos da Agenda 2030, dentre os quais destacamos, dentro do objetivo 9: ¿Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação¿, o item 9.5 - Fortalecer a pesquisa científica, melhorar as capacidades tecnológicas de setores industriais em todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, inclusive, até 2030, incentivando a inovação e aumentando substancialmente o número de trabalhadores de pesquisa e desenvolvimento por milhão de pessoas e os gastos público e privado em pesquisa e desenvolvimento.
Perspectivas
Os próximos passos esperados da arquitetura de integração e disseminação, segundo a Diretora do CNPq, é, entre outros, validar o acesso ao texto completo de teses e dissertações, registradas no OASISBR pelas bibliotecas universitárias e de instituições de pesquisa, no Currículo Lattes e o acesso ao texto completo de publicações, registradas no OASISBR pelas instituições cooperantes. Além disso, pretende-se promover a inclusão de publicações presentes no Lattes no OASISBR, acarretando sua disseminação para os repositórios LaReferencia, RCAAP e OpenAIRE e a inclusão de registros relativos a dados de pesquisa depositados no Lattes Data. Por fim, pretende-se disseminar, nos repositórios LA Referencia, RCAAP e OpenAIRE, dos dados de pesquisa de positados no Lattes Data.
Tonini aponta como os principais desafios a sensibilização interna, de outras instituições e da comunidade científica para novas iniciativas. A Diretoria também aponta a necessidade de aprofundamento da articulação com parceiros, discutindo questões sobre a disponibilização dos relatórios de pesquisa e dos dados abertos, e a regulamentação que definirá a Política Nacional para a Ciência Aberta.
¿Internamente ao CNPq, o modelo de Chamadas Públicas do CNPq foi alterado para conter diretrizes incentivando a inclusão dos dados de pesquisa produzidos no repositório Lattes Data¿, anunciou Tonini.
-
Sex, 14 Fev 2020 16:25:00 -0300
Brasil detém segunda maior base de dados de produtos naturais
Um banco de dados com informações detalhadas sobre mais de 54 mil compostos oriundos da biodiversidade brasileira foi criado por meio de uma colaboração entre o Instituto de Química da Unesp em Araraquara e o Chemical Abstracts Service (CAS) ¿ divisão da Sociedade Americana de Química. A iniciativa conta com a participação de pesquisadores brasileiros, bolsistas do CNPq.Um banco de dados com informações detalhadas sobre mais de 54 mil compostos oriundos da biodiversidade brasileira foi criado por meio de uma colaboração entre o Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ-Unesp) em Araraquara e o Chemical Abstracts Service (CAS) - divisão da Sociedade Americana de Química.
O processo de sistematização das informações acaba de ser concluído e o Brasil passa a ser detentor da segunda maior base de dados sobre produtos naturais do mundo, atrás apenas da China.
Disponível em plataforma on-line e gratuita, o repositório reúne informações sobre ocorrência, estrutura química, dados analíticos e química medicinal, além de contar com uma relação de artigos publicados sobre cada elemento. Dessa forma, a coleção permite que cientistas da academia e da indústria pesquisem, analisem e comparem a química de compostos bioativos naturais, facilitando o estudo e a criação de novos produtos químicos ou medicinais.
"O acesso amplo e aberto da comunidade científica ao banco de dados é essencial para que a ciência e a tecnologia avancem no país. A sistematização das informações traz maior eficiência à pesquisa, pois evita a repetição de estudos e facilita a formulação de novas hipóteses com base em descobertas anteriores. Com a coleção, fica mais fácil identificar alvos ainda não bem estudados", disse Vanderlan Bolzani, professora titular do IQ-Unesp e bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Bolzani é, ainda, membro da coordenação do Programa BIOTA-FAPESP e do Conselho Superior da FAPESP.
Bolzani ressalta que, em razão de sua rica biodiversidade, o país conta com enorme potencial para a produção de conhecimento e de produtos com valor agregado ¿ incluindo medicamentos naturais ou derivados, suplementos alimentares, cosméticos e materiais para controle de pragas e parasitas agrícolas.
"O Brasil reúne aproximadamente 20% de todas as espécies do planeta. Esse banco de dados é estratégico para ampliar nosso conhecimento sobre a biodiversidade brasileira", disse Bolzani.
A compilação de informações de produtos naturais vem sendo feita há seis anos pela pesquisadora Marilia Valli, sob a supervisão de Bolzani, que também é coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Produtos Naturais (INCT-BioNat) e vice-coordenadora do Centro de Inovação em Biodiversidade e Fármacos, (CIBFar), um dos CEPIDs da FAPESP.
O banco de dados do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais (NuBBE Database) foi criado por meio da colaboração entre o núcleo da Unesp e o Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC), liderado por Adriano D. Andricopulo , do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) e também bolsista PQ 1A do CNPq.
Desde o ano passado, a diretora do CAS Brasil, Denise Ferreira , vem atuando no acordo de colaboração CAS-EUA, dando impulso ao projeto para a criação do banco de dados de produtos da biodiversidade brasileira. A divisão da Sociedade Americana de Química possui uma equipe ampla e com experiência técnica na curadoria de informações, verificação e mineração de dados.
A iniciativa reuniu informações contidas em mais de 30 mil artigos publicados em revistas científicas, chegando a 51.973 compostos de plantas nativas do Brasil. Somam-se a esses compostos outros 2.219 que vêm sendo sistematizados no banco de dados do NuBBE Database, da Unesp. Ao todo são 54.192 compostos na coleção.
A equipe do CAS fez a seleção das informações, a ligação com a fonte de referência bibliográfica, a identificação das moléculas e a preparação de arquivos de transferência de dados para a incorporação ao NuBBE Database.
Essa foi a primeira vez que o CAS realizou o licenciamento (doação) para uma base como a do NuBBE, que é de acesso público. Geralmente, a entidade cobra pelo acesso aos seus dados.
De acordo com Ferreira, o acordo inédito foi uma forma de apoiar a ciência brasileira após a destruição do Museu Nacional no Rio de Janeiro por um incêndio, em 2018.
Fonte: Agência FAPESP
-
Ter, 11 Fev 2020 17:50:00 -0300
CNPq e FAPDF ampliam fomento para participação de meninas nas ciências e tecnologias
Incremento da Chamada 31/2018 é fruto de acordo firmado entre CNPq e FAPDF. Anúncio é feito na data em que se comemora o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Serão R$ 486 mil para 12 projetos do Distrito Federal, classificados e aprovados pela comissão julgadora da Chamada.O dia 11 de Fevereiro foi adotado como o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência em 2015. É uma iniciativa da Unesco e da ONU Mulheres, com a colaboração de instituições e parceiros da sociedade civil, para destacar a importância do acesso e participação igualitária das mulheres e meninas nas ciências e tecnologias.
Ao considerar que as mulheres e as meninas desempenham um papel fundamental nas comunidades da ciência e tecnologia e sua participação deve ser fortalecida e fomentada, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anuncia a inclusão de 12 novos projetos apoiados no âmbito da Chamada Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, lançada em 2018 pela agência. Esse incremento está inserido no acordo celebrado esta semana com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), que destina R$ 486 mil para atender projetos classificados e aprovados em segunda prioridade no Distrito Federal pela comissão julgadora da Chamada.
A Chamada CNPq/MCTIC nº 31/2018 - Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação passa a contar com o total de 80 projetos apoiados, que desenvolvem ações de estímulo à participação e à formação de meninas e mulheres para as carreiras de ciências exatas, engenharias e computação.
Profª Adriana Tonini assina Acordo de Cooperação com a FAP-DF para ampliar fomento a projetos de estímulo à inserção de meninas nas ciências. Foto: Roberto Hilário/CNPq
"Agora é buscar que os estados se sensibilizem para novos acordos, porque nós aprovamos 78 projetos, mas tivemos 500 avaliados com mérito e que estão esperando recursos para serem apoiados", explicou a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini. ¿Então, estamos buscando parcerias com os governos estaduais para apoiar esses projetos. É o que o DF está fazendo por esse acordo que assinamos", completa.
Os projetos atendem estudantes do Ensino Público Fundamental a partir do 6º ano, e de Ensino Médio Público da Educação Básica e abrangem mais de 300 escolas em todo o país. "Esse é um diferencial", afirma Tonini. "Eu participei bem ativamente do desenho da chamada de forma que o recurso que a gente tinha pudesse ganhar dimensão a partir do momento em que a ação é replicada nas escolas. Então, com 78 projetos eu consigo chegar em torno de 360 escolas públicas de educação básica", finalizou.
A Diretora ressalta a importância de trabalhar com meninas ainda no Ensino Fundamental. Segundo ela, é nessa fase em que é possível desconstruir, mais facilmente, a idéia de que determinadas áreas do conhecimento são naturalmente destinadas a meninos. "Se você trabalhar com a adolescente apenas quando ela já estiver definindo a formação, lá com 17 anos, já se perdeu um período de estimulo para essas áreas. Ela já desconstruiu o gostar dessas áreas, por achar que são mais masculinas", afirmou. E reforçou que o interesse pode vir naturalmente se as meninas tiveram estímulos iguais "por meio do lúdico, dos jogos, de kits de programação, kits de laboratórios de reações químicas, por exemplo". "Tem várias formas de você estimular e despertar esse gostar", finaliza, Tonini.
Histórico
A Chamada de 2018 representa a continuidade da ação iniciada em 2013, quando foi lançada a primeira chamada - Chamada CNPq/MCTI/SPM-PR/Petrobras nº 18/2013 - Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação, pela qual foram apoiados 325 projetos. Adriana Tonini lembra que essas iniciativas estão no âmbito do programa "Mulher e Ciência" da agência, que compreende, ainda, outras ações de estímulo à equidade de gênero nas atividades científicas e tecnológicas.
Criado em 2005, com parceria entre o CNPq, os Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério da Educação, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a ONU Mulheres, o programa promoveu chamadas, encontros e premiações de estímulo à produção científica e tecnológica das mulheres.
Destacam-se, além das chamadas públicas, a realização de 10 edições do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero e a participação no Programa de cooperação sobre o Avanço Global das Mulheres no âmbito do Memorando de Entendimento Brasil-EUA, com visitas de cientistas brasileiras aos EUA e cientistas americanas ao Brasil, entre outras ações. Além disso, o Conselho tem atuado na área de divulgação científica com a implementação do projeto "Pioneiras nas Ciências", destinado a contribuir com a divulgação das histórias das mulheres nas C&T para as meninas se inspirarem e também contribuir com a mudança da imagem do cientista restrita a um representante do sexo masculino, com sete edições e 89 verbetes.
-
Qui, 16 Jan 2020 13:07:00 -0300
Bolsista do CNPq tem tese premiada em Londres
Tese sobre a relação da dengue em grávidas com a saúde do bebê foi escolhida como a melhor de 2019 no The Bradford-Hill Prize. O trabalho foi desenvolvido pela pesquisadora associada do Cidacs/Fiocruz Bahia, Enny Paixão durante seu doutorado em epidemiologia na London School of Hygiene & Tropical Medicine, no qual foi bolsista do CNPq, sob a orientação da professora Laura Rodrigues.A pesquisadora associada do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), Enny Paixão, teve sua tese escolhida como a melhor de 2019 pelo Bradford-Hill Prize. A tese foi desenvolvida durante o doutorado em epidemiologia na London School of Hygiene & Tropical Medicine, do qual foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O trabalho foi realizado sob a orientação da professora Laura Rodrigues, uma das parceiras do Cidacs.
Enny venceu na categoria de metodologias estatísticas ao utilizar grandes bases de dados, como o Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc, do Sistema Único de Saúde - SUS) e integração (Linkage) de duas ou mais bases. Alguns achados de sua pesquisa são os que apontam que a dengue aumenta em três vezes o risco de morte, dobra a chance do bebê nascer prematuro, aumenta as chances de bebê natimorto, ou com doenças neurológicas. O Cidacs é vinculado ao Instituto Gonçalo Moniz - Fiocruz Bahia e, a partir de dados secundários busca responder questões de saúde pública, baseado em estratégias como Big Data, usando bases com até 114 milhões de indivíduos.
Enfermeira de formação, a pesquisadora tem mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atua nas pesquisas da Plataforma Zika, uma plataforma de estudos que investiga as consequências da Zika no Brasil e foi estruturada pelo Cidacs em parceria com diversas instituições brasileiras e internacionais. Ela também ganhou o prestigioso Sir Wellcome Posdoctoral Fellowship, outro importante reconhecimento de seu trabalho científico.
Veja alguns dos artigos de Enny:
Dengue aumenta em três vezes o risco de morte materna: https://cidacs.bahia.fiocruz.br/?p=2595
Dengue aumenta as chances de bebê natimorto, indica estudo: https://cidacs.bahia.fiocruz.br/?p=721
Dengue na gravidez dobra a chance do bebê nascer prematuro: https://cidacs.bahia.fiocruz.br/?p=5794
O CIDACS
Criado em 2016, o Cidacs realiza estudos e pesquisas com base em projetos interdisciplinares originados na vinculação de grandes volumes de dados, no âmbito das suas plataformas: Coorte de 100 Milhões de Brasileiros; Plataforma Zika; Tecnologias e Inovações para o SUS; Equidade e Sustentabilidade Urbana; Bioinformática e Epidemiologia Genética (Epigen). Além disso, o Cidacs desenvolve novas metodologias investigativas e promove capacitação profissional e científica.
A missão do Centro é contribuir com a produção de conhecimentos científicos inovadores para ampliar o entendimento dos determinantes e das políticas sociais e ambientais sobre a saúde da população. Esses estudos visam auxiliar e apoiar a tomada de decisões em políticas públicas em benefício da sociedade. Para tanto, o Cidacs conta com equipes multidisciplinares com formação em diversas áreas, como epidemiologia, saúde coletiva, estatística, economia, bioinformática e computação.
-
Seg, 13 Jan 2020 15:17:00 -0300
Nova Estação Antártica Comandante Ferraz será inaugurada nesta quarta-feira
O fomento a pesquisas na Antártica, com apoio do CNPq, por meio do PROANTAR, cumpre com o Tratado da Antártica, assinado pelo Brasil, garantindo o direito do país de participar de decisões sobre a região. Além disso, o CNPq apoia o INCT da Criosfera, dedicado à pesquisa antártica.O Brasil inaugura nesta quarta-feira (15)* as novas instalações da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). O ato solene terá a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, e do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
O evento será transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pelas redes sociais do MCTIC e nos perfis do ministro Marcos Pontes. E na cerimônia de inauguração dos laboratórios de pesquisa, ás 17 horas, teremos uma teleconferência ao vivo com o Presidente Bolsonaro com conexão direto com Brasília.
A presença do MCTIC mostra a relevância da permanência do Brasil no Tratado da Antártida de 1959, reafirmando o compromisso do governo federal com o desenvolvimento de atividades científicas, particularmente as ligadas às questões climática e ambiental.
Estudar a Antártica é entender o Brasil. Apesar de parecer longínquo, a Antártica está mais próxima das capitais dos estados do Sul do que Roraima, por exemplo. As novas instalações da estação Comandante Ferraz, que substituirão as destruídas em um incêndio ocorrido em 2012, caracterizam um avanço da presença brasileira no continente gelado.
A nova estação foi projetada para prover a melhor infraestrutura de pesquisa possível para a geração de novos conhecimentos, possibilitando a permanência estendida dos pesquisadores em suas instalações com foco na segurança total de seus ocupantes.
Nos últimos anos, o MCTIC investiu R$ 18 milhões na pesquisa antártica. Em 2019, o MCTIC destinou R$ 2 milhões para equipar a nova estação com oito laboratórios, de biociências, bioensaios I e II, triagem, uso comum, microbiologia, biologia molecular e química.
O MCTIC é também responsável por coordenar as políticas públicas voltadas para a pesquisa no continente.
Com o compromisso de fomentar a pesquisa, foi lançada a Chamada CNPq/MCTIC/CAPES/FNDCT nº 21/2018 - Programa Antártico Brasileiro - Proantar.
Esta é a maior chamada de pesquisa, em volume de recursos investidos, de todo o Proantar. O valor global destinado à Chamada foi de R$ 18 milhões, sendo R$ 12 milhões do MCTIC. Por se tratar de um programa prioritário do governo do presidente Jair Bolsonaro, os recursos provenientes do MCTIC, R$ 9 milhões já foram quitados e em agosto de 2020 está previsto o pagamento da terceira e última parcela de recursos advindos do FNDCT/MCTIC no valor de R$ 3 milhões.
Além disso, em anos anteriores, o MCTIC destinou R$ 4 milhões para apoiar campanhas de pesquisa à Antártica a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano e do Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, de maneira a manter a operação e manutenção dos navios antárticos e dos equipamentos científicos a bordo a fim de coletar dados de importância estratégica para o avanço e consolidação das atividades do PROANTAR, atendendo as necessidades dos pesquisadores antárticos. O navio polar Almirante Maximiano foi comprado com R$ 69 milhões em recursos do MCTIC em 2008 e, posteriormente, incorporado à Marinha do Brasil em 2009.
Pesquisa na Antártica
Na última Chamada Proantar foram aprovados 19 projetos de pesquisa que contemplam as orientações do Comitê Científico de Pesquisa Antártica (SCAR ¿ Scientific Committee on Antarctic Research), e do documento Ciência Antártica para o Brasil ¿ Plano de Ação 2013 a 2022.
Os projetos apoiados estão relacionadas a mudança do clima, ventilação oceânica e ciclo do carbono, absorção do gás carbônico atmosférico, efeitos das mudanças climáticas nos ecossistemas marinhos antárticos, pesquisa de microrganismos oriundos do ambiente marinho com potencial biotecnológico, bioprospecção de substâncias para uso na medicina, indústria e agricultura, registro de fósseis, aspectos biológicos, neurobiológicos e sociais relacionados às pessoas que participam das expedições na antártica em regime de confinamento, entre outros.
Devido à proximidade entre os dois continentes, a América do Sul tem seu clima fortemente influenciado por mudanças ocorridas na Antártica. Mesmo a formação da configuração geográfica atual das duas regiões apresenta relação, tendo trazido consequências ambientais para ambas. Nesse sentido, investigar sobre as mudanças na circulação do oceano Austral, a variação do manto de gelo antártico e as mudanças climáticas ocorridas naquela região é fundamental para o Brasil. Os resultados neste campo ocorrem com o aprimoramento das previsões de tempo e clima do Brasil e de todo o continente sul-americano. O estudo do papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul monitora as variações do manto antártico e é essencial para elaborar os possíveis cenários futuros de mudança climática no Brasil.
No campo da biotecnologia, entre os potenciais impactos da pesquisa, por exemplo, destacam-se benefícios para as áreas da medicina, com a formulação de medicamentos, da agricultura, no desenvolvimento de novos pesticidas e herbicidas, e da indústria, na fabricação de produtos como anticongelantes e protetores solares.
Finalmente, a linha temática de geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul visa compreender os mecanismos que levaram à configuração geográfica atual da Antártica e as consequências ambientais das mudanças ocorridas no continente. Nesse contexto, a existência de campos de petróleo na região, ainda que protegidos pelo Protocolo de Madri, reforça o caráter econômico e geopolítico das pesquisas antárticas.
INCT da Criosfera
Além dos projetos contemplados pela Chamada CNPq, há um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) dedicado à pesquisa Antártica: o INCT da Criosfera. Este Instituto integra nove laboratórios associados dedicados aos estudos da variabilidade de diferentes componentes da massa de gelo planetária (gelo marinho antártico, geleiras e o manto de gelo antártico, geleiras andinas, permafrost) e sua resposta às mudanças climáticas. As ações são concentradas na Antártica e na Cordilheira dos Andes, envolvendo pesquisas sobre o impacto das mudanças do clima nas geleiras e consequências para o nível do mares, a reconstrução paleoclimática e da química da atmosfera a partir de testemunhos de gelo, o papel do gelo marinho e plataformas de gelo na circulação atmosférica e oceânica e a resposta do permafrost (solo congelado) às mudanças do clima e a investigação de conexões entre as regiões polares e o meio-ambiente sul-americano. Este último tópico inclui a investigação dos processos de interação oceano-atmosfera no Oceano Atlântico Sul e no Oceano Austral e o impacto para a previsão de tempo e clima na região sul-sudeste do Brasil. O Instituto Naciona de Ciência e Tecnologia ainda monitora e avalia as consequências socioeconômicas decorrentes da rápida redução do gelo marinho ártico e também busca organismos extremófilos em ambientais glaciais.
Proantar
O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que em 2020 completa 38 anos de atuação, é um programa de Estado cujos objetivos estão relacionados, por exemplo, à produção de conhecimento científico sobre a Antártica e suas relações com o restante do sistema climático global, envolvendo a criosfera, os oceanos, a atmosfera e a biosfera.
O programa, instalado oficialmente no final dos anos 1970, conta com a participação de membros da comunidade científica desde o verão de 1982/83. Em 2020, o Tratado da Antártica comemora 61 anos de assinatura. O Brasil é membro pleno do Tratado da Antártida desde 1975.
O PROANTAR tem como propósito a realização de substancial pesquisa científica na região antártica, assegurando continuidade, expansão e diversidade das pesquisas, com a finalidade de compreender os fenômenos que ali ocorrem e sua influência sobre o território brasileiro, contribuindo assim, para a efetivação da presença brasileira na região.
O incidente que ocasionou a perda da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) em 2012 não interrompeu as atividades da pesquisa brasileira na Antártica. Pelo contrário, o Brasil imprimiu aos meios logísticos disponíveis (navios, acampamentos, refúgios e módulos automatizados) uma crescente demanda de atendimento para a consecução dos objetivos dos projetos de pesquisa. Assim, a nova EACF teve sua construção iniciada em 2016/2017. Atualmente o Brasil participa com um programa científico diversificado, com repercussão internacional, ora executado por 19 projetos de pesquisa e por um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia.
Fonte: ASCOM/MCTIC
*matéria atualizada em 15/01/2020 às 09h53 pois a inauguração foi adiada devido ao mau tempo no dia previsto inicialmente (14/01)
-
Sex, 10 Jan 2020 12:01:00 -0300
Inscrições abertas para Prêmio de iniciação científica e tecnológica
Todos os premiados e o representante da instituição agraciada com o Mérito Institucional recebem passagens aéreas e diárias para participar da próxima Reunião Anual reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a ser realizada em julho de 2020, em Natal (RN), onde receberão a premiação.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriu as inscrições para a 17ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica esta semana.O Prêmio é atribuído em três categorias: Bolsista de Iniciação Científica, Bolsista de Iniciação Tecnológica e Mérito Institucional.
O objetivo é o de reconhecer e premiar os bolsistas de Iniciação Científica e de Iniciação Tecnológica do CNPq, cujos relatórios finais se destacaram pela relevância e pela qualidade, bem como as instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC e PIBITI) que contribuíram para alcançar os propósitos do programa.
Para submeter as propostas, as coordenações do PIBIC e do PIBITI das universidades e das instituições de pesquisa, encaminharão ao CNPq, por e-mail, até as 18 horas (horário de Brasília) do dia 09 de março de 2020, os melhores relatórios, classificados ou premiados pelo comitê interno ou externo nas jornadas, salões ou seminários, realizados no 2º semestre de 2019.
Para cada uma das categorias - Bolsista de Iniciação Científica e Bolsista de Iniciação Tecnológica - serão premiados até três bolsistas, sendo um para cada grande área do conhecimento - Ciências da Vida; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.
As inscrições das instituições do PIBIC para concorrer na categoria Mérito Institucional serão automáticas, desde que apresentem bolsistas do PIBIC, PIBIC AF ou oriundos de quota do pesquisador, inscritos na categoria Bolsista de Iniciação Científica.
Os bolsistas vencedores receberão R$ 7 mil em dinheiro (valor bruto), bolsas de mestrado ou de doutorado e diploma.
A instituição agraciada na categoria Mérito institucional receberá cotas adicionais de bolsas PIBIC/PIBITI e um troféu.
Todos os premiados e o representante da instituição agraciada com o Mérito Institucional recebem passagens aéreas e diárias para participar da próxima Reunião Anual reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a ser realizada em julho de 2020, em Natal (RN), onde receberão a premiação.
O resultado do Prêmio será anunciado pelo CNPq até 29 de maio de 2020.
Para mais informações, acesse a página do Prêmio.
-
Ter, 07 Jan 2020 18:08:00 -0300
Doutores em áreas estratégicas: resultado final disponível
CNPq divulga o resultado final da Chamada CNPq N°01/2019 - Apoio à Formação de Doutores em Áreas Estratégicas. Lançada em janeiro de 2019, a seleção visa contribuir para o fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica por meio de projetos institucionais de cooperação entre Programas de Pós-Graduação consolidados e em consolidação.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado final da Chamada CNPq N°01/2019 - Apoio à Formação de Doutores em Áreas Estratégicas. Lançada em janeiro de 2019, a seleção visa contribuir para o fortalecimento da pesquisa científica e tecnológica por meio de projetos institucionais de cooperação entre Programas de Pós-Graduação consolidados e em consolidação. Contemplando a mobilidade discente e docente, além de fomentar a formação de recursos humanos para a pesquisa científica e tecnológica, também estimula a constituição e/ou fortalecimento de redes de pesquisa.
Os projetos institucionais foram construídos com base nos temas que compõem o documento Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2016-2022, norteador da política de ciência, tecnologia e inovação no país (https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/ciencia/SEPED/Publicacoes/ENCTI/PlanosDeAcao.html ).
A adesão das instituições foi significativa, tendo em vista se tratar de iniciativa piloto. Foram submetidas 81 propostas institucionais, entre as quais foram aprovadas, inicialmente, aquelas previstas no orçamento estipulado de R$ 26.640.000,00. Após, esse total foi ampliado para R$ 75.482.241,55, tendo sido possível atender a todos os projetos recomendados, por meio da concessão de bolsas de doutorado, de apoio técnico e de recursos para custeio.
O modelo construído é uma nova proposta do CNPq para a concessão de bolsas, agora distribuídas por meio de chamadas públicas com foco direcionado para temáticas prioritárias e estratégicas para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC. Busca-se, com isso, o equilíbrio entre ciência, tecnologia e inovação, ou seja, conhecimento, aplicação e impacto socioeconômico, permitindo o alinhamento contínuo com as temáticas definidas pelas estratégias e diretrizes na área de CT&I para o cumprimento da missão deste Conselho e a maximização do impacto socioeconômico dos investimentos.
Dessa forma, as bolsas de pós-graduação stricto sensu do CNPq podem continuar cumprindo com sua vocação de instrumento de implementação de Políticas Públicas, Programas e Projetos de Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação.
Veja aqui o resultado.
-
Ter, 17 Dez 2019 14:04:00 -0300
NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE CONCESSÃO DE BOLSAS DE MESTRADO E DOUTORADO NO PAÍS
O modelo de concessão de bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado) adotado pelo CNPq encontra-se em processo de reformulação. O modelo de concessão seguirá uma gradativa e contínua conversão do modelo antigo, de distribuição majoritária por quotas em Programas de Pós-Graduação (PPG), para um novo modelo de alocação majoritária por meio de chamadas públicas.O modelo de concessão de bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado) adotado pelo CNPq encontra-se em processo de reformulação. O modelo de concessão seguirá uma gradativa e contínua conversão do modelo antigo, de distribuição majoritária por quotas em Programas de Pós-Graduação (PPG), para um novo modelo de alocação majoritária por meio de chamadas públicas, com foco direcionado para modalidades e temáticas em áreas prioritárias e estratégicas para o MCTIC, vinculando as bolsas a projetos de pesquisa. As regras e critérios para implementação deste novo modelo estão presentemente sendo finalizados pelo CNPq, em paralelo com chamadas públicas objetivando sua implementação.
Essas medidas visam atender, essencialmente, ao cumprimento da missão do CNPq de fomentar pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação. Destaca-se, entretanto, que, no início de 2020, serão mantidas as indicações de bolsistas pelos PPG seguindo o modelo antigo de quotas, de modo a permitir uma transição gradual, enquanto o novo modelo é implementado.
Nota divulgada em 17 de dezembro de 2019
-
Seg, 16 Dez 2019 17:31:00 -0300
Reabertura do laboratório latino americano mais ao sul do planeta
Reabertura do Módulo Criosfera 1 no dia 12 de dezembroO Criosfera 1, laboratório latino americano mais ao sul do planeta, foi reaberto no dia 12 de dezembro e está em pleno funcionamento. O módulo é uma ação conjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (INPE) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e faz parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
Financiado pelo Ministério da Defesa (MD)/Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (FAPERGS), foi inaugurado em janeiro de 2012 na expedição científica liderada pelos professores Heitor Evangelista (UERJ) e Jefferson Cardia Simões (Centro Polar e Climático, UFRGS), bolsista de produtividade do CNPq.
Atuamente, estão trabalhando na manutenção e funcionamento do Criosfera cinco pesquisadores: quatro da UFRGS e um do INPE.
As pesquisas desenvolvidas também estão inseridas no INCT da Criosfera, um dos institutos do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo CNPq e MCTIC.
Figura 1: Equipe de pesquisadores responsáveis pela reabertura do módulo Criosfera 1.
O que é o Criosfera 1 e os benefícios para a sociedade brasileira
O Criosfera 1 é uma plataforma científica, autossustentável, usa apenas o sol e o vento para suprir toda a energia necessária aos equipamentos de pesquisa e uma estação meteorológica ao longo de todo ano. Permite investigar as interações entre as massas de ar antárticas e aquelas do Brasil, avançando o conhecimento sobre as frentes frias (friagens) e que afetam nossa produção agrícola.
Os sensores do módulo também amostram continuamente os componentes químicos da atmosfera. Destaca-se a medição da concentração do dióxido de carbono (CO2) atmosférico nesse que é um dos locais mais isolados e limpos da Terra. Ainda, ajuda na investigação de sinais de poluição global gerados pela atividade industrial e de mineração.
Os pesquisadores, acampados sobre a neve ao redor do Criosfera 1, após enfrentarem fortes ventos que abaixaram a sensação térmica para -40º C, recolocaram no ar vários equipamentos científicos (alguns parados há quase 12 meses devido à falta de manutenção).
Atualmente, funcionam no Criosfera 1 os seguintes equipamentos: estação meteorológica automática, medidor de concentração de CO2 (dióxido de carbono), detector de raios cósmicos e sistema coletor de aerossóis. Para que os equipamentos funcionem em um local tão remoto, o módulo deve ser energeticamente autossustentável. Assim, a energia solar e a energia eólica são fundamentais para a contínua observação de dados. O Criosfera 1 é totalmente automatizado, mas exige manutenção anual feita por expedição científica ao interior da Antártica.
Vida no local do Criosfera 1
Os pesquisadores habitam duas barracas e utilizam outras duas como cozinha e banheiro. No Criosfera 1, somente estão os equipamentos científicos, computadores e ferramentas. A temperatura nas barracas oscila ente -8º C e -18º C). A alimentação é normal, fazendo uso do maior frigorífico do mundo (o manto de gelo antártico), ou seja, congelados (carnes variadas, verduras, entre outros, são mantidas fora da barraca). Uma estufa, mantida por energia solar, derrete os congelados. Massas, arroz, cereais, queijo e, é claro, vinho chileno mantém a equipe em dieta hipercalórica, evitando hipotermia. Uma panela é mantida no fogão continuamente derretendo neve, assim, provendo água, principalmente para beber (desidratação e um perigo constante nas baixas temperaturas enfrentadas).
A equipe ficará no Criosfera 1 até o dia 20 de dezembro, quando então deve ser resgatada por uma aeronave com esquis.
-
Sex, 13 Dez 2019 18:52:00 -0300
CNPq e IBICT implementarão repositório de dados científicos
Instituições assinaram na terça-feira, 12, acordo para a criação do Lattes Data, plataforma de armazenamento de dados científicos do CNPq, no âmbito do compromisso pela Ciência Aberta.Um acordo entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Brasieiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) resultará na criação de uma plataforma de armazemanento de dados científicos, o Lattes Data. A iniciativa é uma expansão da Plataforma Lattes com o objetivo de armazenar e permitir acesso aos dados oriundos dos projetos fomentados pelo CNPq, permitindo compartilhamento e reuso pela comunidade científica e acompanhamento pela sociedade, além de múltiplas oportunidades de inovação.
O acordo foi assinado entre as instituições no dia 12 de dezembro, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), durante a 8ª Reunião de Acompanhamento do Compromisso 3, conhecido como "Compromisso pela Ciência Aberta".
O Lattes Data constitui-se numa das dimensões necessárias para implementação da Ciência Aberta no Brasil ao armazenar os dados de modo a manter sua preservação no longo prazo e assentar institucionalmente a governança dos dados científicos. Além disso, a materialização da Ciência Aberta no Lattes Data poderá tanto catalisar a investigação científica, promovendo o aumento da eficiência na produção da ciência, quanto potencializar o valor da informação científica gerada.
Para o ministro Marcos Pontes, a assinatura do acordo simboliza um momento muito especial por representar um alinhamento importante entre as instituições vinculadas ao CNPq. "Estou cada vez mais convencido que com ciência e tecnologia a gente consegue mudar esse país", afirmou.
Em vídeo, o presidente do CNPq João Luiz de Azevedo ressaltou a importância da iniciativa. "Essa infraestrutura para armazenamento de dados científicos constitui-se na execução de uma das dimensões necessárias para disponibilização do acesso ao conhecimento, resultante de pesquisas cientificas financiada com recursos públicos oriundos do CNPq", concluiu o presidente.
A Diretora do Ibict, Cecília Leite explicou a importância de consolidar e tornar mais forte a parceria com o CNPq e que a assinatura do acordo vai além dos repositórios que estão sendo criados e das possibiidades de integração que a iniciativa proporciona. "Com isso, a gente consolida efetivamente o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações como os atores principais na orquestração do desenvolvimento cientifico e tecnológico nesse país", disse.
Para o Presidente substituto do CNPq, Manoel da Silva, o tema Ciência Aberta é muito relevante e que terá um impacto no futuro próximo para ciência, tecnologia e inovação. "A assinatura desse acordo entre o CNPq e o Ibict para a implementação do recurso de dados do CNPq representa a entrega de mais uma semente para abertura da ciência, dentre outras já entregues pelos parceiros da OGP [Parceria para o Governo Aberto] e de muitas outras ações que serão entregues", concluiu.
Além do Ministro Marcos Pontes, do presidente substituto do CNPq e da diretora do Ibict, a cerimônia de assinatura do acordo contou com a presença da diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, e coordenadora da Ação Ciência Aberta no CNPq, Adriana Tonini, do diretor substituto de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Carlos Alberto Pittaluga e da analista de ciência e tecnologia do CNPq, Rosana Maria Figueiredo, responsável, na agência, pelo Marco 5 do Compromisso 3 do Plano de Ação Nacional em Governo Aberto.
O Compromisso pela Ciência Aberta
A execução do Compromisso é coordenada pela a equipe de Governança da Informação e Transparência da Embrapa, em parceria com o CNPq, MCTIC, Ibict, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Open Knowledge Brasil, Universidade de Brasília (UnB), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), SciELO, Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A Ciência Aberta propõe acesso livre e gratuito à informação científica e aos dados de pesquisa, com maior transparência nos métodos científicos, e intensificação dos mecanismos de colaboração na ciência e da participação cidadã, desenvolvimentos que estão de acordo com princípios do Governo Aberto, tais como transparência, accountability, participação cidadã, tecnologia e inovação.
Fotos: Roberto Hilário
-
Qua, 11 Dez 2019 10:23:00 -0300
Cientistas brasileiros reabrem laboratório latinoamericano mais ao sul do planeta
O módulo Criosfera 1, o primeiro laboratório científico brasileiro instalado no interior da Antártica, será reaberto no próximo dia 12 de dezembro, após 2 anos fechado.O módulo Criosfera 1, o primeiro laboratório científico brasileiro instalado no interior da Antártica, será reaberto no próximo dia 12 de dezembro, após 2 anos fechado.
Localizado nas coordenadas 84°S, 79,5°W, está a 2.500 quilômetros ao sul da estação antártica brasileira Comandante Ferraz (ou seja, a mesma distância entre as cidade do Rio de Janeiro e Belém do Pará). É necessário logística especial como, por exemplo, aviões com esquis para acessar e trabalhar no local.
O módulo é uma ação conjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foi inaugurado em janeiro de 2012 na expedição científica liderada pelos professores Heitor Evangelista (UERJ) e Jefferson Cardia Simões (Centro Polar e Climático, UFRGS), bolsista de produtividade do CNPq.
O Criosfera 1 faz parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR)/Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e é financiado pelo Ministério da Defesa (MD), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (FAPERGS).
As pesquisas desenvolvidas também estão inseridas no INCT da Criosfera, um dos institutos do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnoogia, coordenado pelo CNPq e MCTIC.
O laboratório
O Criosfera 1 é uma plataforma científica, autossustentável, usa apenas o sol e o vento para suprir toda a energia necessária aos equipamentos de pesquisa e uma estação meteorológica ao longo de todo ano. Permite investigar as interações entre as massas de ar antárticas e aquelas do Brasil, avançando o conhecimento sobre as frentes frias (friagens) e que afetam nossa produção agrícola.
Os sensores do módulo também amostram continuamente os componentes químicos da atmosfera. Destaca-se a medição da concentração do dióxido de carbono (CO2) atmosférico nesse que é um dos locais mais isolados e limpos da Terra. Ainda, ajuda na investigação de sinais de poluição global gerados pela atividade industrial e de mineração.