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Sex, 06 Jul 2018 12:57:00 -0300
Com apoio do CNPq, pesquisadora é destaque em Parasitologia
A descoberta de uma nova espécie de mosquito, considerada vetor de malária, está entre os grandes feitos de Maria Goreti Rosa-Freitas, pesquisadora da Fiocruz. Sua trajetória científica começou no início dos anos 1980, quando, ainda na graduação, conseguiu uma bolsa de iniciação científica. Depois, com bolsas do CNPq, cursou mestrado, doutorado e pós-doutorado.A descoberta de uma nova espécie de mosquito, considerada vetor de malária, está entre os grandes feitos de Maria Goreti Rosa-Freitas, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Sua trajetória científica começou no início dos anos 1980, quando, ainda na graduação, conseguiu uma bolsa de iniciação científica. Depois, com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cursou mestrado, doutorado e pós-doutorado.
A pesquisadora, PhD em Biologia Molecular, hoje, aos 57 anos, atuou na descrição da nova espécie de mosquito Anopheles deaneorum e participou do grupo que inventou uma gaiola para captura do inseto, com patente nacional e internacional. "O nome do mosquito é uma homenagem ao meu orientador Leônidas Deane e sua mulher, Maria Deane, outra grande cientista", explica.
Com uma história de vida de superação, Goreti reforça a importância do apoio das bolsas de pesquisa para conseguir seguir a carreira científica. Primeira pessoa da família a ter um diploma de universidade, a pesquisadora é filha de um sargento do Exército, que estudou até o ensino médio, e de uma empregada doméstica, analfabeta funcional. Com o apoio dos pais, investiu nos estudos e se inscreveu para bolsa de iniciação científica para se manter na universidade.
"Sem o financiamento do CNPq, não teria como me manter, pagar por deslocamentos (transporte, incluindo tíquetes internacionais), alojamento, taxas de bancada, não teria me tornado uma cientista internacional, uma cidadã do mundo", ressalta. "O CNPq sempre me apoiou de uma forma muito positiva. Sentia que havia um time por trás com quem podia contar, maleável, compreensivo e que tudo fazia pelo meu sucesso", complementa, Goreti.
Atualmente, a pesquisadora está trabalhando na transferência da expertise do Laboratorio de Mosquitos do Instituto Oswaldo Cruz em projetos com o Instituto Pasteur de Atenas e a Universidade Demócrito da Trácia, ambos na Grécia, sobre mosquitos vetores de patôgenos de importância humana e veterinária, um projeto ligado a ideia de que ha apenas uma saúde - One Health - que amalgama humanos e outros animais. Também trabalha na transferencia comercial de patente de uma armadilha de mosquitos chamada MosqTent desenvolvida pela FIOCRUZ. Além disso, faz testes de repelentes de mosquitos, revisão e editoria de publicações cientificas e dá aulas e consultorias em projetos científicos.
Ainda sobre o CNPq, Goreti diz que, além das bolsas, recebeu vários auxílios financeiros de projetos, com destaque para uma bolsa de Desenvolvimento Cientifico Regional que a levou a Boa Vista, Roraima, onde fundou um laboratório de pesquisas, ainda hoje existente chamado ObservaRR, localizado no campus da Universidade Federal de Roraima http://ufrr.br/observarr/.