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Seg, 18 Jul 2016 11:54:00 -0300
CNPq lamenta o falecimento do pesquisador Sérgio Henrique Ferreira
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta o falecimento do médico e farmacologista Sérgio Henrique Ferreira, aos 81 anos, ocorrido, na tarde deste domingo (17), em Ribeirão Preto, São Paulo.
Sérgio formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo (1960), fez doutorado em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) em 1964, pós-doutorado no RCS, Royal College of Surgeons of England (1967 e 75).
Professor Titular da Universidade de São Paulo, Consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e colaborador da Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto, atuava como Coordenador de Projeto Temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo,
Com uma carreira científica brilhante e extensamente premiada recebeu em 2008 o título de pesquisador emérito do CNPq, a Ordem Nacional do Mérito Científico - classe da Grã-Cruz do Governo Federal em 1996, entre outras distinções recebidas de entidades nacionais e estrangeiras.
Nascido em 1934, ele completaria 82 anos no próximo dia 4 de outubro. Sérgio ganhou notoriedade no Brasil e no exterior após descobrir o "Fator de Potenciação da Bradicinina", uma substância derivada do veneno da serpente brasileira jararaca, que é capaz de combater o aumento da pressão arterial. Esse trabalho seminal, desenvolvido no Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão, foi essencial para o desenvolvimento do medicamento Captopril, um dos medicamentos centrais para o controle de pressão arterial. Sua contribuição científica é extensa passando pela farmacologia geral do processo inflamatório, o estudo dos mediadores da dor inflamatória e os analgésicos peroféricos. O desenvolvimento de novas drogas para tratar a dor e a inflamação constituíram parte do seu interesse recente.
Foi membro da ABC (Academia Brasileira de Ciências) desde 29 de março de 1984 e Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no período de 1997 a 1999, tendo recebido da entidade o título de Presidente de Honra.
O velório acontecerá nesta segunda-feira (18), das 8h às 13h, no prédio central da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto. Sérgio será enterrado nesta segunda, às 15h, no Cemitério Bom Pastor.
O CNPq lamenta profundamente esta perda, que retira de nosso convívio um dos cientistas mais brilhantes deste país, e compartilha com a família, toda a comunidade científica e os amigos a tristeza pela perda desse importante pesquisador brasileiro.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq (Com algumas informações da ACidade ON)
Foto: Letícia Rossi / ACidade ON
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Qui, 07 Jul 2016 11:12:00 -0300
Nota de Falecimento - Roland Vencovsky um dos maiores pesquisadores da genética e melhoramento de plantas do Brasil
O CNPq lamenta imensamente o falecimento, ocorrido no último dia 6 de julho, do Prof. Roland Vencovsky, bolsista PQ 1A da área de Agronomia, um dos grandes nomes da pesquisa em genética e melhoramento de plantas, com vasta experiência na área de Genética Vegetal e Biométrica. Com vasta experiência na área de Genética Vegetal e Biométrica, atuou em programas de melhoramento nas espécies de milho, várias hortaliças, cana-de-açúcar, mamoneira, eucaliptos e muitas espécies arbóreas brasileiras.
Nascido no dia 10/06/1936 era professor aposentado da ESALQ/USP desde 1995, mas continuava atuando na docência e na pesquisa como professor visitante na mesma instituição, na categoria de professor titular sênior. Vencovsky foi um dos importantes colaboradores na implantação do programa de pós-graduação em Genética e Melhoramentos de Plantas na Ufla, em 1986. Suas pesquisas e publicações científicas colaboram para o desenvolvimento dessa área no Brasil.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Qui, 30 Jun 2016 10:55:00 -0300
Estudo apoiado pelo CNPq é destaque na "Nature"
Esforços internacionais visando à conservação de espécies das florestas tropicais não irão ter sucesso se não for levado em consideração o controle da exploração madeireira ilegal, de incêndios florestais e da fragmentação de áreas florestais remanescentes. Esta é a conclusão de um estudo inovador, que acaba de ser publicado na Nature, uma das mais importantes revistas científicas internacionais.
O estudo "Anthropogenic disturbance can be as important as deforestation in driving tropical biodiversity" (Perturbação antropogênica pode ser tão importante quanto o desmatamento na condução de perda de biodiversidade tropical),enfoca na perda da biodiversidade em florestas tropicais, especialmente na Amazônia Brasileira. De acordo com a pesquisa, "apenas o combate ao desmatamento não é suficiente para conservar a biodiversidade da Amazônia".
O estudo publicado é fruto da Rede Amazônia Sustentável (RAS), um consórcio de instituições brasileiras e estrangeiras, coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental, Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade de Lancaster (Reino Unido) e Instituto Ambiental de Estocolmo (Suécia). A RAS é também parte do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, financiado pelo CNPq.
Além disso, o Prof. Jos Barlow, que assina o artigo como primeiro autor, foi Pesquisador Visitante pelo CNPq na Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o projeto foi contemplado pelo Edital Universal da Agência de 2012.
A pesquisa mediu o impacto geral das perturbações florestais mais comuns - o que inclui a exploração madeireira, os incêndios e a fragmentação de florestas remanescentes - em 1.538 espécies de árvores, 460 de aves e 156 de besouros encontrados na Amazônia paraense. Pela primeira vez, 18 instituições internacionais, dentre as quais 11 brasileiras foram capazes de comparar a perda de espécies causada por perturbações humanas com aquelas resultantes da perda de hábitat pelo desmatamento.
Para os cientistas, os esforços visando à conservação de espécies das florestas tropicais não irão ter sucesso se não for levado em consideração o controle da exploração madeireira ilegal, de incêndios florestais e da fragmentação de áreas florestais remanescentes.
De acordo com umas das principais pesquisadoras do projeto, Dra. Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental o estudo conseguiu oferecer "evidências convincentes de que as iniciativas de conservação amazônica precisam considerar as perturbações florestais e o desmatamento".
Quando analisado em conjunto, o efeito das atividades humanas resultantes em perturbações florestais no Pará é equivalente a uma perda adicional de mais de 139.000 km² de floresta intacta e correspondente a todo o desmatamento no estado desde 1988, ano que inaugurou o monitoramento oficial do INPE.
O Pesquisador senior do projeto, Dr. Toby Gardner, do Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), destaca: "As florestas tropicais são um dos mais valiosos tesouros biológicos do planeta. Ao focar exclusivamente nas extensões de floresta remanescentes, sem levar em conta o estado de saúde dessas áreas, as atuais iniciativas de conservação estão colocando em perigo tal riqueza".
Espécies raras são as mais ameaçadas
Os cientistas também descobriram que espécies sob o risco máximo de extinção foram as mais atingidas pelas perturbações causadas por atividade humana.
Dra. Ima Vieira, pesquisadora titular do Museu Emilio Paraense Goeldi, e uma das colaboradoras do projeto diz: "O estado do Pará abriga mais de 10% das espécies de aves do planeta, muitas das quais endêmicas. Nossos estudos demonstram que são justamente estas espécies as que estão sofrendo o maior impacto da ação antrópica, pois elas não sobrevivem em ambientes com estes níveis de perturbação". Este estado merece especial atenção quanto às estratégias de conservação e restauração de florestas, pois continua a receber projetos de infraestrutura e agropecuário, que impactam em demasia a paisagem regional e ameaçam a biodiversidade, além das formas tradicionais de produção.
É preciso ir além do combate ao desmatamento
Enquanto a redução do desmatamento é acertadamente o principal foco da maioria das estratégias de conservação em nações tropicais, a condição das florestas remanescentes não costuma ser avaliada ou mesmo controlada por políticas públicas.
"Ações imediatas são necessárias para combater as perturbações florestais em países tropicais", explica Silvio Ferraz, da Universidade de São Paulo (USP). "No caso do Brasil, a situação é ainda mais crítica, já que 40% dos remanescentes de florestas tropicais da Terra se encontram aqui", completa o pesquisador, que integrou a equipe do estudo. Ainda que donos de terras na Amazônia brasileira sejam obrigados por lei a manter 80% da cobertura primária em suas propriedades, a nova pesquisa demonstra que, em paisagens nas quais a lei é cumprida, a metade do valor potencial de conservação já pode ter sido perdida.
"Estes resultados devem servir de alerta para a comunidade global", afirma Dr Jos Barlow, o principal autor do estudo. "O Brasil demonstrou uma liderança sem precedentes no combate ao desmatamento na última década. O mesmo nível de liderança é necessário agora para proteger a saúde das florestas restantes nos trópicos. Do contrário, décadas de esforço de conservação terão sido em vão".
Dr. Luiz Aragão, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que também participou da autoria do estudo e destaca: "O Brasil conseguiu reduzir seu desmatamento em cerca de 80% como resultado de seu Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Contudo, demonstramos neste estudo que ainda precisamos, urgentemente, de um planejamento governamental orquestrado para quantificar a extensão e impactos da degradação florestal se quisermos resguardar nossa biodiversidade, estoques de carbono, e serviços ecossistêmicos".
Coordenação de Comunicação do CNPq
Fotos: Jos Barlow
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Qua, 29 Jun 2016 10:00:00 -0300
Vacina contra o vírus Zika é testada com sucesso em camundongos
Uma vacina experimental contra o vírus Zika desenvolvida por pesquisadores brasileiros e norte-americanos foi testada com sucesso em experimentos com camundongos.Uma vacina experimental contra o vírus Zika desenvolvida por pesquisadores brasileiros e norte-americanos foi testada com sucesso em experimentos com camundongos.
Os resultados foram publicados na terça-feira (28/06) na revistaNature e, segundo os autores, sugerem que a produção de uma vacina para humanos será "prontamente realizável".
No Brasil, a pesquisa foi realizada no âmbito da Rede de Pesquisa sobre Zika Vírus em São Paulo (Rede Zika), com apoio da FAPESP e sob a coordenação de Jean Pierre Peron e Paolo Zanotto - ambos do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Nos Estados Unidos, a coordenação foi de Dan Barouch, da Harvard University, especialista no design de vacinas, sendo um dos primeiros autores Rafael Larocca, ex-aluno no Departamento de Imunologia e ex-bolsista FAPESP.
¿A vacina conferiu aos camundongos uma proteção de 100%, ou seja, depois de vacinados, eles foram infectados e não apresentaram viremia [a carga viral medida no plasma foi igual a zero, mostrando que a infecção não progrediu]¿, contou Peron.
Os animais vacinados foram desafiados tanto com uma linhagem do vírus originária de Porto Rico quanto com uma linhagem brasileira ¿ isolada de um bebê da Paraíba e usada no estudo anterior da Rede Zika, também publicado na Nature, que confirmou a relação causal entre a infecção e a microcefalia (leia mais em: http://agencia.fapesp.br/23185).
Nos dois casos, a vacina foi capaz de induzir uma resposta imunológica protetora. Já o grupo de roedores que recebeu placebo no lugar da vacina apresentou viremia durante cinco ou seis dias após ser infectado.
"Nós isolamos os anticorpos produzidos no organismo dos animais vacinados e os transferimos para outros camundongos. Esse grupo que recebeu os anticorpos prontos, em seguida, foi infectado e também se mostrou resistente. Esse dado comprova que a vacina induz uma proteção mediada por anticorpos", avaliou Peron.
Construindo a vacina
Diversas combinações de proteínas do vírus Zika capazes de induzir uma resposta imunológica - os chamados antígenos virais - foram testadas. A que mostrou melhor resultado foi a união da prM (proteína pré-membrana) com a Env (proteína do envelope externo do vírus).
Os antígenos foram inseridos dentro de um plasmídeo - uma pequena molécula circular de DNA. Segundo Peron, o mesmo tipo de formulação pode ser usado em testes com humanos.
"Ainda será necessária mais uma etapa de testes pré-clínicos em macacos. Se os resultados forem positivos, poderemos iniciar os ensaios clínicos de fase 1", afirmou.
Antes, porém, o grupo pretende testar, em camundongos, se a vacina é capaz de proteger contra o desenvolvimento de microcefalia durante a gestação.
"Meus alunos estão indo para o laboratório de Barouch, nos Estados Unidos, para realizar esses experimentos com fêmeas prenhes. Se conseguirmos proteger os fetos contra a microcefalia, os resultados serão muito promissores. E a gente aposta que isso vai acontecer", disse Peron.
Uma segunda formulação do grupo feita com vírus inativado também apresentou resultados promissores nos experimentos com camundongos e seguirá para os testes em macacos.
O artigo Vaccine protection against Zika virus from Brazil (doi: 10.1038/nature18952), pode ser lido em www.nature.com/nature/journal/vaap/ncurrent/full/nature18952.html.
Saiba mais sobre a Rede Zika
Fonte: Agência Fapesp
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Sex, 17 Jun 2016 15:24:00 -0300
Presidente do CNPq participa de reunião com Ministro e institutos de pesquisa
O Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, acompanhou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, em reunião na manhã da quinta-feira (16) com dirigentes de agências e institutos de pesquisa ligados ao MCTIC, no Rio de JaneiroO Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, acompanhou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, em reunião na manhã da quinta-feira (16) com dirigentes de agências e institutos de pesquisa ligados ao MCTIC, no Rio de Janeiro.
No encontro, foi discutida a disponibilidade de recursos para investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Na reunião, realizada no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o ministro afirmou que o MCTIC é, proporcionalmente, o ministério que conseguiu o maior descontingenciamento de recursos do orçamento.
"Quanto maior for a recuperação orçamentária neste ano, melhor será a condição para 2017", afirmou Kassab.
Segundo o secretário-executivo do MCTIC, Elton Zacarias, do volume contingenciado, que soma R$ 1 bilhão, R$ 400 milhões já foram liberados e serão aplicados no lançamento do satélite geoestacionário até o início de 2017. O ministério trabalha agora para recuperar os R$ 600 milhões que ainda faltam. "Lutamos para recompor a LOA [Lei Orçamentária Anual] e vamos continuar trabalhando para avançar mais."
O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Wanderley de Souza, destacou que os fundos setoriais do FNDCT têm capacidade de alavancar pesquisa de ponta e citou como exemplo os editais lançados para fomentar ações de enfrentamento ao vírus zika. "Esses valores continuam sob controle do Tesouro Nacional, mas não disputam seus recursos, sem falar que se destinam a projetos de pesquisa de inquestionável importância."
"Tenho certeza de que, com a capacidade política e de realização que tem, o ministro não será nosso algoz, mas, sim, o nosso líder para fazer avançar ainda mais a ciência brasileira", acrescentou o diretor do Observatório Nacional, João Carlos dos Anjos.
Marco da ciência
O ministro Gilberto Kassab também discutiu com os diretores de institutos de pesquisa um planejamento para que o desenvolvimento científico do país dê um salto até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.
Participaram da reunião os diretores do CBPF, Ronald Shellard; do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), Fernando Lins; do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Fernando Rizzo; do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Augusto Gadelha; do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), Heloisa Bertol; e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Marcelo Viana.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações do MCTIC
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Qui, 09 Jun 2016 15:41:00 -0300
Ciência aberta na Europa
O Conselho de Competitividade da União Européia aprovou, no final de Maio deste ano, a meta de que todos os trabalhos científicos devem estar disponíveis gratuitamente até 2020.
O objetivo da abertura de acessos faz parte de um conjunto mais amplo de recomendações de apoio à ciência aberta, um conceito que também inclui a melhoria de armazenamento e acesso aos dados da pesquisa.
A meta para os chamados ¿Open-acess (OA)¿ é considerada ambiciosa para alguns especialistas e o Conselho deu poucos detalhes sobre como os países membros podem fazer uma transição completa para OA em menos de 4 anos.
A informação foi publicada na Science. Veja a matéria na íntegra (em inglês): http://www.sciencemag.org/news/2016/05/dramatic-statement-european-leaders-call-immediate-open-access-all-scientific-papers?et_rid=34985979&et_cid=547163
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Qua, 08 Jun 2016 10:00:00 -0300
"É o reconhecimento do trabalho e das pesquisas do Impa", diz Viana sobre prêmio
Nesta quarta-feira (8), o diretor geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Marcelo Viana, instituição de pesquisa de ponta vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) reconhecida internacionalmente, recebe o Grande Prêmio Científico Louis D., em Paris, na França. Viana é o primeiro matemático do mundo e o primeiro brasileiro a vencer a premiação concedida anualmente a projetos em qualquer área da ciência, pelo Institut de France.
A iniciativa que rendeu ao brasileiro, de 54 anos, o prêmio foi uma pesquisa sobre sistemas dinâmicos. Trata-se do estudo de equações capazes de prever e compreender as consequências do impacto de intervenções nos ambientes, como por exemplo, a previsão do tempo. Em outras palavras, a área estuda os fenômenos que evoluem ao longo do tempo.
Este ano, o prêmio de 450 mil euros (R$ 1,8 milhão) será dividido entre o diretor do Impa e o francês François Labourie, da Universidade de Nice, na França, que também foi um dos ganhadores. O dinheiro será usado para desenvolver um projeto de estudo dos sistemas dinâmicos em que trabalharão 12 jovens matemáticos, sendo seis brasileiros e seis franceses. O diretor do Impa pretende abrir espaço para outros brasileiros apresentarem pesquisas colaborativas em diferentes áreas da matemática.
Em entrevista ao Portal MCTIC, Viana destaca que a láurea representa uma aposta na cooperação científica entre o Brasil e a França e que os recursos servirão para apoiar trabalhos com jovens matemáticos dos dois países. Ele ressalta também a importância do Impa para a pesquisa e educação nacional.
"O Impa já formou mais de 760 mestres e 430 doutores e tem uma missão e um escopo de atuação sem precedentes entre as grandes instituições de pesquisa na área no mundo. O Impa está muito ativo na disseminação da matemática na sociedade e na contribuição para a melhoria do ensino. A Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas [Obmep] é um dos aspectos mais visíveis desta atuação", afirma.
MCTIC: O senhor é o primeiro matemático do mundo a receber o Grande Prêmio Científico Louis D. A emoção é muito grande? O que esse prêmio representa para você, para o Impa e o Brasil?
¿Marcelo Viana: Estamos muito felizes e honrados com este prêmio. Ele representa o reconhecimento internacional, no mais alto nível, da excelência do trabalho que realizamos no Impa e da pesquisa realizada no nosso país na área de matemática. O prêmio também representa uma aposta, por parte do Institut de France e da Fondation Louis D., ¿na nossa capacidade para promover cada vez mais a cooperação científica entre o Brasil e a França, uma das grandes potências mundiais na área da matemática e parceiro histórico do nosso país. Os recursos aportados pelo Prêmio Louis D. permitirão, nos próximos anos, apoiar trabalhos conjuntos entre jovens matemáticos dos dois países, trazendo sangue novo a essa parceria.
MCTIC: Qual a importância do Impa para a pesquisa nacional? Destaque algumas conquistas do instituto e dos seus pesquisadores.
Marcelo Viana: O Impa tem uma missão e um escopo de atuação sem precedentes entre as grandes instituições de pesquisa na área no mundo. Além de produzir conhecimento científico de alto nível, por meio de suas pesquisas, de formar boa parte dos mestres e doutores brasileiros, e produzir livros e vídeos de qualidade em diversos níveis acadêmicos, o Impa está muito ativo na disseminação da matemática na sociedade e na contribuição para a melhoria do ensino. As Olimpíadas de Matemática (Obmep e OBM), o Programa de Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio (PAPMEM) e a participação no Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) são os aspectos mais visíveis desta atuação do instituto. Além disso, por meio de seus laboratórios, o IMPA participa ativamente nas aplicações da matemática em problemas concretos. Por tudo isso, acredito que o instituto é uma importante referência para outras instituições de pesquisa no Brasil e em todo o mundo em desenvolvimento.
O Impa e seus pesquisadores têm sido objeto de inúmeras distinções e conquistas. Comecemos pela Medalha Fields recebida pelo pesquisador Artur Avila em 2014, tratando-se da primeira vez que um matemático nascido, criado e educado num país em desenvolvimento foi laureado com este "Prêmio Nobel" da Matemática. Artur obteve o seu doutorado no IMPA sob a orientação do meu colega Welington de Melo. Também cabe destaca¿r¿ o fato de que o pesquisador Jacob Palis, ex-diretor do Impa, foi Presidente da União Matemática Internacional no período de 1998 a 2002. A União Matemática Internacional é o órgão máximo da matemática no cenário mundial. Mais recentemente, o Impa e a Sociedade Brasileira de Matemática ganharam o direito de organizar no nosso país o Congresso Internacional de Matemáticos, o mais importante evento da área, que vem sendo realizado a cada quatro anos, desde o final do século 19. O Congresso terá lugar no Rio de Janeiro, em agosto de 2018, sendo a primeira vez na história que ele ocorre no hemisfério sul.
MCTIC: Como o Impa contribui para a formação de recursos humanos no Brasil?
Marcelo Viana: ¿Sendo uma escola de pós-graduação, o Impa contribui de forma importante para a formação de mestres e doutores no Brasil. O Impa já formou mais de 760 mestres e 430 doutores. Além disso, o instituto participa no Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT) o qual propicia a professores de matemática das redes públicas de ensino formação de alto nível, relevante para o exercício de sua profissão. Este programa, que é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática, já concedeu mais de 2,4 mil títulos de mestre a professores da escola básica, dos quais mais de uma centena foram formados no Impa. Também merece destaque o Programa de Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio, criado em 1990 pelo ex-diretor Elon Lima e que, desde então, vem contribuindo para a formação continuada dos professores em todo o país, por meio de uma rede de colaborações com outras instituições. O programa é realizado em duas semanas a cada ano, com aulas presenciais no Impa que são transmitidas pela internet para cerca de 60 polos espalhados no território nacional. Em cada polo, participa cerca de uma centena de professores de escola básica, com o apoio de um professor universitário que atua como monitor local do curso.
MCTIC: A Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) teve 18 milhões de candidatos ano passado. Qual a expectativa para esse ano?¿¿
Marcelo Viana: ¿ Atualmente, a Obmep cobre a quase totalidade - mais de 99% - da nossa população estudantil e das escolas do ensino fundamental 2 [6º ao 9º ano] e médio. São cerca de 18 milhões de estudantes. Estamos contando com participação recorde do número de escolas. A Obmep já tem um papel crucial tanto na identificação de jovens talentosos como na mudança do modo como a matemática é ensinada nas escolas, mostrando a professores e alunos que esse ensino pode ser interessante, lúdico e motivador para a criança e o jovem.
Mas podemos ir muito além. No Plano Diretor do Impa para o próximo quinquênio, nós propusemos ao governo federal diversas ações visando tornar a Obmep um instrumento ainda mais eficaz em prol da melhoria do ensino da matemática. Uma dessas ações é a expansão da olimpíada aos últimos anos do ensino fundamental 1 [4º e 5º anos], uma vez que diagnosticamos que é nessas idades que, para a maioria das crianças, a matemática começa a se transformar em "bicho papão". Acreditamos que a Olimpíada poderá ajudar muito a evitar esse efeito tão nocivo para a motivação das nossas crianças e jovens.
Outro programa para o qual estamos solicitando o apoio do governo federal é o Obmep na Escola,¿ ¿que se propõe premiar com bolsas de estudos aqueles professores que apresentem melhor desempenho, evidenciado por meio de um exame de certificação e também da evolução dos resultados de seus alunos na Olimpíada.
MCTIC: Qual o papel do ministério para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Brasil?
¿Marcelo Viana: Nos seus pouco mais de 30 anos de existência, o ministério vem tendo um papel determinante no desenvolvimento científico do país com importantes reflexos no próprio desenvolvimento social e econômico brasileiro. Não é à toa que, nesse período, o Brasil entrou no grupo das seis maiores economias mundiais, estando entre os 15 países com maior produção científica e, no campo da matemática, tendo sido alçado ao grupo IV da União Matemática Internacional. A este respeito, cabe destacar os trabalhos realizados nos institutos de pesquisa do próprio ministério, bem como a atuação do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e da Finep [Financiadora de Estudos e Projetos], dois órgãos da pasta que são da maior importância para a ciência brasileira.
Nos últimos anos, sucessivos cortes orçamentários vêm reduzindo a capacidade de atuação do ministério, seus órgãos e seus institutos de pesquisa, com graves prejuízos para a continuidade dos trabalhos de pesquisa em curso. A experiência bem sucedida de outros países já mostrou que o caminho para a superação de crises econômicas passa pelo aumento de recursos para a ciência e tecnologia, não a redução. É fundamental para o desenvolvimento do país, e para a superação da atual crise, que a capacidade de atuação do ministério, refletida em seu orçamento e sua estrutura, seja recomposta rapidamente.
Fonte: MCTIC
Foto: Divulgação/IMPA
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Ter, 24 Mai 2016 16:59:00 -0300
Pesquisadores promovem caravana solidária no interior do Ceará
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e Coordenador do CA-Biotecnologia, o Professor José Ricardo Figueiredo, mobilizou sua equipe do Laboratório de Manipulação de Oócitos e Folículos Ovarianos Pré-Antrais (LAMOFOPA), da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará (UECE) para uma atividade de campo diferente dos experimentos científicos.
Foi a primeira Caravana Solidária dos Sertões, organizada no final de Abril, no município de Quixadá, a 158 km de Fortaleza.
O propósito principal da campanha foi o de proporcionar aos integrantes da equipe do LAMOFOPA (estudantes, técnicos e pesquisadores nacionais e estrangeiros), a observação in loco da dura realidade vivida pelo sertanejo, muitas vezes privado do mínimo necessário para sobreviver. A Caravana contou com o apoio logístico da UECE e da Casa da Caridade Dr. Adolph Fritz, sede Quixadá-CE (seleção das famílias beneficiadas e suporte local).
A campanha envolveu a arrecadação de 2,5 toneladas de alimentos não perecíveis e doação em dinheiro para a confecção de 125 cestas básicas necessárias para cada família de quatro pessoas suprir por um mês os alimentos. Apesar da curta duração (45 dias), o projeto beneficiou famílias carentes do entorno de Quixadá, indicadas por instituição caritativa local.
Para Figueiredo, que é coordenador da equipe do LAMOFOPA, é muito importante que treinemos o aluno para o desenvolvimento de pesquisa de ponta com a publicação de artigos em periódicos internacionais como o LAMOFOPA e outros laboratórios, têm feito essencial para a sustentabilidade de um programa de pós-graduação de excelência como é o caso do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias (PPGCV) da FAVET/UECE, mas também que possamos contribuir para a formação humanística do aluno, desenvolvendo nele um espírito de fraternidade e responsabilidade social.
A caravana contou com cerca de 60 participantes entre integrantes do LAMOFOPA, incluindo o coordenador da caravana e a professora Ana Paula Ribeiro Rodrigues, professores da UECE integrantes de outros laboratórios do PPGCV.
O evento piloto da caravana foi realizado com grande êxito sensibilizando os alunos e encorajando integrantes de outros laboratórios que já se prontificaram a liderar a caravana no próximo ano envolvendo mais laboratórios da UECE e de outras instituições.
Com informações da Universidade Estadual do Ceará
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Ter, 17 Mai 2016 17:04:00 -0300
MCTI abre consulta pública para regulamentação do Marco Legal da CT&I
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) colocou em consulta pública o decreto de regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, sancionado em janeiro de 2016 pela Presidência da República. O texto está disponível no site Participa.br até o dia 12 de junho.O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) colocou em consulta pública o decreto de regulamentação do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, sancionado em janeiro de 2016 pela Presidência da República. O texto está disponível no site Participa.br até o dia 12 de junho.
A nova lei altera as regras das compras públicas para o setor de CT&I, prevendo a adoção do regime diferenciado de contratações (RDC) e novos casos para dispensa de licitação. Além disso, facilita a importação de insumos para pesquisas e estabelece novas regras de propriedade intelectual para o licenciamento de tecnologias. O texto também simplifica o processo de emissão de visto para pesquisadores estrangeiros, aumenta o tempo que os professores das universidades federais poderão se dedicar à pesquisa e aproxima o setor produtivo da academia.
A consulta pública será feita em duas fases. Na primeira, a população deve opinar sobre os dispositivos da lei que exigem algum tipo de regulamentação. Nesta etapa, o objetivo é colher subsídios para a elaboração de uma primeira minuta de decreto. Por isso, ao lado de cada dispositivo a ser regulamentado, foram formuladas questões para orientar a participação dos interessados. Essas questões também representam algumas das principais dúvidas que o MCTI identificou nas discussões sobre a regulamentação.
Após a realização da primeira consulta, um novo prazo de trinta dias será aberto para a elaboração de uma minuta de regulamento a partir das contribuições recebidas da sociedade.
A segunda fase da consulta aberta ao público é a discussão da minuta do decreto, em formato mais tradicional, com contribuições a serem apresentadas em relação a cada um dos dispositivos. Após o período da consulta, os trabalhos se concentrarão no MCTI para elaboração de uma proposta final de regulamentação, sem prejuízo de novas rodadas de discussão.
Durante a realização das duas fases da consulta, o MCTI pretende intensificar sua agenda de eventos públicos para discussão das propostas e mobilização da sociedade para participação nos debates do Participa.br.
Ajude a regulamentar essa legislação que estimula o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Acesse o site e dê a sua opinião.
Fonte: MCTI
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Qui, 12 Mai 2016 16:54:00 -0300
Pesquisadores brasileiros demonstram que a estirpe brasileira do vírus Zika causa defeitos de nascimento em modelos experimentais
Em artigo publicado nesta quarta-feira, na Revista Nature, pesquisadores brasileiros apresentam estudo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) no qual relatam que a estirpe brasileira do Vírus Zika atravessa a placenta e pode provocar a microcefalia.
O Zika tem sido associado a malformações congênitas, incluindo microcefalia e outras doenças neurológicas graves, tais como síndrome de Guillain-Barre, mas, segundo o artigo, apesar das evidências clínicas, não há prova experimental direta mostrando que a estirpe brasileira cepa causa defeitos de nascimento.
A pesquisa apresentada demonstrou, em camundongos, que vírus brasileiro infecta fetos, causando restrição de crescimento intrauterino, incluindo os sinais de microcefalia. O artigo relata que o vírus infecta células progenitoras corticais humanas, levando a um aumento da morte celular.
O artigo é resultado do trabalho da Rede Zika, da FAPESP, um conjunto de pesquisadores atuando em torno da pesquisa sobre o vírus. Para o bioquímico, Professor da USP, Walter Colli, "o Brasil construiu uma base de cientistas que contribuem todo dia para que a sociedade fique mais inteligente, rica e menos desigual. Essa mesma comunidade demonstra que pode reagir quando o país é desafiado por crises como a determinada pela invasão do virus Zika". Colli acredita que resultados como esse provam que o momento é de reforçar que o apoio à ciência deve ser política de Estado e o orçamento para sustentar a comunidade científico-tecnológica deve ser compatível com a sua importância.
Leia o artigo completo (em inglês): http://www.nature.com/nature/journal/vnfv/ncurrent/full/nature18296.html
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Ter, 10 Mai 2016 18:00:00 -0300
Chamada do Programa iTec 2016 está aberta
Com inscrições válidas até o dia 27/5, o objetivo desta iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação é aproximar empresas arrojadas e parceiros com conhecimento de fronteira para aumentar a geração de negócios tecnológicos e a competitividade.
O Programa iTec convida os atores do Sistema Nacional de Inovação (SNI) - empresas demandantes por tecnologia - para a Chamada do Programa iTec 2016, que tem como objetivo aumentar a geração de negócios tecnológicos por meio do uso contínuo e constante da Plataforma iTec.
As empresas selecionadas receberão suporte da equipe iTec nas fases de identificação, preparação e submissão de desafios tecnológicos na Plataforma. Serão selecionadas as seis organizações que tiverem melhor avaliação nos seguintes critérios:
1. Histórico de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I);
2. Experiência com parcerias;
3. Capacidade de investimento em projetos de parceria;
4. Aderência dos desafios tecnológicos da organização ao conceito da Plataforma.
As inscrições serão avaliadas por um Comitê de Gestão Estratégica do Programa, composto por representantes de instituições parceiras. No caso de propostas equivalentes, será priorizada a empresa que tiver se inscrito primeiro na chamada.
Podem participar empresas e instituições de qualquer porte, com interesse e capacidade financeira para realizar parcerias tecnológicas.
Na primeira chamada para postagens e suporte de desafios e soluções tecnológicas na Plataforma iTec, que aconteceu em 2015, empresas como Embraer, Vale, Irani, Braerg, Bosch, AES Brasil, Grupo Vamtec, Pirelli, Stefanini, Nestlé, Natura, Votorantim e Dow receberam suporte do Programa iTec e fizeram negócios e parcerias estratégicas a partir da plataforma digital.
O prazo para inscrição encerra-se no dia 27 de maio. A divulgação das empresas selecionadas no dia 1º de junho.
Saiba mais
O Programa iTec é uma iniciativa do MCTI e tem a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI) e a PUC-RIO como parceiras de execução.
As estratégias do iTec são orientadas pelo seu Comitê Técnico, composto pelas seguintes organizações: MCTI, ANPEI, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Senai, Sebrae, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC), BNDES e FINEP. São parceiros da iniciativa: Unesco Brasil, Movimento Brasil Competitivo (MBC), EMBRAPA, EMBRAPII, INPI e CNPq.
Para inscrever a sua empresa, clique aqui
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Ter, 10 Mai 2016 17:07:00 -0300
Prorrogadas, para o dia 15 de maio, as inscrições no Prêmio L'Oréal-UNESCO-ABC Para Mulheres na Ciência 2016
Prorrogadas, para o dia 15 de maio, as inscrições no Prêmio L'Oréal-UNESCO-ABC Para Mulheres na Ciência 2016.
O Prêmio é um reconhecimento a projetos de pesquisa de mulheres cientistas por sua contribuição para o avanço do conhecimento e por seus benefícios para a sociedade. Ao todo, sete pesquisadoras serão premiadas com uma bolsa-auxílio, cada uma, no valor de R$ 50 mil para aplicação em 12 meses.
As bolsas-auxílio serão atribuídas nas áreas de Ciências Físicas (1 Bolsa); Ciências da Vida (Biomédicas, Biológicas e da Saúde) (4 Bolsas); Ciências Matemáticas (1Bolsa); e Ciências Químicas (1 Bolsa).
As vencedoras serão anunciadas em agosto e a cerimônia de premiação será realizada em outubro, no Rio de Janeiro.
Em 10 edições, o programa já premiou 68 jovens cientistas promissoras, incentivando-as na carreira com a bolsa.
Mais informações e inscrições: http://www.paramulheresnaciencia.com.br/
Coordenação de Comunicação Social
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Qua, 20 Abr 2016 09:27:00 -0300
Nota de falecimento do Prof. Dr. Brasilmar Ferreira Nunes (UnB)
Foi com imenso pesar que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tomou conhecimento do falecimento do pesquisador Dr. Brasilmar Ferreira Nunes, professor titular do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB).
O pesquisador era Bolsista Produtividade Sênior na área de Planejamento Urbano e Regional do CNPq e, em diversas ocasiões, colaborou com este órgão na condição de membro do Comitê de Assessoramento SA - Arquitetura, Demografia, Geografia, Turismo e Planejamento Urbano e Regional.
Por sua produção de elevado rigor acadêmico, colaboração na formação de inúmeros cientistas sociais no país, assim como seu destacado espírito democrático na condução do devir científico, seu nome permanecerá gravado na memória da ciência brasileira.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Foto: Agência UnB
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Sex, 01 Abr 2016 17:39:00 -0300
Presidente do CNPq reconhece frutos da cooperação com a Finlândia
Hernan Chaimovich recebeu no MCTI delegação acadêmica, empresarial e governamental do país europeu, liderada pela diretora do Ministério da Educação e CulturaO presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Hernan Chaimovich, recebeu nesta quinta-feira (31), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), delegação acadêmica, empresarial e governamental chefiada pela diretora de Relações Internacionais do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia (OKM), Jaana Palojärvi. Chaimovich reconheceu os "frutos fantásticos" da cooperação bilateral nos últimos cinco anos, por meio de projetos de pesquisa, do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e do treinamento de professores."Quer dizer, nós não estamos partindo do zero", reforçou o presidente do CNPq. "Nós temos como pano de fundo uma colaboração com reflexos científicos, sociais e econômicos", destacou.Jaana destacou o sucesso do CsF na Finlândia, para onde, segundo a página Bolsistas pelo Mundo, o programa possibilitou o embarque de 216 alunos. Atualmente, 32 deles estão em universidades do país nórdico. "Ficamos felizes com o número de estudantes brasileiros que passaram por lá e esperamos que, futuramente, estudantes finlandeses também possam vir para cá (Brasil)", disse.Ao apresentar a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), o presidente do CNPq ressaltou à delegação finlandesa a atenção dedicada pelo Brasil às seguranças alimentar, cibernética, energética e hídrica. Segundo Jaana, a nação europeia desenvolve um documento semelhante, em resposta a desafios globais, como mudanças climáticas, com base na criação e na aplicação de projetos em bioeconomia e tecnologias limpas.Já a conselheira para Ensino Superior e Ciência Política do OKM, Tiina Vihma-Purovaara, ofereceu apoio finlandês como "ponte para maior colaboração" do Brasil com a União Europeia. Um dos possíveis caminhos seria o programa Horizonte 2020, que busca responder a questões de impacto global, a exemplo de crise econômica, subsistência das populações, segurança e meio-ambienteParceriaO chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI (Assin), Danilo Zimbres, recordou a última visita oficial da presidente Dilma Rousseff e do ministro Celso Pansera ao país escandinavo, em outubro de 2015. Naquele mesmo mês, Pansera recebeu o vice-ministro de Assuntos Econômicos do Ministério do Emprego e da Economia da Finlândia, Jari Gustafsson.Zimbres abordou, ainda, parcerias entre a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e a Agência Finlandesa de Financiamento à Inovação (Tekes), com projetos cooperativos em inovação industrial, os preparativos para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e a sanção do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016), ao sugerir um seminário para discutir com os finlandeses possíveis impactos da lei nas relações bilaterais.Também participaram do encontro o embaixador da Finlândia no Brasil, Markku Virri, o diretor geral do Centro para Mobilidade Internacional (Cimo), Samu Seitsalo, o coordenador de Cooperação em Educação e Ciência da embaixada, Jarkko Wickström, e representantes de agências, empresas e universidades, além da coordenadora-geral de Cooperação Bilateral do MCTI, Ana Lúcia Stival.Fonte: Assessoria de Imprensa do MCTI
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Qua, 23 Mar 2016 17:53:00 -0300
Governo Federal lança plano de enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia
O Governo Federal lançou nesta quarta feira (23), no palácio do planalto, em Brasília as ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Serão investidos cerca de R$ 1,2 bilhão em pesquisas e fomento à produção de alternativas de combate ao vírus da zika e às doenças transmitidas pelo mosquito.O
Governo Federal lançou nesta quarta feira (23), no palácio do planalto, em Brasília as ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Serão investidos cerca de R$ 1,2 bilhão em pesquisas e fomento à produção de alternativas de combate ao vírus da zika e às doenças transmitidas pelo mosquito.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tenclógico (CNPq) se unirá aos esforços e lançará em breve uma chamada para financiar pesquisas relacionadas ás doenças causadas pelo mosquito.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, anunciou durante a cerimônia que cerca de R$ 650 milhões sairão do MCTI, Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde para investimentos em pesquisa. Serão R$ 305 milhões em 2016, R$ 162 milhões em 2017 e R$ 136 milhões em 2018. Outros R$ 45 milhões serão usados após esse período para custear bolsas de mestrado e doutorado iniciadas nos próximos anos.
O investimento também inclui R$ 350 milhões que serão disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e R$ 200 milhões, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Esse valor vai custear a produção de vacinas, testes de diagnóstico ou estratégias de combate ao mosquito Aedes, conforme as pesquisas forem concluídas.
Para presidente Dilma Roussef esse é um desafio muito importante, não só do Brasil mas também de toda a comunidade internacional, que é pesquisa, desenvolvimento e inovação para assegurar que esse combate se dê em todos os níveis. "Sabemos que a transmissão do zika se dá pelo mosquito Aedes. Mas o restante do nosso conhecimento ainda está aquém do necessário para que possamos proteger com eficácia a saúde da população. Estamos, todos nós, correndo contra o tempo para conhecer melhor esse vírus que se espalhou em uma velocidade surpreendente, extraordinária, espantosa".
A presidente terminou o discurso pedindo á todos que tire 15 minutos por semana para combater o mosquito da dengue.
Celso Pansera ministro da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), afirmou em seu discurso que o investimento coloca o Brasil num patamar de pesquisa de ponta no mundo todo. E ressaltou a importância de uma pesquisa extensa e profunda do assunto. "Não existe literatura sobre esse vírus, precisamos construir uma literatura. O governo agiu muito rápido no que tange ao combate ao mosquito, com as diversas ações de conscientização, ações praticadas pela presidente Dilma, com ministros se deslocando para o país inteiro, mas agora vamos para outro patamar".
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou o lançamento de um edital no valor de R$ 20 milhões para pesquisas sobre o Aedes aegyptie as doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, zika e chikungunya. Os projetos serão nas áreas de do controle vetor, diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças causadas pelo mosquito.
Castro falou também sobre testes feitos com a bactéria Wolbachia realizada em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que deve passar para uma nova fase. Segundo ele na próxima semana representantes da Fundação Bill Gates vêm ao Brasil para definir os próximos passos da pesquisa. Algumas cidades como Rio de Janeiro e Niterói estão sendo estudadas como potenciais locais para liberação do mosquito. Já foram feitos estudos pilotos na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, e no bairro da Jurujuba, em Niterói. Agora, a ideia é fazer a pesquisa contemplando toda área territorial de uma cidade e com uma população maior. A bactéria é capaz de impedir que o Aedes aegyptie transmita dengue e outros vírus, como Zika e Chikungunya.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Marcelo Gondim
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Seg, 21 Mar 2016 15:10:00 -0300
Nota de pesar: Prof. Antonio Fernando Catelli Infantosi
É com pesar que informamos o falecimento do professor Fernando Infantosi, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe-UFRJ), na noite de quarta-feira, 16 de março. Um dos fundadores do Programa de Engenharia Biomédica.
Formado em Engenharia Eletrônica pela Escola de Engenharia Mauá (1971), fez mestrado em Engenharia Biomédica na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1975, e doutorado em Engenharia Elétrica na Universidade de Londres, em 1986. Atuando principalmente em Epidemiologia, Reconhecimento de Padrões e Processamento de Sinais Biológicos, trabalhava também em diversas instituições no campo da Engenharia Biomédica.
Infantosi era membro do Comitê de Assessoramento (CA) de Engenharias Elétricas e Biomedicina desde 2013, além de Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A.
O CNPq lamenta profundamente o ocorrido e compartilha com a família, toda a comunidade científica e os amigos a tristeza pela perda desse importante pesquisador brasileiro.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Sex, 04 Mar 2016 17:12:00 -0300
CNPq e Mapa lançam Chamada relacionada a Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançaram a Chamada MAPA/CNPq Nº 02/2016, que tem por objetivo conceder aporte financeiro a projetos que integrem atividades de extensão, pesquisa e educação relacionados a agroecologia e aos sistemas orgânicos de produção.
A intenção é implementar ou dar continuidade a Núcleos de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica ¿ NEA¿s, em instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O prazo para envio das propostas é até 12 de maio de 2016.
O público alvo são estudantes do ensino básico, técnico e tecnológico; agricultores familiares; produtores em transição agroecológica ou envolvidos com a produção orgânica ou de base agroecológica; professores de instituições de ensino da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER).
O Edital é uma continuidade da política pública de fomento a criação de Núcleos de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica em instituições de ensino, estratégia concebida em 2008 pela Comissão Interministerial de Educação em Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção e representantes da sociedade civil.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor de R$ 4.074.956,00, sendo R$ 2.674.956,00 destinados ao pagamento de bolsas e R$ 1.400.000,00 destinados ao pagamento da rubrica de Custeio. Estes recursos serão liberados em duas parcelas, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira da SPRC/MAPA. Os projetos terão valor máximo de financiamento de R$ 100 mil reais, para Custeio e Bolsas.
A última chamada envolvendo o Mapa e o CNPq ocorreu em 2014 e era voltada para pesquisa em sementes, adubos verdes e boas práticas de extrativismo. Com investimento de R$ 6,8 milhões, o edital selecionou 23 projetos, que resultaram no apoio a 119 núcleos.
O Mapa estima que os estudos beneficiaram mais de 123 mil pessoas entre técnicos, agricultores e estudantes e viabilizaram mais de 1.700 produções acadêmicas.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Sex, 05 Fev 2016 11:26:00 -0200
Seminário reúne botânicos e historiadores do Brasil e da França
O estudo da flora brasileira desde o século XIX até hoje é tema do I Seminário Franco-brasileiro Botânica e História, uma iniciativa do programa Reflora, do CNPq.
O Museu Nacional de História Natural de Paris (MNHN) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) promovem, de 1 a 3 de março de 2016, o I Seminário Franco-brasileiro de Botânica e História. Aberto ao público e voltado para pesquisadores, professores e estudantes, o evento celebra os 200 anos da chegada do naturalista francês Auguste de Saint Hilaire ao Brasil.
O Seminário faz parte das ações do programa Reflora: uma iniciativa do CNPq coordenada pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Cientistas dos dois países abordarão desde o contexto político, social e científico do século XIX, quando Saint Hilaire e outros estrangeiros viajaram pelo país coletando e estudando a flora e a fauna brasileiras, até a tecnologia do século XXI aplicada à pesquisa botânica. A coordenação do Seminário está a cargo de Rafaela Campostrini Forzza (JBRJ) e Marc Pignal (MNHN).
No primeiro dia do evento, após a abertura, o MNHN fará a entrega do fac-símile do Herbário da Princesa Isabel do Brasil, coletado na região de Itatiaia com Glaziou, ao Museu Nacional, que será representado pela pesquisadora Luci de Senna Valle. Palestras sobre fungos micorrízicos e sua relação com as orquídeas e sobre o conceito de "arquitetura de plantas" (plant architecture) estão na programação da tarde.
O segundo dia será dedicado à apresentação e demonstração da plataforma Xper3 para a construção de chaves de identificação interativas e suas aplicações para a botânica. No período da tarde, os participantes terão a oportunidade de participar de uma oficina prática de uso do Xper. Em 2016 estamos comemorando os 200 anos da vinda do naturalista A. Saint Hilaire ao Brasil, assim no último dia, 3 de março, a programação da manhã será toda voltada para o estudo da botânica na época de sua chegada ao Império nos trópicos. À tarde, especialistas falam sobre os sistemas brasileiro (SiBBr) e francês (ReColNat) de infraestrutura de dados sobre biodiversidade.
O objetivo do Reflora é resgatar, digitalizar e disponibilizar, online e em alta resolução, imagens e informações das amostras da flora brasileira, coletadas desde o século XVIII, que estão em herbários estrangeiros, bem como reunir em uma mesma plataforma as amostras digitalizadas dos herbários nacionais. Iniciada em 2010, a rede do Reflora conta atualmente com a parceria de 22 herbários do Brasil e sete do exterior, entre eles o MNHN de Paris.
Informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
(21) 3204-2498
ascom@jbrj.gov.br / claudia@jbrj.gov.br
facebook.com/JardimBotanicoRJ e twitter.com/J_Botanico_RJ
Programação:
VEJA A PROGRAMAÇÃO
I SEMINÁRIO FRANCO-BRASILEIRO «BOTÂNICA E HISTÓRIA»
1-3 MARÇO 2016
JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO
Auditório Graziela Barroso - Escola Nacional de Botânica Tropical, Solar da Imperatriz,
Rua Pacheco Leão 2040, Horto
Terça-feira, 1º março
9:00 - Café de boas-vindas
9:30 - Abertura - coordenadores Rafaela C. Forzza (JBRJ) e Marc Pignal (MNHN), e representantes do CNPq e do Consulado Francês
9:45 - Entrega do fac-símile do Herbário da Princesa Isabel do Brasil, coletado na região de Itatiaia com Glaziou, ao Museu Nacional
10:00 - Representante do Museu Nacional - Luci de Senna Valle
10:30 - Intervalo
10:45-- Mariana Reis de Brito - O Herbário da Princesa Isabel do Brasil: Um projeto em perspectiva
11:45 - Almoço
14:00 - Marc-André Selosse (MNHN- França) - Mycorrhizae of Orchids: general points and case of Neotropical species
15:00 - Melissa Bocayuva (UFV - Brasil) - O papel dos fungos micorrízicos na conservação das orquídeas brasileiras
16:00 - Intervalo
16:15 - Caroline Loup (MPU- França) - How to understand tree growth? - history and application of the concept of plant architecture
Quarta-feira, 2 de março
8:30-9:00 - Café de boas-vindas
9:00 - Marcelo Moraes (Diretor da DABS/CNPq)
A plataforma Xper 3 - Noções teóricas
9:30 - Régine Vignes Lebbe (UPMC-MNHN-ISYEB) - Apresentação da Platforma Xper3
11:00 - Intervalo
11:15 - Livia Echternacht Andrade (UFOP- Brasil) - Plataforma Xper3: Exemplos de aplicações botânicas
12:15 - Almoço
A plataforma Xper 3 - Oficina prática
IMPORTANTE: Para os exercícios práticos é imperativo que os participantes interessados tragam consigo seus laptops
14:30 - Régine Vignes Lebbe (UPMC-MNHN-ISYEB - França) e Livia Echternacht Andrade (UFOP - Brasil) - Platform Xper3: Practical use: edit a knowledge base and create a computerized key
15h45 - Intervalo
16:00 - Régine Vignes Lebbe (UPMC-MNHN-ISYEB ¿ França) e Livia Echternacht Andrade (UFOP - Brasil) - Platform Xper3: import/export, application delivery
Quinta-feira, 3 de março
1816-2016 - Aniversário da chegada de Auguste de Saint-Hilaire no Brasil
8:30 - Café de boas-vindas
9:00 - Maria da Graça Lins Brandão (UFMG-FF) - Evento sobre o aniversário da chegada de Auguste de Saint-Hilaire no Brasil
9:15 - Jean-Yves Mérian (Université Rennes 2- IdA) - O contexto das missões de Saint-Hilaire no Brasil - aspectos políticos, científicos e culturais (1810-1822)
10:15 - Alda Heizer (JBRJ) - Um naturalista francês num Império nos Trópicos
11:15 - Intervalo11:30 - Lorelai B. Kury (COC/Fiocruz-UERJ) - Botânica Imperial - os estudos de Saint-Hilaire e de Robert Brown sobre as formas e a distribuição das plantas
12h30 - Almoço
14:00 - Eva Perez Pimparé (ReColNat- MNHN) - Infraestrutura francesa e ReColNat - Laboratório virtual
15:00 - Danny Vélez (GBIF-SIBBr) - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira - progressos e desafios
16:00 - Intervalo
16:15-17:00 - Conclusões e Encerramento: Rafaela C.Forzza & Marc Pignal
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Qui, 04 Fev 2016 19:18:00 -0200
Celso Pansera mobiliza institutos de pesquisa na luta contra o Aedes aegypti
O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, se reuniu nesta quinta-feira (4), no Rio de Janeiro, com representantes de 11 institutos de pesquisa para reforçar a importância do combate ao Aedes aegypti. Na reunião, Pansera determinou que sejam organizadas "brigadas" para eliminar e impedir a formação de criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus nos prédios públicos. Ele manifestou especial preocupação com o Carnaval, quando os prédios ficarão vazios. Por isso, pediu que as providências sejam tomadas o mais rapidamente possível para garantir que eventuais focos do mosquito sejam eliminados.
"Não podemos sair amanhã deixando os nossos locais de trabalho sem nenhum cuidado. Vem aí o Carnaval, pouca gente vai trabalhar e, além disso, existe o risco de chuva", alertou.
O ministro já havia determinado uma inspeção em outros 12 institutos ligados ao MCTI em reunião por videoconferência na última quarta-feira (3). A ação está alinhada com decisão da presidenta Dilma Rousseff de mobilizar os servidores públicos federais no combate ao mosquito. A ideia é que o Governo dê o exemplo.
"A previsão é que, com toda essa campanha, a partir de abril, comece a arrefecer a questão do mosquito, mas não podemos relaxar. A gente tem que, de fato, combater. Vamos matar o mosquito", reforçou Pansera.
O mutirão de limpeza nos órgãos públicos integra o eixo de mobilização do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia lançado pelo Governo Federal para prevenir e combater o mosquito Aedes aegypti, melhorar a assistência às gestantes e crianças e realizar estudos e pesquisas na área.
Além disso, o Governo também lançou uma página oficial na internet em que reúne informações sobre a prevenção e o combate à dengue, chikungunya e zika. No portal, é possível encontrar informações sobre as três doenças, seus principais sintomas e tratamentos, e as medidas para diminuir a proliferação do mosquito transmissor. Para acessar o conteúdo, clique aqui.
Fonte: MCTI
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Sex, 29 Jan 2016 17:15:00 -0200
Inscrições abertas para Olimpíada Brasileira de Astronomia
Estão abertas até 13 de março as inscrições para a 19ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).Estão abertas até 13 de março as inscrições para a 19ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). No ano passado, a OBA envolveu 837 mil alunos e 64 mil professores de dez mil escolas públicas e particulares. Os números mostram que a OBA ajuda a aproximar os estudantes das ciências espaciais, despertando o interesse dos jovens pela astronomia.
"A OBA é a terceira maior olímpiada do País, é a que tem o maior número de participantes no edital do CNPq e a primeira em número de distribuição de medalhas. Distribuímos 45 mil medalhas ano passado", afirma o astrônomo João Batista Canalle, coordenador nacional da OBA. "O impacto dessas medalhas na vida de um aluno ninguém mede, mas é, certamente, positivo. O estudante se sente orgulhoso junto do professor, da escola, da família. É um ciclo virtuoso em que o aluno influencia os colegas."
Professor do Instituto de Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Canalle lembra que o número de estudantes que participaram da OBA em 2015 subiu para 837 mil contra 800 mil dos cinco anos anteriores. São Paulo é o estado com mais escolas inscritas na OBA e maior número de medalhas. Ceará vem em segundo lugar.
"A OBA é uma forma de interagir a distância com os professores desse Brasil imenso. Capacitar, orientar e estimular alunos e professores e escolas de todo o território nacional e premiar em grande escala. A nossa expectativa é continuar crescendo nessa jornada em prol da melhoria da educação brasileira", afirma.
A Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica será realizada no dia 13 de maio. A prova é dividida em quatro níveis. Os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto, para os do ensino médio. O exame é composto por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.
Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica
Os melhores classificados na OBA representam o Brasil na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2017. E os participantes dessa edição ainda vão concorrer a vagas nas Jornadas Espaciais, que acontecem em São José dos Campos (SP), onde os participantes recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.
"Ao se inscrever a escola também participa simultaneamente da Mostra Brasileira de Foguetes. É uma atividade inteiramente prática para o aluno construir foguetes que voem o mais alto possível. Ano passado a atividade atingiu 87 mil alunos", lembra Canalle.
A OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). São promovidos, desde 2009, os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREAs), entre 10 e 12 por ano. O programa é realizado com parcerias locais e principalmente com recursos obtidos junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Escolas públicas ou particulares que ainda não participam já podem se cadastrar pelo site da OBA (www.oba.org.br).
Fonte: MCTI