Notícias Atualidades
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Qui, 23 Abr 2020 13:55:00 -0300
Nota de Pesar: Profª. Cheila Gonçalves
O CNPq manifesta seu profundo pesar e solidariza-se com a família e amigos de nossa Professora Titular Cheila Gonçalves Mothé, pelo seu falecimento ocorrido no dia 24 de fevereiro deste ano. A Professora Cheila foi a primeira professora titular negra por concurso público na história da UFRJ.
Professora Cheila contribuiu ativamente para a disseminação do conhecimento em Engenharia Química, trabalhando como docente por 37 anos na Escola de Química/UFRJ. Ela trabalhou durante toda a sua vida na universidade dedicada ao ensino, com mais de 14.000 horas/aula, incentivando alunos a acreditarem na importância da ética na pesquisa científica de modo a promover o desenvolvimento do país. Foi uma perda incalculável para a pesquisa científica no Brasil, e em especial para a área de Processos Orgânicos, Análise Térmica e Reologia.
Ela começou sua trajetória acadêmica no início dos anos 1970 , na Universidade Federal R. do Rio de Janeiro, obtendo seu diploma de graduação em Engenharia Química. Profa Cheila obteve seu título de mestre em Ciência de Polímeros no IMA/UFRJ em 1983, sob orientação do Prof. Chaki Azuma. No ano de 1992 ela obteve seu título de Doutora em Ciências pela USP - Brasil/ University of the Air -Japão, orientada pelo saudoso Prof. Ivo Giolito. Ela também realizou dois pós-doutorados na Cornell University/USA (1998), em Reologia de Polissacarídeos e na Cleveland State University/ USA (2003), em Analise Térmica de biopolímeros. Durante sua vida publicou mais de 400 trabalhos em periódicos e congressos nacionais e internacionais; orientou mais de 50 Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado e mais de 150 estudantes de Iniciação Científica; foi autora de 10 livros e 10 patentes. Foi pesquisadora PQ/CNPq por mais de 10 anos. Dentre os diversos prêmios nacionais e internacionais recebidos, destaca-se a "Retorta de Ouro e Química do Ano de 2006" promovido pelo CRQ 3ª Região/RJ. Fundou em 2009 e foi presidente da Associação Brasileira de Reologia (2009-2020) . Foi Presidente da Associação Brasileira de Análise Térmica e Calorimetria (2016-2020),Membro do African Scientific Institute (2010-2020) e Membro Honorário da Hungarian Chemical Society (2010). Também atuou como Regional Editor (2012-2016) e Associate Editor (2018-2020) do Journal Thermal Analysis and Calorimetry. Fundou e coordenou três laboratórios de pesquisa na EQ/UFRJ, Laboratórios de Tecnologia de Polímeros Naturais e Sintéticos, de Análise Térmica Prof Ivo Giolito RJ e de Reologia Leni Leite.
Professora Cheila foi muito admirada por seus colegas de trabalho, alunos e reconhecida pelas suas inúmeras realizações profissionais. Ela tinha uma mente brilhante, como uma verdadeira alquimista. Ao mesmo tempo se mantinha humilde e amável com um coração generoso para ajudar a todos que procuravam por sua assistência. A Cheila nos deixa, mas fica o seu legado, os seus ensinamentos, a sua fé no ser humano, o seu exemplo como profissional, a sua militância em defesa dos direitos dos negros, a sua habilidade de disseminar o conhecimento e seu amor incondicional como mãe. Ela deixa duas filhas, Michelle e Danielle e seu marido Heitor. Profª Cheila sempre será lembrada como uma pessoa cheia de vida.
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Qua, 22 Abr 2020 16:10:00 -0300
MAST em casa: novos vídeos
MAST em Casa reúne especialistas para debater sobre o coronavírus e trazer uma reflexão sobre o atual momento vivido pela população.
A pandemia do coronavírus tem gerado mudanças significativas na vida da população e os impactos do COVID-19 em nossa sociedade ainda não podem ser totalmente dimensionados. Para isso, é preciso, mais do que nunca, que as opiniões abalizadas de cientistas e pesquisadores ajudem a entender o atual cenário e norteiem o público com informações relevantes e verdadeiras. Com base neste raciocínio, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) desenvolveu o projeto Ciência e Cultura em Tempos de Pandemia, uma série de vídeos com especialistas de diferentes áreas do conhecimento, que visa a estimular a reflexão sobre este momento que vem alterando a rotina da população mundial, devido ao enfrentamento à epidemia global. Os vídeos são postados sempre às segundas-feiras, no Canal do MAST no Youtube. Esta é mais uma atividade de MAST em Casa, iniciativa que reúne ações para levar conteúdo e conhecimento ao público neste período de isolamento social.
Por ser uma doença nova, ainda há muitas dúvidas e lacunas de informação. O primeiro passo para entender este coronavírus e seus efeitos é conhecer as possíveis formas de se adquirir a doença, compreender como frear o seu avanço e combater os sintomas. Portanto, o vídeo que abre a série conta com a presença de Luiz Ramiro, cientista político e professor no curso de Tecnólogo em Segurança Pública e Social da UFF. Ele aborda o tema "Epidemia e Ciência Política no Brasil", destacando os erros e acertos no enfrentamento do coronavírus em nosso país. Para assistir o vídeo, basta acessar o link https://www.youtube.com/watch?v=zgX5KhdqVcs&feature=youtu.be .
No Canal do MAST no YouTube, há um breve vídeo de apresentação do projeto com a pesquisadora do MAST Moema Vergara, uma das idealizadoras da iniciativa. Ela aborda o tema "A noção de contágio e a divulgação da Ciência" e cita como a produção científica é crucial para melhor compreender a doença e seus efeitos. Para assistir, basta acessar o link https://www.youtube.com/watch?v=fQUfLd2JCaU&feature=youtu.be .
Os próximos vídeos do projeto Ciência e Cultura em Tempos de Pandemia serão apresentados pelos seguintes especialistas:
- Ximena Dias (Departamento de Letras - UFRRJ) - Epidemias como fato literário na América Latina
- Henrique Cukierman (Coppe -UFRJ) - Epidemias e História da Ciência no Brasil: o caso da febre amarela
- Priscila Faulhaber (MAST) - Epidemias e Populações indígenas no Brasil
Sobre a iniciativa MAST em Casa
Para manter-se próximo de seu público durante o período de isolamento social, o Museu de Astronomia e Ciências Afins realiza a iniciativa MAST em Casa, que reúne ações para levar conteúdo e conhecimento pela internet às pessoas. Esta unidade pesquisa vinculada ao MCTIC vem promovendo atividades que vão desde a Visita Remota ao Museu e a Experiência Virtual O Homem na Lua, até o aplicativo O Que É Voar? e moldes de brinquedos de papel para baixar, imprimir e montar, com temas pertinentes às atividades do Museu. As séries de brinquedos abordam a exposição O Eclipse: Einstein, Sobral e o GPS (com moldes dos bonecos dos cientistas Albert Einstein e Henrique Morize e também representações da Lua e do Sol), a viagem espacial Missão Apollo 11 (com representações do foguete e dos astronautas Buzz Aldrin, Michael Collins e Neil Armstrong), os 35 Anos do MAST (com moldes de representações lúdicas do Prédio Sede do Museu e do Vitral de Urânia) e os Dedoches do Sistema Solar (moldes para fantoches de dedo, com representações do Sol e dos planetas). Além disso, são realizadas lives semanais, pelas redes sociais do MAST, com a participação de museólogos e pesquisadores do Museu.
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Qui, 09 Abr 2020 11:45:00 -0300
Nota de Pesar: Prof. José Luiz Rezende Pereira
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta o falecimento, nesta quarta-feira, 8, do professor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), José Luiz Rezende Pereira. O docente pertencia ao quadro da instituição desde 1993, no Departamento de Energia Elétrica, sendo vice-reitor na gestão do professor Henrique Duque, entre 2006 e 2014. José Luiz Pereira tinha 70 anos, aposentou-se em 2018, mas permanecia como pesquisador ativo, atuando junto a importantes projetos na área de geração de energia. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, José Luiz era coordenador do Instituto Nacional de Energia Elétrica (INCT - Inerge) e membro do Comitê de Assessoramento de Engenharia Elétrica do órgão."Recebemos a notícia do falecimento do professor José Luiz Rezende Pereira com profundo pesar. Ele foi um nome marcante na história da UFJF, seja como docente, pesquisador e liderança. Também marcou sua trajetória quando vice-reitor. Uma perda enorme para a Universidade e a academia", lamentou o reitor Marcus David, que decretou luto oficial de três dias na instituição.Segundo o diretor da Faculdade de Engenharia, Marcos Martins Borges, o professor José Luiz sempre lutou pelo avanço do ensino e pela melhoria dos padrões de pesquisa da unidade. Foi um dos responsáveis pela consolidação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGE) e continuava envolvido no desenvolvimento de grandes projetos relacionados à energia fotovoltaica. "Do ponto de vista profissional é uma perda irreparável para a Universidade e para a Faculdade de Engenharia. E do ponto de vista pessoal, ele era uma pessoa muito amiga. Foi responsável pela formação de muitos professores da unidade, de alunos, mestrandos e doutorandos."O pró-reitor adjunto de Pós-Graduação e Pesquisa, Luis Paulo Barra, comenta que José Luiz já tinha uma carreira prévia junto à Coppe-UFRJ antes de entrar na UFJF, com importantes contatos nacionais e internacionais na área da pesquisa. "Seu trabalho foi fundamental para criação do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGE), o primeiro da Faculdade de Engenharia, o que de certa forma puxou a criação de outros. José Luiz foi fundamental para a formação de toda uma geração de pesquisadores e ainda tinha muito a contribuir."Um de seus ex-alunos, professor também da Engenharia, André Marcato, diz que José Luiz se tornou um grande amigo e exemplo de vida. "Perdi uma referência pessoal e profissional."Segundo Marcato, a maior parte dos professores do departamento foram ex-alunos e orientados por ele. "Fica como grande legado a formação de pesquisadores, os quais estão dispersos no Brasil e no mundo." José Luiz era, ainda, reconhecido internacionalmente através do IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) e, nacionalmente, exercia liderança na Capes, CNPq e Cepel. O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência da Universidade do Porto, com o qual se relacionava, também registrou a perda.José Luiz Rezende Pereira deixa a esposa e três filhos.Com informações da Assessoria de Comunicação da UFJF
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Seg, 06 Abr 2020 17:13:00 -0300
Nota de pesar: Prof. Wilson Cano
O CNPq se junta à comunidade acadêmica para lamentar o falecimento do professor Wilson Cano, do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, ocorrido na última sexta-feira, dia 03/04, em Campinas.
O pesquisador se graduou em Economia pela PUC/SP em 1962, tendo concluído o doutorado em 1975 e a livre-docência em 1981, ambos em Ciências Econômicas pela Unicamp. Desde 1968, atuava como professor da Unicamp, inicialmente junto ao Departamento de Economia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e, posteriormente, junto ao Instituto de Economia, do qual foi um dos fundadores. Após a aposentadoria, como professor titular, em 2008, continuou trabalhando junto à instituição, como pesquisador colaborador. Entre 1966 e 1980, atuou também como professor junto à Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe - CEPAL.
Sua produção cientifica é expressiva. Seu currículo na Plataforma Lattes registra a publicação de dezenas de livros, artigos, capítulos de livro e orientações de mestrado e doutorado. Consagrou-se como pensador de grande destaque no estudo dos processos de industrialização e nos temas relacionados ao subdesenvolvimento econômico do Brasil e da América Latina. Seu livro "Raízes da concentração industrial em São Paulo", produto de sua tese de doutorado, é considerado um clássico do pensamento econômico brasileiro.
Recebeu diversos prêmios, com destaque para o Prêmio Visconde de Cairú, do Instituto Roberto Simonsen, em 1977, Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional, em 2014, e o Prêmio Jabuti, em 2007. Em 2008, foi reconhecido com o título de Pesquisador Emérito do CNPq.
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Ter, 21 Jan 2020 16:06:00 -0300
Nota de Pesar: Prof. Rolf Weber
Com pesar, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa o falecimento do Prof. Dr. Rolf Roland Weber na última sexta-feira, 17/01. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq por muitos anos e Professor Emérito da Universidade de São Paulo (USP), o Prof. Rolf foi um dos pioneiros da área de química dos oceanos no Brasil. Foi, ainda, membro do Comitê Assessor de Oceanografia do CNPq e Diretor do Instituto Oceanográfico da USP (IOUSP).
Bacharel e licenciado em Química na USP, onde também realizou Mestrado em Química Orgânica e Doutorado em Química Analítica, era especialista em Química da Poluição Marinha pela Universidade de Liverpool. Seu Pós-Doutorado foi realizado nos anos de 1988-1989 em Kiel, Alemanha, no Instituto de Ciências Marinhas e no Laboratório Internacional de Radioatividade Marinha-UNESCO Mônaco em 1989.
Ingressou no Instituto Oceanográfico em 1971, como estagiário, e, em 1976, passou a atuar profissionalmente como Químico no Laboratório de Oceanografia Química. Em 1981, foi contratado como docente do Instituto até sua aposentadoria em 2016. No IOUSP, exerceu vários cargos administrativos, incluindo o cargo de Diretor do Instituto entre 1997 e 2001, duas vezes vice-diretor e também Chefe do Departamento de Oceanografia Física do IOUSP. Além disso, foi Diretor do Museu de Ciências da USP entre 2002 e 2004.
Por iniciativa do Prof. Rolf Weber, foi criada a linha de pesquisa em Oceanografia Química dentro do Programa de Oceanografia Física do IOUSP, que mais tarde se tornaria o Programa de Pós Graduação em Oceanografia Química e Geológica.
Weber sempre foi grande referência nacional na área de Oceanografia Química, publicou mais de 40 trabalhos, em revistas indexadas, com intensa participação de seus orientados. Ressalta-se sua participação no Projeto FAPESP de Equipamentos Multi Usuários: aquisição de barco para pesquisa oceanográfica e teve papel fundamental na aquisição do barco de pesquisa Alpha Delphini, inaugurado em 2013.
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Sex, 17 Jan 2020 11:46:00 -0300
Fiocruz lança Concurso para meninas do DF
Vencedora ganhará uma viagem para o Rio de Janeiro, e terá a oportunidade de conhecer a Fiocruz, mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. Inscrições podem ser feitas até 25 de janeiro
Que tal aproveitar o tempo das férias escolares para concorrer a uma viagem ao Rio de Janeiro e conhecer a Fundação Oswaldo Cruz, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, que este ano completa 120 anos? As jovens estudantes do Distrito Federal ou Entorno terão essa oportunidade. A Fiocruz Brasília lança, nesta quarta-feira (15/1), o Concurso de Ilustrações "A Ciência da vida: Minha vida é na ciência".
O Concurso, voltado para meninas estudantes entre 12 e 15 anos, de escolas públicas ou particulares, é parte das atividades da Fiocruz Brasília alusivas às comemorações do Dia Internacional das Mulheres na Ciência em 11 de fevereiro, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para participar, as estudantes devem criar uma ilustração e elaborar um texto escrito (entre 10 e 20 linhas) sobre o tema: "Ser uma cientista é..." As inscrições, gratuitas, estão abertas e podem ser feitas até o dia 25 de janeiro. Confira o regulamento.
A iniciativa tem como objetivo incentivar, divulgar e promover a reflexão sobre o tema Mais Meninas e Mulheres na Ciência, além de expor, em uma Mostra de Ilustrações, a visão das estudantes sobre a mulher cientista, por meio das ilustrações e dos relatos em formato de texto escrito.
O resultado será divulgado no dia 11 de fevereiro, durante o 1º Seminário #Mais Meninas na Fiocruz Brasília. Neste dia, a instituição estará de portas abertas para receber as meninas da comunidade escolar do DF e proporcionar a troca de vivências entre estudantes das escolas públicas do Distrito Federal e as cientistas da Fiocruz Brasília.
Dar visibilidade ao tema "Mulheres e Meninas na Ciência" e propor uma reflexão sobre o contexto da ciência no Brasil é um dos objetivos do evento, que propõe ainda a discussão e reflexões sobre a inserção das jovens e mulheres na ciência a partir da trajetória das pesquisadoras da Fiocruz e convidadas. O seminário é gratuito e será certificado pela Escola Fiocruz de Governo da Fiocruz Brasília (EFG).
Seminário
A primeira edição do Seminário #Mais Meninas na Fiocruz Brasília incluirá a Mostra de Ilustrações com o tema "A Ciência da vida: Minha vida é na ciência". Outras informações sobre formulário de inscrições e condições para participação estão disponíveis no regulamento. Acesse aqui
Para outras informações: maismeninasnaciencia@fiocruz.br
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Seg, 06 Jan 2020 17:35:00 -0300
Ana Maria Primavesi: importante legado
Nesse domingo, 05/01, o Brasil perdeu uma de suas mais importantes cientistas. Faleceu, aos 99 anos, Ana Maria Primavesi, pioneira da pesquisa em agroecologia. Nascida na Áustria, a pesquisadora mudou-se para o Brasil em 1949, já formada em Ciências Agronômicas e Ciências Florestais pela Universidade Rural de Viena. Posteriormente, fez doutorado sobre nutrição de plantas e solos e dedicou sua vida ao estudo do solo, sua paixão. "Solo é vida e é a base da vida. Há muita vida nele e muita dependência dele", dizia.
Integrante da 6ª edição do Projeto Pioneiras da Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ana Primavesi foi uma das mais importantes pesquisadoras na área da agroecologia e da agricultura orgânica. A compreensão do solo como um organismo vivo e com diversos níveis de interação com a planta foi uma das suas contribuições para a agronomia.
Aos 26 anos, casou-se com Artur Primavesi, também agrônomo,que atuava, prioritariamente, na produção de cana e de trigo, visando a recuperação biológica do solo para viabilizar e obter elevadas produtividades. No Brasil, o casal visitou fazendas e, conversando com agricultores, aprendeu português e começou a escrever livros e manuais.
Com 41 anos, Ana Primavesi acompanhou Artur para atuarem na Universidade Federal de Santa Maria, onde lançou-se de corpo e alma na pesquisa científica, em áreas que considerava deficientes na pesquisa do solo. Artur criou o Instituto de Solos e Culturas e foi o braço organizador, articulador de parcerias, captador de recursos e divulgador do Instituto, e Ana era o braço pensante e científico. O Instituto ficou conhecido na Europa e Estados Unidos em pouco tempo.
Ao longo da vida, Ana Primavesi publicou 12 livros e 94 textos e artigos científicos e foi professora na Universidade Federal de Santa Maria entre 1961 e 1974. Nesse período, Ana criou um laboratório de biologia do solo e apontava para as complexas relações entre o solo, a planta e o clima, chamando a atenção de que o manejo dos solos dos países de clima temperado era inadequado para os nossos solos tropicais. Iniciou, então, a elaboração de um livro que abordasse estes temas, inicialmente com 200 páginas.
Em 1979, lançou seu livro-chave, o Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais, após diversos anos de desenvolvimento e discussões com editores e consultores ad-hoc. O livro teve que ser ampliado para 541 páginas e depois para mais de 600. Seu livro foi traduzido para o espanhol na Argentina e alcançou a Europa ibérica. Suas pesquisas e livros indicavam uma agricultura que privilegiava a atividade biológica do solo e buscava, assim, o incremento do teor de matéria orgânica e de húmus do solo, evitando o revolvimento do mesmo, e utilizava técnicas como a adubação verde, rotação de culturas e quebra ventos.
Ana Primavesi alertava em relação à orientação da adubação restrita ao uso de NPK e ressaltava a importância dos microelementos na eficiência produtiva e na sanidade vegetal. Ela assinalava os prós e os contras das distintas formas e fontes de nutrientes, sua eficiência e aproveitamento pelas plantas, sua ciclagem no ambiente e seus impactos sobre a biologia do solo. Ao tratar desse assunto, alertava para o fato de que a fertilidade do solo não poderia ser compreendida apenas por suas características químicas, já que é intrinsecamente ligada a fenômenos que também se relacionam às propriedades físicas e biológicas. Outra contribuição sua foi a percepção das ervas daninhas como indicadores ecológicos de qualidades físicas, químicas e biológicas dos solos.
Quando se aposentou, em 1980, mudou-se para sua propriedade agrícola de 96 ha em Itaí, no estado de São Paulo. Foi pesquisadora da Fundação Mokiti Okada e uma das fundadoras da Associação da Agricultura Orgânica (AAO), uma das primeiras associações de produtores orgânicos do Brasil. Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios, como o One World Award da IFOAM, em 2012, além de títulos Doctor honoris causa em diversas universidades brasileiras. Em 2014, foi anunciada Patrona da Agroecologia Nacional.
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Sex, 27 Dez 2019 17:15:00 -0300
Expedição brasileira na Antártica é encerrada
A expedição do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) ao módulo Criosfera 1, o laboratório latino americano mais ao sul do Planeta, foi encerrada no último domingo (22), com a chegada dos pesquisadores na cidade de Punta Arenas, no Chile.
O módulo, localizado a somente 660 km do Polo Sul Geográfico, foi fechado para funcionar mais 12 meses com sustentabilidade energética. Isso porque o Criosfera 1 somente utiliza energia solar e eólica para manter equipamentos de análise química da atmosfera, estação meteorologia, e um novo equipamento para medir o black carbon (carvão negro), que é um dos subprodutos da queima de óleo, de carvão e de florestas.
Os trabalhos no módulo Criosfera 1 foram iniciados no dia 12 de dezembro, com a abertura do laboratório e manutenção dos equipamentos. No dia 22 de dezembro, os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tomaram um avião quadrimotor para viajarem da Geleira Union até a cidade de Punta Arenas, no extremo sul do Chile. A equipe chegou ao Brasil nessa quinta-feira, 26.
Na foto, a equipe de cientistas do módulo Criosfera 1 se reuniu no momento do fechamento do módulo para mais um inverno. Foto: Divulgação.
O Criosfera
O Criosfera 1 é uma plataforma científica, autossustentável, usa apenas o sol e o vento para suprir toda a energia necessária aos equipamentos de pesquisa e uma estação meteorológica ao longo de todo ano. Permite investigar as interações entre as massas de ar antárticas e aquelas do Brasil, avançando o conhecimento sobre as frentes frias (friagens) e que afetam nossa produção agrícola.
Os sensores do módulo também amostram continuamente os componentes químicos da atmosfera. Destaca-se a medição da concentração do dióxido de carbono (CO2) atmosférico nesse que é um dos locais mais isolados e limpos da Terra. Ainda, ajuda na investigação de sinais de poluição global gerados pela atividade industrial e de mineração.
Os pesquisadores, acampados sobre a neve ao redor do Criosfera 1, após enfrentarem fortes ventos que abaixaram a sensação térmica para -40º C, recolocaram no ar vários equipamentos científicos (alguns parados há quase 12 meses devido à falta de manutenção).
Atualmente, funcionam no Criosfera 1 os seguintes equipamentos: estação meteorológica automática, medidor de concentração de CO2 (dióxido de carbono), detector de raios cósmicos e sistema coletor de aerossóis. Para que os equipamentos funcionem em um local tão remoto, o módulo deve ser energeticamente autossustentável. Assim, a energia solar e a energia eólica são fundamentais para a contínua observação de dados. O Criosfera 1 é totalmente automatizado, mas exige manutenção anual feita por expedição científica ao interior da Antártica.
As pesquisas desenvolvidas também estão inseridas no INCT da Criosfera, um dos institutos do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo CNPq e MCTIC.
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Qua, 30 Out 2019 09:24:00 -0300
MAPA abre submissão de consultor ad hoc
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criou o Cadastro de Consultores ad hoc para contribuir com as atividades técnico-científicas no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária.
A consultoria ad hoc é uma atividade colaborativa, voluntária, específica e eventual. Os consultores externos devem pertencer a instituições públicas ou privadas e emitem pareceres em razão de sua experiência e de seus conhecimentos técnico-científicos, contribuindo para a tomada de decisão dos Departamentos da SDA. A atuação como consultor ad hoc não configura qualquer tipo de vínculo empregatício com a administração pública. A participação será documentada por meio de certificado comprobatório.
O objetivo dessa atividade, segundo o Ministério, é zelar pela sanidade agropecuária, desde o local da produção primária até a colocação do produto final no mercado num cenário de recursos humanos e financeiros limitados por meio do aumento da eficiência com foco na gestão do risco sanitário, aquisição de novas habilidades e adoção de novas estratégias com base em conhecimentos técnico-científicos.
As áreas de conhecimento das consultorias ad hoc abordarão saúde e bem-estar animal, saúde pública veterinária, alimentação animal, insumos pecuários, material de multiplicação animal, sanidade vegetal, resíduos e contaminantes, insumos agrícolas, perigos biológicos, qualidade e tecnologia de produtos de origem animal, qualidade e tecnologia de produtos de origem vegetal, fraudes em alimentos, avaliação de risco, análise quantitativa e econômica de dados, epidemiologia, vigilância e controle na fronteira de produtos agropecuários, vigilância agropecuária internacional, Organismos Geneticamente Modificados - OGM, orgânicos, biossegurança e biosseguridade.
Interessados podem consultar o Manual e preencher o Formulário de Submissão por meio do site do Ministério pelo endereço http://www.agricultura.gov.br/acesso-a-informacao/participacao-social/consultoria-ad-hoc
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Qui, 10 Out 2019 17:27:00 -0300
CNPq e o cooperativismo
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) participou na última quarta feira, 9, do 5º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismos (EBPC), organizado pelo Sistema OCB e que teve como tema central "Negócios sustentáveis em cenários de transformação". No evento, esteve presente a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais da agência, Adriana Tonini, que falou sobre a parceria que CNPq e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) por meio da chamada lançada no ano passado de apoio à pesquisa em cooperativismo.
A Diretora explicou que a chamada CNPq/SESCOOP 007/2018 surgiu a partir da percepção da OCB da importância do desenvolvimento das cooperativas por meio da ciência, tecnologia e inovação. "Tudo o que se faz, se a gente não trabalhar com ciência, tecnologia e inovação nenhum país se desenvolve", afirmou Adriana.
Adriana Tonini fala na abertura do evento, ao lado do Superintendente da OCB, Renato Nobile. Foto: Roberto Hilário/CNPq
A iniciativa conjunta selecionou propostas em quatro linhas de pesquisas: Impactos econômicos e sociais do cooperativismo; Competitividade e inovação nas cooperativas; Governança cooperativa; e Cooperativismo e cenário jurídico. A Chamada recebeu 375 propostas, das quais 127 tiveram mérito reconhecido pelo comitê julgador e 41 foram aprovadas, vindas de várias regiões do país.
"Com isso, vimos que o cooperativismo conseguiu trazer novos modelos, propor novas respostas e soluções através da ciência e da tecnologia. No Brasil, são mais de 6,5 mil cooperativas, reunindo mais de 13 milhões de associados e gerando aproximadamente 370 mil empregos diretos", afirmou a Diretora.
Adriana ressaltou, ainda, a metodologia utilizada na seleção dos projetos, a Metodologia Flexível de Apoio à Tomada de Decisão Multicritério em CT&I (DEMUCTI). "É um método inovador desenvolvido no CNPq envolvendo critérios alinhados às necessidades estratégicas das instituições envolvidas, comprometido com a mitigação de riscos e com a geração de resultados decorrentes de conhecimentos, processos e produtos dos projetos selecionados", concluiu.
O evento ocorreu no Campus Gama do Instituto Federal de Brasília (IFB) com diversos painéis de debates e a apresentação dos 105 trabalhos acadêmicos selecionados. Os temas foram separados em cinco eixos: Identidade e Cenário Jurídico; Educação e Aprendizagem; Governança, Gestão e Inovação; Capital, Finanças e Desempenho; e Impactos Econômicos, Sociais e Ambientais.
PRÊMIO SOMOSCOOP EXCELÊNCIA DE GESTÃO
No início do mês, Adriana Tonini também participou do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão, um reconhecimento nacional às cooperativas que promovem o aumento da qualidade e da competitividade do cooperativismo por meio do desenvolvimento e da adoção de boas práticas de gestão e governança, participantes do PDGC .
Além de compor a banca de julgadores, a diretora participou da cerimônia de entrega do Prêmio que aconteceu no dia 08 de outubro de 2019. Saiba mais sobre o Prêmio.
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Qua, 25 Set 2019 18:11:00 -0300
FAPDF e CNPq firmam parceria
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) assinaram um Protocolo de Cooperação Científica, Tecnológica e de Inovação para atuar em parceria na aplicação de políticas estratégicas de governo voltadas para o apoio, o fomento e a realização de programas e projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação.
O Presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo, e a Vice-Presidente da FAPDF, Elisabete Lopes, ao lado de diretores da agência e da subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres do DF, Mariana Meirelles. Foto: Roberto Hilário/CNPq
"Estamos muito felizes com a celebração dessa parceria e acreditamos que esse protocolo proporcionará um salto de qualidade muito grande na atuação da FAPDF no fomento à CT&I e na busca pela ativação do ecossistema de inovação do DF, para propiciar desenvolvimento sustentável e eficaz para a região, com a geração de mais oportunidades para a comunidade", destacou a vice-presidente da FAPDF, Elisabete Lopes.
O presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo, ratificou o potencial da parceria para o fomento à ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento do Distrito Federal. "Estamos muito felizes e poder participar desse projeto e apoiar a FAPDF na sua missão", destacou o gestor.
O Protocolo, que tem validade de três anos, com possibilidade de prorrogação automática por igual período, prevê uma série de ações, entre as quais a realização anual no DF da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia; co-financiamento de propostas para promoção de Feiras de Ciências e Mostras Científicas; implementação de projetos conjuntos de P&D&I; intercâmbio de pesquisadores, cientistas e técnicos; organização de seminários científicos e tecnológicos e simpósios, além de outras formas de cooperação científica e tecnológica.
Também participaram do ato de assinatura do protocolo pelo CNPq a diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Adriana Tonini, e o diretor de Cooperação Institucional, Vilson Rosa.
Mulheres na ciência - Além dos representantes da FAPDF e do CNPq, a agenda contou com a participação da subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Mariana Meirelles, que representou a Secretária da Mulher, Ericka Filippelli. Ela destacou a importância de ações integradas como a cooperação entre as duas entidades para incentivar e fomentar o acesso de meninas e mulheres às Ciências Exatas e ampliar, assim, as oportunidades no mercado de trabalho para as mulheres do Distrito Federal.
Fonte: Assessoria de Comunicação da FAPDF
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Qui, 22 Ago 2019 12:56:00 -0300
Comunicação para preservação dos oceanos
Conexão Oceano abordará assuntos transversais à vida marinha, a relação do oceano com o nosso dia a dia e o papel fundamental da comunicação para a sensibilização da comunidade. Evento será no dia 3 de setembro, no Rio de Janeiro
A relação do oceano com a sociedade e como a comunicação consegue envolver as pessoas para que elas compreendam essa ligação e protejam os ecossistemas marinhos serão os fios condutores do Conexão Oceano, o primeiro evento brasileiro de comunicação para a Década do Oceano. Aberto ao público e com participação gratuita, o workshop será realizado no dia 3 de setembro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e contará com a participação do pesquisador Ronaldo Christofoletti da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Christofoletti coordena um projeto apoiado pelo CNPq pela Chamada Universal de 2018 que busca identificar diferentes atores, avaliar sua percepção e conhecimentos sobre a Década dos Oceanos, dentro do contexto da Agenda 2030 da ONU e identificar desafios e oportunidades para a comunicação científica que possa subsidiar a tomada de decisão e conscientização sobre esta temática. "O objetivo é desenvolver uma Estratégia de Comunicação que envolva todos os setores da sociedade e sempre considere a ciência como suporte para as ações e tomada de decisão, fortalecendo o papel das pesquisas científicas para o desenvolvimento do país e da qualidade de vida das pessoas", explica o pesquisador.
O projeto coordenado pelo pesquisador conta, ainda, com a parceria da Fundação Grupo Boticário e UNESCO e pretende elaborar uma estratégia de comunicação para 2020, construída em conjunto pelos diferentes setores. A iniciativa já teve uma primeira publicação conjunta.
O evento
Voltado a comunicadores, influenciadores, acadêmicos, pesquisadores e sociedade em geral, o evento tem por objetivo conscientizar e engajar as pessoas sobre a importância dos mares e trazer o tema à tona, já que o período entre 2021 e 2030 foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, ou simplesmente Década do Oceano. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site do Museu do Amanhã pelo link https://museudoamanha.org.br/pt-br/conexao-oceano. As vagas são limitadas.
O Conexão Oceano é promovido conjuntamente pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, UNESCO no Brasil e Museu do Amanhã. Com formato dinâmico, o workshop trará roda de conversa, brunch de ideias e casos de sucesso em speed talks que demonstram o impacto do oceano sobre temas como empreendedorismo, inovação, esporte e entretenimento.
Entre os participantes já confirmados para a programação estão os velejadores Isabel Swan e Lars Grael; o embaixador da Boa Vontade da UNESCO Oskar Metsavaht; o economista Vilfredo Schurmann; a atriz e apresentadora Maria Paula Fidalgo; as jornalistas Paulina Chamorro e Paula Saldanha; e o surfista e empresário Rico de Souza.
"Os oceanos fazem parte do nosso dia a dia e são extremamente importantes para a economia, ciência, bem-estar, meio ambiente e saúde da população. Quando compreendemos que todas essas atividades estão relacionadas com os mares, entendemos a importância de nos mobilizarmos para proteger e conservar os ecossistemas marinhos. Nesse processo, comunicadores e influenciadores são atores estratégicos", afirma a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.
Para a Diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, "o evento abre as atividades da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, que visa a ampliar a cooperação internacional e a promover a preservação dos oceanos e a gestão dos recursos naturais. Este é um tema essencial para a sustentabilidade do planeta e sempre relevante para o Brasil, um país que tem um litoral de quase 7.500 quilômetros".
Christofoletti ressalta que, como a Década dos Oceanos trabalha com a Agenda 2030 e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, o trabalho da comunicação nesse assunto não é apenas para pesquisadores na área de oceanografia, mas de todas as áreas (exatas, biológicas e humanas) trabalhando a interconexão entre suas pesquisas e o mar.
Serviço - Conexão Oceano
Data e horário: 3 de setembro, das 9 horas às 17h30
Local: Museu do Amanhã (Praça Mauá, no Rio de Janeiro)
Inscrições: pelo site do Museu do Amanhã - https://museudoamanha.org.br/pt-br/conexao-oceano
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Ter, 06 Ago 2019 11:02:00 -0300
Rede realiza evento sobre cidades médias
A Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe) realizará o IV CIMDEPE - Simpósio Internacional sobre Cidades Médias: Urbanização e cidades médias, entre os dias 20 e 24 de abril de 2020, em Vilarrica, no Chile. A ReCiMe, com sede na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem mais de 50 pesquisadores e conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com bolsas e projetos fomentados.
Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação, professores, pesquisadores e técnicos e a inscrição de trabalhos pode ser feita até 15 de novembro de 2019. Os trabalhos não selecionados para compor as sessões de trabalhos em forma de mesas redondas, poderão ser indicados para exposição em formato de pôster, a critério do comitê científico. Veja aqui detalhes sobre a submissão de trabalhos.
O evento
O Simpósio aborda as preocupações tradicionais das cidades médias que tem recebido grande quantidade e diversidade de pesquisas em perspectiva histórica, questões econômicas, industriais, do agronegócio, no comércio, nos novos espaços de consumo e nas desigualdades sociais. A proposta é incluir, ainda, temas que não tem sido abordados com frequência nos estudos latino-americanos, como modelos e simulações de crescimento urbano, desenvolvimento sustentável, resiliência e nas questões culturais nas cidades médias.
São propostos os seguintes temas que deverão ser debatidos nos Grupos de Trabalho (GT):
- Produção e modelação do espaço em cidades médias marítimas, lacustres e fluviais. Reflexões sobre políticas públicas, sustentabilidade e resiliência urbana
- Rede urbana (História, tendências e perspectivas)
- Reestruturação produtiva, indústria e cidades médias
- Urbanização, expansão urbana e novos espaços de consumo
- Desigualdades socioespaciais. Produção de moradia, dinâmica imobiliária e segregação residencial
- Interculturalidade, agronegócio e questões alimentares em cidades médias
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Qua, 31 Jul 2019 17:28:00 -0300
Bolsista é a primeira mulher do Prêmio SBM
Especialista em Sistemas Dinâmicos, a italiana Luciana Luna Lomonaco é a primeira mulher a conquistar o Prêmio SBM de Matemática. Professora do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ela passará, a partir de 2020, a integrar o corpo científico do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
Luna Lomonaco, bolsista PQ do CNPq, é a primeira mulher a receber o Prêmio SBM. Foto: Impa/Divulgação
Luna ganhou o prêmio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) 2019 pelo trabalho On Quasi-Conformal (In-)Compatibility of Satellite Copies of the Mandelbrot Set: I, publicado, em 2017, na Inventiones Mathematicae 210. Além de diploma e prêmio de R$ 20 mil, o vencedor é convidado a proferir palestra plenária no Colóquio Brasileiro de Matemática (CBM), realizado no IMPA.
Após receber o prêmio das mãos do presidente da SBM, Paolo Piccione, Luna falou sobre "a imensa honra" de ter recebido a distinção e as dificuldades para entrar e se manter na carreira de pesquisadora em Matemática. "Nunca imaginei que chegaria até aqui, pois não foi nada fácil. Nesses 15 anos e muitos de vida, estive muito perto de desistir", declarou, enfatizando a importância do apoio das pessoas que acreditaram que ela seria capaz.
Luna agradeceu a comunidade brasileira de matemática, "pela acolhida"; à SBM, pelo prêmio: e aos pais dela e contou à plateia que chegou ao Rio de Janeiro no domingo, ainda a tempo de acompanhar o segundo e último dia do Encontro Brasileiro de Mulheres Matemáticas, realizado este fim de semana no IMPA.
"Foi uma experiência muito forte, pois ouvi muitas histórias parecidas com a minha", confessou, dedicando o Prêmio SBM 2019 a todas as mulheres matemáticas.
Concedido a cada dois anos pela SBM durante o Colóquio, o prêmio foi criado para distinguir o melhor artigo original de pesquisa em Matemática publicado recentemente por um jovem pesquisador residente no Brasil. As indicações são feitas por qualquer pesquisador ou docente de instituição nacional de ensino e pesquisa.
Ganhadora do L'óreal-Unesco-ABC "Para Mulheres na Ciência 2018" - criado para promover a igualdade de gênero no ambiente científico - Luna estuda um dos fractais mais conhecidos, intitulado Conjunto de Mandelbrot, e suas cópias dentro e fora do objeto geométrico.
Nascida em Milão, na Itália, e criada na Europa, onde também fez boa parte de seus estudos ¿ graduou-se (2007) na Univesità degli Studi di Padova, mestrado na Universitat de Barcelona (2009) e doutorado na Roskilde University (2012).
O artigo de Luna foi selecionado pela comissão formada pelos professores Noga Alon (Tel Aviv University e Princeton University), Vaughan Jones (Vanderbilt University), Richard Schoen (University of California-Irvine), Stanislav Smirnov (Université de Genève) e Paolo Piccione (USP), presidente da SBM. Foram considerados os critérios de originalidade, relevância, profundidade e potencial de impacto no desenvolvimento da respectiva área.
Nas quatro edições já realizadas, dois pesquisadores do IMPA foram premiados: em 2013, Artur Avila ganhou com "On the regularization of conservative maps", artigo publicado na Acta Mathematica 205 (2010); e em 2017, o vencedor foi Robert Morris, autor de "Independent sets in hypergraphs", divulgado no Journal of the American Mathematical Society, volume 28 (2015).
Com informações do IMPA
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Qui, 25 Jul 2019 18:37:00 -0300
Conferência debate incêndios florestais
Conferência internacional promoverá troca de conhecimentos entre profissionais de todas as nacionalidades ligados ao manejo do fogo e ao controle de incêndios florestais. É a WildFire 2019, organizada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Prevfogo/Ibama), que acontecerá entre 28 de outubro a 2 de novembro deste ano, em Campo Grande (MS).
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre outras instituições no âmbito dos governos federal, estadual e municipal, o evento tem como tema deste ano "Frente a frente com o fogo em um mundo em mudanças: redução da vulnerabilidade das populações e dos ecossistemas por meio do Manejo Integrado do Fogo".
A Wildfire busca reunir acadêmicos, pesquisadores, gestores públicos (como representantes municipais, estaduais e federais das áreas de meio ambiente e agricultura), brigadistas florestais, bombeiros civis e militares, produtores rurais e comunitários em um mesmo ambiente, para compartilhar as novas informações e tecnologias para prevenção e combate aos incêndios florestais. Entre as atividades da Conferência estão o debate e a divulgação de trabalhos sobre os impactos do fogo em comunidades e ecossistemas em diversas regiões do mundo.
As inscrições podem ser feitas até 19 de setembro pelo site http://www.ibama.gov.br/wildfire2019-inscricao
A Conferência
A Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais ocorreu pela primeira vez em 1989 e acontece a cada quatro anos. O evento é realizado para estimular a troca de experiências e conhecimentos relacionados a incêndios florestais: políticas públicas, pesquisa, manejo do fogo, etc. A Wildfire também busca fortalecer as habilidades de cada nação para a redução de impactos dos incêndios florestais sobre a vida humana e o meio ambiente, além de discutir os benefícios ecológicos e ambientais do fogo em áreas dependentes ou tolerantes, e seu uso controlado para fins agrossilvipastoris.
A Conferência promove cooperação internacional e ajuda humanitária, consolidando a estratégia global para gerenciamento de incêndios e manejo do fogo. O evento também abre espaço para que empresas, instituições de pesquisa e especialistas exponham novas tecnologias, produtos e métodos para manejo do fogo e controle de incêndios florestais.
A Conferência também é palco para as reuniões das Redes Regionais de Incêndios Florestais, dentre as quais, a Rede Regional da América do Sul, coordenada pelo Prevfogo/Ibama, em cooperação com a Corporação Nacional Florestal (Conaf, Corporación Nacional Forestal) do Chile.
A programação inclui quatro Sessões Plenárias, cujos temas são:
- Wildfire +30 - A população, as terras, os recursos: 30 anos depois da primeira Conferência quais foram as conquistas e melhorias?
- O papel das mulheres no manejo integrado do fogo
- O papel das empresas de silvicultura na conservação, prevenção e combate aos incêndios florestais; resposta às comunidades locais
- Comunidades indígenas e tradicionais e o conhecimento sobre manejo integrado do fogo
Além disso, a Conferência conta com várias sessões paralelas, eventos culturais e um dia de campo. Ao todo, foram recebidos 350 trabalhos, que serão distribuídos em 120 apresentações orais e o restante em pôsteres. Veja aqui a programação completa.
Pesquisas sobre efeito do fogo
Estudos sobre o efeito do fogo são temas de várias pesquisas científicas. Pela importância do assunto, o CNPq e o IBAMA, por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), lançaram, em 2018, Chamada de apoio a pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo.
A Chamada CNPq/Prevfogo-Ibama Nº 33/2018 - Pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo tem por objetivo apoiar projetos de pesquisa interdisciplinares e socioambientais que visem suprir lacunas no conhecimento disponível sobre a temática dos incêndios florestais e do manejo integrado do fogo, com destaque para ecologia e impactos do fogo, monitoramento, prevenção e combate de incêndios florestais, além de apoiar a investigação de temas de pesquisa que possam subsidiar a gestão de áreas protegidas sujeitas a incêndios e queimadas nos Biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, preferencialmente nas áreas de atuação do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Busca-se, com essa ação, apoiar a integração da pesquisa à gestão pública suprindo-os de informações qualificadas. Freqüentemente, os gestores necessitam planejar, elaborar diretrizes, tomar decisões e definir políticas sem dispor de dados e/ou informações cientificas que os subsidiem. De modo especial, busca-se valorizar o diálogo de saberes com comunidades indígenas e quilombolas.
Foram aprovados 25 projetos, um investimento total de R$ 4,4 milhões, oriundos do Prevfogo-Ibama e do CNPq, abrangendo pesquisa em Terras Indígenas, Quilombolas e Unidades de Conservação na Amazônia, Cerrado e Pantanal.
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Ter, 23 Jul 2019 13:21:00 -0300
Nota de pesar: Prof. Rocha Campos
O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e a ciência do país perderam, nessa segunda-feira, 22, um grande representante, com o falecimento do pesquisador Antonio Carlos Rocha Campos, aos 82 anos. Rocha Campos foi o mais notório pesquisador brasileiro sobre a Antártica e contribuiu para a implantação do Proantar. O professor também foi o único brasileiro a presidir o Scientific Commiittee on Antarctic Research (SCAR). O sepultamento vai ocorrer nesta terça-feira, às 15 horas, no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo.
Em sua trajetória, Rocha Campos ajudou o Brasil a ser membro pleno do Tratado da Antártica e auxiliou na formação de centenas de pesquisadores. A partir de 1983, coordenou a parte científica do Proantar e integrou todos os organismos envolvidos com as atividades antárticas nacionais. Suas atividades científicas abrangem duas linhas de pesquisa principais, relacionadas à sedimentação glacial pré-pleistocênica e paleontologia do Neopaleozóico do Brasil.
"Ele impulsionou a pesquisa antártica de qualidade mundial no Brasil e foi fundamental para o Proantar. Até a Revista Antártica Brasileira ele lançou na Academia Brasileira de Ciências", reforça o coordenador-geral de Oceanos, Antártica e Geociências do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Andrei Polejack. A professora Wânia Duleba, da Universidade de São Paulo (USP), destacou que Rocha Campos ajudou na formação de vários pesquisadores brasileiros em início de carreira. "Perdi meu mentor científico e uma pessoa fantástica."
Nascido em Araras (SP), Rocha Campos graduou-se em Geologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em 1960. Iniciou suas atividades acadêmicas, no Departamento de Geologia e Paleontologia, FFCL/USP, em 1961, onde doutorou-se em 1964 e obteve o título de Livre-Docente, em 1969. Ele também integrou diversas organizações científicas nacionais diversas, como a Sociedade Brasileira de Paleontologia , Sociedade Brasileira de Geologia e Academia Brasileira de Ciências.
No Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, criou o Centro de Pesquisas Antárticas, do qual foi diretor e promoveu inúmeras edições do Simpósio Brasileiro de Pesquisas Antárticas, que pode ser considerado o principal evento científico da pesquisa brasileira na Antártica.
No exterior, estagiou, na qualidade de Pesquisador Visitante (pós-doutorado), na Universidade de Illinois, City University of New York, Universidade de Minnesota, no American Museum of Natural History, Natural Museum of Natural History e United States Geological Survey, EUA, e na Universidade de Estrasburgo, França.
Com informações da ASCOM/MCTIC
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Qui, 11 Jul 2019 16:45:00 -0300
Ex-bolsista do CNPq ganha prêmio internacional
Pesquisadora brasileira foi a vencedora do Prêmio Marsh para Carreira Inicial de Entomologista, da Royal Entomological Society, um importante reconhecimento a pesquisadores em início de carreira com grande contribuição para a área, com impacto único ou contínuo para a ciência. A premiação acontecerá em Londres, em 21 de agosto deste ano. A premiada é Jéssica P. Gillung, ex-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para realizar o doutorado em Entomologia na Universidade da California, nos EUA.
A pesquisadora, que foi, ainda, bolsista de Iniciação Científica do CNPq na graduação em biologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ressalta a importância dos apoios recebidos para consolidar sua trajetória. "A bolsa de IC foi fundamental não só para a minha formação como cientista, mas, também, para a minha motivação para praticar pesquisa", afirma. Quanto à experiência do doutorado no exterior, ela reforça a oportunidade de expandir conhecimentos. "A bolsa me possibilitou estabelecer contatos e colaborações com pesquisadores renomados na minha área de interesse, e também me proporcionou oportunidades de aprendizado que foram essenciais para o meu crescimento profissional", finaliza.
Jessica contou com apoio do CNPq ao longo da sua trajetória : bolsa de IC e doutorado no exterior motivaram e contribuiram para sua formação. Foto: Kathy Garvey/Divulgação
No doutorado, Jessica estudou sobre a evolução, biologia e taxonomia de moscas aranhas, um grupo de inimigos naturais de aranha. Atualmente, ela atua na Universidade de Cornell (EUA) como associada em um pós-doutorado no Laboratório Danforth, onde pesquisa sobre a evolução e conservação de abelhas e vespas. Sua pesquisa busca determinar as origens evolutivas e padrões de diversidade fenotípica e biológica entre insetos por meio de reconstruções filogenéticas, análises comparativas, taxonomia e genômica. Além disso, ela estuda como melhor usar seqüências genômicas para inferir a história evolutiva e entender como a evolução moldou a biodiversidade.
Antes do Prêmio Marsh, Jéssica já havia sido condecorada com outros dois prêmios da Sociedade Americana de Entomologia. Em 2018, recebeu o prêmio de Liderança estudantil, que reconhece um estudante de pós-graduação em entomologia que possui extremo destaque em liderança em seu departamento, universidade, comunidade e sociedades profissionais, enquanto ainda alcançando excelência acadêmica. E, este ano, recebeu o prêmio de Jovem Pesquisador, que homenageia um estudante ou membro profissional iniciante que trabalha no campo da entomologia e que tenha demonstrado excelência em todos os principais aspectos da vida intelectual, incluindo pesquisa, extensão, ensino e divulgação cientifica.
O Prêmio
Concedido anualmente, o prêmio, segundo a organização, destaca a dedicação, trabalho árduo e criatividade de um(a) jovem pesquisador(a) e homenageia o(a) escolhido(a) com uma placa comemorativa e um prêmio de 1250 libras esterlinas. Além disso, o(a) vencedor(a) é convidado a ser palestrante principal do congresso, que este ano será realizado em Londres de 20 a 22 de agosto de 2019.
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Ter, 09 Jul 2019 11:57:00 -0300
OBMEP: Medalhistas premiados
O Brasil do futuro, representado por 575 dos 18,2 milhões de alunos participantes da 14ª OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), recebeu na tarde desta segunda-feira (8), em Salvador (BA), o prêmio máximo da competição.
Maior olimpíada estudantil do país, a OBMEP é realizada desde 2005 pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) é parceiro da OBMEP na concessão de bolsas de iniciação científica aos premiados, por meio do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr) do IMPA.
A entrega de medalhas de ouro da OBMEP 2018, realizada no Centro de Convenções do Fiesta Bahia Hotel, teve a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes e o presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo.
A cerimônia foi marcada por discursos de reconhecimento e incentivo aos estudantes, provenientes de todos os Estados do Brasil.
Medalhistas da OBMEP e as autoridades presentes. Crédito: Marcus Claussen / OBMEP
O ministro recordou a infância e a juventude em Bauru (SP) com o objetivo de mostrar à plateia de meninos e meninas que a educação muda vidas e que é possível transformar sonhos em realidade.
"Vocês podem ser tudo o quiserem na vida, desde que estudem, trabalhem, persistam e façam mais do que esperam de vocês", declarou Pontes, repetindo o conselho que recebeu da mãe, Zuleika, quando pensou em desistir da meta de se tornar piloto de aviação. "Vocês têm a capacidade de levantar este país", acrescentou.
Diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana destacou o feito dos medalhistas entre 18,2 milhões de concorrentes e agradeceu aos envolvidos, em especial aos professores. Também fez um agradecimento ao apoio recebido do governo federal para a realização da olimpíada. Segundo ele, seria impossível a OBMEP acontecer sem a atenção do MCTIC e do Ministério da Educação (MEC).
Após citar o "sucesso comprovado" da iniciativa, Viana declarou que, para tornar a OBMEP cada vez mais um instrumento a serviço do país, sua universalização é a meta prioritária do IMPA. A extensão da olimpíada a todas as séries do Ensino Básico consta como um dos ítens principais do contrato de gestão do IMPA, em negociação com o MCTIC e o MEC.
Segundo o diretor-geral, além de estender a competição a todo o Ensino Básico, universalizar significa ampliar a presença das escolas privadas - na OBMEP desde 2017 - e proporcionar a participação mais igualitária de gênero.
A fim de simbolizar as histórias inspiradoras dos quase 600 estudantes presentes à cerimônia, o diretor-adjunto do IMPA e coordenador-geral da OBMEP, Claudio Landim, citou a trajetória de dois deles: Leonardo Torres Silva, da Escola Estadual Querobino Marques de Oliveira, em Inhapim, zona rural de Minas Gerais, três ouros; e David Costa Pereira, da Escola Municipal Raimundo Alexandre Costa, em um povoado em Tuntum, no Maranhão, um ouro e um bronze.
Landim parabenizou os medalhistas e agradeceu às instituições que apoiam programas da OBMEP: Fundação Itaú Social e Instituto TIM.
Antes da entrega das medalhas de ouro por unidade da Federação, foram agraciados os multimedalhistas da OBMEP e as vencedoras do Troféu Meninas Olímpicas do IMPA, destinado às estudantes que mais pontuaram em cada um dos três níveis da OBMEP.
Em sua 14ª edição, a OBMEP reuniu concorrentes de 54.498 instituições de ensino públicas e privadas, de 99,4% dos municípios brasileiros. Dos 18,2 milhões de estudantes inscritos, 952.782 foram classificados à segunda fase da disputa.
Além das 575 medalhas de ouro entregues na cerimônia, 6,9 mil alunos foram premiados com prata ou bronze e 46,6 mil receberam menção honrosa. Ganhadores de medalhas garantem o ingresso em programas de iniciação científica.
Veja a distribuição das medalhas por Estado na página da OBMEP.
Sobre a OBMEP
Destinada a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, a OBMEP é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC).
Criada em 2005 pelo IMPA, a competição tem como metas estimular o estudo da Matemática, revelar talentos - incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas ¿ e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento.
O PIC JR
Todos os alunos medalhistas são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico dos participantes. Atualmente, o CNPq concede 6 mil bolsas no âmbito desse programa.
Com informações do IMPA
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Qua, 19 Jun 2019 18:50:00 -0300
INCT apresenta pesquisa sobre jovens e ciência
O Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT/CPCT) e a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) apresentam, nesta segunda feira, 24, o resultado da primeira survey nacional: "O que os jovens brasileiros pensam da ciência e tecnologia?". É a primeira pesquisa nacional, com objetivo de responder e apresentar os resultados desta pergunta. O evento acontecerá na Tenda da Ciência do Museu da Vida, na Fiocruz Manguinhos, das 9h às 13h.
Os tópicos em discussão:
- Os jovens brasileiros se interessam mais por esporte, por religião, ou por ciência e tecnologia?
- Em quem os jovens confiam? Jornalistas? Cientistas?
- Para os jovens brasileiros, a profissão de cientista é atrativa?
- Os jovens se informam sobre ciência e tecnologia mais ou menos, do que os mais velhos?
- Que meios mais usam para buscar informação sobre C&T?
- O que um jovem tem em mente quando pensa na palavra "ciência"?
- Os jovens brasileiros se preocupam com desinformação e fake news? Sabem checar se uma informação é verdadeira?
O evento contará com a presença de especialistas na área da percepção pública da ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Haverá tradução simultânea. A atividade é gratuita e aberta a todos os interessados, sem necessidade de inscrição prévia.
O INCT conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Confira a programação:
9h: Abertura
Paulo Elian, diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz)
Cristiani Vieira Machado, Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz
Luisa Massarani, coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia
Ildeu de Castro Moreira, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)9:15h: A percepção pública da ciência e tecnologia: o estado da arte em outros países
John Besley, pesquisador da Michigan State University (Estados Unidos)
Carmelo Polino, pesquisador do Centro Redes (Argentina) e da Universidade de Oviedo (Espanha)
Moderadora: Ione Mendes, mestranda em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da COC/Fiocruz10:45h: Coffee-break
11h: Resultado da primeira survey nacional sobre "O que os jovens brasileiros pensam da ciência e tecnologia?", pelo Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia
Yurij Castelfranchi, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Luisa Massarani, pesquisadora da COC/Fiocruz
Vanessa Fagundes, doutoranda em Sociologia da UFMG e Fapemig
Moderador: Ildeu de Castro Moreira, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Debatedor: Herton Escobar, jornalista especializado em temas de ciência da Universidade de São Paulo (USP).
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Qua, 12 Jun 2019 18:24:00 -0300
INCT Herbário Virtual promove formação
A Rede de Herbários do Rio Grande do Sul e a Univates, com apoio do INCT Herbário Virtual da Flora e dos Fungos realizará no dia 14 de junho de 2019, uma atividade de formação com o tema: Herbários na era digital: as novas rotinas na gestão dos acervos e seus impactos na taxonomia.
O INCT Herbário Virtual é uma das redes apoiadas pelo programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A atividade é destinada a curadores, técnicos e profissionais ou estudantes de Biologia e áreas afins. As palestras serão transmitidas virtualmente para todo Brasil e poderá ser acompanhada pelo Youtube pelo link.
Programação:
10h: Reunião com curadores e técnicos da Rede de Herbários do Rio Grande do Sul
11h30: Visita ao Museu de Ciências - Univates e às coleções
Intervalo para almoço
13:00: Dr. André Luis de Gasper (Universidade Regional de Blumenau- FURB) - Palestra presencial: Herbários do Sul do Brasil: situação atual e desafios na digitalização
14:00: Bel. Sidnei de Souza (Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA) palestra por videoconferência:
15:00: Dr. Gustavo Heiden e Acad. Daiane Rodeghiero Vahl (Embrapa Clima Temperado) - Palestra presencial: Digitalização de herbários: da antessala às plataformas online
16h15: Encerramento
Não será fornecido certificado para quem acompanhar online a atividade e, por isso, não será necessário efetuar inscrição.