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Qua, 23 Mar 2016 17:53:00 -0300
Governo Federal lança plano de enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia
O Governo Federal lançou nesta quarta feira (23), no palácio do planalto, em Brasília as ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Serão investidos cerca de R$ 1,2 bilhão em pesquisas e fomento à produção de alternativas de combate ao vírus da zika e às doenças transmitidas pelo mosquito.O
Governo Federal lançou nesta quarta feira (23), no palácio do planalto, em Brasília as ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Serão investidos cerca de R$ 1,2 bilhão em pesquisas e fomento à produção de alternativas de combate ao vírus da zika e às doenças transmitidas pelo mosquito.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tenclógico (CNPq) se unirá aos esforços e lançará em breve uma chamada para financiar pesquisas relacionadas ás doenças causadas pelo mosquito.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, anunciou durante a cerimônia que cerca de R$ 650 milhões sairão do MCTI, Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde para investimentos em pesquisa. Serão R$ 305 milhões em 2016, R$ 162 milhões em 2017 e R$ 136 milhões em 2018. Outros R$ 45 milhões serão usados após esse período para custear bolsas de mestrado e doutorado iniciadas nos próximos anos.
O investimento também inclui R$ 350 milhões que serão disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e R$ 200 milhões, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Esse valor vai custear a produção de vacinas, testes de diagnóstico ou estratégias de combate ao mosquito Aedes, conforme as pesquisas forem concluídas.
Para presidente Dilma Roussef esse é um desafio muito importante, não só do Brasil mas também de toda a comunidade internacional, que é pesquisa, desenvolvimento e inovação para assegurar que esse combate se dê em todos os níveis. "Sabemos que a transmissão do zika se dá pelo mosquito Aedes. Mas o restante do nosso conhecimento ainda está aquém do necessário para que possamos proteger com eficácia a saúde da população. Estamos, todos nós, correndo contra o tempo para conhecer melhor esse vírus que se espalhou em uma velocidade surpreendente, extraordinária, espantosa".
A presidente terminou o discurso pedindo á todos que tire 15 minutos por semana para combater o mosquito da dengue.
Celso Pansera ministro da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), afirmou em seu discurso que o investimento coloca o Brasil num patamar de pesquisa de ponta no mundo todo. E ressaltou a importância de uma pesquisa extensa e profunda do assunto. "Não existe literatura sobre esse vírus, precisamos construir uma literatura. O governo agiu muito rápido no que tange ao combate ao mosquito, com as diversas ações de conscientização, ações praticadas pela presidente Dilma, com ministros se deslocando para o país inteiro, mas agora vamos para outro patamar".
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou o lançamento de um edital no valor de R$ 20 milhões para pesquisas sobre o Aedes aegyptie as doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, zika e chikungunya. Os projetos serão nas áreas de do controle vetor, diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças causadas pelo mosquito.
Castro falou também sobre testes feitos com a bactéria Wolbachia realizada em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que deve passar para uma nova fase. Segundo ele na próxima semana representantes da Fundação Bill Gates vêm ao Brasil para definir os próximos passos da pesquisa. Algumas cidades como Rio de Janeiro e Niterói estão sendo estudadas como potenciais locais para liberação do mosquito. Já foram feitos estudos pilotos na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, e no bairro da Jurujuba, em Niterói. Agora, a ideia é fazer a pesquisa contemplando toda área territorial de uma cidade e com uma população maior. A bactéria é capaz de impedir que o Aedes aegyptie transmita dengue e outros vírus, como Zika e Chikungunya.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Marcelo Gondim