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Seg, 06 Mai 2019 16:22:00 -0300
CNPq recebe coordenadores de projetos de incentivo a meninas na ciência
Sete dos oito projetos do Centro-Oeste contemplados pela chamada do CNPq de apoio a meninas nas ciências exatas, engenharias e computação estiveram reunidos em Brasília para apresentação das propostas e troca de experiências. O encontro aconteceu com a presença da Diretora Adriana Tonini, que coordena a iniciativa. Essa foi a segunda reunião com coordenadores de projetos da chamada.Sete dos oito projetos do Centro-Oeste contemplados pela chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de apoio a meninas nas ciências exatas, engenharias e computação estiveram reunidos em Brasília para apresentação das propostas e troca de experiências. O encontro aconteceu na sede do CNPq com a presença da Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, que coordena a iniciativa.
Essa foi a segunda reunião com coordenadores de projetos da chamada. Em abril, Tonini encontrou, em Belo Horizonte, as coordenadoras dos projetos de Minas Gerais. No final de maio, acontecerão duas reuniões com projetos da região Sul, em Porto Alegre e em Santa Maria. A ideia dos encontros é alinhar as propostas para que atendam os objetivos da chamada de forma plena. Segundo a Diretora, na conversa com os coordenadores, é importante certificar que os projetos buscam o real envolvimento das escolas para conseguir de fato promover o estímulo das meninas para a escolha pelas áreas de exatas, engenharias e computação.
Os projetos do Centro-Oeste envolvem cinco instituições dos quatro estados da região: Universidade de Brasília (UnB); Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia; campus de Corumbá do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS); campi Sinop e Cáceres da Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT); além dos campi de Formosa e Uruaçu do Instituto Federal de Goiás (IFG). No encontro, em Brasília, esteve presente, também, o projeto da Universidade Federal de Itajubá (MG), que não pode participar do encontro em Belo Horizonte.
O encontro contou com oito coordenadores de projetos, a Diretora do CNPq, Adriana Tonini, além das gestoras da chamada Maria Lucia Braga e Natacha Santos. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Iniciativas que levam noções de computação, química, estimulam a reflexão da representação feminina na ciência e promovem o empreendedorismo foram apresentadas na reunião.
"Essa troca de experiências é muito importante. Pensarmos juntos, adequarmos os projetos", disse Tonini. "Não é uma chamada que vai mudar toda a realidade. Ela é um primeiro passo. É preciso pensar em médio e longo prazo, é fundamental que as escolas absorvam a proposta como um projeto da instituição, que continue para além do apoio do CNPq. Por isso, peço que façam esse movimento nas escolas", apontou a diretora.
O envolvimento não só da escola, mas também da comunidade e da família foi um ponto colocado por alguns dos projetos. A Profª Adriana Martini Martins, por exemplo, ressaltou que o projeto 'Cientistas Formosas', que está sendo implementado no IFG de Formosa, tem promovido uma divulgação do trabalho do instituto, trazendo a comunidade para dentro do IFG. "Poucos conheciam como funciona o Instituto, não sabiam, inclusive, que é público e que todos podem acessar", afirmou. O projeto da professora envolve, além de atividades experimentais e experiências com astronomia, palestras e cine-debates para tratar do tema da mulher na ciência. Em outras ações, como em Uruaçu, com o projeto coordenado pela professora Lidiaine Maria dos Santos, a iniciativa representa uma oportunidade única para as alunas que são, em grande parte, de regiões mais pobres. Segundo a professora, o projeto apresenta uma nova perspectiva de futuro para elas. Há, ainda, a experiência em Corumbá, com o projeto 'Meninas Pantaneiras', que promove, além da inserção das meninas na ciência, uma significativa integração, conforme explica a coordenadora Paula Luciana Bezerra. "É uma região de fronteira, temos alunas bolivianas e até mulçumanas e o projeto permite trabalhar o respeito e a integração". O projeto propõe, entre as atividades, depoimentos de mulheres que participaram de projetos anteriores, oficina de pesquisa para professores e cooperação com empresas privadas para estimular o empreendedorismo.
Experiências já bem sucedidas que tiveram a oportunidade de continuidade com a chamada também foram apresentadas. É o caso do projeto 'Meninas.com ¿ Computação também é coisa de menina', da UnB. A coordenadora, Profª Aletéia Patrícia contou que o projeto foi contemplado na primeira chamada dessa iniciativa, em 2013, o que foi ¿um divisor de águas¿ para as atividades que já vinham acontecendo desde 2010. Do projeto inicial com uma escola pública, hoje são 9 escolas envolvidas em todo o DF. E da experiência anterior, um resultado muito positivo: das seis meninas participantes do projeto inicial, todos entraram na UnB e algumas são, hoje, bolsistas de Iniciação Científica.
Ao final do encontro, a Profª Adriana Tonini reforçou a importância de fazer das meninas participantes multiplicadoras em suas escolas, na comunidade. "Quanto mais pudermos envolver as escolas, mais será possível mudar a realidade", finalizou, referindo-se ao percentual ainda pequeno de mulheres das áreas de exatas, engenharias e de computação.
O próximo encontro será com os coordenadores de projeto do estado do Rio Grande do Sul. Estão previstas duas reuniões, uma em Santa Maria, no dia 15/05, e outra em Porto Alegre, no dia 16/05. Ao todo foram aprovados 13 projetos do RS.
Veja os projetos participantes do encontro:
Coordenadora
Projeto
Instituição
Estado
Cidade
Aletéia Patrícia Favacho de Araújo
Meninas.comp - Computacao Tambem e Coisa de Menina!
Universidade de Brasília
DF
Brasília
Adriana Martini Martins
Cientistas Formosas
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
GO
Formosa
Estela Leal Chagas do Nascimento
APRENDER FAZENDO: A ABORDAGEM HANDS-ON PARA FUTURAS ESTUDANTES DE COMPUTACAO, CIENCIAS EXATAS E ENGENHARIAS
Universidade Federal de Goiás
GO
Goiânia
Karla Emmanuela Ribeiro Hora
Conversas de Meninas e Engenheiras: semeando oportunidades para a igualdade de genero nas ciencias
Universidade Federal de Goiás
GO
Goiânia
Lidiaine Maria dos Santos
Meninas Cientistas: a construcao feminina do saber
Instituto federal de Goiás
GO
Uruaçu
Paula Luciana Bezerra da Silva
Meninas Pantaneiras na ciencia e tecnologia
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul
MS
Corumbá
André do Amaral Penteado Bíscaro
Aumento da Potencialidade Feminina nas Ciencias Exatas, Engenharias e Computacao
Universidade do Estado de Mato Grosso
MT
Sinop
Marcos Francisco Borges
Meninas investigadoras nas ciencias exatas
Universidade do Estado de Mato Grosso
MT
Cáceres
Geise Ribeiro
Meninas Empreendedoras na Química
Universidade Federal de Itajubá
MG
Itajubá