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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Ter, 23 Jul 2019 12:08:00 -0300
CNPq entrega prêmios na SBPC
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou nesta terça-feira, 23, a cerimônia de entrega da 16º edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica e do 8° edição do Prêmio Fotografia - Ciência & Arte, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande (MS), onde acontece a 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Na ocasião, estiveram presentes os seis premiados como bolsistas de Iniciação Científica e Tecnológica, além do mérito institucional; e as primeiras colocadas do prêmio de fotografia, além da segunda colocada na categoria "Imagens produzidas por instrumentos especiais".
Todos os premiados do CNPq nesta terça-feira, durante a Reunião da SBPC, em Campo Grande (MS) - Foto: Roberto Hilário/CNPq
O evento contou com a presença do presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo; do presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira; do reitor da UFMS Prof. Marcelo Augusto Santos Turine; da vice-reitora, Profª Camila Celeste Brandão Ferreira Ítavo; e da Diretora do Departamento de Infraestrutura de Pesquisa e Políticas de Formação e Educação em Ciência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Profª Maria Zaira Turchi.
Uma iniciativa do CNPq, o Prêmio Fotografia - Ciência & Arte recebeu, nesta edição, 1023 trabalhos, sendo 487 da Categoria "Imagens produzidas por câmeras fotográficas" e 268 da Categoria "Imagens produzidas por instrumentos especiais". Na categoria imagens produzidas por câmeras fotográficas a vencedora foi Raquel de Oliveira Barreto, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já na categoria imagens produzidas por instrumentos especiais, a vencedora foi Karine Bianca Nascimento, da Universidade de São Paulo (USP). Também esteve presente Lienne Silveira de Moraes, da Universidade Federal do Pará (UFPA), segundo lugar nesse categoria.
As primeiras colocadas do Premio de Fotografia com o Presidente do CNPq e suas fotos premiadas - Foto: Roberto Hilário/CNPq
O Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, que chega a sua 16° edição, recebeu ao todo, 573 inscrições de 193 instituições, sendo 145 universidades e 48 institutos de pesquisa. São premiados dois bolsistas em cada área do conhecimento, um de iniciação científica e um de iniciação tecnológica, além do mérito institucional, que, este ano, foi para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Para Dionisio Neto, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), vencedor da categoria Ciências da Vida - Iniciação Científica, o prêmio representa o reconhecimento de sua trajetória até aqui e, segundo ele, uma certeza de futuro em um período de desafios para a ciência brasileira. "Eu estou muito feliz por ter o nosso trabalho valorizado, e poder representar o centro (CNPEM), e as pessoas que colaboraram de alguma forma para que o nosso projeto fosse desenvolvido", disse.
Vencedora na modalidade Iniciação Tecnológica, na área Ciências da Vida, Nathália Araújo Macêdo, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), lembra que, desde pequena, tinha o sonho de ser cientista. Mas além do sonho, desenvolver pesquisa proporcionou a construção de uma visão crítica, tanto sobre o aspecto científico como social. "Me orgulho em poder dar visibilidade à produção acadêmica da minha universidade e mostrar o valor que ela tem, principalmente no contexto sócio politico atual", afirmou.
Leonardo Leidens, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), venceu na modalidade Iniciação Cientifica, na categoria Ciências Exatas, da Terra e Engenharias. Segundo ele, a bolsa de IC foi o primeiro passo na pesquisa e ser cientista é seu objetivo desde que ingressou no curso superior: "Esse prêmio representa, acima de tudo, um reconhecimento ao esforço e dedicação no desenvolvimento de um trabalho sério e de impacto cientifico e tecnológico. Ainda serve como incentivo para mostrar que a pesquisa feita aqui é de qualidade."
Ainda nesta categoria, na modalidade Iniciação Tecnológica, Felipe Quirino, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), levou a premiação. Para ele, o prêmio é uma demostração de como produzimos tecnologia no Brasil, principalmente em universidades públicas. "O Brasil tem capacidade de produzir tecnologias para competir com o resto do mundo", finalizou.
Também receberam a premiação na categoria Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes, Higor Railan de Jesus Pereira - da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), na categoria Iniciação Científica e, na categoria Iniciação Tecnológica, Gabriel Closel Gomes Martins, do Centro Universitário SENAC de Santo Amaro -SP.
Saiba mais:
Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica: http://www.destaqueict.cnpq.br/web/pdict/
Sobre os vencedores desta edição: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/7260316
Prêmio de Fotografia - Ciência & Arte: http://www.premiojosereis.cnpq.br/web/pjr/
Sobre os vencedores desta edição: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/7229244
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Sex, 19 Jul 2019 17:20:00 -0300
CNPq fala sobre mulheres na ciência
A proporção de mulheres que publicam artigos científicos cresceu 11% no Brasil nos últimos 20 anos e, hoje, elas publicam quase a mesma quantidade que os pesquisadores homens (49%). No entanto, publicações de áreas como Computação e Matemática têm mais do que 75% de homens na autoria dos trabalhos. Esse cenário, dados do Relatório Gender in the Global Research Landscape de 2017, foi apresentado pela Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Adriana Tonini, em palestra realizada esta semana, no 13º Women in Information Technology, durante o Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, em Belém (PA).
O Women in Information Technology é uma iniciativa da SBC para discutir os assuntos relacionados a questões de gênero e a Tecnologia de Informação no Brasil ¿ histórias de sucesso, políticas de incentivo e formas de engajamento e atração de jovens, especialmente mulheres, para as carreiras associadas à TI.
Em sua participação, a Profª Adriana falou do programa Mulher e Ciência do CNPq, apresentando os principais resultados já obtidos. As ações buscam diminuir distorções ainda existentes da participação feminina na ciência. Segunda a diretora, ¿a participação das mulheres na C&T aumentou de forma global no Brasil, mas ainda identificamos dois tipos de segregação: horizontal: poucas mulheres em áreas do conhecimento específicas; e vertical: sub-representação de mulheres em postos de prestígio e poder, incluindo as carreiras consideradas femininas¿.
Dentre as ações destacadas por Adriana estão as chamadas focadas na atração de Meninas e Jovens para áreas de ciências exatas, engenharias e computação e o projeto ¿Pioneiras da Ciência¿, com 7 edições lançadas. Além disso, encontros e prêmios envolvendo das questões de gênero e ciência também foram realizados.
A diretora ressaltou que o CNPq já lançou duas chamadas de apoio a projetos de pesquisa com o objetivo de proporcionar o interesse e o acesso de meninas do Ensino Médio nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. A primeira, em 2013, selecionou 325 propostas e a segunda, em 2018, 78 propostas. Além disso, a professora lembrou que o CNPq incluiu a possibilidade de prorrogação de bolsas em caso de parto e adoção para as modalidades de Mestrado, Doutorado, Pós-doutorado e Produtividade em Pesquisa (PQ); e aprovou a inclusão dos dados de nascimento e adoção dos filhos na Plataforma Lattes.
O professor da Universidade de São Paulo (USP). José Carlos Maldonado, bolsista PQ 1A do CNPq, da área de Computação, estava presente na palestra e apontou a importância das ações do CNPq para o aumento da participação de mulheres na pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas para o país. ¿Esse cenário fortalece as ações da Sociedade Brasileira de Computação que há mais de 10 anos promove atividades de atração de mulheres para a Computação como o evento WIT e o Programa Meninas Digitais, atividades essas que induziram ações mais amplas por todo o Brasil e América Latina. Os 11 projetos de Computação contemplados recentemente, distribuídos nas diversas regiões do país, já evidenciam alto índice de impacto social¿, completou.
Também presente no evento, o pesquisador Alex Sandro Gomes, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), enfatizou o trabalho da Diretora do CNPq na tomada de consciência do papel da mulher na produção de conhecimento na relação entre ciência e tecnologia e inovação no Brasil. ¿Na sua liderança demonstrada hoje na exposição, demonstra a sua capacidade de liderança e de articulação com colegas da academia e jovens cientistas¿, enfatizou Alex Sandro, bolsista DT 2 do CNPq.
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Ter, 16 Jul 2019 08:57:00 -0300
Pesquisa brasileira recebe prêmio da Associação Internacional de Políticas Públicas
O Prof. Osmany Porto foi o único brasileiro premiado. O pesquisador, professor do Departamento de Relações Internacionais da UNIFESP e coordenador de Projeto Universal do CNPq, foi avaliado a partir de sua trajetória acadêmica e da obra "Embaixadores da participação: a difusão internacional do Orçamento Participativo".Pesquisa sobre orçamento participativo proporcionou ao professor Osmany Porto de Oliveira o prêmio Early Career, oferecido a pesquisador que tenha publicado uma monografia como único autor e represente contribuição teórica, metodológica ou empírica de grande importância para a área de Políticas Públicas ou Administração Pública. Essa é a primeira edição do prêmio, que será concedido a cada dois anos.
O Prof. Osmany (à esquerda) na cerimônia de premiação, em junho. Foto: Divulgação.
A premiação teve diversas categorias com concorrentes de diferentes nacionalidades e Osmany foi o único brasileiro premiado. O pesquisador, professor do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador de Projeto Universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi avaliado a partir de sua trajetória acadêmica e da obra "Embaixadores da participação: a difusão internacional do Orçamento Participativo", lançado pela Editora Annablume em 2016 e publicada, também, em inglês, no ano seguinte, pela Editora Palgrave McMillan.
Os estudos do professor Osmany têm tido impactos teóricos, empíricos e metodológicos em sua área de pesquisa. Além disso, o professor lidera uma rede global de especialistas no estudo na difusão de políticas, que se reúne bianualmente, desde 2016, em conferência internacional organizada em São Paulo. Um dos resultados da rede é a plataforma Global sobre Políticas Públicas Internacionais: www.policydiffusion.com
"Esta premiação é um importante reconhecimento da inovação em pesquisa produzida no Brasil. O livro é resultado de minha pesquisa de doutorado, realizada com bolsa do CNPq. A pesquisa do projeto Universal dá continuidade ao trabalho apresentado no livro, mas a partir de novos casos", explicou o pesquisador.
Doutor em Ciência Política pela Sorbonne Nouvelle, na França, Osamny Porto é professor de Relações Internacionais da UNIFESP - Foto: Divulgação
A premiação ocorreu na Universidade de Concordia, em Montreal - Canadá, durante a abertura da IV Edição da Conferência Internacional sobre Políticas Públicas.O comitê de avaliação para o prêmio foi composto pelas professoras Jale Tosun (University of Heidelberg - Alemanha), Jenifer Curtin (University of Auckland - Nova Zelândia) e Iris Geva-May (Baruch College - Estados Unidos).
A Conferência da Associação Internacional de Políticas Públicas é o maior evento mundial nesta área. O encontro é um instrumento para facilitar a colaboração entre pesquisadores e estudos comparativos. Neste ano, o evento registrou mais de 1.300 participantes, oriundos de 73 países.
Sobre as pesquisas
O professor Osmany Porto de Oliveira dedicou seus últimos anos de pesquisa para entender o fenômeno da difusão internacional de políticas públicas. Mais especificamente, estuda como as políticas públicas brasileiras têm sido "exportadas". Sua pesquisa mais intensa foi dedicada à análise da difusão internacional do Orçamento Participativo, que deu origem ao livro apresentado para a premiação.
Criado em Porto Alegre no final dos anos 1980, o Orçamento Participativo é uma política de inclusão dos cidadãos na alocação dos investimentos públicos municipais. Nos dias atuais existem mais de 7.000 Orçamentos Participativos nas diferentes regiões do mundo. Metrópoles como Paris, Nova Iorque e Dakar são alguns exemplos de emulação da experiência brasileira. Para entender esse fenômeno, o professor desenvolveu uma estratégia metodológica chamada de "etnografia política transnacional". Em sua investigação coletou dados em diversas cidades em 10 países, nas Américas, Europa e África.
A obra apresenta as micro-dinâmicas e os mecanismos que causaram o processo de difusão do Orçamento Participativo. Os resultados do estudo mostram que a promoção transnacional do Orçamento Participativo, realizada por indivíduos, chamados pelo professor de "Embaixadores da Participação", foram uma condição necessária para inserir esta política na agenda internacional. Além disso, argumenta-se que a atuação de organizações internacionais, como a ONU e o Banco Mundial, foi importante para a globalização da política.
Sua pesquisa mais recente dá continuidade à linha de pesquisa iniciada no estudo anterior, combinando os estudos sobre a difusão de políticas e a análise da cooperação para o desenvolvimento. O projeto replica a estratégia metodológica da "etnografia política transnacional", para comparar o processo de internacionalização de duas políticas brasileiras: o Programa de Aquisição de Alimentos e o Bolsa Família. Ambas as políticas foram adotadas por diversos países no mundo e tiveram o envolvimento do Banco Mundial e da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU.
O projeto é financiado pelo Edital Universal do CNPq e tem previsão para ser concluído em maio de 2020. Os resultados parciais foram apresentados na International Public Policy Association em Montreal.
Pesquisa financiada pelo CNPq:
Título: Cooperação internacional e difusão de políticas: Os casos do Programa de Aquisição de Alimentos e do Bolsa Família
Resumo: As inovações produzidas no Brasil no campo das políticas sociais fizeram do país um exportador de políticas públicas. Dentro desta agenda ganharam espaço as políticas de transferencia de renda condicionada e de agricultura familiar. O objeto deste projeto de pesquisa é a difusão internacional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Bolsa Família. O objetivo do projeto é responder às seguintes perguntas: o que fez com que estas políticas entrassem na agenda da política externa do governo? Por que estas se tornaram a referências para países latino-americanos e seguem o mesmo destino na África? Quais atores estão envolvidos neste processo? Que mecanismos facilitam a difusão? A hipótese inicial é que diferentes ideias, interesses e instituições nacionais e internacionais, por vezes em disputa, permeiam este processo. A pesquisa será realizada a partir de métodos qualitativos, fundamentados na investigação de campo. A técnica de análise é a do process-tracing, que servirá para reconstruir o processo de difusão. Os objetivos e as metas a serem alcançados são teóricos e empíricos. Por um lado, aspira-se avançar na construção de um campo de estudos sobre a difusão das políticas no Brasil. Esta pesquisa irá contribuir para desenvolver proposições teóricas a partir de estudos brasileiros. Além disso será acessado um campo empírico ainda pouco explorado, o qual será documentado e difundido amplamente.
Para saber mais sobre o livro em português:
Para saber mais sobre o livro em inglês: https://www.palgrave.com/br/book/978331943336
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Sex, 12 Jul 2019 11:12:00 -0300
Censipam e CNPq reforçam parceria
Com o objetivo de aprofundar projetos de pesquisas no âmbito do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), membros da diretoria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) verificaram, nesta quinta-feira (11/7), em Brasília (DF), o andamento dos projetos de pesquisa realizados por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e o CNPq.
O presidente do CNPq, João Luiz Azevedo, conheceu projetos do Censipam que visam à qualificação de recursos humanos para pesquisa nas áreas de monitoramento ambiental, territorial e temático. Os projetos também abordam temas como inteligência tecnológica, tecnologia da informação, governança e gestão.
O presidente do CNPq esteve acompanhado da diretora de Engenharias, Ciência Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, e do diretor de Gestão e Tecnologia da Informação, Manuel da Silva. Foto: Censipam/Divulgação
"O CNPq é um parceiro extremamente estratégico do Censipam. Por meio dos projetos de pesquisa, estamos desenvolvendo produtos que não estão disponíveis no mercado. Essa parceria é boa tanto para o pesquisador quanto para o país", afirmou o diretor-geral do Censipam, José Hugo Volkmer.
A coordenadora operacional do Censipam, Edileuza Melo, explicou que as pesquisas atendem aos sistemas SipamSAR e SipamHidro, principais ferramentas operadas atualmente pelo Censipam. "Todas as pesquisas atendem às necessidades do Sipam e estão alinhadas com um dos objetivos estratégicos do Censipam, que é o fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação na região amazônica", explicou a coordenadora.
Os projetos são orientados por servidores do Censipam no Centro de Coordenação Geral, em Brasília, e nos Centros Regionais de Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Belém (PA). Atualmente, são 32 bolsas de pesquisa, que variam de R$ 1.100,00 a R$ 3.000,00 e podem ser pagas por até 36 meses. Em 2017, foi executado R$ 393.600,00 e, em 2018, R$ 621.900,00. O TED foi assinado em 2017 e vai até 2025.
Cada bolsista apresenta mensalmente os resultados dos trabalhos para verificação do andamento e atingimento dos objetivos. Segundo a coordenadora, novos projetos serão incluídos e devem prever questões de saúde, como malária, e o uso de radar para detecção de plantações de coca e maconha na Amazônia. A intenção é que as pesquisas possam também abarcar teses e dissertações de mestrado ou doutorado e capacitem servidores do Censipam.
"Por meio desses projetos, os pesquisadores ganham conhecimento e uma experiência profissional muito grande. A bolsa contribui para o desenvolvimento do pesquisador", disse o presidente do CNPq.
O presidente do CNPq esteve acompanhado da diretora de Engenharias, Ciência Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, e do diretor de Gestão e Tecnologia da Informação, Manuel da Silva.
Com informações do Censipam
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Qui, 11 Jul 2019 16:45:00 -0300
Ex-bolsista do CNPq ganha prêmio internacional
Pesquisadora brasileira foi a vencedora do Prêmio Marsh para Carreira Inicial de Entomologista, da Royal Entomological Society, um importante reconhecimento a pesquisadores em início de carreira com grande contribuição para a área, com impacto único ou contínuo para a ciência. A premiação acontecerá em Londres, em 21 de agosto deste ano. A premiada é Jéssica P. Gillung, ex-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para realizar o doutorado em Entomologia na Universidade da California, nos EUA.
A pesquisadora, que foi, ainda, bolsista de Iniciação Científica do CNPq na graduação em biologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ressalta a importância dos apoios recebidos para consolidar sua trajetória. "A bolsa de IC foi fundamental não só para a minha formação como cientista, mas, também, para a minha motivação para praticar pesquisa", afirma. Quanto à experiência do doutorado no exterior, ela reforça a oportunidade de expandir conhecimentos. "A bolsa me possibilitou estabelecer contatos e colaborações com pesquisadores renomados na minha área de interesse, e também me proporcionou oportunidades de aprendizado que foram essenciais para o meu crescimento profissional", finaliza.
Jessica contou com apoio do CNPq ao longo da sua trajetória : bolsa de IC e doutorado no exterior motivaram e contribuiram para sua formação. Foto: Kathy Garvey/Divulgação
No doutorado, Jessica estudou sobre a evolução, biologia e taxonomia de moscas aranhas, um grupo de inimigos naturais de aranha. Atualmente, ela atua na Universidade de Cornell (EUA) como associada em um pós-doutorado no Laboratório Danforth, onde pesquisa sobre a evolução e conservação de abelhas e vespas. Sua pesquisa busca determinar as origens evolutivas e padrões de diversidade fenotípica e biológica entre insetos por meio de reconstruções filogenéticas, análises comparativas, taxonomia e genômica. Além disso, ela estuda como melhor usar seqüências genômicas para inferir a história evolutiva e entender como a evolução moldou a biodiversidade.
Antes do Prêmio Marsh, Jéssica já havia sido condecorada com outros dois prêmios da Sociedade Americana de Entomologia. Em 2018, recebeu o prêmio de Liderança estudantil, que reconhece um estudante de pós-graduação em entomologia que possui extremo destaque em liderança em seu departamento, universidade, comunidade e sociedades profissionais, enquanto ainda alcançando excelência acadêmica. E, este ano, recebeu o prêmio de Jovem Pesquisador, que homenageia um estudante ou membro profissional iniciante que trabalha no campo da entomologia e que tenha demonstrado excelência em todos os principais aspectos da vida intelectual, incluindo pesquisa, extensão, ensino e divulgação cientifica.
O Prêmio
Concedido anualmente, o prêmio, segundo a organização, destaca a dedicação, trabalho árduo e criatividade de um(a) jovem pesquisador(a) e homenageia o(a) escolhido(a) com uma placa comemorativa e um prêmio de 1250 libras esterlinas. Além disso, o(a) vencedor(a) é convidado a ser palestrante principal do congresso, que este ano será realizado em Londres de 20 a 22 de agosto de 2019.
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Ter, 09 Jul 2019 11:57:00 -0300
OBMEP: Medalhistas premiados
O Brasil do futuro, representado por 575 dos 18,2 milhões de alunos participantes da 14ª OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), recebeu na tarde desta segunda-feira (8), em Salvador (BA), o prêmio máximo da competição.
Maior olimpíada estudantil do país, a OBMEP é realizada desde 2005 pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é parceiro da OBMEP na concessão de bolsas de iniciação científica aos premiados, por meio do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr) do IMPA.
A entrega de medalhas de ouro da OBMEP 2018, realizada no Centro de Convenções do Fiesta Bahia Hotel, teve a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes e o presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo.
A cerimônia foi marcada por discursos de reconhecimento e incentivo aos estudantes, provenientes de todos os Estados do Brasil.
Medalhistas da OBMEP e as autoridades presentes. Crédito: Marcus Claussen / OBMEP
O ministro recordou a infância e a juventude em Bauru (SP) com o objetivo de mostrar à plateia de meninos e meninas que a educação muda vidas e que é possível transformar sonhos em realidade.
"Vocês podem ser tudo o quiserem na vida, desde que estudem, trabalhem, persistam e façam mais do que esperam de vocês", declarou Pontes, repetindo o conselho que recebeu da mãe, Zuleika, quando pensou em desistir da meta de se tornar piloto de aviação. "Vocês têm a capacidade de levantar este país", acrescentou.
Diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana destacou o feito dos medalhistas entre 18,2 milhões de concorrentes e agradeceu aos envolvidos, em especial aos professores. Também fez um agradecimento ao apoio recebido do governo federal para a realização da olimpíada. Segundo ele, seria impossível a OBMEP acontecer sem a atenção do MCTIC e do Ministério da Educação (MEC).
Após citar o "sucesso comprovado" da iniciativa, Viana declarou que, para tornar a OBMEP cada vez mais um instrumento a serviço do país, sua universalização é a meta prioritária do IMPA. A extensão da olimpíada a todas as séries do Ensino Básico consta como um dos ítens principais do contrato de gestão do IMPA, em negociação com o MCTIC e o MEC.
Segundo o diretor-geral, além de estender a competição a todo o Ensino Básico, universalizar significa ampliar a presença das escolas privadas - na OBMEP desde 2017 - e proporcionar a participação mais igualitária de gênero.
A fim de simbolizar as histórias inspiradoras dos quase 600 estudantes presentes à cerimônia, o diretor-adjunto do IMPA e coordenador-geral da OBMEP, Claudio Landim, citou a trajetória de dois deles: Leonardo Torres Silva, da Escola Estadual Querobino Marques de Oliveira, em Inhapim, zona rural de Minas Gerais, três ouros; e David Costa Pereira, da Escola Municipal Raimundo Alexandre Costa, em um povoado em Tuntum, no Maranhão, um ouro e um bronze.
Landim parabenizou os medalhistas e agradeceu às instituições que apoiam programas da OBMEP: Fundação Itaú Social e Instituto TIM.
Antes da entrega das medalhas de ouro por unidade da Federação, foram agraciados os multimedalhistas da OBMEP e as vencedoras do Troféu Meninas Olímpicas do IMPA, destinado às estudantes que mais pontuaram em cada um dos três níveis da OBMEP.
Em sua 14ª edição, a OBMEP reuniu concorrentes de 54.498 instituições de ensino públicas e privadas, de 99,4% dos municípios brasileiros. Dos 18,2 milhões de estudantes inscritos, 952.782 foram classificados à segunda fase da disputa.
Além das 575 medalhas de ouro entregues na cerimônia, 6,9 mil alunos foram premiados com prata ou bronze e 46,6 mil receberam menção honrosa. Ganhadores de medalhas garantem o ingresso em programas de iniciação científica.
Veja a distribuição das medalhas por Estado na página da OBMEP.
Sobre a OBMEP
Destinada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, a OBMEP é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC).
Criada em 2005 pelo IMPA, a competição tem como metas estimular o estudo da Matemática, revelar talentos - incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas ¿ e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento.
O PIC JR
Todos os alunos medalhistas são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico dos participantes. Atualmente, o CNPq concede 6 mil bolsas no âmbito desse programa.
Com informações do IMPA
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Ter, 02 Jul 2019 14:07:00 -0300
Projeto expande conhecimento científico sobre abelhas em plataformas digitais
O professor Eduardo Almeida, da USP, fala sobre pesquisa que busca consolidar a infraestrutura de dados abertos e eletrônicos sobre a diversidade de abelhas nativas no Brasil. O projeto é apoiado pelo CNPq em com Ibama, MCTIC e A.B.E.L.H.A.Entrevista - Série Chamada PúblicaEduardo Almeida - Pesquisador, curador da Coleção Entomológica "Prof. J.M.F.Camargo" (RPSP) do Departamento de Biologia da FFCLRP/USP
Em tempos atuais, nos quais a informação está ao alcance das mãos em qualquer lugar, são fundamentais as iniciativas que busquem tornar mais fácil também o acesso ao conhecimento científico. Mais do que isso, plataformas de conhecimento científico guardam dados preciosos para o desenvolvimento da ciência em bases sólidas e confiáveis.O professor Eduardo Almeida, é curador da Coleção Entomológica "Prof. J.M.F.Camargo" (RPSP), do Departamento de Biologia da FFCLRP/USP, o mais completo acervo de Meliponini Neotropicais (abelhas sem ferrão), resultado de várias expedições do pesquisador do João Maria Franco de Camargo à Amazônia e outros biomas neotropicais e intercâmbio com museus do Brasil e exterior, que foi doado à USP pela família, após seu falecimento.
Eduardo é também coordenador da pesquisa que tem como objetivo consolidar a infraestrutura de dados abertos e eletrônicos sobre a diversidade de abelhas nativas no Brasil. O projeto é um dos selecionados por meio da Chamada Pública nº32/2017 do CNPq e financiados em parceria entre CNPq, Ibama, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.).
Expansão e atualização
O projeto tem três frentes principais de ação:
- Atualização e ampliação da base de dados do Catálogo Moure, referência fundamental sobre a fauna neotropical de abelhas sob coordenação do Prof. Gabriel Melo (UFPR);
-Atualização e expansão da base de dados do speciesLink, sistema distribuído de informação mantido pelo CRIA e que integra dados primários de coleções biológicas (fauna, flora e microbiota), com mais de 200 mil registros de abelhas;
- Criação e organização do Sistema Lacunas - iniciativa já realizada com plantas no Herbário Virtual da Flora e dos Fungos), e que vai facilitar a identificação de lacunas de informações taxonômicas e geográficas de espécies de abelhas no Brasil.
"A consequência direta da expansão do Catálogo Moure e do speciesLink e da criação do sistema Lacunas sobre abelhas, em plataformas digitais, é o acesso da comunidade científica e de outros interessados no tema a mais dados já conhecidos e estudados e, portanto, maior confiabilidade das informações disponíveis", enfatiza Eduardo.
Contribuição coletiva
Junto com ele, outros três pesquisadores contribuem com a coordenação das três frentes: Dora Canhos, do Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), Cristiano Menezes, da Embrapa, e Gabriel Melo, coordenador do Catálogo Moure e professor da Universidade Federal do Paraná.
Além desses parceiros, o projeto tem ainda a contribuição de pesquisadores de outras seis instituições brasileiras, que atuam na coordenação das atividades dos bolsistas em nível técnico e de graduação que realizam a coleta, organização e padronização dos dados.
Eduardo conta que a realização de um projeto de tamanha envergadura, que exige tanto recursos pessoais quanto equipamentos, só foi possível por meio do edital do CNPq e da iniciativa conjunta entre instituições públicas e privada no financiamento das pesquisas.
'A cultura científica do Brasil é de que a pesquisa parte quase sempre da iniciativa pública. Este é um ótimo exemplo de que estamos aprendendo a diversificar as formas de viabilizar a aquisição de conhecimento e a produção de resultados, que interessam não apenas à esfera pública quanto a instituições privadas, de diversos setores. Espero que iniciativas similares venham a se tornar mais comuns e frequentes".
A expectativa é que o projeto seja concluído em três anos, quando será possível ter inclusive uma estimativa mais realista e atual da diversidade de abelhas no Brasil.
Resumo
Linha de Pesquisa 2 - Monitoramento e avaliação da situação das abelhas nativas do Brasil
Projeto de pesquisa - Consolidação da e-infraestrutura de dados abertos sobre a diversidade de abelhas nativas no Brasil
Instituições parceiras
Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria)
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: - Embrapa Amazônia Oriental (Pará) e Embrapa Meio Ambiente (São Paulo)
Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Universidade de Brasília (UnB)
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade de São Paulo (USP)
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Qua, 19 Jun 2019 18:50:00 -0300
INCT apresenta pesquisa sobre jovens e ciência
O Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT/CPCT) e a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) apresentam, nesta segunda feira, 24, o resultado da primeira survey nacional: "O que os jovens brasileiros pensam da ciência e tecnologia?". É a primeira pesquisa nacional, com objetivo de responder e apresentar os resultados desta pergunta. O evento acontecerá na Tenda da Ciência do Museu da Vida, na Fiocruz Manguinhos, das 9h às 13h.
Os tópicos em discussão:
- Os jovens brasileiros se interessam mais por esporte, por religião, ou por ciência e tecnologia?
- Em quem os jovens confiam? Jornalistas? Cientistas?
- Para os jovens brasileiros, a profissão de cientista é atrativa?
- Os jovens se informam sobre ciência e tecnologia mais ou menos, do que os mais velhos?
- Que meios mais usam para buscar informação sobre C&T?
- O que um jovem tem em mente quando pensa na palavra "ciência"?
- Os jovens brasileiros se preocupam com desinformação e fake news? Sabem checar se uma informação é verdadeira?
O evento contará com a presença de especialistas na área da percepção pública da ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Haverá tradução simultânea. A atividade é gratuita e aberta a todos os interessados, sem necessidade de inscrição prévia.
O INCT conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Confira a programação:
9h: Abertura
Paulo Elian, diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz)
Cristiani Vieira Machado, Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz
Luisa Massarani, coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia
Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)9:15h: A percepção pública da ciência e tecnologia: o estado da arte em outros países
John Besley, pesquisador da Michigan State University (Estados Unidos)
Carmelo Polino, pesquisador do Centro Redes (Argentina) e da Universidade de Oviedo (Espanha)
Moderadora: Ione Mendes, mestranda em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da COC/Fiocruz10:45h: Coffee-break
11h: Resultado da primeira survey nacional sobre "O que os jovens brasileiros pensam da ciência e tecnologia?", pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia
Yurij Castelfranchi, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Luisa Massarani, pesquisadora da COC/Fiocruz
Vanessa Fagundes, doutoranda em Sociologia da UFMG e Fapemig
Moderador: Ildeu de Castro Moreira, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Debatedor: Herton Escobar, jornalista especializado em temas de ciência da Universidade de São Paulo (USP).
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Qua, 19 Jun 2019 17:28:00 -0300
Lançado o 19ª Prêmio Péter Murányi
A Fundação Péter Murányi com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lançou a 19ª edição do Prêmio Péter Murányi, focada no tema Alimentação. Qualquer pessoa pode participar, contando que tenha um projeto inovador voltado para a área de Alimentação, com resultados de sua aplicação, comprovando melhorias na qualidade de vida. É necessário que esse projeto seja indicado por uma instituição, para assegurar sua originalidade.
Os trabalhos devem ser indicados por instituições (empresas, universidades, ONG's ou outras instituições de ensino e pesquisa) que precisam ter sede no Brasil e se cadastrar na Fundação, enviando um e-mail, conforme modelo disponível no site.
Os vencedores do Prêmio Péter Murányi serão conhecidos em fevereiro de 2020. Os projetos serão analisados por especialistas da área. A colocação das três iniciativas será definida por um júri com representantes científicos, acadêmicos e pessoas da sociedade civil. A participação é gratuita. Basta atender aos critérios delimitados pela Fundação e seguir as orientações do Edital. O envio dos projetos vai até o dia 31 de agosto de 2019. As inscrições podem ser feitas por meio do link.
O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, sendo que a cada edição, alternam-se os temas "Alimentação", "Educação", "Saúde" e "Ciência & Tecnologia" , fazendo com que cada área seja revisitada a cada quatro anos. A lista dos finalistas será divulgada em fevereiro de 2020.
O Prêmio
Criada em 1999, a Fundação Péter Murányi tem por objetivo reconhecer e premiar trabalhos que, de forma inovadora, melhorem a qualidade de vida das populações em desenvolvimento.
Nesse intuito já entregou 19 prêmios anuais, alternados, nas áreas de: Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação.
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Ter, 18 Jun 2019 18:37:00 -0300
Pesquisa investiga os forídeos, principal praga que acomete a meliponicultura
Série de entrevistas sobre as pesquisas da Chamada Pública nº32/2017 do CNPq e financiados em parceria entre CNPq, IBAMA, MCTIC e A.B.E.L.H.A. Nesta edição, o coordenador do programa de pós-graduação em Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Airton Torres Carvalho.Coordenador do programa de pós-graduação em Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST/UFRPE), Airton Torres Carvalho é meliponicultor desde criança e aprendeu cedo sobre pragas e doenças enfrentadas pelos criadores de abelhas sem ferrão. Em especial, que a principal ameaça enfrentada na meliponicultura é o forídeo Pseudohypocera kerteszi, espécie de mosca parasita que ataca e dizima as colônias. Além de parasitarem os ninhos das abelhas sem ferrão, as moscas são potenciais transmissoras de microrganismos patogênicos.
Compreender a dinâmica da ocorrência de pragas e doenças em colônias de abelhas sem ferrão é fundamental para o futuro da meliponicultura e para a conservação das espécies. Esse é o mote do projeto de pesquisa do qual Airton é coordenador, e um dos selecionados por meio da Chamada Pública nº32/2017 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e financiados em parceria entre CNPq, Ibama, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.).
"Estamos estudando a ecologia química da interação entre o forídeo e as abelhas sem ferrão, buscando descobrir quais as pistas químicas utilizadas pelas moscas para encontrar seus hospedeiros", explica o pesquisador.
Além disso, a pesquisa tem por objetivo avaliar se a microbiota das abelhas produz tais compostos químicos utilizados pelas moscas para encontrar os ninhos.
São três as espécies de abelhas nativas selecionadas para o estudo: uruçu amarela (Melipona flavolineata), uruçu ou uruçu nordestina (Melipona scutellaris) e mandaçaia (Melipona quadrifasciata). As três espécies conferem à pesquisa uma abrangência nacional, visto que a ocorrência de cada uma delas se dá em diferentes ecossistemas brasileiros. A coleta de amostras está sendo realizada do Pará ao Rio Grande do Sul, passando por Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Também serão usados dados comparativos entre as regiões de ocorrência natural das espécies e áreas para onde os ninhos foram translocados, assim como colônias em condições naturais e manejadas.
"Esperamos descobrir as substâncias voláteis utilizadas pelas moscas para encontrar os ninhos e, no longo prazo, desenvolver uma armadilha externa que possa controlar as infestações de florídeos", enfatiza Airton. Paralelamente, a caracterização da microbiota permitirá aos pesquisadores identificar microrganismos patogênicos a fim de subsidiar ações de controle e combate a doenças.
Diagnóstico científico
No que diz respeito a patógenos e doenças, os resultados da pesquisa vão gerar conhecimento de impacto direto na atividade do meliponicultor, e poderá servir de base técnica e científica para o desenvolvimento de políticas públicas efetivas no Brasil, que promovam a produtividade da meliponicultura - atividade de tamanha importância ecológica e econômica, que gera renda em comunidades locais pelo País.
"Estudar abelhas nos dá essa possibilidade: trabalhar com temas extremamente complicados, mas que são traduzidos em aplicação prática no dia a dia do produtor".
Para realizar a pesquisa, o grupo conta com a participação de alunos de graduação, mestrado e doutorado. O coordenador explica que, como professor, sua maior missão é o desenvolvimento de pessoas, sobretudo em universidades públicas.
O pesquisador Airton Carvalho em ação durante pesquisa. Foto: Divulgação/A.B.E.L.H.A
Aírton destaca ainda a importância de iniciativas público-privadas no fomento à pesquisa científica. Segundo ele, o edital do CNPq dá subsídios para a formação de especialistas que continuarão a trabalhar na geração de conhecimento. "Nosso sentido maior é sempre a conservação das espécies: quanto mais estudarmos, mais conhecemos e mais conservamos a biodiversidade".
Resumo
Linha de Pesquisa 1 - Pesquisa em patógenos e parasitas em abelhas nativas e Apis mellifera
Projeto de pesquisa -Pragas em Abelhas: Procurando por doenças e entendendo a química da interação entre Meliponini e Phoridae
Parceiros - cooperação interregional
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Universidade Federal de Pernambuco
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Instituto Tecnológico Vale
Salzburg University (Áustria)
Illinois Institute of Technology (Estados Unidos)