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Sex, 13 Jan 2023 16:32:00 -0300
Migração Portal
Acesse o novo Portal do CNPqDesde dezembro de 2020, o endereço do Portal do CNPq mudou para:
https://www.gov.br/cnpq
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Seg, 07 Dez 2020 12:31:00 -0300
Programa Ciência no Mar ganha mais recursos com adesão da Marinha
Parceria entre CNPq e Marinha proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões para 4 projetos da Chamada de apoio à Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões, recursos da Marinha e do MCTI.Parceria firmada entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Marinha do Brasil proporcionou a suplementação de R$ 2 milhões à Chamada CNPq/MCTIC Nº 06/2020 - Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira - Programa Ciência no Mar, com apoio a novos quatro projetos. Com essa adesão, a iniciativa apoiará 11 projetos, totalizando R$ 6 milhões em investimentos. Além da Marinha, os recursos serão investidos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A chamada foi lançada com o objetivo de selecionar projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação relacionados ao derramamento de óleo ocorrido a partir de agosto de 2019 na costa brasileira que visem contribuir significativamente para o Programa Ciência no Mar.
Nesta segunda, 07, às 14h, a Marinha realizará a 1ª Sessão Ordinária da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul, com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Vilela. Saiba mais.
Veja aqui o resultado final completo.
Importância litorânea para o Brasil
O recente desastre de derramamento de óleo na costa brasileira em 2019 demonstrou a importância de ações públicas embasadas no melhor conhecimento científico disponível, a fim de que as iniciativas de remediação reduzam os prejuízos para a biodiversidade e para a saúde humana. Além disso, ressaltou a necessidade de evidências científicas na proposição de medidas que busquem a prevenção a novos acidentes que possam colocar em risco a qualidade de vida da ocupação humana ao longo da costa brasileira.
Estima-se que mais de 26% da população brasileira resida na zona costeira, sendo o litoral a área protagonista no histórico processo de ocupação do território nacional. A importância litorânea pode ser expressa pelo recorte federativo brasileiro: são 17 Estados e 274 Municípios defrontantes com o mar, e 16 das 28regiões metropolitanas existentes no País. O Brasil possui diversas ilhas costeiras, inclusive abrigando capitais (São Luís, Vitória e Florianópolis), além de ilhas oceânicas que representam pontos importantes do território nacional (Fernando de Noronha, o Arquipélago de São Pedro e Trindade e Martim Vaz, e o Arquipélago de Abrolhos).
Grande parte do comércio internacional, da exploração do petróleo, da atividade pesqueira e de turismo está relacionada com o mar brasileiro. Relevante também é a riqueza da biodiversidade marinha e costeira do País, que deve ser preservada como importante ecossistema para a manutenção da vida. Além disso, o Brasil possui 26,3% de sua Zona Econômica Exclusiva protegida dentro de unidades de conservação, que devem também ser pólos-modelo para medidas de conservação e uso sustentável.
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Qui, 26 Nov 2020 17:37:00 -0300
CNPq divulga resultado preliminar da Chamada nº 25/2020
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado preliminar da Chamada nº 25/2020 - Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação: Bolsas de Mestrado e Doutorado.
Esta chamada promove a redistribuição das bolsas retidas ao final de sua vigência no período do 1 de julho a 30 de dezembro de 2020, iniciando a diretriz de realinhamento da concessão de bolsas de pós-graduação à missão precípua do CNPq. Esta iniciativa, em concepção desde 2019, prevê uma transição gradual do sistema antigo de quotas de bolsas ao novo sistema de concessão por meio de projetos institucionais de pesquisa. Tais projetos são apresentados pelos programas de pós-graduação e aglutinam de forma global o direcionamento da pesquisa nos respectivos cursos. A concessão baseia-se numa avaliação de mérito dos projetos, feita por comitês de especialistas.
O resultado preliminar garante a manutenção de bolsas encerradas no período citado, na proporção prevista no item 5 da Chamada, em programas de pós-graduação estabelecidos. Além disso, houve entrada de novos programas no sistema. Os projetos são avaliados por mérito e são aprovados a partir de disponibilidade orçamentária do CNPq.Ressalta-se que não houve nenhuma redução de bolsas no sistema do CNPq; a mesma concessão anual de cerca de R$ 400 milhões em bolsas de mestrado e doutorado está mantida. Uma segunda chamada dessa natureza será lançada brevemente, considerando as bolsas a vencer no próximo semestre.
O CNPq informa que o período de interposição de recurso administrativo ao resultado preliminar é de 25 de novembro a 4 de dezembro de 2020.
Demanda
Do total de 1.595 propostas recebidas de Cursos de Mestrado, 380 são cursos que já contam com bolsas do CNPq e que possuem bolsas vencendo entre 1° de julho a 31 de dezembro de 2020, enquadrando-se nos itens 5.3.1 e 5.4.1 da Chamada. Outras 628 propostas são de Cursos de Mestrado que contam com bolsas do CNPq, mas que vencem a partir de janeiro de 2021. Já outros 587 Cursos de Mestrado, por sua vez, não contam, na atualidade, com o apoio do CNPq em bolsas de mestrado.
Dos Cursos de Doutorado que submeteram propostas à Chamada, 277 já contam com bolsas do CNPq e possuem bolsas vencendo no período de 1° de julho a 31 de dezembro de 2020; 483 possuem bolsas vencendo a partir de janeiro de 2021, e 794 são Cursos de Doutorado que não contam com o apoio do CNPq em bolsas de doutorado.
Veja aqui o resultado preliminar.
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Sex, 10 Jan 2020 18:28:00 -0300
Ferramenta desenvolvida por grupo de pesquisa brasileiro permite mapeamento da linha de costa de regiões litorâneas
Um grupo de pesquisadores brasileiros está desenvolvendo ferramenta para mapeamento e análise de variação da linha de costa, um indicador amplamente utilizado em zonas costeiras que possibilita o planejamento adequado face à ocupação do litoral. A ferramenta, o CASSIE, é resultado do projeto Baysqueeze, apoiado pelo CNPq, que conta com pesquisadores da UFSC, UNIVALI, e FURG.Um grupo de pesquisadores brasileiros está desenvolvendo ferramenta para mapeamento e análise de variação da linha de costa, um indicador amplamente utilizado em zonas costeiras que possibilita o planejamento adequado face à ocupação do litoral. A ferramenta, o CASSIE (Coastal Analysis via Satellite Imagery Engine), é resultado do projeto Baysqueeze, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que conta com pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), e Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
A ferramenta é um aplicativo web (https://cassie-stable.herokuapp.com/), código aberto (open source) e de acesso livre, que permite o mapeamento automático da posição da linha de costa (limite entre o mar e a terra) e sua análise para qualquer região do planeta. Assim, o CASSIE oferece a possibilidade do desenvolvimento de estudos que visem uma análise histórica da tendência evolutiva da linha de costa em qualquer região do litoral Brasileiro.
Segundo o professor da UFSC e bolsista PQ do CNPq, Antonio Henrique da Fontoura Klein, e um dos pesquisadores do projeto, a posição da linha costa não é constante no tempo e no espaço. Ela varia em função do aporte de sedimentos (exemplo: dos Rios, etc) e dos processos costeiros (ondas, marés) e pode migrar em direção ao mar (chegando mais sedimento do que saindo do sistema), pode ficar estabilizada (tudo que entra é igual ao que sai) ou pode migrar em direção a terra (erosão costeira - neste caso esta saindo mais sedimento do que entrando na região costeira). "Ao monitorarmos a linha de costa a partir de imagens de satélite podemos definir, por exemplo, locais com erosão costeira ao longo do tempo e medidas preventivas ou mitigadoras podem ser adotadas", explica o pesquisador. "Ainda com base no passado, considerando um mesmo intervalo de tempo futuro, podemos prever o comportamento da linha de costa para o futuro", complementa Klein.
Construído com tecnologia do Google Earth Engine (uma avançada plataforma de processamento geospacial baseada em nuvem, ideal para análises de dados em escala planetária) o CASSIE faz uso do catálogo de vários petabytes de imagens de satélite (incluindo a série Landsat e Sentinel), ferramentas de análise espacial e a poderosa capacidade de computação do Google Cloud, que permite a qualquer utilizador quantificar as tendências (em metros/ano) evolutivas da linha de costa, bastando para isso o acesso á internet, já que todo o processamento é feito na nuvem, explica o pesquisador do projeto, Rudimar Dazzi (UNIVALI).
Exemplo da aplicação do CASSIE nas margens da Baía da Babitonga, dentro do munícipio de Joinville (Santa Catarina). Fonte Imagem: Google Earth Engine
O CASSIE foi apresentado pela primeira vez em Novembro do ano passado pelos Profs. Luis Pedro de Almeida da FURG e Rodrigo Lyra da UNIVALI e pelo Bolsista de IC do CNPq, Israel Oliveira, durante o curso para a ferramenta que aconteceu no âmbito da conferência internacional LAPECO 2019 (Latin American Physics of Estuaries and Coastal Oceans), em Florianópolis, SC. O curso contou com um total de 12 participantes (incluindo pesquisadores, consultores e estudantes), oriundos de diversos Países da América do Sul e Europa (Brasil, Espanha, Argentina, Chile, Uruguai e Panamá), os quais tiveram a oportunidade de conhecer e aplicar a ferramenta CASSIE. Como demonstração do potencial de aplicação do CASSIE cada participante pode desenvolver um exercício de análise de evolução da linha de costa a uma área costeira de origem. Este foi o primeiro teste oficial do sistema.
O CASSIE é financiado pelo CNPq por meio da Chamada de Pesquisa e Desenvolvimento em Ações Integradas e Sustentáveis nas Baías do Brasil - MCTIC/CNPq - Nº 21/2017) e, além do Prof. Klein, conta com o trabalho dos pesquisadores Luis Pedro de Almeida, Prof. Visitante do Programa de Pós-Graduação em Oceanologia, Instituto de Oceanografia da FURG; Rodrigo Lyra e Rudimar Dazzi, Profs. do Curso de Ciência da Computação da UNIVALI; Israel Oliveira, Bolsista de IC-CNPQ do Curso de Ciência da Computação da UNIVALI.
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Seg, 06 Jan 2020 17:35:00 -0300
Ana Maria Primavesi: importante legado
Nesse domingo, 05/01, o Brasil perdeu uma de suas mais importantes cientistas. Faleceu, aos 99 anos, Ana Maria Primavesi, pioneira da pesquisa em agroecologia. Nascida na Áustria, a pesquisadora mudou-se para o Brasil em 1949, já formada em Ciências Agronômicas e Ciências Florestais pela Universidade Rural de Viena. Posteriormente, fez doutorado sobre nutrição de plantas e solos e dedicou sua vida ao estudo do solo, sua paixão. "Solo é vida e é a base da vida. Há muita vida nele e muita dependência dele", dizia.
Integrante da 6ª edição do Projeto Pioneiras da Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ana Primavesi foi uma das mais importantes pesquisadoras na área da agroecologia e da agricultura orgânica. A compreensão do solo como um organismo vivo e com diversos níveis de interação com a planta foi uma das suas contribuições para a agronomia.
Aos 26 anos, casou-se com Artur Primavesi, também agrônomo,que atuava, prioritariamente, na produção de cana e de trigo, visando a recuperação biológica do solo para viabilizar e obter elevadas produtividades. No Brasil, o casal visitou fazendas e, conversando com agricultores, aprendeu português e começou a escrever livros e manuais.
Com 41 anos, Ana Primavesi acompanhou Artur para atuarem na Universidade Federal de Santa Maria, onde lançou-se de corpo e alma na pesquisa científica, em áreas que considerava deficientes na pesquisa do solo. Artur criou o Instituto de Solos e Culturas e foi o braço organizador, articulador de parcerias, captador de recursos e divulgador do Instituto, e Ana era o braço pensante e científico. O Instituto ficou conhecido na Europa e Estados Unidos em pouco tempo.
Ao longo da vida, Ana Primavesi publicou 12 livros e 94 textos e artigos científicos e foi professora na Universidade Federal de Santa Maria entre 1961 e 1974. Nesse período, Ana criou um laboratório de biologia do solo e apontava para as complexas relações entre o solo, a planta e o clima, chamando a atenção de que o manejo dos solos dos países de clima temperado era inadequado para os nossos solos tropicais. Iniciou, então, a elaboração de um livro que abordasse estes temas, inicialmente com 200 páginas.
Em 1979, lançou seu livro-chave, o Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais, após diversos anos de desenvolvimento e discussões com editores e consultores ad-hoc. O livro teve que ser ampliado para 541 páginas e depois para mais de 600. Seu livro foi traduzido para o espanhol na Argentina e alcançou a Europa ibérica. Suas pesquisas e livros indicavam uma agricultura que privilegiava a atividade biológica do solo e buscava, assim, o incremento do teor de matéria orgânica e de húmus do solo, evitando o revolvimento do mesmo, e utilizava técnicas como a adubação verde, rotação de culturas e quebra ventos.
Ana Primavesi alertava em relação à orientação da adubação restrita ao uso de NPK e ressaltava a importância dos microelementos na eficiência produtiva e na sanidade vegetal. Ela assinalava os prós e os contras das distintas formas e fontes de nutrientes, sua eficiência e aproveitamento pelas plantas, sua ciclagem no ambiente e seus impactos sobre a biologia do solo. Ao tratar desse assunto, alertava para o fato de que a fertilidade do solo não poderia ser compreendida apenas por suas características químicas, já que é intrinsecamente ligada a fenômenos que também se relacionam às propriedades físicas e biológicas. Outra contribuição sua foi a percepção das ervas daninhas como indicadores ecológicos de qualidades físicas, químicas e biológicas dos solos.
Quando se aposentou, em 1980, mudou-se para sua propriedade agrícola de 96 ha em Itaí, no estado de São Paulo. Foi pesquisadora da Fundação Mokiti Okada e uma das fundadoras da Associação da Agricultura Orgânica (AAO), uma das primeiras associações de produtores orgânicos do Brasil. Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios, como o One World Award da IFOAM, em 2012, além de títulos Doctor honoris causa em diversas universidades brasileiras. Em 2014, foi anunciada Patrona da Agroecologia Nacional.
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Ter, 31 Dez 2019 12:51:00 -0300
CNPq e Amazon Web Services lançam chamada
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Amazon Web Service (AWS) lançam a Chamada CNPq/AWS Nº 032/2019 - Acesso às Plataformas de Computação em Nuvem da AWS (Cloud Credits for Research). A iniciativa é fruto do acordo assinado entre as duas instituições, em outurbo de 2019 para oferecere a pesquisadores brasileiros a oportunidade de utilizar créditos promocionais da AWS em projetos científicos em diversas áreas que utilizam serviços de computação em nuvem. A iniciativa faz parte do Programa AWS Cloud Credits for Research, conectando a AWS ao CNPq como parte do compromisso e investimento em educação e desenvolvimento tecnológico que a empresa realiza no país.
O objetivo é Contribuir diretamente com o desenvolvimento de projetos de P&D desenvolvidos por pesquisadores vinculados a uma Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) no Brasil através do oferecimento de créditos promocionais da empresa Amazon Web Service para utilização de serviços de computação em nuvem em suas plataformas.
O Prazo para a submissão da Chamada é até o dia 29 de fevereiro de 2020. Para mais informações sobre a Chamada, acesse aqui.
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Ter, 31 Dez 2019 12:49:00 -0300
Chamada para apoio à pesquisa em tuberculose está aberta
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Saúde, tecnologia e Insumos Estratégicos (Decit/SCTIE) lançam a Chamada MS-SCTIE-Decit / CNPq Nº 33/2019 - Pesquisas em Tuberculose no âmbito do BRICS.
O objetivo da Chamada é apoiar projetos de pesquisas na área de doenças transmissíveis e negligenciadas, especificamente em tuberculose no Brasil, em parceria com países do BRICS.
Os projetos deverão abordar pelo menos uma linha de pesquisa:
- Avaliação de testes diagnósticos e biomarcadores para as diversas formas de tuberculose, incluindo a comparação de custo-efetividade com as tecnologias vigentes.
- Avaliação de esquemas terapêuticos para tuberculose que resultem em redução do tempo de tratamento e maior segurança para o paciente.
- Avaliação de tecnologias e/ou estratégias para redução da transmissão do M. tuberculosis em diferentes cenários epidemiológicos.
O prazo para a submissão das propostas é até dia 30 de março de 2020.
Para mais informações, acesse a Chamada na íntegra aqui.
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Sex, 27 Dez 2019 17:45:00 -0300
Primeiro drone dispersor de sementes da América do Sul é viabilizado com apoio do CNPq e Ibama
Projeto financiado pelo CNPq, em parceria com o Ibama, resultou na criação do primeiro drone dispersor de sementes da América do Sul. O equipamento foi apresentado durante o Workshop Dronecoria Brasil, realizado em novembro na UFMT.Projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), resultou na criação do primeiro drone dispersor de sementes da América do Sul. O equipamento foi apresentado durante o Workshop Dronecoria Brasil, realizado em novembro na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), como parte do projeto "Aeronaves Remotamente Pilotadas como Estratégia de Fiscalização de Queimadas e Monitoramento da Restauração Ecológica em Áreas Protegidas".
Duas oficinas para capacitação de estudantes, professores e público foram realizadas no workshop: biopeletização de sementes nativas do Cerrado e construção de aeronave remotamente pilotada (drone) para dispersão de sementes. De acordo com o engenheiro da computação Lot Amorós, que idealizou o Dronecoria, as oficinas tiveram como principal objetivo encorajar milhares de pessoas a plantar árvores nos diversos biomas brasileiros.
O drone, desenvolvido sob coordenação de Normandes Matos da Silva, professor da UFMT e bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) do CNPq, será apresentado a instituições públicas como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e as secretarias estaduais de meio ambiente nos estados. A ideia é que essa inovação tecnológica seja incorporada em todas as regiões do país como forma de potencializar o serviço ambiental realizado por pássaros e insetos polinizadores. Veja o vídeo do drone em ação.
O projeto obteve apoio financeiro a partir da Chamada Pública n° 33, realizada em 2018 pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama e pelo CNPq.
A Chamada
A Chamada CNPq/Prevfogo-Ibama Nº 33/2018 - Pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo tem por objetivo apoiar projetos de pesquisa interdisciplinares e socioambientais que visem suprir lacunas no conhecimento disponível sobre a temática dos incêndios florestais e do manejo integrado do fogo, com destaque para ecologia e impactos do fogo, monitoramento, prevenção e combate de incêndios florestais, além de apoiar a investigação de temas de pesquisa que possam subsidiar a gestão de áreas protegidas sujeitas a incêndios e queimadas nos Biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, preferencialmente nas áreas de atuação do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).Ao todo, foram aprovados 25 projetos, no valor global de R$ 4 milhões, oriundos do Prevfogo-Ibama e do CNPq, abrangendo pesquisa em Terras Indígenas, Quilombolas e Unidades de Conservação na Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Com informações do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama
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Sex, 27 Dez 2019 17:15:00 -0300
Expedição brasileira na Antártica é encerrada
A expedição do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) ao módulo Criosfera 1, o laboratório latino americano mais ao sul do Planeta, foi encerrada no último domingo (22), com a chegada dos pesquisadores na cidade de Punta Arenas, no Chile.
O módulo, localizado a somente 660 km do Polo Sul Geográfico, foi fechado para funcionar mais 12 meses com sustentabilidade energética. Isso porque o Criosfera 1 somente utiliza energia solar e eólica para manter equipamentos de análise química da atmosfera, estação meteorologia, e um novo equipamento para medir o black carbon (carvão negro), que é um dos subprodutos da queima de óleo, de carvão e de florestas.
Os trabalhos no módulo Criosfera 1 foram iniciados no dia 12 de dezembro, com a abertura do laboratório e manutenção dos equipamentos. No dia 22 de dezembro, os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tomaram um avião quadrimotor para viajarem da Geleira Union até a cidade de Punta Arenas, no extremo sul do Chile. A equipe chegou ao Brasil nessa quinta-feira, 26.
Na foto, a equipe de cientistas do módulo Criosfera 1 se reuniu no momento do fechamento do módulo para mais um inverno. Foto: Divulgação.
O Criosfera
O Criosfera 1 é uma plataforma científica, autossustentável, usa apenas o sol e o vento para suprir toda a energia necessária aos equipamentos de pesquisa e uma estação meteorológica ao longo de todo ano. Permite investigar as interações entre as massas de ar antárticas e aquelas do Brasil, avançando o conhecimento sobre as frentes frias (friagens) e que afetam nossa produção agrícola.
Os sensores do módulo também amostram continuamente os componentes químicos da atmosfera. Destaca-se a medição da concentração do dióxido de carbono (CO2) atmosférico nesse que é um dos locais mais isolados e limpos da Terra. Ainda, ajuda na investigação de sinais de poluição global gerados pela atividade industrial e de mineração.
Os pesquisadores, acampados sobre a neve ao redor do Criosfera 1, após enfrentarem fortes ventos que abaixaram a sensação térmica para -40º C, recolocaram no ar vários equipamentos científicos (alguns parados há quase 12 meses devido à falta de manutenção).
Atualmente, funcionam no Criosfera 1 os seguintes equipamentos: estação meteorológica automática, medidor de concentração de CO2 (dióxido de carbono), detector de raios cósmicos e sistema coletor de aerossóis. Para que os equipamentos funcionem em um local tão remoto, o módulo deve ser energeticamente autossustentável. Assim, a energia solar e a energia eólica são fundamentais para a contínua observação de dados. O Criosfera 1 é totalmente automatizado, mas exige manutenção anual feita por expedição científica ao interior da Antártica.
As pesquisas desenvolvidas também estão inseridas no INCT da Criosfera, um dos institutos do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo CNPq e MCTIC.
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Qui, 26 Dez 2019 11:23:00 -0300
Prêmio de Fotografia: inscrições abertas
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abre inscrições para o IX Prêmio Fotografia-Ciência & Arte e premiará pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação que trabalham com registros fotográficos em suas pesquisas. As inscrições estarão abertas até 20 de março de 2020.
O Prêmio é dividido em duas categorias: imagens produzidas por câmeras fotográficas e imagens produzidas por instrumentos especiais. Os vencedores de cada categoria recebem o prêmio de R$ 8 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil para o segundo colocado e R$ 2 mil para o terceiro colocado. Os primeiros colocados de cada categoria irão receber, além disso, passagem aérea e hospedagem para participar da 72ª Reunião da SBPC, em julho de 2020.
A inscrição é de caráter individual e deverá ser efetuada em apenas uma categoria, exclusivamente, na página do Prêmio na internet, onde está disponível o regulamento completo do Prêmio.
O Prêmio
O Prêmio de Fotografia - Ciência & Arte foi criado em 2011 com o objetivo de fomentar a produção de imagens com a temática de Ciência, Tecnologia e Inovação, contribuir com a divulgação e a popularização da ciência e tecnologia e ampliar o banco de imagens do CNPq.
Ao premiar imagens de qualidade, o Prêmio revela talentos e apresenta, através das inscrições, uma amostragem das imagens provenientes de trabalhos científicos desenvolvidos nas instituições de Ensino Superior e de Pesquisa no país, além de estimular os pesquisadores a usarem recursos fotográficos em suas pesquisas.
Em oito edições realizadas foram recebidas 6.367 inscrições de estudantes de graduação e pós-graduação, docentes e pesquisadores brasileiros, sendo premiados 66 trabalhos oriundos de todas as regiões do país, assim distribuídos: 41 da Sudeste, 9 da Sul, 8 da Norte, 5 da Centro-Oeste e 3 da Nordeste, e 56 pesquisadores nomeados por portaria para a composição das comissões julgadoras.
Conheça as imagens premiadas dos anos anteriores: http://www.premiofotografia.cnpq.br/web/pfca/imagens-premiadas
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Seg, 16 Dez 2019 17:28:00 -0300
CNPq e IBICT lançam Lattes Data
Um acordo entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Brasieiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) resultará na criação de uma plataforma de armazemanento de dados científicos, o Lattes Data. A iniciativa é uma expansão da Plataforma Lattes com o objetivo de armazenar e permitir acesso aos dados oriundos dos projetos fomentados pelo CNPq, permitindo compartilhamento e reuso pela comunidade científica e acompanhamento pela sociedade, além de múltiplas oportunidades de inovação.
O acordo foi assinado entre as instituições no dia 12 de dezembro, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), durante a 8ª Reunião de Acompanhamento do Compromisso 3, conhecido como "Compromisso pela Ciência Aberta".
O Lattes Data constitui-se numa das dimensões necessárias para implementação da Ciência Aberta no Brasil ao armazenar os dados de modo a manter sua preservação no longo prazo e assentar institucionalmente a governança dos dados científicos. Além disso, a materialização da Ciência Aberta no Lattes Data poderá tanto catalisar a investigação científica, promovendo o aumento da eficiência na produção da ciência, quanto potencializar o valor da informação científica gerada.
Para o ministro Marcos Pontes, a assinatura do acordo simboliza um momento muito especial por representar um alinhamento importante entre as instituições vinculadas ao CNPq. "Estou cada vez mais convencido que com ciência e tecnologia a gente consegue mudar esse país", afirmou.
Em vídeo, o presidente do CNPq João Luiz de Azevedo ressaltou a importância da iniciativa. "Essa infraestrutura para armazenamento de dados científicos constitui-se na execução de uma das dimensões necessárias para disponibilização do acesso ao conhecimento, resultante de pesquisas cientificas financiada com recursos públicos oriundos do CNPq", concluiu o presidente.
A Diretora do Ibict, Cecília Leite explicou a importância de consolidar e tornar mais forte a parceria com o CNPq e que a assinatura do acordo vai além dos repositórios que estão sendo criados e das possibiidades de integração que a iniciativa proporciona. "Com isso, a gente consolida efetivamente o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações como os atores principais na orquestração do desenvolvimento cientifico e tecnológico nesse país", disse.
Para o Presidente substituto do CNPq, Manoel da Silva, o tema Ciência Aberta é muito relevante e que terá um impacto no futuro próximo para ciência, tecnologia e inovação. "A assinatura desse acordo entre o CNPq e o Ibict para a implementação do recurso de dados do CNPq representa a entrega de mais uma semente para abertura da ciência, dentre outras já entregues pelos parceiros da OGP [Parceria para o Governo Aberto] e de muitas outras ações que serão entregues", concluiu.
Além do Ministro Marcos Pontes, do presidente substituto do CNPq e da diretora do Ibict, a cerimônia de assinatura do acordo contou com a presença da diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, coordenadora da Ação Ciência Aberta no CNPq, e responsável, na agência, pelo Marco 5 do Compromisso 3 do Plano de Ação Nacional em Governo Aberto, Adriana Tonini, do diretor substituto de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Carlos Alberto Pittaluga e da analista de ciência e tecnologia do CNPq, Rosana Maria Figueiredo, representante do Grupo de Trabalho para a Ciência Aberta no CNPq.
O Compromisso pela Ciência Aberta
A execução do Compromisso é coordenada pela a equipe de Governança da Informação e Transparência da Embrapa, em parceria com o CNPq, MCTIC, Ibict, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Open Knowledge Brasil, Universidade de Brasília (UnB), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), SciELO, Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A Ciência Aberta propõe acesso livre e gratuito à informação científica e aos dados de pesquisa, com maior transparência nos métodos científicos, e intensificação dos mecanismos de colaboração na ciência e da participação cidadã, desenvolvimentos que estão de acordo com princípios do Governo Aberto, tais como transparência, accountability, participação cidadã, tecnologia e inovação.
Acesse a galeria de imagens: https://flickr.com/photos/cnpqoficial/albums/72157712183925366
Fotos: Roberto Hilário
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Sex, 13 Dez 2019 12:12:00 -0300
Bolsas na Suécia pelo CNPq, CISB e Saab AB
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) e a Saab AB, divulgam oportunidade da concessão de até 7 bolsas de pós-doutorado no exterior (PDE) e até 3 bolsas de doutorado-sanduíche no exterior (SWE) em instituições suecas em colaboração com Saab AB nas seguintes áreas de interesse:
- Redes de comunicação: Soluções de comunicações e redes para automatizadas/autônomas.
- Sistemas autônomos: Colaborações entre plataformas tripuladas e não tripulada suporte à decisão e replanejamento dinâmico. Conexão com fatores humanos e cockpit de piloto único. Conceitos de operação/Níveis de automação/Inteligência On-board/ Autonomia/ Sense-and-avoid/Certificação.
- Engenharia Aeronáutica: Metodologias de avaliação de aerodinâmica instável no regime transônico, e uso de tais metodologias em análises aeroelásticas e previsão de cargas dinâmicas. Fluxo laminar; Tecnologias ativas para controle de fluxo; Arquiteturas de redes de sensores e acionadores; conceitos de design de asa laminar.
- Propulsão: Gestão de energia, esfriamento e aero-acústica.
- Materiais: Materiais multifuncionais nano-reforçados para aplicações aeronáuticas.
- Desempenho humano: Incluindo interface humano-máquina, fatores humanos ¿ segurança aérea / carga de trabalho / stress / consciência situacional / cockpits de nova geração / coordenação de tripulação.
Os bolsistas selecionados receberão, além de bolsa e benefícios previstos nas normas do CNPq, um adicional equivalente a 50% do valor da bolsa custeado pelo CISB, mediante termo de concessão específico assinado com a instituição.
Os projetos serão avaliados e classificados de acordo com os seguintes critérios:
- Coerência e adequação entre a formação/capacitação do candidato, indicada no CV Lattes e com a proposta de atividades.
- Experiência do candidato na área de pesquisa pretendida na instituição ou centro de pesquisa escolhido, considerando sua atuação na área por meio de avaliação de sua produção científica e/ou tecnológica nos últimos cinco anos.
- Mérito da proposta apresentada e sua relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação do país e sua perspectiva de aplicação
- Relevância industrial do projeto de pesquisa.
O prazo de submissão de propostas é 09 de março de 2020, e as bolsas se iniciarão entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021. O Comprovante eletrônico de submissão deve ser encaminhado aos e-mail conai@cnpq.br e projects@cisb.org.br.
A avaliação também contará com entrevistas, que poderão ser realizadas por qualquer meio: presencialmente, por telefone ou vídeo conferência, em data a ser definida pelo CNPq e CISB/Saab AB e comunicada previamente. O não comparecimento à entrevista implicará na eliminação da proposta.
Para mais informações sobre as bolsas, acesse aqui.
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Qua, 11 Dez 2019 16:01:00 -0300
Resultado final da Chamada do SinBiose
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulga o resultado final da primeira Chamada pública do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos - SinBiose, fruto de uma parceria entre o CNPq e o MCTIC.
Os projetos irão compor o primeiro grupo de sínteses apoiadas pelo SinBiose. Com amplas redes de pesquisa, forte característica interdisciplinar e incluindo objetivos relacionados com o embasamento cientifico da tomada de decisão, os projetos apresentam alta aderência ao conceito de síntese científica expresso na Chamada.
Além de pesquisadores em diversas disciplinas acadêmicas, os grupos contam com a participação de gestores ambientais. Os projetos abordam temas relevantes, como integridade ecológica, regeneração natural e impactos da degradação ambiental na Amazônia; impactos da perda de biodiversidade sobre os recifes brasileiros; intensificação da polinização para agricultura sustentável, relações entre serviços ecossistêmicos e saúde humana, envolvendo zoonoses e doenças tropicais negligenciadas e restauração de vegetação campestre.
Os sete projetos selecionados envolvem 133 participantes, de 93 diferentes instituições, sendo 65 instituições brasileiras e 28 instituições do exterior. As instituições parceiras do exterior estão distribuídas em 9 diferentes países, demonstrando a relevante inserção internacional do SinBiose já na sua primeira chamada. Os resultados evidenciam a maturidade da comunidade cientifica na área de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos e também a sua disposição em se engajar em novas formas de produção de conhecimento relevante dos pontos de vista científico e social.
Os projetos terão duração de 24 meses, ao longo dos quais serão apoiados e acompanhados de perto em seu desenvolvimento pela Gerência de Projetos do SinBiose e demais instâncias que compõem a estrutura de governança do Centro. Um seminário marco zero será realizado no primeiro semestre de 2019, em data a ser definida.
Os projetos aprovados podem ser consultados na página do CNPq e do SinBiose.