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Qua, 11 Dez 2019 10:23:00 -0300
Cientistas brasileiros reabrem laboratório latinoamericano mais ao sul do planeta
O módulo Criosfera 1, o primeiro laboratório científico brasileiro instalado no interior da Antártica, será reaberto no próximo dia 12 de dezembro, após 2 anos fechado.O módulo Criosfera 1, o primeiro laboratório científico brasileiro instalado no interior da Antártica, será reaberto no próximo dia 12 de dezembro, após 2 anos fechado.
Localizado nas coordenadas 84°S, 79,5°W, está a 2.500 quilômetros ao sul da estação antártica brasileira Comandante Ferraz (ou seja, a mesma distância entre as cidade do Rio de Janeiro e Belém do Pará). É necessário logística especial como, por exemplo, aviões com esquis para acessar e trabalhar no local.
O módulo é uma ação conjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foi inaugurado em janeiro de 2012 na expedição científica liderada pelos professores Heitor Evangelista (UERJ) e Jefferson Cardia Simões (Centro Polar e Climático, UFRGS), bolsista de produtividade do CNPq.
O Criosfera 1 faz parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR)/Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e é financiado pelo Ministério da Defesa (MD), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (FAPERGS).
As pesquisas desenvolvidas também estão inseridas no INCT da Criosfera, um dos institutos do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnoogia, coordenado pelo CNPq e MCTIC.
O laboratório
O Criosfera 1 é uma plataforma científica, autossustentável, usa apenas o sol e o vento para suprir toda a energia necessária aos equipamentos de pesquisa e uma estação meteorológica ao longo de todo ano. Permite investigar as interações entre as massas de ar antárticas e aquelas do Brasil, avançando o conhecimento sobre as frentes frias (friagens) e que afetam nossa produção agrícola.
Os sensores do módulo também amostram continuamente os componentes químicos da atmosfera. Destaca-se a medição da concentração do dióxido de carbono (CO2) atmosférico nesse que é um dos locais mais isolados e limpos da Terra. Ainda, ajuda na investigação de sinais de poluição global gerados pela atividade industrial e de mineração.