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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Qua, 01 Jul 2020 16:26:00 -0300
Inscrições abertas para o Prêmio Mercosul
Tema escolhido para a edição deste ano é 'Inteligência Artificial'. Interessados têm até o dia 11 de setembro para se inscrever em uma das cinco categorias.
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia de 2020, destinado a estudantes e pesquisadores da área de CT&I. O tema escolhido para a edição do prêmio deste ano é "Inteligência Artificial", pela abrangência do tema e o que ele representa para o desenvolvimento tecnológico dos países membros.
A inteligência artificial nos permite reproduzir as faculdades humanas como a criatividade, auto aperfeiçoamento e uso da linguagem. Segundo o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Alvim, "a inteligência artificial nos permite processar grandes volumes de informação e solucionar problemas complexos e específicos, nas áreas da saúde, agropecuária, meio ambiente, internet das coisas, indústria, cidades e outros, trazendo benefícios para a sociedade de uma forma sem precedentes".
A partir do tema "Inteligência Artificial", os trabalhos devem abordar uma das seguintes linhas de pesquisa: 1. Inteligência Artificial e Internet das Coisas; 2. Inteligência Artificial e Ambiente Rural; 3. Inteligência Artificial e Saúde; 4. Inteligência Artificial e Cidades; 5. Inteligência Artificial e Indústria; 6. Ética e Inteligência Artificial.
"É muito importante valorizar o trabalho daqueles que, por meio da pesquisa, estão promovendo nosso desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social", avalia o secretário de Empreendedorismo e Inovação, Paulo Cesar Alvim, acrescentando que o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia "cumpre este objetivo, reconhecendo a contribuição da C&T para a melhoria da qualidade de vida da população".
Os interessados têm até o dia 11 de setembro para se inscrever em uma das seguintes categorias: Iniciação Científica, para jovens do Ensino Médio e Técnico; Estudante Universitário, para estudantes de graduações e de pesquisa; Jovem Pesquisador, categoria que abarca graduados, estudantes de mestrado, mestres, estudantes de doutorado e doutores que tenham no máximo 35 anos de idade; e Pesquisador Sênior, para os que possuem 36 anos ou mais, podendo ser concorrida individualmente ou em equipe. Há também a categoria Integração, modalidade exclusiva para equipes, que devem ter minimamente dois integrantes de países diferentes do Mercosul.
O valor total das premiações é de R$ 105 mil. Além disso, a comissão julgadora também poderá conferir uma menção honrosa em cada categoria.
O Prêmio
Instituído em 1997 pela Reunião Especializada em Ciência e Tecnologia do Mercosul (RECyT), busca incentivar e reconhecer pesquisadores com estudos que apresentem potencial contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico da região. Além disso, contribui para o processo de integração dos países do bloco, por meio do estímulo à difusão das realizações e dos avanços científicos e tecnológicos.
Na edição passada, foram submetidos 175 trabalhos representando nove países do bloco, e foram premiados pesquisadores do Brasil, da Argentina e do Uruguai. Desde seu lançamento em 1997, o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia já recebeu mais de 2,4 mil trabalhos com 297 agraciados entre pesquisadores e equipes.
A iniciativa é patrocinada pelo MCTI do Brasil e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil), Ministério de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Argentina, Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do Paraguai e Ministério de Educação e Cultura do Uruguai.
Para mais informações e inscrições, acesse www.premiomercosul.cnpq.br
Fonte: MCTIC
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Sex, 26 Jun 2020 11:53:00 -0300
Conheça o vencedor da 40ª edição do PJR
Com 35 anos de jornalismo científico, Carlos Henrique Fioravanti foi escolhido o vencedor da 40ª edição do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O jornalista escreve sobre ciência, ambiente e tecnologia desde 1985 e produziu mais de mil matérias jornalísticas para jornais - Diário Comércio & Indústria, O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico - e revistas nacionais - Química e Derivados, IstoÉ, Revista Brasileira de Tecnologia, Globo Ciência, Ciência Hoje, Nova Escola, Pesquisa Fapesp - e internacionais - Nature Medicine e Lancet. Há 21 anos, Fioravanti é editor da Revista Pesquisa Fapesp.
Segundo a Comissão Julgadora, o jornalista foi escolhido não só pela qualidade e relevância dos trabalhos, mas, também, pela "contribuição ao fortalecimento da área de jornalismo científico no Brasil, a qualidade criativa e literárias das narrativas jornalísticas experimentadas em seu percurso, a visão crítica e analítica das Políticas Públicas de CT&I e em reconhecimento à sua contribuição em prol da divulgação e popularização da ciência, tecnologia e inovação."
Fioravanti ressalta a importância do prêmio e afirma estar honrado com a escolha. "O Prêmio José Reis é o mais alto reconhecimento que um profissional da área de ciência e tecnologia poderia receber. É especialmente importante neste momento, quando a ciência e o jornalismo precisam ser valorizados", apontou.
Trajetória
Fioravanti fez a graduação em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1983), especialização pelo Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford, Inglaterra (2007) e doutorado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (2010). Realizou projetos de pesquisa sobre mídia e mudanças climáticas no Brasil e na Inglaterra (2006-2007) e sobre desenvolvimento de fármacos no Brasil, na Inglaterra e nos Estados Unidos (2007-2010). Publicou cinco artigos acadêmicos originais sobre Jornalismo Científico: em 2010, 2013, 2014, 2016 e 2018.
Fioravanti é, ainda, autor de três livros: A Molécula Mágica -- A Luta de Cientistas Brasileiros por um Medicamento contra o Câncer (2016), O Combate à Febre Amarela no Estado de São Paulo -- História, Desafios e Inovações (2018) e A Guerra contra o Câncer no Brasil -- Médicos e Cientistas em Busca de Novos Tratamentos (2019).
Ele recebeu cinco vezes o Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica (2003, 2004-coautor, 2006, 2008 e 2014), o Stop TB Partnership Award for Excellence in Reporting on Tuberculosis (2009), o Prêmio de Jornalismo Medtronic 2014, o I Premio de Periodismo Científico del Mercosul (2018) e o Prêmio Jornalista Tropical (2018).
O Prêmio
O Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica é concedido pelo CNPq desde 1978, destinado às iniciativas que contribuam para tornar a Ciência, a Tecnologia e a Inovação conhecidas do grande público. É uma homenagem ao médico, pesquisador, jornalista e educador, José Reis. É atribuído em um sistema de rodízio a uma das três categorias: "Jornalista em Ciência e Tecnologia", "Instituição ou Veículo de Comunicação" e "Pesquisador e Escritor".
O vencedor ganha R$ 20 mil em dinheiro e diploma. O Prêmio é tradicionalmente entregue durante a abertura da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que seria neste mês de julho. Devido à pandemia da Covid-19, a reunião foi adiada e não há, ainda, uma nova data confirmada.
A Comissão Julgadora desta edição, que analisou as 25 inscrições, foi presidida por Maria Ataíde Malcher da Universidade Federal do Pará (UFPA) e composta por Alex Sandro Gomes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ig Ibert Bittencourt Santana Pinto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Mariluce de Souza Moura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Germana Fernandes Barata da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Luisa Medeiros Massarani da Fundação Oswaldo Cruz.
Para saber mais acesse www.premiojosereis.cnpq.br
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Seg, 22 Jun 2020 15:13:00 -0300
Nota de Pesar: Profª. Guaracira Gouvêa
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) manifesta profundo pesar e se solidariza com família e amigos pelo falecimento da Professora Guaracira Gouvêa, pioneira na área de Educação em Museus no Brasil. Bolsista de Produtividade do CNPq, Guaracira era Professora Titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) na qual foi idealizadora, fundadora e primeira coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU).
Profª. Guaracira (esquerda). Foto: Geenf-USP/Divulgação
A pesquisadora era bacharel e licenciada em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Filosofia da Educação pela Fundação Getúlio Vargas, doutora em Educação Gestão e Difusão em Biociências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutora em Educação na Universidade Autônoma de Barcelona.
Foi professora de física e de ciências em escolas públicas e privadas e, dentre suas várias atividades profissionais e de pesquisa, esteve à frente da criação da Revista Ciência Hoje das Crianças, tendo sido editora desta publicação de 1986 a 1994. Foi também diretora do Centro de Ciências do Rio de Janeiro (CECIERJ), entre os anos de 1980 e 1990 trabalhando na formação de professores. Mais tarde, passou a trabalhar no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), no qual foi diretora do Departamento de Educação até 2002.
Atualmente, Guaracira trabalhava como professora titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação desta instituição, pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro e líder do grupo de pesquisa Educação, Discurso e Mídia.
A professora Guaracira faleceu no dia 16 de junho por complicações cardíacas, aos 72 anos.
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Qui, 18 Jun 2020 13:34:00 -0300
SNCT 2020: prazo prorrogado
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) divulgaram alterações na Chamada CNPq/MCTIC Nº 03/2020 SEMANA - NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (SNCT), incluindo um novo calendário. O prazo de submissão de propostas foi prorrogado para 06 de julho de 2020.
Além disso, o edital de apoio a iniciativas de popularização da ciência em todo o país durante a 17ª SNCT deste ano passou a aceitar propostas de eventos não presenciais. Para optar por essa modalidade, o proponente deverá informar em seu projeto quais as ferramentas/plataformas serão disponibilizadas para acesso ao público, os mecanismos de divulgação e quais os métodos a serem utilizados para mensurar os acessos realizados ao evento proposto, inclusive com localização dos municípios para efeito de registro no site oficial do evento (http://snct.mctic.gov.br).
A Chamada
Lançada no início de maio, a chamada visa apoiar iniciativas de popularização da ciência em todo o país durante a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que acontece de 17 a 23 de outubro.
São R$ 5 milhões destinados a projetos focados na divulgação da ciência para todos os públicos, como exposições, seminários, oficinas, mostras e feiras. As propostas devem seguir o tema desta edição da SNCT: "Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira". O resultado final deve ser divulgado em 17 de setembro.
Podem submeter propostas instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; instituições estaduais e municipais de educação ou ciência e tecnologia; universidades públicas e privadas sem fins lucrativos, órgãos da administração direta e indireta de municípios, estados e DF; Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) e unidades e institutos de pesquisa.
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Qua, 17 Jun 2020 11:12:00 -0300
Fármaco para câncer acelera recuperação de casos graves de Covid-19
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) coordenado por bolsista do CNPq, desenvolvem medicamento para tratar câncer que acelera a recuperação de casos graves do novo coronavírus. O artigo foi publicado no repositório Social Science Research Network, ainda sem revisão por pares.Um medicamento desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para estimular o sistema imune a combater o câncer - ainda em fase de testes clínicos - pode se tornar uma arma importante contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Em testes feitos com cinco pacientes que desenvolveram a forma grave da COVID-19 enquanto lutavam contra tumores na bexiga, a associação do imunoterápico com antibióticos e corticoides amenizou a resposta inflamatória desregulada no pulmão e reduziu o tempo médio de internação de 18 para 10 dias, sem a necessidade de intubação.
O caso mais emblemático foi o de um paciente de 78 anos, que contraiu a infecção durante um cruzeiro pela costa brasileira e foi tratado no Hospital Municipal de Paulínia, cidade próxima a Campinas. Os detalhes foram descritos em artigo publicado no repositório Social Science Research Network, ainda sem revisão por pares. A pesquisa é apoiada pela FAPESP. O artigo foi assinado por 12 pesquisadores, entre eles, três bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Wagner José Fávaro, Rodrigo Ramos Catharino e Anderson Rezende Rocha.
"Esse paciente chegou ao hospital com 50% do pulmão comprometido, febre de 38,3o C, dor de cabeça, falta de apetite, dificuldade para respirar e nível de oxigenação no sangue abaixo do normal [87%, quando deveria estar acima de 94%], conta Wagner José Fávaro, bolsista PQ do CNPq, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e coordenador do estudo.
A despeito da recomendação médica, o paciente resistiu à ideia de "ir para o tubo", conta o pesquisador. Tabagista de longa data e portador de várias doenças crônicas, temia não sair vivo da ventilação mecânica. "Após conversar com a família, decidimos fazer apenas a suplementação de oxigênio por cateter intranasal e administrar o imunoterápico associado aos antibióticos e corticoides do protocolo padrão do hospital. Após 72h de internação, os marcadores inflamatórios no sangue tinham diminuído significativamente, a saturação de oxigênio estava em 95%, a coriza havia diminuído e a febre, sumido. No sétimo dia, já sem o cateter intranasal, o nível de oxigênio no sangue atingiu 98%. No décimo dia ele teve alta."
O exame de tomografia feito antes da alta hospitalar revelou que as lesões pulmonares tinham cicatrizado e, no teste sorológico, foi detectada a presença de anticorpos do tipo IgG (imunoglobulina G), que são específicos contra o SARS-CoV-2 e conferem imunidade duradoura, até onde se sabe.
Resultados semelhantes foram observados em outros quatro pacientes submetidos à imunoterapia, todos portadores de câncer de bexiga e outras doenças crônicas e com idade superior a 65 anos. "O que chama a atenção é que indivíduos nessas condições tendem a piorar nos primeiros dias de internação por COVID-19. Mas todos que tratamos com esse protocolo - que consiste em administrar antibióticos e corticoides durante seis dias e o imunoterápico por duas semanas -apresentaram sinais de melhora desde o início", afirma Fávaro.
Mecanismo de ação
Patenteado pela Unicamp com o nome "OncoTherad", o imunoterápico começou a ser desenvolvido há cerca de 13 anos com o objetivo de estimular o sistema imune a combater doenças infecciosas e tumores. "Trata-se de uma nanopartícula totalmente sintética capaz de induzir no organismo uma resposta imune de células T, ou seja, de ativar determinados tipos de linfócitos que produzem uma proteína chamada interferon [IFN], importante tanto para combater o câncer como também alguns vírus e bactérias", explica Fávaro.
A segurança do fármaco já foi comprovada na primeira etapa de testes clínicos. Atualmente, os pesquisadores buscam confirmar sua eficácia contra o câncer de bexiga avançado. "O estudo começou com 30 pacientes (19 homens e 11 mulheres) que já tinham sido submetidos sem sucesso aos tratamentos disponíveis no mercado. Mas temos recebido muitos pedidos de inclusão de novos participantes. Há poucas opções terapêuticas para esse tipo de tumor", diz o pesquisador.
Todos os integrantes do estudo tinham indicação para a remoção cirúrgica da bexiga e, após o tratamento com o imunoterápico, iniciado há dois anos, quase 80% ficaram livres do tumor. "Nos demais, a doença voltou com menor agressividade, o que permitiu a retirada localizada da lesão", conta o pesquisador.
Quando veio a pandemia, o grupo da Unicamp observou que alguns dos voluntários do ensaio clínico mantiveram contato próximo com pessoas infectadas pelo novo coronavírus. E, embora todos integrem o grupo de risco da COVID-19, nenhum apresentou sintomas da infecção. "Teve participante que mesmo com o PCR [teste que detecta o RNA do vírus no sangue] positivo permaneceu totalmente assintomático", conta Fávaro.
A suspeita de que o imunoterápico poderia reduzir a agressividade da infecção pelo SARS-CoV-2 começou a ganhar corpo entre os pesquisadores da Unicamp quando grupos internacionais divulgaram evidências de que o vírus era capaz de inibir no organismo humano a resposta de células T, conta Fávaro.
"Ao que parece, quando as células do pulmão são infectadas pelo novo coronavírus tem início uma tempestade de citocinas [proteínas com ação pró-inflamatória secretadas por células de defesa] que inibe a ação das células T produtoras de interferon. E o OncoTherad é justamente um ativador da produção de interferon", explica.
Segundo o pesquisador, a falta de um modelo animal adequado para o estudo da COVID-19 tem dificultado a prova de conceito. Ratos, camundongos e outros animais usados nesse tipo de experimento não se infectam naturalmente pelo SARS-CoV-2. Existe apenas um modelo importado de roedor modificado geneticamente para expressar a enzima ACE2 humana - molécula à qual o vírus se liga para invadir as células.
Alterações metabólicas
Para entender por que os pacientes tratados com o OncoTherad se recuperaram mais rapidamente do que a média dos casos graves de COVID-19, pesquisadores do Laboratório Innovare de Biomarcadores, sediado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, analisaram amostras de sangue e compararam o conjunto de metabólitos (diversos produtos de processos metabólicos que estão ativos, principalmente lipídios e ácidos orgânicos) presentes no fluido antes e depois da imunoterapia.
As amostras foram analisadas por um espectrômetro de massas, aparelho capaz de identificar substâncias em fluidos biológicos de acordo com o peso molecular de cada uma. A interpretação dos resultados contou com auxílio de técnicas de inteligência artificial. Essa parte da pesquisa foi conduzida pela doutoranda Jeany Delafiori, com apoio da FAPESP e orientação do professor e bolsista do CNPq, Rodrigo Ramos Catharino.
"O que já sabemos é que a infecção causa um estresse oxidativo muito forte no organismo. Nas amostras de sangue coletadas antes do tratamento observamos muitas moléculas oxidadas e muitas moléculas associadas à inflamação, o que corrobora a existência de uma tempestade inflamatória", diz Catharino.
Já nas amostras coletadas após o tratamento o conjunto de metabólitos era mais parecido com o existente no sangue de um indivíduo saudável. "No futuro, talvez seja possível usar esse padrão de metabólitos ¿sadio¿ para determinar a recuperação do paciente", avalia o pesquisador.
Além de incluir mais pacientes no estudo para melhor compreender o mecanismo de ação da imunoterapia na COVID-19, o grupo de Catharino pretende comparar amostras de pacientes que se recuperaram da doença sem receber o OncoTherad e ver se há diferenças.
Made in Brazil
Caso novos estudos confirmem o potencial do imunoterápico de acelerar a recuperação dos casos graves de COVID-19, os benefícios para o Sistema Único de Saúde (SUS) serão imensos, avalia Fávaro. "Os custos com internação em Unidade de Terapia Intensiva [UTI] diminuiriam significativamente e, na medida em que se reduz a necessidade de ventilação mecânica, amplia-se o número de pacientes graves que podem ser tratados com sucesso", afirma.
Para isso, segundo o pesquisador, o ideal seria iniciar o tratamento no momento em que o nível de oxigênio no sangue ficar abaixo de 94% e o paciente começar a sentir dificuldade para respirar ou cansaço. "Estamos acrescentando o uso contra COVID-19 na patente, que é fruto de ciência 100% brasileira, financiada com recursos públicos. Caso o medicamento seja aprovado nas últimas fases do ensaio clínico, a patente será licenciada para uma empresa farmacêutica, que deverá fornecê-lo gratuitamente para pacientes do SUS", diz Fávaro.
Antes disso, porém, será necessário ampliar os estudos clínicos para outros pacientes com quadros moderados ou graves de COVID-19, independentemente de serem pacientes oncológicos. Um estudo com 140 participantes está tramitando na Comissão de Ética em Pesquisa (Conep) para uso da imunoterapia OncoTherad associada ao tratamento clínico padrão no Hospital Municipal de Paulínia. O estudo tem duração prevista de um ano.
O artigo A 78-Year Old Urothelial Cancer Patient with Faster Recovery from COVID-19:
Potential Benefit from Adjuvant Active Immunotherapy pode ser lido em:https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3609259
Fonte: Agencia Fapesp - Karina Toledo
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Sex, 05 Jun 2020 16:48:00 -0300
Bolsista do CNPq coordena estudo estratégico para combater a COVID-19
Pesquisadores das Faculdades de Medicina e de Odontologia de Ribeirão Preto (USP), coordenados por bolsista PQ do CNPq, estão desenvolvendo uma estratégia para combater a COVID-19 baseada em edição gênica, por meio de ferramentas de biologia molecular e de bioinformática.Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP estão desenvolvendo uma estratégia para combater a covid-19 baseada em edição gênica.
Por meio de ferramentas de biologia molecular e de bioinformática eles criaram um sistema para simular mutações pontuais no gene que codifica a proteína ACE2 - à qual o vírus SARS-CoV-2 se liga para entrar nas células humanas. O objetivo é desestabilizar a interação entre o vírus e as células para impedir a infecção.
Desenvolvido no âmbito de um projeto apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o modelo foi descrito em um artigo publicado na plataforma Preprints, ainda sem revisão por pares.
"O sistema possibilita simular a inserção de mutações específicas na região do gene ACE2 que codifica a parte da proteína que adere ao vírus, sem prejudicar as funções fisiológicas da molécula", diz à Agência Fapesp Geraldo Aleixo Passos, bolsista PQ do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor da FORP e da FMRP e coordenador do projeto. O artigo foi assinado por 15 pesquisadores, incluindo outros 4 bolsistas do CNPq. Natane de Araujo, Max Jordan, Romário de Sousa e Eduardo Antônio.
Uma das principais funções do gene ACE2 é expressar o RNA mensageiro que orienta a produção da enzima conversora da angiotensina 2 - molécula essencial para o controle da pressão arterial.
Por isso, medicamentos candidatos a combater a covid-19 pela inibição desse gene reduziriam em tese a entrada do SARS-CoV-2 nas células, mas poderiam causar, como efeito colateral, aumento da pressão arterial, pondera Passos.
"A edição gênica representa uma estratégia mais interessante para interferir na ACE2 porque permite modificar apenas a região da proteína que interage com o novo coronavírus, mantendo intacta a atividade biológica de conversão da angiotensina 2", avalia o pesquisador.
Por meio de estudos das características estruturais, os pesquisadores analisaram a proteína de superfície do SARS-CoV-2 - chamada spike - e da região da ACE2 que adere ao vírus e permite a sua entrada nas células - a alfa-hélice N-terminal - e identificaram resíduos de aminoácidos que funcionam como pontos de contato entre o novo coronavírus e a ACE2.
"Podem existir outras regiões da ACE2 que interagem com o SARS-CoV-2, mas atacamos a que é mais conhecida", explica Passos.
Com base no sistema CRISPR/Cas9 - ferramenta molecular que permite inserir ou deletar nucleotídeos (blocos de construção do material genético) e até genes inteiros no genoma -, foram alterados os códons (trincas de nucleotídeos no DNA) dos resíduos de aminoácidos da alfa-hélice N-terminal da ACE2 envolvidos na ligação com o novo coronavírus. As alterações permitiram substituir aminoácidos críticos por outro, chamado alanina (Ala).
Os resultados das análises de predição indicaram que essas mudanças (mutações pontuais) por edição gênica desestabilizaram a interação entre a alfa-hélice N-terminal da ACE2 e a proteína spike do SARS-CoV-2, sem interferir no centro ativo da proteína, mantido intacto.
"Comprovamos em ensaios de bioinformática que a edição gênica é uma estratégia promissora para combater o novo coronavírus", afirma Passos.
Os pesquisadores estão buscando agora se associar com grupos de virologia para a realização de ensaios in vitro.
Os pós-graduandos participantes do estudo produziram um vídeo explicativo sobre a pesquisa que foi um dos vencedores de um concurso promovido pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP para premiar os melhores curtas sobre pesquisas relacionadas à covid-19 produzidos por estudantes de mestrado e doutorado da Universidade.
O artigo A Crispr-Cas9 system designed to introduce point mutations into the human ACE2 gene to weaken the interaction of the ACE2 receptor with the SARS-CoV-2 S protein (DOI: 10.20944/preprints202005.0134.v1), de Tanaka, P.; Santos, J.; Oliveira, E.; Miglioli, N.; Assis, A.; Monteleone-Cassiano, A.; Ribeiro, V.; Duarte, M.; Machado, M.; Mascarenhas, R.; Souza, A.; Brito, L.; Oliveira, L.; Donadi, E.; e Passos, G., pode ser lido em www.preprints.org/manuscript/202005.0134/v1.
Fonte: Agência FAPESP
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Ter, 02 Jun 2020 15:41:00 -0300
Teias da Inovação traz debates on-line
O Teias da Inovação, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) retornam com eventos gratuitos e traz debates on-line para incentivar o empreendedorismo na quinta- feira (4/6) das 16h às 17h30, com o tema "Os Possíveis Cenários de Inovação Para os Ecossistemas Brasileiros".
Os debates focados em ciência, inovação e tecnologia terão abrangência nacional e contarão com a participação de Paulo César Rezende de Carvalho Alvim, Secretário Nacional de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Dário Thober, presidente da Von Braun Labs, Delair Bolis, presidente da Merck MSD Animal Health, Cláudio Nascimento, conselheiro do Porto Digital e Marcelo Knobel, reitor da Unicamp.
Para mais informações sobre as inscrições, acesse aqui.
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Sex, 29 Mai 2020 18:16:00 -0300
As gestantes, os recém-nascidos e a COVID-19
Diante das complicações, incluindo mortalidade, causadas por outros coronavírus e pelo vírus da influenza em gestantes e puérperas, mulheres que tiveram filhos há pouco tempo, o Ministério da Saúde recomenda uma atenção especial a este grupo na prevenção e tratamento da COVID-19.Diante das complicações, incluindo mortalidade, causadas por outros coronavírus e pelo vírus da influenza em gestantes e puérperas, mulheres que tiveram filhos há pouco tempo, o Ministério da Saúde recomenda uma atenção especial a este grupo na prevenção e tratamento da COVID-19. Para saber mais sobre o assunto, a equipe de COVID-19 DivulgAÇÃO Científica, que conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), conversou com Manoella do Monte Alves , médica e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e com Esaú Custódio João Filho , infectologista no Hospital Federal dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro.
Ainda não há, segundo o Ministério da Saúde, nenhum caso comprovado de crianças nascidas com má formação congênita por causa do COVID-19. A professora Manoella Alves esclarece que as gestantes sempre serão um grupo especial, assim como as crianças recém nascidas, as puérperas, os idosos e os imunossuprimidos em geral. Sempre quando surge uma doença nova, existe um medo de que esses grupos, em especial, incluindo as gestantes, possam desenvolver doenças mais graves. "É claro que se for recém-nascido com alguma doença que tenha comprometimento maior pulmonar, como a cardiopatia ou até uma doença pulmonar mesmo, congênita, com certeza, se ele adquirir uma pneumonia por coronavírus, vai tender a ser mais grave, mas não pelo fato em si de ser um recém-nascido, mas sim por ter essa comorbidade", afirma Manoella.
Apesar dos cientistas já terem detectado a presença do novo coronavírus na placenta de gestantes com COVID-19, por enquanto não há evidências científicas sobre a transmissão da doença para o bebê ainda no útero. "Até hoje não está bem provado se existe transmissão vertical, que é aquela da mãe para o feto, intra-útero, ou no momento do parto. Tem alguns poucos casos descritos, mas que ainda não são bem definidos", explica o infectologista Esaú Filho.
Em questão do tipo de parto para uma gestante com COVID-19, a professora Manoella explica que quem deve fazer a indicação é o obstetra. "Dependendo da indicação, não existe o maior risco se for normal ou cesárea", conclui.
Esaú Filho alerta para os cuidados que as mães com COVID-19 devem ter com os filhos recém-nascidos "A paciente deve usar máscara durante o período de quarentena. Ter muito cuidado em relação ao toque com a criança, estar sempre com a higienização das mãos, evitar beijar, ficar muito próximo", explicou.
Quanto à transmissão pelo leite materno, Manoella, aparentemente, não há risco e as mulheres devem, sim, amamentar os filhos recém-nascidos. "Ainda existe a possibilidade de retirar o leite materno e dar em separado para essa criança", lembra a professora. Para esse procedimento, é importante o alerta dado pelo infectologista Esaú, que aponta a importância da higienização, também, da bomba, caso ela seja usada, antes e após a retirada do leite.
Máscaras em crianças
Outro fator de preocupação entre mães é o uso de máscara em crianças pequenas. Sobre o assunto, Manoella explica que só podem ser usadas em crianças maiores de dois anos de idade e que o ideal é que o recém-nascido fique em casa. Segundo ela, dentro de casa, onde há janelas que recebem luz do sol, o bebê pode ficar em segurança.
Quando houver necessidade de saída para acompanhamento médico, por exemplo, o ideal, segundo a professora, é que, se a mãe puder, use transporte com poucas pessoas, preferencialmente, só ela. "E esse trajeto da criança até o local de atendimento deve ser feito da maneira mais breve possível", finaliza.
Confira o vídeo completo da entrevista em: https://www.youtube.com/watch?v=qXg-3NOoY_0&t=1s
O COVID19 DivulgAÇÃO Científica é uma iniciativa do Instituto Nacional de Comunicação da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), sediado na Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os canais da iniciativa são:
Facebook: facebook.com/coronavirusdc
Twitter: twitter.com/Covid_19DC
Instagram: https://www.instagram.com/covid_19dc/
YouTube: youtube.com/channel/UCmHB5LSPew9zZWDVUozJ14g
Site: www.coronavirusdc.com.br
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Sex, 29 Mai 2020 09:33:00 -0300
Chamada COVID-19: calendário alterado
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa a alteração do cronograma da Chamada MCTIC/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit Nº 07/2020 - Pesquisas para enfrentamento da COVID-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves.
A Chamada, lançada no início de Abril, recebeu, 2.203 propostas de todas as Unidades da Federação. Os projetos foram avaliados pelo Mérito Científico por um Comitê de consultores ad hoc e serão julgados e classificados para a definição do resultado final pelo Comitê de Relevância.
As datas alteradas são as seguintes:
FASES
DATA
Julgamento pelo Comitê de Mérito Técnico-científico
18 a 27/05/2020
Julgamento e Classificação Final pelo Comitê de Relevância
28/05/2020 a 02/06/2020
Divulgação do Resultado preliminar do julgamento no Diário Oficial da União, por extrato, e na página do CNPq na internet
05/06/2020
Prazo para interposição de recurso administrativo do resultado preliminar do julgamento
15/06/2020
Divulgação Final das propostas aprovadas no Diário Oficial da União, por extrato, e na página do CNPq na internet
22/06/2020
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Qua, 27 Mai 2020 11:09:00 -0300
Parceria MCTIC e CNI para inovação
Nagi Digital selecionará 15 entidades. Objetivo é estruturar rede de gestão da inovação para a transformação digital do setor produtivo, ainda mais acelerada em meio à pandemia.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) abriram chamada para selecionar instituições interessadas em aperfeiçoar metodologias de gestão da inovação (GI) com foco na transformação digital do setor produtivo. O projeto, realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vai selecionar até 15 entidades. Além do investimento inicial alocado na seleção e alinhamento conceitual das entidades participantes, foi aprovado recurso para a segunda fase do projeto, a fim de que as instituições realizem um projeto-piloto em empresas.
As inscrições para a chamada do programa Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação para Transformação Digital do setor produtivo, conhecido como Nagi Digital, poderão ser feitas no site do projeto, a partir de segunda-feira (25).
De acordo com a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, o objetivo da parceria é capacitar instituições com expertise em gestão da inovação para serem propagadoras de métodos inovadores com maturidade tecnológica. "A crise mundial provocada pela pandemia do coronavírus está acelerando a transformação digital em curso, trazendo novas respostas e soluções, inclusive de negócios", afirma Gianna Sagazio.
"A pandemia acelerou a transformação digital, trazendo novas respostas, inclusive de negócios", avalia Gianna Sagazio, da CNI
"Para que isso seja possível, é necessário que as organizações redefinam suas estratégias, incorporando a tecnologia como elemento chave dos negócios e integrando as operações e o capital humano em processos digitais", acrescenta a diretora da CNI.
Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Paulo Alvim, é incontestável que a inovação tecnológica trouxe novos paradigmas para o desenvovimento dos estados e nações, e passará necessariamente pela 4ª revolução industrial, que traz em seu cerne a cultura da interconectividade, interoperabilidade e integração. "Isto envolverá não apenas uma, mas um conjunto de tecnologias habilitadoras como, inteligência artificial, internet das coisas, big data, computação em nuvem e outras", destaca.
Paulo Alvim observa que as políticas públicas serão fortes aliadas no processo de contribuição e estímulo para que as empresas se preparem para essa nova realidade. "O projeto Nagi Digital representa um grande avanço neste sentido, desenvolvendo ações para que as empresas se insiram neste contexto de transformação digital, através da adoção de processos sistemáticos de inovação", pontua.
"Isto não deve ocorrer de forma isolada, mas dentro de uma evolução contínua e eficiente de gestão da inovação visando o aumento da produtividade e da competitividade da indústria nacional, e sua inserção no ecossistema da transformação digital", completa o secretário do MCTIC.
Diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio destaca que iniciativa tem o objetivo de mudar a cultura organizacional das empresas
Transição para a transformação digital e o ambiente da Indústria 4.0
A escolha das instituições ficará a cargo do Comitê de Avaliação e Acompanhamento, formado por representantes da CNI, MCTIC, CNPq, Finep e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e por especialistas convidados. De acordo com o edital, as entidades selecionadas passarão por uma etapa de alinhamento conceitual e de harmonização de metodologias de GI com foco no processo de transformação digital do setor produtivo das empresas, para sua transição ao ambiente da Indústria 4.0 e aumento de produtividade.
Na avaliação da CNI, a transformação digital e os impactos da Indústria 4.0 sobre a produtividade, a redução de custos, o controle do processo produtivo e a customização da produção apontam para uma transformação profunda nos negócios e nas plantas fabris. A CNI considera que a incipiência da política para promoção da Indústria 4.0 no Brasil limita a quantidade de instituições que contribuem significativamente para implementação de iniciativas de apoio à produção avançada no país.
"Mais que tecnologia, transformação digital tem a ver com cultura organizacional. A Rede Nagi Digital é uma iniciativa complementar, que visa à estruturação da Rede de Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação e ao nivelamento de conceitos para a adaptação de metodologias e ferramentas das instituições participantes, para a transformação digital do setor produtivo", destaca a diretora de Inovação da CNI.
Benefícios diretos para as instituições selecionadas
Entre as vantagens de participar da rede Nagi Digital estão a troca de informações e aprendizado com as demais instituições participantes do projeto; a validação da metodologia em GI para transformação digital e inserção no ecossistema da Indústria 4.0; a participação na harmonização de conceitos, boas práticas, indicadores e ferramentas em GI; e a disponibilização de recursos para a realização de projeto-piloto em empresas.
Por: Agência CNI de Notícias