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Sex, 08 Set 2017 10:26:00 -0300
Cadeia Vitoria-Trindade utilizada como modelo para explicar a origem da vida marinha ao redor de ilhas isoladas
Exatamente 50 anos após a publicação da Teoria de Biogeografia de Ilhas, modelo amplamente utilizado para compreender a distribuição e a riqueza de espécies terrestres em ilhas, pesquisadores lançam uma nova teoria que explica a origem e evolução da vida marinha nesse ambiente. O estudo foi publicado hoje no renomado jornal Nature e corresponde a um dos capítulos da tese de doutorado de Hudson Pinheiro, realizado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do programa Ciência sem Fronteiras.Exatamente 50 anos após a publicação da Teoria de Biogeografia de Ilhas, modelo amplamente utilizado para compreender a distribuição e a riqueza de espécies terrestres em ilhas, pesquisadores lançam uma nova teoria que explica a origem e evolução da vida marinha nesse ambiente. O estudo foi publicado hoje no renomado jornal Nature e corresponde a um dos capítulos da tese de doutorado de Hudson Pinheiro, realizado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do programa Ciência sem Fronteiras.
O artigo é assinado, ainda, por Giacomo Bernardi, da Universidade da Califórnia Santa Cruz, onde Hudson cursou o doutorado; do bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 do CNPq, Jean-Christophe Joyeuxe e dos pesquisadores Thiony Simon e João Luiz Gasparini, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); Raphael Macieira, da Universidade de Vila Velha, além de Claudia Rocha e Luiz Alves da Rocha, da Academia de Ciências da Califórnia.
Para compreender como as espécies se originam nas ilhas, os pesquisadores da UFES primeiro desvendaram a biodiversidade dos ambientes recifais dos montes submarinos e ilhas da Cadeia Vitória-Trindade, localizados na costa capixaba. Esses montes são extremamente isolados e profundos. Assim, a equipe precisou capacitar-se com técnicas avançadas de mergulho e utilizar equipamentos específicos para explorar áreas até 85 metros de profundidade e a 900 km de distância da costa brasileira.
Região costeira da Ilha da Trindade, onde são encontrados a maioria das espécies endêmicas da Cadeia Vitória-Trindade. Foto de João Luiz Gasparini
A proposta da nova teoria veio com o estudo da história evolutiva dos peixes endêmicos da Cadeia Vitória-Trindade, ou seja, estudando as espécies que só existem ali nos montes submarinos e nas ilhas, e em mais nenhuma outra região do planeta. Por meio de parcerias com a Academia de Ciências da Califórnia e a Universidade da Califórnia Santa Cruz, o time de pesquisadores liderado pelo capixaba Hudson Pinheiro estudou o DNA destes peixes para entender a evolução e a origem deles.
"Descobrimos que a maior parte das espécies endêmicas são pequenas, possuem capacidade de migração muito limitadas, e se originaram recentemente. Um número pequeno de espécies terrestres chega nas ilhas, onde acabam diversificando-se para ocupar todos os ambientes disponíveis. No ecossistema marinho, todos ambientes são ocupados por espécies com boa capacidade de se dispersar, e a origem de novas espécies só ocorre quando os peixes com menor capacidade de dispersão chegam nas ilhas", relata Hudson Pinheiro, atualmente pesquisador associado da Academia de Ciências da Califórnia e da Associação Ambiental Voz da Natureza.
Arquipélago de Martin Vaz, as ilhas brasileiras mais distantes da costa e um dos locais estudados na pesquisa. Foto de João Luiz Gasparini
Segundo os pesquisadores, a Cadeia Vitória-Trindade representa um dos poucos ambientes marinhos do mundo onde é possível estudar os processos de evolução nos oceanos. "A distribuição linear dos montes e ilhas da Cadeia, e o isolamento são as principais características que propiciam esse tipo de estudo" diz o Prof. Jean-Christophe Joyeux. "Peixes e diferentes organismos marinhos de águas rasas utilizam os montes submarinos como trampolins, alcançando a Ilha da Trindade. Isso explica a diversidade de peixes na Ilha", completa o cientista. A maioria das espécies que não conseguem se dispersar utilizando os montes são as que vivem nos ambientes rasos ao redor de Trindade. Segundo o Raphael Macieira, "estas são as espécies que ficam geneticamente isoladas e se tornam endêmicas da ilha, sendo somente encontradas lá".
"Estudar a biodiversidade dos montes submarinos da Cadeia Vitória-Trindade era um sonho antigo dos pesquisadores", comenta o pesquisador João Luiz Gasparini. Há mais de 20 anos estudando a biodiversidade marinha de Trindade e da costa do Brasil, o pesquisador sugere que as espécies com baixa capacidade de dispersão só puderam chegar na ilha durante as Eras Glaciais, períodos que o que nível do mar era mais baixo que o atual (até 120 metros), e que os atuais montes submarinos eram ilhas. "A última Era do Gelo terminou cerca de 10.000 anos atrás, e isso explica a origem recente dos peixes de Trindade, que só conseguiram chegar lá utilizando os montes quando estes eram ilhas com ambientes rasos", completa Hudson.
Ambiente submarino do monte Vitória, um dos locais estudados pelo time de cientistas brasileiros que desenvolveu a nova teoria de biogeografia marinha. Foto de Hudson T. Pinheiro
Apesar da importância para a biodiversidade marinha, e agora para o desenvolvimento de estudos científicos com implicância mundial, os pesquisadores estão preocupados com a conservação da região. A Cadeia Vitória-Trindade é alvo de pescarias ilegais de embarcações internacionais. Além disso, as pescarias locais também não são manejadas adequadamente, não existindo cotas e regulamentação para as capturas sobre os montes e nas ilhas. Parte da Cadeia Vitória-Trindade se enquadra no projeto Amazônia Azul, não pertencendo ao território brasileiro. Entretanto, ao invés de utilizarmos esse ambiente único para atividades de desenvolvimento sustentável, como pesca e turismo moderados, empresas brasileiras mineraram por dois anos os topos dos montes submarinos, destruindo os habitats para a produção de fertilizantes, "o que pode trazer consequências irreversíveis para a biodiversidade e processos ecológicos e evolutivos", diz Luiz Alves Rocha.
Cientistas, ambientalistas e pescadores, assim, estão trabalhando em conjunto para mostrar ao governo a importância cultural, econômica e cientifica da região. "Esperamos que a Cadeia Vitória-Trindade possa ser utilizada como fonte de recursos naturais e de desenvolvimento cientifico não só nos dias de hoje, mas também pelas muitas gerações futuras que merecem conhecer e usufruir dessa maravilha natural que é a Cadeia Vitória-Trindade", conclui Hudson Pinheiro.
Veja mais sobre a expedição Cadeia Vitória-Trindade: https://www.youtube.com/watch?v=0FopIi2ZLOM e https://www.youtube.com/watch?v=ZsV3AkDvvvE
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Sex, 01 Set 2017 10:21:00 -0300
Observatório produz informações sobre saúde pública no Brasil
Pesquisa apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Saúde resultou na organização de um Observatório Nacional de Políticas de Saúde (OAPS) a ser alimentado por diversas fontes de dados e informações, bem como pelos resultados dos distintos subprojetos do estudo. O trabalho, intitulado Análises de Políticas de Saúde no Brasil, é coordenado pelo pesquisador, bolsista de Produtividade em Pesquisa 1B do CNPq, Jairnilson Paim, da Universidade Federal da Bahia.
O projeto contempla, também, a implantação de um Centro de Documentação virtual, conectado ao Observatório, para que cada pesquisador possa localizar os documentos necessários para sua pesquisa, a ser disponibilizado, progressivamente, para consulta pública de universidades, gestores, centros de pesquisa e conselheiros de saúde.
Com 11 eixos temáticos, em áreas como judicialização da saúde, atenção primária e promoção da saúde, saúde na infância e políticas de saúde bucal, o Observatório está disponível para apoiar a formulação e implementação de políticas e a tomada de decisão produzindo informações, realizando estudos e fazendo sugestões para melhoria da oferta, organização e qualidade das ações de saúde prestadas à população dos municípios brasileiros.
Com uma rede constituída por pesquisadores/as de diferentes instituições brasileiras e formada a partir de temáticas e questões de pesquisa compartilhadas, o OAPS comemora dois anos desde seu lançamento oficial no 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva da Abrasco - Abrascão 2015. O projeto soma nesse período 40 dissertações de mestrado, 20 teses de doutorado, 30 artigos publicados em periódicos indexados e 4 livros: "Análise política em saúde: contribuição do pensamento estratégico", de Leonardo Federico; "Política de saúde bucal no Brasil: teoria e prática", organizado por Sônia Chaves; "Observatório de Análise Política em Saúde: Abordagens, objetos e investigações", organizado por Carmen Teixeira; e o e-book "Glossário Análise Política em Saúde", organizado por Carmen Teixeira e Paloma Silveira.
Documentário sobre o OAPS, produzido especificamente para os gestores de saúde, está disponível no canal do OAPS no Youtube. O vídeo, que conta com a participação do professor Jairnilson Paim, além de Guadalupe Medina (ISC/UFBA) e dos coordenadores dos eixos temáticos, tem como objetivo apresentar o trabalho desenvolvido pelo OAPS aos gestores, um público importante no diálogo sobre as políticas de saúde.
O link para o documentário é: https://www.youtube.com/watch?v=wS7iN8xoPAw
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Ter, 29 Ago 2017 14:38:00 -0300
Pesquisadores monitoram população de aves pelo canto
Pesquisadores do Laboratório de Ecologia das Aves, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) promovem um trabalho diferenciado para medir a população de pássaros nas flores do Estado: as espécies são identificadas pelo canto. A solução foi encontrada uma vez que é impossível a observação visual em áreas de floresta. Para entender a dimensão e complexidade do trabalho, o estudo considera 350 espécies existentes nos fragmentos em análise, das 700 aves cadastradas no Paraná. O Brasil tem hoje aproximadamente 1.700 espécies.
O laboratório, que promove a observação das aves há 26 anos, aponta que os parques e reservas observadas têm melhorado a biodiversidade. No entanto, em fragmentos de mata a tendência é de redução destas populações. A partir de dados populacionais das aves os pesquisadores desenvolvem um programa de monitoramento que possibilita medir a degradação da área.
Espécies consideradas frágeis, chamadas de indicadores biológicos, são as primeiras que desaparecem no caso de devastação. A pesquisa integra o projeto Diversidade e Conservação de Aves na Porção Sul da Mata Atlântica, coordenado pelo professor Luiz dos Anjos, e que tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 1995.
MONITORAMENTO - O estudo é feito em locais bem conhecidos como Parque Nacional do Iguaçu, Parque Estadual Mata dos Godoy e Parque Estadual de Vila Velha, mas abrange também áreas menos conhecidas como a Reserva Biológica das Perobas, em Cianorte; Floresta Nacional do Irati, Parque Estadual de Ibiporã e Parque Estadual do Rio Guarani, localizado no município de Três Barras. Ao todo são monitorados 60 fragmentos florestais do Norte do Paraná, 10 áreas de restauração, além das grandes reservas.
De acordo com o professor Luiz dos Anjos, o levantamento é realizado em um tempo padrão para identificação das espécies presentes. O local precisa ser sempre o mesmo, devidamente localizado por GPS.
FUNCIONAMENTO - No Parque Iguaçu, a observação ocorre sempre entre os meses de outubro e novembro, em uma trilha de cinco quilômetros, no horário entre 4h30 e 9h30. "Estas são as horas de mais atividade das aves", afirma o professor. O canto é captado, gravado e arquivado como material de coleta. De acordo com Luiz dos Anjos, desde o início da coleta de dados no Parque Iguaçu a população de aves se mantém estável, o que demonstra que a área cumpre sua função de conservação. Os dados apurados no Parque apontam que existem aproximadamente 80 espécies distintas de aves por quilômetro. Segundo o professor, nos 187 mil hectares de área compreendidos pelo Parque devem existir 230 espécies distintas.
Ainda de acordo com o professor, as aves vocalizam mais pela manhã, alterando seus hábitos ao longo do dia, de acordo com a disponibilidade de alimento e necessidade de proteção contra predadores. É preciso ainda compreender particularidades do mundo das aves. Existem espécies que costumam ter maior atividade a partir do nascer do sol, conforme aumenta a temperatura, uma vez que quanto mais calor, maior a movimentação de insetos, o que implica em abundância de alimento. Aves que se alimentam de espécies de pássaros de menor porte tem maior atividade em dias nublados e escuros.
INDICADORES - O ramo da zoologia que estuda as aves (Ornitologia) permite saber quais são as espécies consideradas como indicadores biológicos, ou seja, aves mais sensíveis a perturbações do ambiente. Se houver um incêndio que destrua uma parte do ambiente, por exemplo, estas são as primeiras a desaparecer. Integram esta lista espécies como Macuco, Borralhara, Jandaia e a Gralha Azul, ave símbolo do Paraná.
Nestes mais de 20 anos de estudo, os pesquisadores puderam acompanhar a recuperação ocorrida na Reserva das Perobas, localizada em Cianorte, que tem mais de 9 mil hectares de área e sofreu com a extração de madeira e fogo até 2010, quando foi transformada em reserva. "Creio que, em 20 anos, poderemos ter uma área tão preservada como o Parque Iguaçu", comenta o professor.
Outra aplicação da ornitologia está relacionada à medição da melhoria das áreas de restauração. Dentro desta especialidade, o Laboratório de Ornitologia e Bioacústica integra o projeto Mata Atlântica do Norte do Paraná (MANP), juntamente como o Laboratório de Biodiversidade e Restauração Ecossistema (LABRE), também do CCB da UEL, que avalia a recuperação de áreas de florestas. As pesquisas fazem parte do Programa de Estudos de Longa Duração (PELD), patrocinado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O Paraná possuí apenas quatro projetos do gênero, entre eles o da UEL, que foca a restauração de áreas de reserva na Mata Atlântica.
FUNÇÕES - Doutoranda do Laboratório do Programa de Ciências Biológicas da UEL, Larissa Corsini Calsavara, estuda as funções biológicas das aves na floresta de araucária existente nos municípios de Irati, Telêmaco Borba e Turvo. Pela presença das aves ela consegue avaliar o nível de preservação da área. Segundo ela, o padrão é a Floresta de Irati, considerada preservada.
Os estudos da aluna consideram as funções ecológicas das aves na floresta, fundamentais para a dispersão de sementes e reciclagem de carcaças de animais mortos, por exemplo. "Os pássaros têm uma função definida na natureza, portanto buscamos avaliar até que ponto estas atividades se mantém ou não", esclarece. A partir desta observação, ela pretende indicar locais com potencial para se tornarem unidades de conservação. "Se tivermos elementos que nos aproximam do padrão, determinada área apresenta este potencial", explica. A pesquisa é patrocinada pela Fundação Grupo Boticário.
Com informações da Agência de Notícias do Governo do Paraná
Foto: Divulgação/UEL
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Sex, 25 Ago 2017 16:43:00 -0300
Projeto do INCT da Criosfera e do PROANTAR é premiado com bolsa de pesquisa do Google
Projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera que está desenvolvendo estações autônomas de baixo custo para medir o impacto das mudanças climáticas nas geleiras foi um dos vencedores do Programa de Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina (LARA 2017). O INCT da Criosfera é financiado pelo CNPq e já foi premiado na edição 2016 do Programa. O trabalho do Instituto contemplado com o Prêmio é coordenado pelo bolsista PQ Jorge Arigony-Neto, professor do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).Projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT da Criosfera) que está desenvolvendo estações autônomas de baixo custo para medir o impacto das mudanças climáticas nas geleiras foi um dos vencedores do Programa de Bolsas de Pesquisa Google para a América Latina (LARA 2017), anunciados nessa quinta-feira, 24, em evento no Campus São Paulo, espaço do Google para empreendedores.
A edição 2017 do programa selecionou 27 projetos entre 281 propostas submetidas, sendo 17 do Brasil, três do Chile, três do México, dois da Colômbia, um da Argentina e um do Peru. Pela primeira vez, o anúncio dos vencedores foi realizado no Campus São Paulo do Google, para promover uma ampla discussão entre os acadêmicos agraciados, a comunidade de startups e dirigentes de instituições de pesquisa da América Latina.
No evento, acontece, ainda, o Painel sobre Inovação e Investimentos em Pesquisa, do qual participou o Diretor de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), José Ricardo de Santana, além do Diretor Técnico da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, do professor Virgílio de Almeida e da pesquisadora Cristina Nader, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e uma das vencedoras do LARA 2017.
O projeto contemplado
O INCT da Criosfera é financiado pelo CNPq e já foi premiado na edição 2016 do Programa. A equipe do Instituto é composta por 83 doutores (dos quais 16 com bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq e 22 de instituições internacionais), 33 mestres, 25 graduados e 6 alunos de graduação e 20 instituições de 3 regiões do Brasil e 19 instituições internacionais.
O trabalho do Instituto contemplado com o Prêmio é coordenado pelo bolsista PQ Jorge Arigony-Neto, professor do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e está sendo desenvolvido como parte da tese de doutorado do aluno Guilherme Tomaschewski Netto, do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Física, Química e Geológica da FURG.
O projeto propõe o desenvolvimento de equipamentos de baixo custo e código aberto, que permitam acompanhar de forma periódica os impactos climáticos nas geleiras, além de transferir remotamente essas informações. Segundo o Prof. Jorge Arigony, a ideia para o projeto surgiu através das atividades de campo do INCT da Criosfera, quando os pesquisadores identificaram a necessidade de medir com maior precisão o derretimento na superfície das geleiras, para poder melhorar as estimativas de contribuição dessas para o aumento do nível médio dos mares.
Com informações do INCT da Criosfera
Foto: Divulgação/Google
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Ter, 15 Ago 2017 15:10:00 -0300
A ciência chega onde o Atlântico abraça o Amazonas
A integração da base de conhecimento construída por pesquisadores brasileiros e a tecnologia disponibilizada para operações submarinas no navio oceanográfico 'Alucia' abriram novas oportunidades ao entendimento da Margem Equatorial do Brasil. Em julho deste ano, nove pesquisadores brasileiros, incluindo bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq e de seis instituições brasileiras, em parceria com o Woods Hole Ocenographic Institution (EUA), percorreram mais de 4 mil quilômetros entre o Amapá e o Maranhão em 15 dias, acompanhados por um oficial da Marinha do Brasil. Dados oceanográficos estratégicos, além de mais de 6 mil imagens científicas inéditas desta região foram obtidos e estão sendo processados em universidades e institutos de pesquisa nacionais.A conservação e o manejo da rica biodiversidade brasileira passa, necessariamente, pelo desenvolvimento científico e tecnológico nacional. A integração da base de conhecimento construída por pesquisadores brasileiros e a tecnologia disponibilizada para operações submarinas no navio oceanográfico 'Alucia' abriram novas oportunidades ao entendimento da Margem Equatorial do Brasil. Dados oceanográficos estratégicos, além de mais de 6 mil imagens científicas inéditas desta região foram obtidos e estão sendo processados em universidades e institutos de pesquisa nacionais.
Navio na Foz do Amazonas
Em julho deste ano, nove pesquisadores brasileiros, incluindo bolsistas de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de seis instituições brasileiras (UFRJ, UFES, UNIFESP, UFRRJ, INPE e JBRJ), em parceria com o Woods Hole Ocenographic Institution (EUA), percorreram mais de 4 mil quilômetros entre o Amapá e o Maranhão em 15 dias, acompanhados por um oficial da Marinha do Brasil.
Estiveram a bordo os bolsistas de produtividade do CNPq, Rodrigo Moura - coordenador da expedição, Alex C. Bastos, Gilberto Amado e Paulo Salomon, além de mais cinco pesquisadores: Fabio Motta, Fernando Moraes, Laís Araujo, Leonardo Neves e Milton Kampel.
Pesquisadores a bordo do submersível pronto para mergulhar
Durante a expedição, foram adquiridos dados geofísicos, físico-químicos, biológicos e radiométricos na região do recém-descrito sistema recifal da Foz do Amazonas. Além disso, foram realizadas mais de 20 horas de observações a bordo de dois submersíveis, em profundidades de até 400 metros. "Mergulhar no Cânion do Rio Amazonas a 300 m de profundidade por cerca de três horas e registrar em foto e vídeo a vida tipicamente marinha lá encontrada foi uma experiência única", declara Gilberto Amado pesquisador do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Resgate noturno do submersível
Dentre os principais resultados desse esforço está a caracterização de vales e cânions ainda não mapeados, registros de esponjas e peixes até então desconhecidos na região, estudos do plâncton associado à mistura das águas do mar e do maior rio do planeta, imageamento das bioconstruções carbonáticas e algas calcárias, e caracterização bio-óptica da região. As atividades foram complementadas por imagens de satélites recebidas no navio em tempo real.
Pesquisadores fazendo a coleta de agua na pluma do amazonas
Os resultados, ainda inéditos, fornecerão um panorama detalhado sobre a estrutura dos recifes e das comunidades biológicas a eles associadas. De acordo com Rodrigo Moura, professor da UFRJ, "os dados obtidos alteram significativamente a visão que tínhamos sobre a Margem Equatorial, e trarão elementos importantes para subsidiar medidas para sua conservação e manejo".
Contatos:
Gilberto M. Amado Filho (JBRJ), gilbertoamadofilho@gmail.com, 21 992719550
Rodrigo Leão de Moura (UFRJ), moura.uesc@gmail.com, 21 99609-2724
Coordenação de Comunicação de Social do CNPq
Fotos: Fernando Moraes/JBRJ
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Qui, 03 Ago 2017 15:56:00 -0300
Ministro se reúne com presidente do CNPq para discutir recursos para bolsas
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o secretário-executivo da pasta, Elton Zacarias, tiveram reunião nesta quarta-feira (2) com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, e o diretor de Gestão da entidade, Carlos Roberto Fortner.Gilberto Kassab ressaltou o diálogo com a equipe econômica pela recomposição do orçamento e a preservação de recursos para pesquisa. CNPq financia cerca de 100 mil bolsistas. Pagamento das bolsas de agosto está garantido.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o secretário-executivo da pasta, Elton Zacarias, tiveram reunião nesta quarta-feira (2) com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, e o diretor de Gestão da entidade, Carlos Roberto Fortner. No encontro, realizado no gabinete do ministro, foram discutidos os recursos para o pagamento de bolsas de pesquisa no país. Nesta semana, o CNPq manifestou preocupação com o cumprimento de obrigações com cientistas e pesquisadores. E Kassab apontou que a pasta trabalha pela liberação de valores, destacando a importância do financiamento oferecido pelo CNPq.
Segundo Mario Neto, o CNPq financia estudos e pesquisas de cerca de 100 mil bolsistas brasileiros. O pagamento das bolsas de pesquisa referentes ao mês de agosto - a ser feito em setembro - está assegurado.
A preocupação de cientistas e dirigentes do CNPq e de outras entidades se refere aos meses seguintes, em meio ao contingenciamento de gastos do governo federal.
Kassab ressaltou que o MCTIC tem mantido diálogo com a equipe econômica pela recomposição orçamentária e a preservação de recursos para pesquisa científica. Destacou a importância da ciência para o país e reiterou que as bolsas de pesquisa científicas de responsabilidade do CNPq são fundamentais.
"Estamos em diálogo permanente com o governo, com os ministérios econômicos e trabalhamos com a perspectiva de suprir o que é necessário para o CNPq", disse o ministro.
Para o presidente do CNPq, Kassab transmitiu "confiança" à direção da agência. "Manifestamos a preocupação com relação a recursos e bolsas de pesquisa, e o ministro nos tranquilizou quanto à situação, nos deixou confiantes para continuar trabalhando pela normalidade no CNPq", afirmou Mario Neto Borges.
O CNPq vem adotando medidas para aperfeiçoar a gestão orçamentária, com a redução de 30% no valor de locação do imóvel de sua sede em Brasília, além de diminuir despesas com contratos de manutenção predial, entre outras iniciativas. Segundo Borges, o CNPq passou a dividir espaço em Brasília com o escritório da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência também vinculada ao MCTIC, o que amplia a sinergia de projetos das duas entidades.
CNPq
Criado em 1951, o CNPq é uma agência vinculada ao MCTIC que desempenha papel fundamental na formulação e condução das políticas de ciência, tecnologia e inovação. É responsável pelo Edital Universal, lançado pela primeira vez em 2000 para democratizar o fomento à pesquisa científica e tecnológica do país, contemplando todas as áreas do conhecimento.
A atuação do CNPq também foi decisiva para a criação do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), que apoia atividades de pesquisa de alto impacto científico em áreas estratégicas e na fronteira do conhecimento. Além disso, o CNPq possui bolsas para iniciação científica e tecnológica, graduação e pós-graduação.
Fonte: MCTIC
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Qui, 20 Jul 2017 14:20:00 -0300
SBPC 2017 - 20 anos do PELD são celebrados na SBPC
Em Sessão Especial durante a 69ª Reunião Anual da SBPC, em Belo Horizonte (MG), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) celebrou os 20 anos da criação do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) da agência.Em Sessão Especial durante a 69ª Reunião Anual da SBPC, em Belo Horizonte (MG), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) celebrou os 20 anos da criação do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) da agência. "Um programa no Brasil que completa 20 anos precisa ser exaltado", disse o presidente do CNPq, Mario Neto Borges, apontando a tendência do país de não dar seguimento às políticas públicas. "A ciência tem que ser suprapartidária, a continuidade é fundamental", reforçou.
A presidente da SBPC, Helena Nader, também ressaltou a importância da permanência de programas na área da ciência e, ainda, aproveitou a oportunidade para apontar a necessidade de maior investimento no setor.
Presente na cerimônia representando a parceria do programa com o Fundo Newton, o cônsul britânico em Belo Horizonte, Thomas Nemes, lembrou que o objetivo de fundo é apoiar o desenvolvimento econômico e social por meio da ciência, tendo 15 países prioritários, incluindo o Brasil. "Um dos programas que apoiamos é o PELD porque temos o tema do meio ambiente como uma das prioridades", afirmou, exaltando a importância do Brasil no avanço do dialogo mundial sobre o tema. "Podem sempre contar com o Reino Unido como parceiro", disse.
Nemes corroborou o discurso do quanto o investimento continuado é essencial para a pesquisa. "Em um mundo de imediatismos, não podemos esquecer que, na ciência, o longo prazo é fundamental, em especial quanto à biodiversidade, que convive com mudanças cíclicas. O cientista tem paciência e temos muito a aprender com essa mentalidade", finalizou.
Para falar um pouco do histórico do programa, foi convidado o Prof. Francisco Barbosa, coordenador pioneiro do PELD, com o sítio do Rio Doce. "Como um dos primeiros integrantes dessa rede, queria resgatar um pouco da história desse programa que começou quando a ecologia ainda era uma ciência relativamente nova no Brasil e vinha crescendo, mas com muito esforço e faltando foco", lembrou o professor.
Segundo ele, o PELD teve a iniciativa de promover esse foco e contribuir para a criação de metodologia e diretrizes. Além disso, Barbosa afirmou que o programa foi responsável pelo fortalecimento da pós-graduação em ecologia e a integração dessa área com a botânica e a zoologia.
Além disso, o professor afirmou com veemência que o investimento de longo prazo é imprescindível para respostas que exigem longos estudos. "Não dá pra responder, por exemplo, desastres como o de Mariana em um horizonte de 4 anos", pontuou.
No âmbito dos estudos do sítio que coordena, Francisco Barbosa apresentou os resultados obtidos graças a essas pesquisas permanentes, capazes de identificar mudanças significativas ao longo de muitos anos e acompanhar as alterações da biodiversidade do local. Foram identificadas invasões biológicas como o caramujo (Melanoides tuberculatus), o tucurané (Cichla ocelaris) e outras espécies que ameaçam a conservação da biodiversidade da região.
Sobre o programa
Ainda no evento, o CNPq apresentou os principais resultados do programa ao longo desses 20 anos e as perspectivas futuras. Marisa Mamede, da Coordenação do Programa de Pesquisa em Gestão de Ecossistemas do CNPq, responsável pela gestão do PELD, mostrou que já foram investidos - até 2015 - R$ 31 milhões. Estima-se que até 2020 esse investimento chegue a R$ 54 mil.
Os aportes financeiros são oriundos do CNPq e dos diversos parceiros, que incluem Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Fundo Newton.
Atualmente, o programa conta com 33 sítios, além de outros dois financiados independentemente, por FAPs.
Algumas das conquistas do Programa foi a inserção com membro da International Long Term Ecological Research (ILTER), que congrega 40 países-membros e suas redes nacionais de pesquisa em Ecologia de Longa Duração. A instituição conta, hoje, com 1017 sítios do mundo inteiro cadastrados no repositório do ILTER e alguns brasileiros ainda não estão lá por serem mais recentes. "O CNPq vem dando muita atenção a essa articulação da ciência com a sociedade. Mas isso não se faz por decreto, exige um grande esforço", apontou Marisa.
Segundo ela, outros avanços do programa incluem a contribuição na formação de recursos humanos, tendo sido responsável pela titulação de 650 mestres e 179 doutores. Além disso, é possível identificar um crescimento do número de programas de pós-graduação em ecologia. "De 1996 a 2014, o número de cursos de Mestrado na área passou de 13 para 57 e Doutorados, de 8 para 34", disse.
Outros dados importantes são a atuação de mais de 2500 pessoas nas equipes, um total de 2712 artigo publicados em periódicos indexados e mais de 600 teses e 1000 dissertações produzidas. Além disso, houve um incremento da integração com a gestão das Unidades de Conservação (UCs). Hoje, 22 sítios estão inseridos em 28 UCs, com 22 gestores participando das equipes.
Por fim, Marisa afirmou que um dos maiores desafios atuais do programa é promover e estimular a aplicação de resultados. Para isso, já foi iniciada uma parceria com a GIZ Brasil, com o intuito de capacitar técnicos sobre metodologia do programa NoPa que combina ferramentas e instrumentos que buscam a facilitação de contatos, a comunicação e disseminação de projetos de pesquisa e de seus resultados, bem como o monitoramento do uso e do impacto destes resultados. "É importante avançar na articulação com políticas publicas, promover a interdiscplinaridade e aumentar inserção internacional", finalizou.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Cláudia Marins
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Qua, 19 Jul 2017 14:10:00 -0300
SBPC 2017 - Investimento em jovens traz retorno importante para a ciência
Palestra realizada na manhã desta quarta-feira, 19, durante a 69ª Reunião Anual da SBPC, em Belo Horizonte (MG), reforçou a importância do investimento nos jovens para o desenvolvimento da ciência no país. O evento foi uma parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e a Fundação Roberto Marinho (FRM).
No encontro, foram apresentados os resultados do estudo 'A formação de novos quadros para CT&I: avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)', do CGEE e da pesquisa 'Análise da trajetória dos vencedores do Prêmio Jovem Cientista', da FRM.
O Prof. Mariano Laplane, presidente do CGEE apontou dados como a redução do tempo entre a graduação e o mestrado entre ex-bolsistas de IC. Segundo o estudo, 65% dos bolsistas ingressaram no mestrado em até um ano após a graduação. Além disso, eles recebem remunerações um pouco maior em relação aos não bolsistas. "O estudo mostrou que a bolsas de iniciação científica diminui a desigualdade regional e a igualdade de gênero e promovem um melhor salário no futuro", resumiu.
Coordenador na Fundação Roberto Marinho, André Pinto mostrou que a trajetória dos vencedores do Premio Jovem Cientista, oferecido pelo CNPq em parceria com a Fundação, também é bem sucedida. "O maior ativo do Prêmio é a trajetória positiva desses jovens cientistas", ressaltou André.
André Pinto e os jovens cientistas
Segundo o estudo da FRM, o Prêmio, que já contou com 21 mil projetos inscritos e 194 premiados, proporcionou resultados importantes. Dentre eles, a constatação de que 2 em cada 3 projetos deram origem em um produto, serviço, técnica ou patente; 20% influenciaram política ou projeto; 42% despertou o interesse do setor publico e 52% o interesse da iniciativa privada. Além disso, 81% dos premiados continuam na carreia cientifica e 55% desenvolveram ou apresentaram pesquisa no exterior. Cerca de 90% considera que o premio mudou a vida.
Em vídeo, o primeiro vencedor do Prêmio, em 1981, Henrique Malvar, hoje cientista chefe do grupo de pesquisa em inteligência artificial da Microsoft, falou da importância da premiação e do investimento em pesquisa tecnológica e inovação, especialmente da parceria entre empresas e governo. E deu um conselho aos jovens: "não desistam, os cientistas serão heróis da quarta revolução industrial".
No evento, falaram, ainda, agraciados de edições anteriores do Prêmio Jovem Cientista, Uende Aparecida Figueiredo, primeira colocada na edição de 2011, categoria graduada; e Priscila Ariane Loschi, primeiro lugar na categoria Estudante de Ensino Superior em 2012. Além disso, o estudante do Amapá, Ícaro Rodrigues Sarquis, premiado na edição deste ano do Prêmio Destaque da Iniciação Científica e Tecnológica do CNPq, falou da importância da bolsa de IC para sua vida. ¿Esse Prêmio foi uma grande vitória na minha vida e quero seguir a carreira, mestrado doutorado ser professor e devolver tudo aquilo que o Brasil investiu em mim e mudar a vida dos estudantes assim como a educação mudou a minha¿, finalizou Ícaro.
Ícaro Sarquis fala da importância do Prêmio de Iniciação Científica para sua vida
¿Essas histórias emocionam e mostram o quanto é importante o investimento nos jovens¿, reforçou o presidente do CNPq, Mario Neto Borges, lembrando de um encontro que teve, quando era presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), com uma bolsista de IC do norte do estado, em Janaúba. ¿Ela tinha 16 anos, eu perguntei se ela gostava de ser uma bolsista de iniciação científica e ela me respondeu ¿foi o melhor emprego da minha vida¿¿, lembrou Mario Neto, emocionado.
Presidente do CNPq, Mario Neto Borges
O presidente do CNPq falou, ainda, da importância da disseminação da importância da ciência para a sociedade. "Se não divulgarmos isso a todo país, vamos ficar restrito aos 'convertidos', que somos nós mesmos", completou. E ressaltou que o CNPq vem conseguindo "navegar mesmo com as dificuldades orçamentárias" e manter o andamento dos programas como o PIBIC. "Pode cortar até o salário do presidente do CNPq, mas bolsas de iniciação científica não se corta", finalizou.
O presidente da FAPEMIG, Evaldo Vilela, também esteve presente no evento e reforçou a necessidade de divulgar a ciência. "Precisamos contar mais essas histórias para a sociedade, que tem muito pouca oportunidade de conhecer o que fazemos. Falamos uma linguagem que poucos entendem. É muito importante divulgar o que esses jovens estão fazendo, que o Brasil tem ciência, tem talentos, tem cientistas e que o brasileiro passe acreditar mais no país", completou.
Evaldo Vilela fala sobre a inciação científica
Estavam presentes no evento, ainda, os diretores do CNPq, Adriana Tonini e José Ricardo de Santana.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Cláudia Marins
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Ter, 18 Jul 2017 13:18:00 -0300
Aviso de Pauta - SBPC 2017 - Sessão Especial celebrará os 20 anos do PELD
Os 20 anos de criação do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), será celebrado em sessão especial, no dia 19 de julho, durante a 69ª Reunião Anual da SBPC, que ocorre na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.
No evento, participarão o presidente do CNPq, Mario Neto Borges e coordenadores de projetos pioneiros do programa, José Galizia Tundisi, do sítio Ecossistemas Lacustres da Represa do Lobo/Broa, e idealizador do programa; e Francisco Barbosa, do sítio Mata Atlântica e Sistema Lacustre do Rio Doce.
Serão apresentados os principais resultados do programa e as perspectivas futuras.
O PELD
O PELD gera informações que incluem longas séries temporais de dados sobre os ecossistemas e sua biota associada que são de extrema relevância para o Brasil, conhecido por ser o país mais megadiverso do mundo, abrigando em seu território cerca de um quarto da biodiversidade conhecida de todo o planeta.
Contando com um destaque orçamentário específico no Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal desde 2000, o PELD é executado pelo CNPq e conta com apoio financeiro do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e de onze Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa.
Atualmente, a rede PELD conta com 33 sítios de pesquisa distribuídos em diversos ecossistemas brasileiros.
SERVIÇO
Sessão Especial 20 anos do PELD
Data: 19 de julho de 2017 - quarta-feira
Horário: 18h
Local: Centro de Atividades Didáticas de Ciências Naturais CAD 2 - Auditório A 102 - Campus Pampulha da UFMGCoordenação de Comunicação Social do CNPq
(61) 3211 9414
Mariana Galiza
(61) 981721978
imprensa@cnpq.br
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Ter, 18 Jul 2017 09:01:00 -0300
Aviso de Pauta - SBPC 2017 - CNPq promove debate sobre jovens na ciência
Os principais resultados do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e a trajetória dos vencedores do Prêmio Jovem Cientista (PJC) serão temas de palestras que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) promoverá durante a 69º Reunião Anual da SBPC, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (MG), em Belo Horizonte.
O evento contará com a presença do presidente do CNPq, Mario Neto Borges e do Diretor de Cooperação Institucional da agência, José Ricardo de Santana; além do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), Evaldo Ferreira Vilela, do presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane e do Coordenador de Ciências e Meio Ambiente Urbano da Fundação Roberto Marinho.
O CGEE apresentará o estudo "A formação de novos quadros para CT&I: avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)" e a Fundação Roberto Marinho falará sobre a "Análise da trajetória dos vencedores do Prêmio Jovem Cientista". Além disso, vencedores do PJC e do Prêmio Destaque do Ano na Iniciação Científica e Tecnológica, do CNPq, falarão sobre suas experiências.
PROGRAMAÇÃO
Dia: 19 jul (quarta-feira)
Horário: 10h às 11h30
Local: Auditório ExpoT&CApresentação institucional
- Mario Neto Borges - Presidente do CNPq
- Evaldo Ferreira Vilela - Presidente da FAPEMIG
- José Ricardo de Santana - Diretor de Cooperação Institucional do CNPq
Apresentação de estudos
- "A formação de novos quadros para CT&I: avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)" - CGEE
- "Análise da trajetória dos vencedores do Prêmio Jovem Cientista" - FRM
Apresentação de experiências
- Vídeo Henrique Malvar - agraciado 1º PJC 1981 - Tema: telecomunicações
- Uende Aparecida Figueiredo Gomes - agraciada 1º lugar categoria graduado 25º PJC 2011 - Tema: Cidades Sustentáveis
- Vídeo Joana Meneguzzo Pasquali - agraciada 1º lugar categoria Estudante do Ensino Médio 28º PJC 2015 - Tema Segurança Alimentar e Nutricional
- Priscila Ariane Loschi - agraciada 1º lugar categoria Estudante do Ensino Superior 26º PJC 2012 - tema: Inovação Tecnológica nos Esportes
- Ícaro Rodrigues Sarquis - agraciado - PIBIC - 14º Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica - 2016 Categoria PIBIT - Ciências da Vida
Encerramento
- Mario Neto Borges - Presidente do CNPq
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Mariana Galiza
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Seg, 10 Jul 2017 10:33:00 -0300
Artigo publicado na revista Nature Communications aborda vírus marinhos
Foi publicado, na semana passada, um artigo na revista Nature Communications sobre vírus marinhos, com participação de bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além de descobrir novas linhagens virais marinhas, o estudo desenvolve nova metodologia para predição de hospedeiros virais e da ecologia viral.
O 1º autor, Felipe Hernandes Coutinho, foi bolsista de doutorado sanduíche do CNPq (na área de Oceanografia) e o último autor, Fabiano Thompson, é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq também da área de Oceanografia.
A Nature Communications, disponível na plataforma Nature, é uma revista científica desenvolvida para auxiliar alunos, docentes, pesquisadores e profissionais em suas pesquisas e trabalhos acadêmicos e tem como conteúdo artigos técnico-científicos publicados a partir de abril de 2010.
Veja o artigo em: https://www.nature.com/articles/ncomms15955
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Ter, 04 Jul 2017 07:51:00 -0300
Trabalhos na área de Química são destaques em revista internacional
A American Chemistry Society (ACS) em comemoração ao 46º Congresso Mundial de Química, pela primeira vez realizado na América Latina, destacou trabalhos de autores brasileiros, dentre os quais um trabalho intitulado "Photochemistry of CH3Cl: Dissociation and CH···Cl Hydrogen Bond Formation", que foi publicado em 2016 no Journal of the American Chemical Society, considerada a revista mais importante do mundo em todas as áreas da Química.
O estudo recebeu financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e faz parte da linha de pesquisa do Laboratório de Modelagem Molecular de Reações Químicas (LMMRQ) do Departamento de Química da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
O estudo foi destacado na área de Fisico-Química e corresponde ao trabalho com maior fator de impacto dentre os escolhidos nessa área.
Click no link e conheça todos os trabalhos de brasileiros destacados pela ACS.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Seg, 03 Jul 2017 12:58:00 -0300
Bolsista do CNPq recebe prêmio "Space Weather"
Físico e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Walter Gonzalez, foi condecorado com o "Space Weather" Award da American Geophysical Union (AGU). Gonzalez é, também, bolsista de Produtividade em Pesquisa 1A - a mais prestigiada modalidade - do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na área de Geociências.
A premiação recebida é concedida a cada quatro anos e será entregue ao membro titular da ABC na próxima Reunião anual da AGU, marcada para dezembro, em New Orleans, Estados Unidos. O prêmio é em reconhecimento pelas pesquisas realizadas por Gonzalez ao longo de mais de 30 anos sobre dois assuntos fundamentais no campo de Space Weather: Tempestades Geomagneticas e Reconexão Magnetica.
O pesquisador do Inpe é um dos colaboradores do Projeto de Ciência para o Brasil (PCBR). Graduado em física pela Universidad Nacional de Ingenieria (1967), mestre em geofísica espacial pelo Inpe (1969) e doutor em física - University of California - Berkeley(1973), Walter Gonzalez trabalhou na Universidade de Stanford, Universidade de Caltech e no laboratório JPL da NASA. Atualmente é pesquisador titular nível III do Inpe. Tem experiência na área de geociências, com ênfase em geofísica, atuando principalmente nos seguintes temas: reconexão magnética, tempestades geomagnéticas, atividade solar e física do meio interplanetário, magnetosferas planetárias e interação do vento solar com a magnetosfera terrestre.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da ASCOM ABC
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Qui, 29 Jun 2017 12:38:00 -0300
Inpa publica livro sobre o maior arquipélago fluvial do planeta, a 400 quilômetros de Manaus
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) lançaram um livro sobre o maior arquipélago fluvial do mundo. A 400 quilômetros de Manaus, em Barcelos (AM), Mariuá possui 1.400 ilhas e 275 km de extensão, num trecho de rio que chega a quase 20 km de largura. As ilhas são formadas por florestas de igapó, que ocorrem apenas em rios de água preta, pobres em sedimentos, e chegam a ficar inundadas na maior parte do ano.
O livro "Mariuá - a flora, a fauna e o homem no maior arquipélago fluvial do planeta" é resultado de expedição realizada em 2008. Ao todo, 36 autores participaram da obra, que foi organizada pelo pesquisador Marcio Luiz de Oliveira, do Inpa, e bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A obra está organizada em dez capítulos que tratam sobre vegetação; abelhas e mamangavas; aranhas, escorpiões, opilões e outros; peixes e arraias; bichos de cascos; jacarés, lagartos, serpentes e anfíbios; aves; pequenos mamíferos não-voadores; mamíferos de médio e grande porte; e organização sociocultural e gestão dos recursos naturais.
Publicado pela Editora Inpa em parceria com a Ufam, o livro teve uma tiragem de 500 exemplares e contou com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Mario Luiz de Oliveira ressalta que, na Amazônia, estudos sobre biodiversidade nunca são conclusivos. "Sempre constatamos que ainda existe muito a ser estudado. Essa expedição durou cerca de 20 dias, o que é muito pouco em termos de amostragem. Mas o livro é uma espécie de pedra fundamental sobre a flora, a fauna e o homem naquele arquipélago. Antes dele não havia nada. Que venham agora outros trabalhos e mais e mais conhecimentos", afirma.
Ele alerta que os recursos do arquipélago são utilizados intensamente pelos habitantes da região para pescas comercial e esportiva e coleta de peixes ornamentais. Quelônios e outras espécies animais são caçados para subsistência, mas também sofrem pressão da caça e coleta para fins comerciais. Lembra ainda que, além da pressão do uso da fauna, existe forte pressão no uso de outros recursos naturais, como a extração de seixo e areia, assim como madeira para usos na construção civil, o que, em geral, ocorre de forma irregular. "Para deter isso, precisamos de ações de conscientização acompanhadas de fiscalização", defende Oliveira.
O nome Mariuá deriva do fato de que Barcelos, a cidade sede do arquipélago, teve origem em uma aldeia chamada Mariuá, dos índios Manaós, localizada no médio rio Negro.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações do INPA
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Ter, 13 Jun 2017 13:12:00 -0300
Bolsista do CNPq publica artigo em jornal do grupo Nature
O Jornal Scientific Reports publicou, recentemente, o artigo de autoria do professor Diniz Maciel Sena Junior, do Departamento de Química Biológica da Universidade Regional do Cariri (Urca), no Ceará.O artigo faz parte do seu estágio de pós-doutoramento, feito com apoio financeiro do Programa Ciência sem Fronteiras do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e trata de estudos com receptores acoplados à proteína-G (GPCRs) que são o alvo de quase 40% de todos os medicamentos comercializados mundialmente.O Jornal Scientific Reports, vinculado ao grupo Nature (um dos mais importantes canais de divulgação científica do mundo) publicou, recentemente, o artigo intitulado ¿Structural heterogeneity of the ¿-opioid receptor¿s conformational ensemble in the apo state¿ de autoria do professor Diniz Maciel Sena Junior, do Departamento de Química Biológica da Universidade Regional do Cariri (Urca), no Ceará. O artigo faz parte do seu estágio de pós-doutoramento, feito com apoio financeiro do Programa Ciência sem Fronteiras do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) junto ao grupo do professor Paolo Carloni, no Forschungszentrum Jülich, Alemanha.
A publicação trata de estudos com receptores acoplados à proteína-G (GPCRs) que são o alvo de quase 40% de todos os medicamentos comercializados mundialmente. Dentre estes receptores destaca-se o receptor ¿-opioid, principal alvo da morfina no processo de analgesia, com estruturas inativa e ativa disponíveis no banco de dados de proteínas RCSB PDB. Utilizando um modelo computacional baseado unicamente na forma inativa do receptor, incluindo uma mutação que o torna constitutivamente ativo, foram realizados estudos de dinâmica molecular com o objetivo de verificar as características estruturais envolvidas na ativação.
Estudos anteriores de dinâmica molecular, mesmo utilizando longos tempos de simulação, não foram capazes de observar mudanças associadas à ativação do receptor. Durante seu trabalho, o professor Diniz Sena utilizou uma técnica de amostragem aprimorada, que permitiu observar a forma ativa do receptor, em ótima concordância com a estrutura disponível no banco de dados, possibilitando um melhor entendimento do mecanismo de ativação e identificando um estado intermediário, ainda não observado experimentalmente.
As atividades da pesquisa continuam no Brasil. Um projeto foi submetido ao Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e teve recursos de tempo computacional aprovados para utilização do supercomputador Santos Dumont, sendo o único projeto aprovado proveniente do estado do Ceará. Também continua ativo um projeto na mesma área no Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho em São Paulo (CENAPAD/SP).
Scientific Reports é um jornal on-line de acesso aberto com destacada visibilidade e qualidade cientifica (Fator de Impacto - ISI atual 5,228 e QUALIS CAPES A1 nas áreas Ciências Biológicas II, Biotecnologia e Química) ancorado pelo prestigiado grupo Nature e que publica pesquisas cientificas em todas as áreas das ciências naturais e clínicas.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP)
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Sex, 02 Jun 2017 11:14:00 -0300
Pesquisa tenta eliminar ação nociva do carrapato
Com um rebanho bovino de aproximadamente 170 milhões de cabeças, o Brasil sofre um prejuízo de mais de 2 bilhões de dólares anualmente em função da infestação do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, que causa perda de peso do animal, menor produção de leite e enfraquecimento generalizado. Para combater essa praga, o CNPq apoia o projeto "Inibição Seletiva da Triose Fosfato Isomerase (TIM) como Estratégia para o Desenvolvimento de Fármacos para Uso Veterinário contra o Carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus", coordenado pelo pesquisador brasileiro Jorge Luiz da Cunha Moraes, da UFRJ.Com um rebanho bovino de aproximadamente 170 milhões de cabeças, o Brasil sofre um prejuízo de mais de 2 bilhões de dólares anualmente em função da infestação do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, que causa perda de peso do animal, menor produção de leite e enfraquecimento generalizado. Esse carrapato é o maior causador de perdas econômicas tanto para pecuária brasileira quanto uruguaia.
Para combater essa praga, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) apoia o projeto intitulado "Inibição Seletiva da Triose Fosfato Isomerase (TIM) como Estratégia para o Desenvolvimento de Fármacos para Uso Veterinário contra o Carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus", coordenado pelo pesquisador brasileiro Jorge Luiz da Cunha Moraes, do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A pesquisa é parte de um projeto de cooperação internacional apoiado por uma das Chamadas Bilaterais do CNPq, no âmbito do Acordo com o Departamento de Ciência e Tecnologia do Uruguai (DICYT).
A parceria com o vizinho Uruguai se justifica porque naquele país a situação não é diferente e as perdas econômicas superam 50 milhões de dólares por ano. No norte do país, entre 60 e 70 % das fazendas estão infestadas, com mortes de bezerros em 12 % das propriedades rurais.
A proposta central deste projeto é inibir a enzima triose fosfato isomerase do carrapato R. microplus (Rm-TIM) sem afetar a enzima homóloga (Bt-TIM) de vertebrados como coelhos e humanos. Neste sentido, os resultados obtidos neste projeto de pesquisa são inéditos e inovadores, pois foram descobertos três compostos que são capazes de inibir a TIM do carrapato sem efeito nas enzimas homologas de coelho (a TIM do coelho é 98% idêntica a TIM do hospedeiro bovino) e humano. ¿Nosso grupo mostra através da técnica de ancoramento molecular, que estes compostos são capazes de ligar-se em regiões específicas da TIM do carrapato e provavelmente por isto observamos os efeitos inibitórios na enzima¿, afirma. O professor Moraes completa dizendo que, adicionalmente, tais compostos são tóxicos para células embrionárias de carrapato linhagem BME26, promovendo diminuição da viabilidade celular.
O pesquisador acredita que após a divulgação/publicação dos resultados obtidos neste projeto, o trabalho dará significativa contribuição para o avanço científico no que se refere à inibição seletiva de enzimas homólogas em ectoparasitos vetores de doenças. Além disso, segundo o relatório apresentado ao CNPq, os resultados da pesquisa deverão dar origem a um ou dois pedidos de patente junto ao INPI, no Brasil, e ao órgão competente no Uruguai.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qui, 01 Jun 2017 16:59:00 -0300
Brasileiros premiados em feira internacional, incluindo bolsistas do CNPq
Foram cinco prêmios e três menções honrosas na maior feira internacional de ciências e engenharia, que ocorreu em Los Angeles, EUA.
Os estudantes que representaram o Brasil na Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), que acaba de ser realizada em Los Angeles (EUA), conquistaram cinco prêmios e três menções honrosas. Um dos destaques ganhou o segundo lugar na categoria Biomedical Engineering.
Dois deles são os estudantes de Baraúna, no Rio Grande do Norte, Marcelo Abraão de Melo Ramalho e Beatriz da Costa Dantas, bolsistas de Iniciação Científica Junior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os jovens cientistas fizeram parte da delegação brasileira composta por 33 estudantes, sendo que 14 deles foram selecionados na 15ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que é realizada anualmente pela Escola Politécnica da USP, em São Paulo (SP), 15 na MOSTRATEC, de Novo Hamburgo (RS), e quatro na Escola Americana de Campinas, de Campinas (SP). No total, foram apresentados 21 projetos na feira.
Os estudantes premiados são dos estados do Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Eles foram incentivados a desenvolver projetos inovadores que melhorem a qualidade de vida, sendo julgados por sua capacidade criativa e pensamento científico, rigor, competência e clareza mostrada nos projetos.
O Brasil, com cinco prêmios e três menções honrosas, foi o país mais premiado da América Latina e a 9ª delegação mais premiada do mundo, ficando atrás dos EUA, Índia, Alemanha, Rússia, Vietnã, Canadá, Itália e China.
A ISEF é realizada desde 1950 e já revelou milhares de talentos em ciências e engenharia. Desde 1997, a feira conta com o patrocínio da Intel e traz o nome de Intel ISEF - Intel International Science and Engineering Fair. A feira faz parte de um programa da Society for Science & the Public e da Intel Foundation (http://www.societyforscience.org/). Neste ano, foi em Los Angeles, no Estado da Califórnia, de 15 a 19 de maio, e reuniu 1.800 estudantes de 78 países.
Para recebê-los, a organização da feira contou com uma estrutura que envolveu voluntários, intérpretes e avaliadores para julgar os melhores projetos. Fizeram parte do seleto corpo de avaliadores vários cientistas de renome internacional, todos com titulação de Ph.D.s ou equivalente, ganhadores de prêmios relevantes, inclusive do Prêmio Nobel.
Trata-se de uma competição baseada na qualidade de projetos e pesquisas desenvolvidos por estudantes de todo o mundo que ainda não chegaram ao ensino superior e que competem por mais de quatro milhões de dólares em prêmios. O principal objetivo é apresentar as inovações de jovens criativos do mundo todo, além de gerar a oportunidade para que jovens talentos sejam reconhecidos internacionalmente.
INTEL ISEF SPECIAL AWARDS CEREMONY (18/05/2016)
Qatar Foundation, Research & Development ¿ prêmio de 1.000 dólares.
De Campinas, SP
Escola Americana de Campinas
Matheus Bevilacqua
Projeto: Environmental engineering removal of heavy metal ions from industrial wastewater using algalpolysaccharide alginate
(Credenciado pela Escola Americana de Campinas)
U.S. Agency for International Development - USAID Global Development Innovation prêmio de 3.000 dólares.
De Baraúna, RN
Escola Estadual João de Abreu
Marcelo Abraão de Melo Ramalho
Beatriz da Costa Dantas
Projeto: Madeco Sabugosa: madeira ecológica, proveniente da reutilização do sabugo e da palha do milho
(Credenciados pela FEBRACE)
MENÇÕES HONROSAS
Association for the Advancement of Artificial Intelligence - Menção Honrosa
De Aquidauana, MS
IFMS ¿ Campus Aquidauana
Luiz Fernando da Silva Borges
Projeto: Interface cérebro-computador de loop fechado hospedada em sistema de computação distribuída para comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma.
(Credenciado pela FEBRACE)
American Meteorological Society - Menção Honrosa
De Camboriú, SC
IFC - Campus Camboriú
Daniel Caldas de Oliveira
Beatriz Faga
Projeto: Avaliação da qualidade do ar da cidade de Camboriú quanto à concentração de material particulado inalável (Credenciados pela MOSTRATEC)
American Physiological Association - Menção Honrosa
De São Paulo, SP
Colégio Giordano Bruno
Maria Gabriela de Carvalho Leal
Júlia Assunção Rolim
Isabela Lopes Dombrady
Projeto: A autoimagem do atleta com deficiência a partir do esporte: uma ressignificação
(Credenciadas pela MOSTRATEC)
INTEL ISEF GRAND AWARDS CERIMONY (19/05/2017)
2° lugar em Biomedical Engineering ¿ prêmio de 1.500 dólares
De Aquidauana, MS
IFMS ¿ Campus Aquidauana
Luiz Fernando da Silva Borges
Projeto: Interface cérebro-computador de loop fechado hospedada em sistema de computação distribuída para comunicação com pessoas inicialmente classificadas em estado vegetativo ou coma.
(Credenciado pela FEBRACE)
4° lugar em Plant Sciences ¿ prêmio de 500 dólares
De Maquiné, RS
IFRS ¿ Campus Osório
Maria Eduarda Santos de Almeida
Projeto: BioPatriam: Preservação da biodiversidade através de planta nativa brasileira
(Credenciada pela MOSTRATEC)
4° lugar em Environmental Engineering ¿ prêmio de 500 dólares
De Osório, RS
IFRS ¿ Campus Osório
Juliana Davoglio Estradioto
Projeto: Transformação dos resíduos agroindustriais do maracujá em filmes plásticos biodegradáveis
(Credenciada pela FEBRACE)
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da Escola Politécnica da USP
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Seg, 29 Mai 2017 13:35:00 -0300
Grupo coordenado por bolsista do CNPq obtém polímeros com óleos de soja e linhaça
Grupo de pesquisa coordenado pelo Professor da Unesp de Bauru, Gilbert Bannach, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologico (CNPq), vem desenvolvendo alguns novos polímeros de interesse tecnológico. A pesquisa é desenvolvida seguindo os princípios da Química Verde que, desde 1993, é definida como "o desenvolvimento de produtos químicos e seus processos com redução, eliminação, não uso e geração de substâncias perigosas".Grupo de pesquisa coordenado pelo Professor da Unesp de Bauru, Gilbert Bannach, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologico (CNPq), vem desenvolvendo alguns novos polímeros de interesse tecnológico. Ligado ao Laboratório de Análise Térmica e Polímeros do Departamento de Química da universidade, o grupo conta, ainda, com o bolsista de Iniciação Científica do CNPq, Arthur Rossi de Oliveira, e o mestrando Rafael Turra Alarcon.
A pesquisa é desenvolvida seguindo os princípios da Química Verde que, desde 1993, é definida como "o desenvolvimento de produtos químicos e seus processos com redução, eliminação, não uso e geração de substâncias perigosas".
Um dos princípios da Química Verde é que a matéria-prima deve ser renovável, quando tecnicamente e economicamente praticável. Nesse sentido, o grupo de pesquisa visa à utilização de glicerol e óleos vegetais para a produção de polímeros, como a descrita na patente BR0201601805-6 (Agência Unesp de Inovação - AUIN). "O glicerol se encaixa perfeitamente nisso, porque em as suas sínteses poliméricas não produzem resíduos ou produzem resíduos atóxicos. Buscou-se em todas as sínteses a não utilização de solventes e o baixo gasto energético como na fotopolimerização", explica Bannach.
O glicerol pode ser obtido como fonte de baixo custo devido à grande produção de biodiesel no país. Ele é um subproduto da síntese do biodiesel, sendo obtido pela transesterificação de óleos e gorduras de origem vegetal e animal com um monoálcool de cadeia curta, tipicamente metanol ou etanol, na presença de um catalisador. Já os óleos vegetais são uma biomassa de baixo custo e fácil acesso também. Nestes estudos, podem-se utilizar óleos vegetais de qualquer fonte (girassol, dendê, babaçu, linhaça, soja, semente de uva, macauba e entre outros).
Os pesquisadores já obtiveram materiais poliméricos interessantes com os óleos de soja e com a linhaça. O primeiro apresentou características termofixas e grande quantidade de poros e foi testado como adsorvente de alguns corantes, mostrando resultados positivos, podendo assim ser usado como filtro e para tratamento de efluentes, bem como na adsorção de antocianinas, onde tal processo permite criar cápsulas para fármacos e concentrar antioxidantes naturais.
O polímero de óleo de linhaça apresenta características de um termoplástico, podendo ser moldado quando aquecido e permanecendo em sua forma quando resfriado. Pode, portanto, ser utilizado, em aplicações de moldagem e deve ser testado como polímero para impressoras 3D.O grupo também trabalha com fotopolimerização, onde sintetiza-se polímeros a partir da luz, um método rápido e que demanda baixa energia, sendo obtido polímeros até em temperatura ambiente, o que é uma vantagem quando comparado a polímeros sintetizados por métodos térmicos.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da UNESP/Bauru
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Seg, 22 Mai 2017 11:48:00 -0300
INSA e CNPq lançam obras sobre educação contextualizada e convivência com o semiárido brasileiro
Como resultado dos trabalhos realizados no âmbito das ações previstas no Edital MCTI-INSA/CNPq/CT-Hidro/Ação Transversal nº 35/2010, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTIC) selecionou nove artigos que tratam das relações sociais, econômicas, políticas, ambientais e culturais do Semiárido, para compor o livro Educação Contextualizada para a convivência com o Semiárido brasileiro: debates atuais e estudos de caso.
Uma primeira publicação foi produzida em 2015, lançando luz sobre as vivências dos autores de estabelecer um diálogo aberto com os leitores, e foi estruturada em três partes, abordando questões relacionadas à educação contextualizada. Agora, surgiu a proposta para criação de um segundo livro, dessa vez focando o papel social, tecnológico e político da temática convivência com o Semiárido. A obra Vivências e práticas para a coabitação no Semiárido: ensaios e reflexões foi finalizada em 2017 e traz discussões que abordam a convivência com a região semiárida, aprofundando as relações do ser humano com o espaço que habita.
O lançamento oficial das obras está previsto para acontecer no dia 19 de Julho de 2017, na sede do Insa, em Campina Grande (PB), e serão disponibilizadas no site do Instituto em formato eletrônico.
O Edital 35/10 foi lançado com o objetivo de refletir sobre o Semiárido brasileiro através de um olhar multifacetado sobre a região. O edital foi organizado em quatro linhas temáticas, que envolvem recuperação de áreas degradadas do Semiárido Brasileiro, exploração econômica das suas potencialidades, difusão de tecnologias para convivência com a seca e capacitação de educadores e agentes de extensão da região, congregando assim ações para o desenvolvimento sustentável da região semiárida.
Dentre as vinte e quatro propostas aprovadas, todas vinculadas a Instituições de Ensino Superior (IES), três objetivaram a produção de materiais didáticos e paradidáticos, enquanto vinte e uma a criação de cursos de especialização. Desde então, o Insa/MCTIC acompanhou de perto o andamento dos cursos, realizando reuniões junto aos coordenadores, criando um espaço de articulação para debater questões relacionadas ao contexto do Semiárido.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da ASCOM/INSA
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Qua, 17 Mai 2017 09:57:00 -0300
Livro de bolsista do CNPq orienta quem pretende se tornar um cientista
O que significa ser um cientista e que atributos são necessários para seguir uma carreira científica? São essas questões que Gilson Volpato, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aborda em Ciência Além da Visibilidade, livro recém-lançado pela editora Best Writing.
Professor aposentado do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, Volpato, que atende mais de 10 mil alunos por ano em cursos que dá pelo país, viu que era preciso ir além da técnica. Após escrever livros sobre redação científica e estatística para cientistas, decidiu aprofundar o tema, o que resultou em um livro que dá diretrizes para graduandos e pós-graduandos que querem se firmar como cientistas.
Na nova obra, o autor explica a diferença entre pesquisador e cientista, o significado de fazer ciência e reflete sobre o cientistas que estão sendo formados no Brasil.
"Para ser um cientista, é preciso conseguir ligar conhecimentos de diversas áreas. Muitas vezes a pessoa sabe fazer pesquisa, usar o método científico e resolver um problema, mas cientista é diferente de pesquisador", disse Volpato.
O livro está dividido em três partes. Na primeira, o autor explica o que é ciência, o método científico e passa uma visão da ciência a partir da epistemologia. "O aluno precisa entender o sistema, o método científico e por que ciência é importante para qualquer área do país", disse.
Na segunda parte, o livro se aprofunda na formação do cientista. "Existem vários tipos de cientistas. É um degradê: de um lado temos os muito ligados a uma área específica e, na outra ponta, aqueles que se envolvem em diversas áreas de conhecimento. Ser cientista é agregar conhecimento a uma rede de conhecimento de todo o mundo e é esse o poder magnífico da ciência, onde todo mundo pode usar essa rede", disse Volpato.
Na terceira parte, o livro aborda boas práticas da ciência. "Eliminando-se os erros de má índole [corrupção], há vários equívocos a que estamos sujeitos sem que o percebamos. São erros conceituais que levam a desdobramentos equivocados na Ciência", escreveu.
O autor lista quais são esses equívocos - seja na escolha do orientador, análise e coleta de dados, ou montagem do estudo, por exemplo -, indica como corrigi-los e ainda aponta eventuais consequências.
"É um livro voltado para quem já é ou tem interesse em se tornar um cientista. Mais que a visibilidade, é importante que haja qualidade na ciência e, por isso, fiz esse conjunto de orientações para construir conhecimento científico com competência e nível internacional", disse.
Ciência Além da Visibilidade
Autor: Gilson Volpato
Lançamento: 2017
Preço: R$ 65
Páginas: 210
Editora: Best Writing
Mais informações: www.bestwriting.com.br/Ciencia-alem-da-Visibilidade.htm.Fonte: Agência FAPESP