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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Sex, 09 Nov 2018 19:34:00 -0200
Brasil e Chile avaliam cooperação em CT&I
Uma análise da situação e das perspectivas de cooperação entre o Brasil e o Chile na área de ciência, tecnologia e inovação foi realizada em encontro entre autoridades dos dois países durante workshop que aconteceu no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, dos últimos dois dias. O evento foi uma parceria com a Embaixada do Chile e contou com a participação do embaixador Fernando Schmidt Ariztía, além do presidente substituto do CNPq, Marcelo Morales, e do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Na abertura do evento, dia 8, Marcelo Morales pontuou a intensidade e o dinamismo da cooperação entre os dois países. Segundo ele, o Brasil concentra o maior estoque de investimentos externos chilenos no mundo, que já ultrapassou a marca dos US$ 28 bilhões. "Empresas chilenas atuam no Brasil em diversas áreas, como papel e celulose, varejo e energia. O Brasil registra investimentos na economia chilena de mais de US$ 4 bilhões", afirmou.
O embaixador do Chile falou da importância do seminário com o objetivo de falar da relação entre Chile e Brasil que estão se multiplicando e identificar novas áreas de complementação. "Chile e Brasil tem sido fortemente identificados com temas econômicos. Temos um comércio que chega a superar bilhões de dólares superavitários para o Brasil. Uma série de elementos econômicos e comerciais. Mas temos um déficit em outras áreas, e em uma delas nós podemos fazer mais. Que é Ciência e Tecnologia", explicou.
Fernando Schmidt complementou falando sobre os cooperadores que são 65 brasileiros e 38 chilenos trabalhando juntos durante um certo tempo e que 4.2 milhões serão investidos nessa cooperação entre Brasil e Chile.
O Senador Cristovam Buarque ressaltou que um dos destaques do Chile para ensinar ao Brasil é o cuidado que o país tem com a educação. Para o senador, o Chile, hoje, tem o mais consistente projeto de educação de base primaria e secundaria desde a pré-escola. "O Chile, tem duas inovações que ao meu ver são positivas. a primeira é a desmunicipalização das escolas, que talvez seja o maior problema do Brasil. E segunda é a ideia de que uma escola pode ser publica mesmo não sendo estatal", disse.
Cristovam reforçou que o Brasil deve se espelhar na permanência nas linhas de pesquisas na ciência e tecnologia que o Chile promove. "Ideia da permanência da ciência e tecnologia é fundamental, mais importante do mais dinheiro é mais tempo para levar adiante as pesquisas. Pouco dinheiro com muito tempo dos resultados melhores que muito dinheiro e pouco tempo", concluiu o senador.
Durante os dois dias de workshop merecem destaque as discussões em torno da avaliação da experiência brasileira na cooperação Brasil-Chile nas áreas de envelhecimento populacional, armazenamento de energia, desenvolvimento de alimentos saudáveis e inovação e Start-up.
Cooperação no âmbito da CT&I no CNPq
Em 1980, foi firmado o Acordo Complementar ao Convênio Básico de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica entre o Brasil e o Chile no campo da Ciência e Tecnologia. Em 2001, foi assinado o Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTI) e a Comisión Nacional de Investigaciones Científicas y Tecnológicas(CONICYT), agência congênere ao CNPq, vinculada ao Ministério de Educação do Chile e, em dezembro de 2015 foi assinado Acordo entre o CNPq e a CONICYT.
A CONICYT participou das tradicionais Chamadas Bilaterais em 2005, 2007 e 2008 e 14 projetos foram apoiados conjuntamente no valor total de R$ 387.400,00. As áreas contempladas pelas chamadas foram ciências agrárias, biológicas e exatas e da terra. Em 2016 foi realizada chamada conjunta binacional, cujo tema foi Envelhecimento Populacional. A escolha do tema considerou o cenário demográfico de ambos os países até 2050. A expectativa é que as investigações possam resolver problemas que - tanto a sociedade chilena quanto brasileira - enfrentarão nesse cenário.
Todas as etapas de realização dessa Chamada foram delineadas com o lado chileno de modo que as experiências - tanto brasileiras quanto chilenas - no que tange a seleção de projetos de pesquisa, fossem compartilhadas. Optou-se pela submissão de projetos binacionais - utilizando a Plataforma Carlos Chagas e também pela realização de um Comitê Binacional de Julgamento. Foram recebidas 57 propostas e aprovadas 02 propostas no valor total de R$ 566.500,00 (Quinhentos e sessenta e seis mil e quinhentos reais)
O CNPq enviou no período de 2005 a 2018, 62 pesquisadores brasileiros para realizarem seus estudos em universidades chilenas bem como recebeu 38 pesquisadores chilenos, nos últimos 20 anos, por meio dos Programa PEC-PG e CNPq-TWAS, para realizarem seus estudos em universidades brasileiras.
O investimento total estimado para a cooperação com o Chile, no período de 2005 a 2018, somam R$ 4,2 milhões. Isso inclui as diversas modalidades de bolsas para brasileiros em universidades chilenas, bolsas para chilenos em universidades brasileiras e custeio para projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito da cooperação bilateral.
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Qui, 08 Nov 2018 14:45:00 -0200
Inscrições abertas para o Prêmio Fotografia-Ciência & Arte
O CNPq irá premiar pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação que trabalham com registros fotográficos dentro de suas pesquisas. As fotografias podem concorrer ao VIII Prêmio Fotografia-Ciência e Arte, com inscrições abertas até 18 de janeiro de 2019.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) irá premiar pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação que trabalham com registros fotográficos dentro de suas pesquisas. As fotografias podem concorrer ao VIII Prêmio Fotografia-Ciência e Arte, com inscrições abertas até 18 de janeiro de 2019.
A premiação conta com duas categorias: imagens produzidas por câmeras fotográficas e imagens produzidas por instrumentos especiais (ópticos, eletromagnéticos e eletrônicos). Os vencedores recebem o prêmio em dinheiro nos valores de R$ 8 mil para o primeiro colocado de cada categoria, R$ 5 mil para o segundo lugar e R$ 2 mil para o terceiro colocado. Além disso, o primeiro colocado de cada categoria terá direito à passagem aérea e hospedagem para participar da 71ª Reunião Anual da SBPC, em julho de 2019, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande/MS, onde irão expor suas imagens e receber a premiação.
A inscrição é de caráter individual e deverá ser efetuada em apenas uma categoria, exclusivamente, na página do Prêmio na internet, onde está disponível o regulamento completo do Prêmio.
O Prêmio de Fotografia - Ciência & Arte foi criado em 2011 com o objetivo de fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação, contribuir com a divulgação e a popularização da ciência e tecnologia e ampliar o banco de imagens do CNPq.
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Ter, 30 Out 2018 17:55:00 -0300
Pesquisa identifica resistências de carrapatos bovinos a pesticida
Um estudo feito por pesquisadores da USP e do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul (RS), identificou mecanismo de resistência do carrapato bovino à ação de ivermectina, pesticida mais usada no combate às infestações por carrapato. O trabalho foi publicado na Scientific Reports e é resultado de pesquisa que conta com apoio do CNPq e da FapespUm estudo feito por pesquisadores do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociência da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul (RS), identificou mecanismo de resistência do carrapato bovino à ação de ivermectina, pesticida mais usada no combate às infestações por carrapato. O trabalho foi publicado na Scientific Reports e é resultado de pesquisa que conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A importância desse estudo está relacionada ao destaque que a carne bovina tem para a economia brasileira. O Brasil é o maior exportador mundial dessa carne, mas poderia contar com vendas ainda mais expressivas não fosse a perda anual causada por parasitas. As perdas com mortalidade, queda de peso, redução na fertilidade e perda de produtividade provocadas por parasitas equivalem a mais do que o dobro de tudo o que é exportado.
O controle do carrapato bovino é feito por meio da aplicação de pesticidas, o que conduz, invariavelmente, a seleção de linhagens resistentes. Hoje, no Brasil, o carrapato bovino apresenta resistência, em maior ou menor grau, a todos os pesticidas comerciais empregados no controle da praga.
De acordo com um dos pesquisadores envolvidos nesse estudo,Guilherme Klafke, é importante entender como a resistência ocorre.
Segundo ele, a resistência aos pesticidas, incluindo os carrapaticidas e inseticidas, nada mais é que uma resposta evolutiva do agente que se quer controlar - carrapatos ou insetos - contra sua eliminação. "O tratamento com o pesticida elimina aqueles indivíduos da população que são suscetíveis, favorecendo a manutenção daqueles que são resistentes. Quanto maior o número de aplicações de determinado produto, mais indivíduos resistentes são selecionados até que finalmente o produto não funciona mais, levando a falhas de controle", explicou.
Guilherme aponta, ainda, que o manejo da resistência aos carrapaticidas depende de um diagnostico da situação, ou seja, é preciso saber quais são os produtos que os carrapatos já desenvolveram resistência, assim evitar o seu uso. No Brasil existem seis classes de carrapaticidas disponíveis comercialmente para o controle do carrapato bovino (Rhipicephalus microplus). São eles: piretróides, organofosforados, amitraz, fipronil, fluazuron e lactonas macrocíclicas (onde está incluída a ivermectina).
O especialista explica que, para diagnosticar a resistência, o produtor conta com exames laboratoriais, conhecidos popularmente como "biocarrapaticidogramas" que são realizados por alguns laboratórios de referência no Brasil como o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul (IPVDF), o Instituto Biológico de São Paulo e a Embrapa (Juiz de Fora, MG e Campo Grande, MS). "Uma vez que se sabe quais são os produtos mais eficazes, se monta a estratégia de controle para minimizar o uso de aplicações de produtos, favorecendo uma seleção mais lenta da resistência", afirmou.
O carrapato bovino é um parasita bem adaptado às condições climáticas do Brasil, distribuídos praticamente em todo o território nacional durante o ano todo. Fazem de 4 a 5 gerações anuais e é capaz de produzir infestações importantes em um número grande de bovinos em uma propriedade. Ele tem duas fases distintas de vida: a livre na pastagem e a parasita no hospedeiro que dura 21 dias. A fêmea sempre procura um local bem escondido para fazer a postura dos ovos, que levam de 30 a 70 dias dependendo da temperatura e da umidade do local. "Uma vez cumprida sua missão, a fêmea morre. Os ovos eclodem e as larvas sobem até a ponta das folhas, onde ficam à espera do animal. Quando o bovino aparece, ela se agarra em seu pelo e busca as melhores regiões de seu corpo para se fixar", diz o especialista.
Sete dias após se fixar no animal, a larva se transforma em ninfa. Com mais sete dias, já é um adulto. As fêmeas sugam cada vez mais sangue e copulam com os machos. Caem novamente no solo e o ciclo recomeça.
Esse estudo é parte de um projeto de pesquisa financiado pelo Edital Universal 2013 (478477/2013-9) com intitulado Caracterização de mecanismos de resistência em isolados de Rhipicephalus microplus multirresistentes à acaricidas. O projeto de pesquisa resultou em outras duas publicações. A primeira, similar a este estudo, que trata da atividade de enzimas detoxificantes em carrapatos expostos ao fluazuron. E outra que trata da situação da resistência múltipla a carrapaticidas no estado do Rio Grande do Sul.
Com informações da Agência FAPESP
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Seg, 22 Out 2018 17:44:00 -0300
Concurso "Apaixonados por Ciência"
Últimos dias para inscrição no concurso cultural do Fundo Newton Apaixonados por Ciência. Estudantes matriculados em cursos superiores de graduação e pós-graduação poderão se inscrever até o dia 28 de outubro.
Para isso, basta gravar um vídeo, com no máximo um minuto de duração, respondendo à pergunta: Por que você é apaixonado por ciência e como acha que a ciência pode contribuir para resolver os desafios globais? Todos os formatos de conteúdo de vídeo serão aceitos, incluindo testemunho, animação, conteúdo editado, documentário, etc.
As candidaturas deverão ser enviadas para Marcia Seimetz - yearofscienceukbr@gmail.com.
Além de ir a Brasília e acompanhar a entrega do Prêmio Newton, o vencedor terá ainda o seu vídeo exibido para membros da comunidade científica e acadêmica presentes na noite da premiação.
SERVIÇO
Concurso cultural "Apaixonados Por Ciência"
Inscrições: até dia 28 de outubro às 22:00 (horário de Brasília).
Quem pode participar: Estudantes cursando graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado, em instituições de ensino no Brasil.
Resultado do concurso: O vencedor será anunciado no dia 07 de novembro, nas redes sociais @UKinBrazil.
Premiação: Voos e acomodação para uma viagem de dois dias a Brasília para participar da recepção do Prêmio Newton, no dia 13 de novembro, onde será anunciado o vencedor do Prêmio.
Acompanhe mais sobre o concurso nas redes sociais: gov.uk/world/brazil | UK in Brazil Twitter | UK in Brazil Facebook | UK In Brazil Instagram
Sobre o Newton Fund do governo do Reino Unido
O Fundo Newton é parte de um investimento do governo do Reino Unido de £735 milhões até 2021, em 16 países parceiros, com o objetivo de construir parcerias em ciência e inovação para apoiar o desenvolvimento econômico, bem-estar social e crescimento sustentável de longo prazo. O Newton Fund é administrado pelo Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido, e entregue por meio de colaboradores que incluem: Research Councils UK, UK Academies, the British Council, Innovate UK e o UK Met Office. Acompanhe o Newton Fund pelo site oficial Newton Fund ou pelo Twitter
Sobre o Prêmio Newton
O Prêmio Newton reconhece e celebra pesquisas e inovações de excelência que consigam demonstrar uma contribuição ao desenvolvimento social e econômico dos países parceiros do Fundo Newton.
Neste ano, cinco projetos serão contemplados, pelo menos um prêmio para cada país será concedido, no valor máximo de 200 mil libras, aproximadamente 1 milhão de reais, o qual deve ser usado para avançar ou desenvolver trabalhos existentes no Fundo Newton. A lista de inscrições será analisada por um comitê independente, liderado pelo Sir Venkatraman Ramakrishnan, um dos mais ilustres cientistas britânicos, vencedor do Prêmio Nobel e presidente da Royal Society de Londres.Sobre o Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação 2018-2019
É uma iniciativa conjunta liderada pelos governos do Brasil e do Reino Unido. Inicialmente discutido entre o então Ministro da Relações Exteriores, Boris Johnson, e o Ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, em agosto de 2017, em Londres. O Ano foi oficialmente lançado em 27 de março de 2018 em Brasília, numa cerimônia no Ministério da Tecnologia, Inovações e (MCTIC). As atividades do Ano ocorrerão entre março de 2018 e abril de 2019. O Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação é uma plataforma que promove oportunidades para cientistas, empreendedores e empresas brasileiras e britânicas para que celebrem o que a pesquisa conjunta entre os dois países já alcançou e para discutir como trabalhar juntos frente aos principais desafios globais em quatro áreas prioritárias: clima & biodiversidade; agricultura sustentável; saúde & ciências da vida; e energia. O Ano visa construir uma agenda positiva de eventos e projetos em ciência e inovação para aprofundar a colaboração científica entre o Brasil e o Reino Unido.
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Qua, 17 Out 2018 12:05:00 -0300
CNPq organiza julgamento Universal e PQ
A partir do final do mês de outubro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) iniciará os julgamentos das chamadas Universal 2018 e de Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ). Para tanto, centenas de consultores ad hocs estão sendo acionados para avaliarem as propostas, que serão julgadas entre 29 de outubro e 30 de novembro pelos Comitês de Assessoramento (CA) do CNPq.
Os pareceres devem ser emitidos por meio da Plataforma Carlos Chagas e, portanto, é necessária a constante verificação de pendências nessa plataforma. A emissão do parecer ad-hoc é fundamental para o modelo de avaliação do CNPq das propostas submetidas nas chamadas.
Calendário de reuniões dos CAs
O lançamento da Chamada Universal em julho deste ano foi fruto de um esforço conjunto do MCTIC e do CNPq para retomar a iniciativa que estava um ano sem sua edição.
Essa chamada mobiliza toda a comunidade científica brasileira, recebendo uma demanda de mais de 20 mil propostas. Somada às outras linhas de fomento rotineiras do CNPq - em particular, bolsas PQ e bolsas especiais -, a demanda de julgamento de propostas atualmente em andamento exigirá um esforço extra dos membros dos Comitês de Assessoramento.
Assim, na perspectiva de uma demanda de trabalho intensa para os próximos meses e no intuito de oferecer um cronograma viável para todos, o CNPq elaborou um calendário de reuniões com alternância entre os CAs para permitir o julgamento presencial da demanda de bolsas PQ e do Universal.
Confira:
Semana
Chamada
Diretoria
29/10 a 1/11
Universal
DABS
5 a 9/11
Universal
DEHS
19 a 23/11
PQ
DABS
26 a 30/11
PQ
DEHS
O julgamento da Chamada de bolsas no país e no exterior será à distância e com maior flexibilidade de data, até o final do ano.
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Ter, 16 Out 2018 18:39:00 -0300
Fitoterápicos: resultado preliminar
O resultado preliminar da Chamada Pública de Inovação em Fitoterápicos já está disponível para consulta. Ao todo, foram submetidas 144 propostas. O edital possui duas linhas de pesquisa e o resultado preliminar recomendou 6 projetos na linha 1 e 2 na linha 2, somando 8 projetos. As propostas contempladas serão financiadas com recursos no valor global de R$ 7 milhões.
A chamada tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em fitoterápicos simples passíveis de registro, com vistas ao desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas de plantas medicinais e fitoterápicos e o fortalecimento da indústria farmacêutica nacional, bem como confirmar, por meio de estudos clínicos, a segurança e eficácia de medicamentos fitoterápicos presentes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME).
O prazo para recurso é de 10 dias contados a partir da data de divulgação do resultado no DOU e na página do CNPq.
Com informações do Ministério da Saúde
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Ter, 16 Out 2018 15:53:00 -0300
CNPq reforça parceria com o Japão
Identificar afinidades de ações e retomar as parcerias já firmadas foram os principais objetivos da passagem do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges pelo Japão, encerrada no último dia 11. Após participar da reunião anual do Fórum de Ciência e Tecnologia na Sociedade (STS Forum), em Kyoto, com autoridades do setor de vários países, Mario Neto, acompanhado do Coordenador Geral de Cooperação Internacional do CNPq, Lélio Fellows, esteve em Kyoto para reuniões com pesquisadores brasileiros e representantes japoneses de instituições de pesquisa.
Presidente do CNPq encontra pesquisadores brasileiros atualmente residentes no Japão
No dia 10, a Embaixada Brasileira em Tokyo promoveu o encontro com quatro pesquisadores brasileiros que estão no Japão. Entre eles, um bolsista do Ciência sem Fronteiras, um professor da Universidade de Brasília (UnB) e dois atuais professores da Tokyo Technology. Na pauta, parcerias, mobilidade de pesquisadores e projetos em colaboração. Estiveram na reunião, ainda, os adidos de educação e esporte e da Ciência e Tecnologia na Embaixada.
Mario Neto Borges e presidente da agência japonesa de fomento à pesquisa
No dia 11, o presidente do CNPq foi recebido pelo Embaixador do Brasil no Japão, André Aranha Corrêa do Lago para uma reunião com o presidente da agência de fomento japonesa, JST, Michinari Hamaguchi. No encontro, foi discutida a retomada da parceria entre as duas agências já firmada em Memorando que está, atualmente, inoperante. A ideia é reativar as ações previstas para reforçar ações conjuntas entre os dois países.
Encontro na JST buscou retomar parceria entre os dois países
Coordenação de Comunicação Social do CNPq (com informações da ASCOM/MCTIC)
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Seg, 15 Out 2018 18:40:00 -0300
Credenciamento de Fundações: resultado preliminar
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar do Edital 01/2018 de Credenciamento de Fundações de Apoio aptas a receber e gerenciar recursos oriundos de pessoas jurídicas de direito privado, destinados ao apoio a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação aprovados pela agência.
O edital foi lançado em julho deste ano com o objetivo de estabelecer procedimentos para gestão de recursos financeiros provenientes de fontes privadas para fomentar projetos de pesquisa científica e tecnológica e de inovação a partir do Novo Regime Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União (Emenda Constitucional nº 95/2016), que estabeleceu limites individualizados para as despesas primárias do Poder Executivo, e o estabelecimento do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Emenda Constitucional nº 85/2015, Lei 13.243/2016, Lei nº 10.973/04 e Decreto nº 9.283/2018).
Veja aqui a lista completa do resultado preliminar.
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Qua, 10 Out 2018 14:16:00 -0300
Centro de síntese em biodiversidade avança
A ideia de um centro brasileiro de sínteses em biodiversidade começou a ser articulada em julho de 2017 em uma parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e as principais agências de fomento federais e estaduais. Desde então, um primeiro workshop em março deste ano reforçou as cooperações, incluindo com instituições estrangeiras.
Há duas semanas, o segundo workshop, em São Paulo, organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) promoveu discussões em grupo sobre importantes assuntos relacionados à concepção do modelo para o Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos no Brasil (SinBiose), como estrutura de governança, forma de financiamento, diretrizes para a primeira chamada pública, abordagem transdisciplinar para a pesquisa colaborativa, tomada de decisão baseada em evidências, além de diversas questões operacionais envolvendo as agências parcerias.
Um consórcio de agências de fomento à pesquisa, federais e estaduais, ao lado de outras organizações do Brasil e do exterior, a proposta é dar início ao Centro ainda este ano. A iniciativa será a primeira na região tropical, a exemplo de outras em operação no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Austrália.
O objetivo é integrar dados de pesquisa espalhados por diferentes centros, a fim de avançar o conhecimento científico e procurar resolver problemas da sociedade, por meio de iniciativas junto a comunidades e órgãos governamentais.
Na abertura do workshop em São Paulo, as instituições parcerias nacionais - CNPq, Ministério da Ciência Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), FAPESP e Conselho Nacional das Fundações de Amparo a Pesquisa (CONFAP) - reafirmaram o interesse e compromisso com a iniciativa. O SibBiose conta, ainda, com a pareceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Segundo Marcelo Morales, Diretor do CNPq, o MCTIC garantiu alocar R$ 1 milhão para o início das atividades. "Temos que começar e decidimos começar virtualmente. Mas precisamos agora mostrar os resultados. Com isso, tenho certeza de que iremos convencer não apenas o Congresso, mas as agências e os ministérios [a colocar mais recursos na iniciativa]", disse.
"A ideia de criar um centro de síntese é a possibilidade de reunir dados já disponíveis em projetos voltados para a solução de problemas, seja de uma bacia hidrográfica ou uma cidade, e utilizar essa síntese para o aperfeiçoamento e a implementação de políticas", disse o organizador do evento Carlos Alfredo Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP.
Joly explicou que esses dados estão espalhados em grupos de pesquisa no Brasil inteiro, mas não há nenhuma instituição responsável por integrá-los.
Uma das primeiras ideias para a criação de um centro de síntese em biodiversidade no Brasil teria vindo principalmente após as recomendações do relatório científico de 2015 do programa Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD).
"O relatório enfatiza que é realmente importante ter ligações mais fortes com os outros stakeholders [interessados] para que haja maior capacidade de preencher as lacunas entre ciência e prática", disse o palestrante Jean Paul Metzger, professor do Instituto de Biociências da USP e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP.
Para Metzger, um centro como esse, segundo no hemisfério Sul e primeiro na região tropical, possibilita uma colaboração mais ampla, com uma nova geração de pesquisadores mais colaborativos compartilhando dados e criando novas ideias, hipóteses e modelos com dados existentes. Além disso, promove uma abordagem inter e transdisciplinar, facilitando a sinergia entre ciência e políticas públicas.
A estrutura inicial do SinBiose seria composta de um comitê científico, assessorado por um comitê consultivo internacional. Além disso, haveria um corpo administrativo e um time operacional de tecnologia da informação, comunicação e assistência educacional.
O modelo inclui ainda um diretor científico, assim como pós-doutores, todos em regime de dedicação exclusiva ao centro. Além deles, pesquisadores experientes dedicados exclusivamente ao centro por um período determinado trabalhariam no SinBiose. Os membros dos grupos de trabalho devem se reunir uma ou duas vezes por ano para verificar o andamento dos trabalhos e definir os próximos passos.
A coordenadora do comitê científico, a professora da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante acredita que o workshop foi mais um passo importante do planejamento para implementação do SinBiose. "As atividades permitiram engajar novos atores da comunidade científica nacional e internacional bem como agências de fomento. As discussões evidenciaram a contribuição crítica que o Centro poderá ofertar para o desenvolvimento científico e no apoio ao desenvolvimento de políticas em prol da sustentabilidade", resumiu a professora.
Para Marisa Mamede, responsável no CNPq pela gestão do SinBiose, as discussões foram muito produtivas e ricas em sugestões. "A partir de agora iremos fazer o trabalho de compilação dos resultados desse segundo workshop, bem como das demais atividades de planejamento que foram realizadas ao longo de 2018, para elaborar a proposta para implementação do Centro, em sua estrutura virtual inicialmente, incluindo o lançamento de uma primeira chamada pública para projetos de síntese, em 2019", afirma.
Segundo Joly, os resultados se darão na forma de publicações científicas, mas principalmente em soluções de problemas práticos que as populações enfrentam. "A produção científica vai ser uma parcela pequena do resultado. Ela é necessária, mas o foco será resolver um problema de uma bacia hidrográfica onde há conflito de uso de água, por exemplo. E fazer a interface com governos e autoridades", disse.
Modelos internacionais
Pesquisadores participantes do evento apresentaram o funcionamento de centros de síntese nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Alemanha.
O Canadian Institute for Ecology and Evolution (CIEE) se destaca por ser uma instituição sem estrutura física, que usa pessoal das próprias universidades em que os pesquisadores-membro trabalham. O centro brasileiro iniciará as atividades seguindo esse modelo ¿virtual¿, enquanto não se decide sobre a estrutura com uma sede física.
"Nosso centro tem um bom custo-benefício. É algo bem flexível e um programa realmente nacional, pois não há uma região em que esteja localizado. Essa é uma vantagem de um programa virtual", disse Diane Srivastana, diretora do CIEE e pesquisadora da Universidade de British Columbia.
"No entanto, há algumas limitações. Os líderes de cada grupo têm mais trabalho, em termos de logística, e não temos uma infraestrutura de pessoal para suporte computacional e financeiro. Abrimos mão de algumas coisas por conta desse modelo", disse Srivastana.
A síntese de dados em biodiversidade no CIEE tem sempre um objetivo voltado para a solução de problemas. Srivastana deu como exemplo um programa que está recuperando a população de peixes comerciais na costa de Newfoundland, no leste do país, que pode recuperar a economia local abalada com a escassez do bacalhau.
Outro modelo apresentado foi o do Synthesis Centre for Biodiversity Sciences (sDiv), na Alemanha. Diferentemente do canadense, o centro alemão tem uma sede física, em Leipizig, e seus grupos de trabalho não buscam necessariamente um fim social para as pesquisas realizadas.
"No entanto, as propostas devem abordar o tópico determinado em um sentido amplo. Um projeto sobre biota de solo, por exemplo, não terá só biólogos e ecólogos, mas pesquisadores que vão olhar para os aspectos geográfico, da química do solo, ou mesmo usar dados novos que ainda não foram utilizados para esse tipo de estudo, por exemplo", disse Marten Winter, coordenador científico do sDiv.
Estiveram no evento ainda Thomas Meagher, chairman do Environmental Omics Synthesis (EOS), do Reino Unido, Emilio Bruna, da Universidade da Flórida e Laura Meagher, especialista em estudos transdisciplinares. Jon Kramer, diretor de ciência interdisciplinar do National Socio-Environmental Synthesis Center (SESYNC), dos Estados Unidos, e Jerôme Chave do LABEX-CEBA (Center for the Study of Biodiversity in Amazonia), localizado na Guiana Francesa, também participaram fazendo apresentações via internet. Todos falaram dos centros de síntese que dirigem e das possibilidades de colaboração.
Foco em soluções
Uma das principais demandas dos órgãos de fiscalização hoje no Brasil é a falta de dados científicos confiáveis para fundamentar decisões políticas. Por isso, Kátia Torres Ribeiro, da Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e Ana Paula Fioreze, superintendente adjunta de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA), mostraram os programas que conduzem e as principais demandas que um centro de síntese poderia suprir.
"Nossa expectativa é que um centro de síntese forneça um acesso mais fácil ao que é mais recente e mais avançado em ciência. Uma vantagem desse centro seria endereçar uma questão que não está bem resolvida, que é a interação entre a gestão de água e a gestão ambiental", disse Fioreze.
"São informações que não são totalmente acessíveis e precisam ser consolidadas para que isso possa de fato ser incorporado na tomada de decisão. Ciência é uma das camadas dessa tomada de decisão, mas se ela for de difícil acesso não vai ser considerada da maneira que deveria", disse Fioreze.
Com informações da Agência FAPESP
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Seg, 08 Out 2018 10:58:00 -0300
Dicionário relaciona termos populares e linguagem médica
Professora da UFC, Virginia Bentes Pinto, bolsista PQ do CNPq, trabalhou na construção de vocabulário de nomes populares das doenças e o estabelecimento de sua relação com a terminologia da área da saúde. Doutora em Biblioteconomia, a pesquisadora trouxe importante contribuição clínica e social por construir uma ponte entre estes dois mundos que muitas vezes não se encontram.Caroço, pano branco, doença do mundo, amarelão, dor no pé da barriga. Para muitos, esses são termos conhecidos de doenças ou sintomas comuns, mas eles não constam em nenhuma literatura médica. Isso faz com que, muitas vezes, a linguagem entre paciente e médico torna-se confusa, dificultando diagnósticos e o entendimento dos tratamentos.
Pensando nisso, a Professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Virginia Bentes Pinto, bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) trabalhou na construção de um vocabulário de nomes populares das doenças e o estabelecimento de sua relação com a terminologia da área da saúde. Doutora em Biblioteconomia, a pesquisadora trouxe importante contribuição clínica e social por construir uma ponte entre estes dois mundos que muitas vezes não se encontram.
O Dicionário com cerca de 300 palavras relacionando termos populares com o respectivo Código Internacional de Doenças (CID) foi o resultado de pesquisa realizada com apoio do CNPq, por meio da Chamada Universal de 2014, de planejamento e construção de um vocabulário de termos populares utilizados pelas comunidades cearenses para nomear as doenças, estabelecendo as relações entre esses termos e os nomes técnicos, usados pela medicina, na perspectiva de melhorar o processo de comunicação entre o sujeito enfermo e os médicos.
São exemplos de termos e relações contidas no Vocabulário criado:
Anemia Pretensiosa - Anemia por deficiência de vitamina B12 (CID D51)
Doença do Mundo - Sífilis congênita (CID A50.-)
Fala Bororó ¿ Seqüelas de acidente vascular (CID I69.4)
Olho de Bomba -Transtornos da conjuntivite (CID H11.-)
Pampa - Vitiligo (CID L80)
Pelada - Alopecia (CID L65.9)
O Dicionário está disponível para ser consultado e complementado com outros termos regionais ainda não trazidos na versão inicial da pesquisa. Acesse aqui.