-
Seg, 21 Mai 2018 16:15:00 -0300
Instituto Mamirauá vence o Prêmio José Reis 2018
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) é o grande vencedor do 38º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica (PJR) 2018. Instituído em 1978 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Prêmio representa uma homenagem ao médico, pesquisador, jornalista e educador José Reis.O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) é o grande vencedor do 38º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica (PJR) 2018. Instituído em 1978 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Prêmio representa uma homenagem ao médico, pesquisador, jornalista e educador José Reis. É concedido anualmente àqueles que, por suas atividades, tenham contribuído significativamente para a formação de uma cultura científica e por tornar a Ciência, a Tecnologia e a Inovação conhecidas da sociedade.
A Comissão Julgadora destacou as ações do Instituto que, mesmo com duas décadas de existência, atua com ineditismo, promovendo a inclusão social, com protagonismo das comunidades locais ao articular suas ações com essa população, além do caráter regional e internacional das iniciativas. "A qualidade das ações de divulgação científica está na produção de conhecimentos articulada à divulgação científica e aos saberes locais", apontaram os membros da comissão.
Foram recebidas 37 inscrições oriundas de rádios, revistas, jornais, universidades, empresas de comunicação, entre outros. Os critérios para a escolha do vencedor levou em conta a relevância da instituição e do veículo de comunicação; qualidade e relevância da produção científica e tecnológica e popularização da ciência, tecnologia e Inovação; contribuição para a área de Divulgação e Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação; e visão crítica e analítica das Políticas Públicas de CT&I.
A Comissão Julgadora foi composta por Luísa Medeiros Massarani, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Presidente da Comissão, por indicação do CNPq; Débora d'Ávila Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por indicação do CNPq; Marcus Raimundo Vale, da Universidade Federal do Ceará (UFC), por indicação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Mariluce de Souza Moura, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), por indicação da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC); Nelson Studart Filho, da Universidade Federal do ABC (UFABC), por indicação do CNPq, e Rui Seabra Ferreira Júnior, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), por indicação da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC).
Premiação
O IDSM será premiado durante a abertura da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em julho de 2018, em Maceió. Além disso, o dirigente ou representante da instituição ministrará conferência na programação do evento.
O PJR é uma dos principais prêmios nacionais na área de divulgação cientifica e é atribuído em sistema de rodízio a uma das três categorias: Instituição e Veículo de Comunicação; Pesquisador e Escritor e Jornalista em Ciência e Tecnologia.
Em 2018, a categoria contemplada é "Instituição e Veículo de Comunicação", que premia a instituição (de ensino e/ou pesquisa, centros e museus de ciência e tecnologia, órgãos governamentais, instituições culturais, organizações não governamentais e empresas públicas ou privadas) ou veículo de comunicação coletiva que tenha tornado acessível, ao público, conhecimento sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e seus avanços.
Instituto Mamirauá
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá atua há quase 20 anos na Amazônia Brasileira, com uma história inseparável da popularização da ciência. Fundado no esteio da criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, estado do Amazonas, o instituto está comprometido, desde a origem, com o desenvolvimento de pesquisas científicas com foco na conservação da biodiversidade, no manejo de recursos naturais e na qualidade de vida das populações ribeirinhas.
Parte essencial da estratégia para atingir esses objetivos passa pelo compartilhamento e pela construção de saberes, lado a lado com as pessoas, sujeitos ativos das pesquisas e projetos de desenvolvimento sustentável. Nesse diálogo, que envolve confiança mútua e sensibilidade às diferenças de cada um, está inclusa a linha de divulgação científica, um eixo transversal, presente em tudo que o instituto faz.
Os resultados de pesquisa do Mamirauá estão, com frequência, em destaque em publicações científicas e eventos especializados, em contato com a comunidade científica mundial. A produção científica também é divulgada entre a sociedade em geral, com foco nos povos amazônicos. Para esse fim, são lançados boletins, cartilhas educativas e informativas, além de vídeos e materiais específicos para o público infantojuvenil.
No campo social, ressalta-se as as ações do Instituto na capacitação e na assessoria técnica em manejo de recursos naturais, saúde comunitária, educação ambiental, saneamento básico, cidadania, energias renováveis com foco na melhoria da qualidade de vida, na geração de renda das populações locais e no estímulo ao manejo sustentável de recursos naturais, além do fortalecimento de lideranças locais para a gestão das unidades de conservação.
Essas ações promovidas em colaboração com moradores das comunidades ribeirinhas, sócios de entidades de classe, colônias de pescadores, sindicatos de agricultores e de pescadores, assim como a população urbana, têm acrescido grande experiência ao Instituto no campo da formação inclusiva e multidisciplinar e na popularização de conceitos e metodologias científicas em linguagem popular.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Arquivo Mamirauá