Notícias Destaque em CT&I
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Seg, 26 Ago 2019 17:21:00 -0300
Pesquisadores brasileiros recebem reconhecimento internacional
Dois pesquisadores brasileiros, bolsistas PQ do CNPq, integram uma lista com outros três cientistas (da Inglaterra, do México e da Argentina) de laureados com a honraria Corresponding Member, concedida pela Botanical Society of America (BSA). Com isso, Jefferson Prado, do Instituto de Botânica de SP, e Lucia Garcez Lohmann, da USP, passam a ser membros vitalícios da BSA.Dois pesquisadores brasileiros, bolsistas de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tiveram seus trabalhos reconhecidos pela Botanical Society of America (BSA). Jefferson Prado, do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, e Lucia Garcez Lohmann, da Universidade de São Paulo (USP) integram uma lista com outros três pesquisadores (um da Inglaterra, um do México e um da Argentina) de nomes aprovados este ano para receberem a honraria denominada Corresponding Member, concedida para cientistas seniores que fizeram contribuições excepcionais para a ciência das plantas e que vivem e trabalham fora dos Estados Unidos. Como parte do reconhecimento, os pesquisadores passam a ser membros vitalícios da BSA.
"Sem dúvida, é uma honra ter sido indicado é escolhido", celebra Jefferson Prado, que atua na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia e Filogenia de Samambaias e Licófitas, e em Nomenclatura Taxonômica Vegetal. É orientador de Mestrado e Doutorado pela USP e, desde de abril de 2008, é pesquisador associado do The New York Botanical Garden, Institute of Systematic Botany, EUA. Prado é membro do Comitê Geral de Nomenclatura da International Association for Plant Taxonomy (IAPT), pela qual integrou, também, de 2005 a 2017, o Comitê de Nomenclatura para Plantas Vasculares. Além disso, Prado é membro do Comitê Editorial do Código Internacional de Nomenclatura Botânica e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo.
Para Lucia Lohmann, a aprovação para integrar a BSA "reforça a grande importância dos estudos em biodiversidade que estamos desenvolvendo atualmente". A pesquisadora é Professora Doutora do Departamento de Botânica da USP, pesquisadora associada do Missouri Botanical Garden e do New York Botanical Garden e integra o Comitê de Assessoramento de Botânica (CA-BO) do CNPq. Sua pesquisa, multidisciplinar, busca entender os padrões de diversidade e biogeografia na região Tropical e utilizar estas informações como base para a conservação e manejo da biodiversidade, combinando dados derivados da taxonomia, com informações provenientes da biologia molecular, ecologia, biologia evolutiva, paleontologia, geologia, e conservação. Um componente importante de sua pesquisa foca nas Bignoniaceae, a família dos Ipês e Jacarandás. Além disso, Lohmann é editora associada das revistas Molecular Phylogenetics & Evolution, Phytotaxa e Phytokeys e membro dos conselhos científicos da Flora Neotropica, Flora do Brasil e da Flora do Paraguay (Jardin Botanique de Genéve & MOBOT). É, ainda, diretora executiva da Association for Tropical Biology & Conservation e secretária da International Association of Botanical and Mycological Societies desde 2017.
A lista completa do Corresponding Members da BSA pode ser encontrada no seguinte link: https://cms.botany.org/home/awards/awards-for-established-scientists/correspondingmembers.html
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Seg, 19 Ago 2019 11:43:00 -0300
CNPq lança chamada para Centro de Sínteses
Está aberta a primeira chamada para projetos do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos - SinBiose, um novo programa do CNPq. Lançado em 2018, a missão do Centro é produzir sínteses de dados e conceitos de elevado padrão internacional, com ênfase em projetos relacionados com problemas atuais em biodiversidade e serviços ecossistêmicos.Está aberta a primeira chamada para projetos do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos - SinBiose, um novo programa de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Lançado em 2018, a missão do SinBiose é produzir sínteses de dados e conceitos de elevado padrão internacional, com ênfase em projetos relacionados com problemas atuais em biodiversidade e serviços ecossistêmicos, levando a resultados socialmente relevantes. A proposta é que o Centro atue como intermediário entre ciência e política, auxiliando no desenvolvimento de cenários, estratégias e soluções para a área, e na identificação de lacunas de conhecimento e problemas ambientais emergentes.
O objetivo da Chamada CNPq/MCTIC nº 17/2019 é selecionar projetos interdisciplinares e inovadores, que demonstrem aderência ao conceito de Síntese Científica e contribuam para a missão do SinBiose. O prazo de submissão de propostas é até 30 de setembro de 2019.
Os temas de interesse do SinBiose são bastante diversos, abrangendo a área de Biodiversidade de Serviços Ecossistêmicos. Para essa chamada, foram selecionadas algumas linhas temáticas relevantes, mas outras linhas de pesquisa podem ser propostas, desde que mantido o foco na área de biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
São exemplos de linhas de pesquisa de interesse do SinBiose:
- Vetores diretos e indiretos de transformação e vulnerabilidade dos ambientes;
- Bioindicadores de integridade dos ecossistemas;
- Estratégias de gestão e manejo de recursos naturais e paisagens;
- Serviços ecossistêmicos e suas relações com o sistema econômico e o bem-estar humano;
- Identificação, avaliação e modelagem de geração, manutenção e distribuição da biodiversidade;
- Prioridades e técnicas de conservação, restauração e recuperação de recursos naturais e serviços ecossistêmicos.
Sobre as propostas
Os projetos terão o valor máximo de financiamento de R$ 500 mil para itens de custeio e bolsas de pos-doutorado. A duração dos projetos será de 24 meses, durante os quais as equipes de pesquisa devem se reunir presencialmente para desenvolver a pesquisa de forma colaborativa.
As reuniões serão realizadas, preferencialmente, em Brasília e devem ser organizadas em conjunto com a Gerência de Projetos do SinBiose no CNPq. A estimativa é três reuniões presenciais, com duração aproximada de uma semana cada. O orçamento do projeto deverá ser elaborado de forma a cobrir as despesas das reuniões.
As propostas não devem prever atividades de coleta de dados, as análises devem ser desenvolvidas em cima de dados já disponíveis.
Informações detalhadas sobre os projetos estão disponíveis neste vídeo. Chamada na íntegra, na página da Chamada no site do CNPq.
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Sex, 16 Ago 2019 18:17:00 -0300
Plataforma Lattes completa 20 anos de criação
A Plataforma Lattes alcança um importante marco em sua história. Neste mês de agosto, a Plataforma completa 20 anos. Considerada uma das iniciativas mais importantes do CNPq. A Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações.A Plataforma Lattes alcança um importante marco em sua história. Neste mês de agosto, a Plataforma completa 20 anos. Considerada uma das iniciativas mais importantes do CNPq.
A Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações. Sua dimensão atual se estende não só às ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, mas também de outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. Além disso, se tornou estratégica não só para as atividades de planejamento e gestão, mas também para a formulação das políticas do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e de outros órgãos governamentais da área de ciência, tecnologia e inovação.
O Currículo Lattes é o principal banco de currículos do Brasil, com quase 6,5 milhões de usuários. Se tornou um padrão nacional no registro da vida pregressa e atual dos estudantes e pesquisadores do país, e é hoje adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País. Por sua riqueza de informações e sua crescente confiabilidade e abrangência, se tornou elemento indispensável e compulsório à análise de mérito e competência dos pleitos de financiamentos na área de ciência, tecnologia e inovação.
O Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil é um inventário destes grupos em atividade no país. Os recursos humanos constituintes dos grupos, as linhas de pesquisa e os setores de atividade envolvidos, as especialidades do conhecimento, a produção científica, tecnológica e artística e os padrões de interação com o setor produtivo são algumas das informações contidas no Diretório. O conjunto destas informações contribui para traçar um panorama das pesquisas em curso, no Brasil, e como estão organizados os recursos humanos dedicados as estas pesquisas.
O Diretório de Instituições foi concebido para promover as organizações do Sistema Nacional de CT&I à condição de usuárias da Plataforma Lattes. Ele registra todas e quaisquer organizações ou entidades que estabelecem algum tipo de relacionamento com o CNPq (instituições nas quais os estudantes e pesquisadores apoiados pelo CNPq desenvolvem suas atividades; instituições onde os grupos de pesquisa estão abrigados, usuárias de serviços prestados pela Agência, como o credenciamento para importação pela Lei 8.010/90; instituições que pleiteiam participar desses programas e serviços, etc).
Uma premissa de seu funcionamento, a disponibilização pública dos dados da Plataforma na Internet permite maior transparência e mais confiabilidade das informações registradas, através o controle social. Assim, às atividades de fomento do CNPq assim como das demais agências que utilizam a Plataforma Lattes podem contar com informações fidedignas e confiáveis para dar seguimento a seus processos de negócio Alem disso é fonte inesgotável de informações para estudos e pesquisas. Na medida em que suas informações são recorrentes e cumulativas, têm também o importante papel de preservar a memória da atividade de pesquisa no país.
Nos últimos anos o CNPq tem atuado no aprimoramento e na modernização da Plataforma, por meio da oferta de novos serviços e parcerias, além de iniciativas para integração de dados com outras agências, especialmente no âmbito do Consórcio Nacional em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (CONECTI Brasil), cujo lançamento oficial ocorreu no início do mês.
Veja aqui um pouco da história dos 20 anos da Plataforma Lattes.
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Ter, 13 Ago 2019 17:35:00 -0300
CNPq lança Chamadas do Programa Editorial e de Olimpíadas Cientificas
CNPq lança duas chamadas voltadas para a divulgação, popularização e comunicação científica. Serão selecionadas propostas de periódicos e de olimpíadas científicas. Para ambas, a data limite de submissão é até o dia 23 de setembro de 2019. Outras duas seleções estão abertas: Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e Feiras e Mostras Científicas.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança as chamadas de seleção de projetos do Programa Editorial e para realização de Olimpíadas Cientificas. Para ambas, a data limite de submissão é até o dia 23 de setembro de 2019.
A Chamada CNPq Nº 19/2019 - Programa Editorial tem como objetivo apoiar propostas que incentivam a editoração e publicação de periódicos científicos brasileiros. O periódico deve ser mantido e editado por instituição, associação ou sociedade científica brasileira sem fins lucrativos; apresentar periodicidade de pelo menos dois fascículos por ano; ser disponibilizado obrigatoriamente sob o formato eletrônico; ter sido disponibilizado de forma regular nos dois últimos anos; e estar, obrigatoriamente, indexado em pelos menos duas bases de dados dentre as citadas na chamada: SciELO, SCOPUS, Web of Science (Todas as bases), PubMED e RedALyC. Para este ano, está previsto um total de R$ 1 milhão do orçamento do CNPq. Para saber mais sobre a Chamada, acesse aqui.
A Chamada CNPq/MCTIC Nº 13/2019 - Olimpíadas Científicas conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e tem como objetivo realizar olimpíadas científicas como instrumento de popularização da ciência e melhoria dos ensinos fundamental e média, para identificar jovens talentosos que possam ser estimulados a seguir carreiras técnico-científicas e docente. Estão previstos, ao todo, R$ 2 milhões para os projetos aprovados.
As propostas deverão ser inseridas em uma das categorias abaixo:
- Olimpíada Nacional: para apoio a eventos caracterizados como Olimpíada Científica de nível nacional.
- Olimpíada Internacional: para apoio a eventos de Olimpíada Científica Internacional a ser realizada no Brasil. O evento deve estar claramente caracterizado como Olimpíada Científica; encontrar-se em sua fase final; envolver um número significativo de países e ser proposto por grupo 2 organizador de Olimpíada Científica Nacional já apoiada pelo CNPq e com tradição na área.
Para mais informações sobre a Chamada, acesse aqui.
Mais oportunidades de divulgação científica
Outras duas ações voltadas para a divulgação científica foram lançadas em julho e estão abertas, com encerramento do prazo de submissão nas próximas semanas: a chamada de apoio a propostas de ações voltadas para Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - Chamada CNPq/MCTIC Nº/2019 -, com prazo até o dia 22 de agosto; e a seleção de projetos de feiras e mostras científicas - Chamada CNPq/MCTIC Nº 11/2019 -, com submissão aberta até o dia 30 de agosto.
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Ter, 06 Ago 2019 17:35:00 -0300
CONECTI integra dados nacionais de educação, ciência, tecnologia e inovação
Integram o Conecti CNPq, CAPES, CONFAP, IBICT, Scielo e RNP. No âmbito do CNPq, essa é uma das iniciativas que buscam aprimoramento e modernização da Plataforma Lattes, por meio da oferta de novos serviços e parcerias e integração de dados com outras agências, e surge em um momento histórico, no mês em que a Plataforma completa 20 anos de criação.Foi oficializada a formação do Conecti Brasil, o Consórcio Nacional em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação que integra diversos dados por meio de uma plataforma digital. Em cerimônia nessa quarta-feira, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com a presença das insituições que foram o Consórcio - o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a CAPES, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), a Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) - foi assinado o Acordo de formalização dessa parceria que irá integrar as plataformas voltadas para o setor, como a Plataforma Lattes do CNPq.
Representantes das instituições parceiras assinaram o acordo que oficionalizou o consório - Foto: Roberto Hilário/CNPq
Presente no evento, o presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo, reforçou a importância dessa integração. "Facilta a vida dos pesquisadores e promove a troca de informações", afirmou. Segundo Anderson Correia, presidente da CAPES, "em termos práticos, ele dará maior visibilidade aos pesquisadores, tanto nacional, quanto internacionalmente. A CAPES, o CNPq e todas as fundações de pesquisa do Brasil, suas pesquisas, publicações, recursos e equipamentos".
"Hoje, o pesquisador no Brasil tem que entrar em diversos sistemas. De gestão, de pesquisa, de fomento, de identificação, do currículo... e tem que colocar a própria informação de várias formas e em momentos diferentes", exemplificou Pilar de Almeida, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). "A integração dos sistemas de informação dessas instituições otimiza e muito o tempo do pesquisador e a confiabilidade das informações", concluiu.
O evento contou com a presença de participantes dos grupos de trabalho das instituições que contribuíram para a iniciativa. Foto: Roberto Hilário/CNPq
No âmbito do CNPq, essa é uma das iniciativas que buscam aprimoramento e modernização da Plataforma Lattes por meio da oferta de novos serviços e parcerias e integração de dados com outras agências e surge em um momento histórico, no mês em que a Plataforma completa 20 anos de criação. Considerada uma das iniciativas mais importantes do CNPq, a Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações. Sua dimensão atual se estende não só às ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, mas também de outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. Além disso, se tornou estratégica não só para as atividades de planejamento e gestão, mas também para a formulação das políticas do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e de outros órgãos governamentais da área de ciência, tecnologia e inovação. Uma premissa de seu funcionamento, a disponibilização pública dos dados da Plataforma na Internet permite maior transparência e mais confiabilidade das informações registradas, por meio do controle social. Além disso, a Plataforma Lattes tem também o importante papel de preservar a memória da atividade de pesquisa no país.
O CONECTI
A ideia do consórcio nasceu em 2018 quando seis instituições formaram uma parceria para contratação dos serviços de identificador digital de pesquisadores (ORCID - Open Researcher and Contributor ID), em escala nacional. O objetivo é garantir a oferta de serviços digitais a todo o ambiente de pesquisa, passando por universidades e financiadores, que produzam e compartilhem dados. Estão envolvidos pesquisadores, professores, instituições e agências de fomento. Produtos científicos, como teses, dissertações, livros e artigos, projetos, eventos e prêmios também compõem esse universo de informações.
O objetivo inicial da contratação firmada no ano passado era oferecer aos participantes os benefícios de uma plataforma que fornecesse um identificador persistente de pessoas e serviços essenciais à apropriada gestão da atividade de pesquisa, como recuperação automática de dados de publicações das principais bases de dados. Além disso, que evitasse a duplicidade de informações requeridas para a devida associação com seus respectivos autores e instituições.Com o andamento do trabalho, a equipe percebeu que esse identificador seria apenas uma das etapas para se preencher com qualidade, na velocidade e com a abrangência desejadas, a lacuna existente de dados. A decisão dos parceiros foi expandir as atividades e assim criou-se o Conecti.
Entre os objetivos estão a inserção e utilização de dados dos principais sistemas nacionais de informação de pesquisa das instituições participantes, como as plataformas Sucupira, Lattes, Oasis, BDTD e CONFAP-CRIS. Pretende, ainda, acelerar a geração e oferta de dados com qualidade e facilitar o estabelecimento de novos acordos e parcerias internacionais em moldes similares ao do estabelecido com ORCID. Outra finalidade é acentuar a visibilidade e a capacidade de descoberta dos agentes produtores e promotores de ciência nacionais.
Dirigentes das seis instituições parceiras do CONECTI falam das expectativas do consórcio e das ações que já estão em desenvolvimento:
ANDERSON CORREIA, PRESIDENTE DA CAPES
Expectativas: O Conecti proporcionará oportunidades de ganhos significativos de eficiência e economia de esforços à comunidade científica e a possibilidade para que as instituições disponham de informações abrangentes que auxiliem a melhor gerir suas atividades e recursos de ensino e pesquisa. Com isso, há benefícios em tempo e divulgação das pesquisas. Para a sociedade em geral, o consórcio representa acesso a mais conhecimento, melhor transparência na prestação de contas e maior visibilidade internacional para o País.
Ações da CAPES: O primeiro serviço oferecido no âmbito do CONECTI é a possibilidade de acesso aos sistemas da CAPES utilizando o ORCID. Isso irá garantir a identificação correta do pesquisador, inclusive os estrangeiros, nas bases de dados, o que é o primeiro passo para prosseguir com as demais ações de coleta automática de dados.
Além disso, estão em discussão ações de integração da Plataforma Sucupira com o Lattes do CNPq e com o Banco de Teses e OASIS-BR do IBICT .
JOÃO LUIZ FILGUEIRAS DE AZEVEDO, PRESIDENTE DO CNPq
Expectativas: Vejo nesse consórcio uma excelente oportunidade para uma atuação mais inteligente das agências de fomento brasileiras, trazendo mais racionalidade e economicidade num cenário tão desfavorável. Contamos com dezenas de instituições que financiam pesquisa em nível federal e estadual, além de empresas. Com esse emaranhado de informações e sistemas, o CONECTI pretende ampliar as cooperações em prol da diminuição da burocracia e fragmentação com a utilização dos mais diversos identificadores de pessoas, instituições, projetos de pesquisa e produções científicas e tecnológicas (CPF, CNPJ, ORCID, ISNI, RingGold, Researcher ID etc), fornecendo melhores serviços aos pesquisadores. Espera-se que, com a visão mais ampla dos financiamentos e melhor mapeamento de resultados obtidos, sejamos mais capazes de dar respostas assertivas à imprensa e ao público em geral, fazendo com que o setor de educação, ciência, tecnologia e inovação se fortaleça.
Ações do CNPq: Dentro desse esforço, foi recentemente implementada no Lattes a possibilidade de inserção do ORCID, o que permitirá em breve que muitas informações sejam automaticamente recuperáveis de outras bases, sem a necessidade de novo preenchimento pelo pesquisador. Mesma lógica vale para a colaboração com o IBICT , com a integração com a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e com o Portal de Acesso Aberto OASIS-BR. Por exemplo, quando uma tese for depositada na BDTD, o pesquisador receberá uma notificação em seu CV Lattes para validar a informação já existente (certificação) ou incluí-la caso se trate de nova titulação (autopopulação) Outros projetos estão sendo estudados, que envolvem o Diretório de Instituições (DI) e o Diretório dos Grupos de Pesquisa (DGP).ABEL PACKER, DIRETOR DA SCIELO
Expectativa: O CONECTI contribuirá para estruturar a interoperabilidade entre as instâncias, processos e conteúdos da produção científica do Brasil. Contribuirá para o melhoramento das capacidades e infraestruturas em gestão de informação e comunicação científica que se traduzirá em maior reconhecimento e visibilidade da pesquisa do Brasil.
Ações da SCIELO: A ação principal que o Programa SciELO vem desenvolvendo no contexto do CONECTI é a exigência de identificação do ORCID dos autores dos artigos de periódicos indexados na coleção SciELO, o que viabiliza a plena interoperabilidade e visibilidade dos autores e das suas pesquisas. Ações complementares se referem a serviços de interoperabilidade com instâncias internacionais.
NELSON SIMÕES DA SILVA, DIRETOR DA RNP
Expectativa: Ao integrar os principais agentes promotores da ciência brasileira, o consórcio permitirá otimizar a gestão de dados da pesquisa e de pesquisadores: (1) reduzindo o tempo de registro atualmente realizado em múltiplas fontes, (2) proporcionando a melhoria da qualidade dos dados disponíveis e, consequentemente, (3) garantindo a geração de conhecimento da Ciência no país de forma mais sistêmica para melhor subsidiar políticas públicas.
A Plataforma ConectiBR proporcionará ao ecossistema de pós-graduação e ciência brasileiro oportunidades de ganho significativo de eficiência e economia através da geração e oferta aberta de informações abrangentes, precisas e atualizadas sobre todas as entidades e agentes que produzem ou fomentam ciência no Brasil. Serão dados sobre pesquisadores, instituições, projetos e seus, respectivos, produtos científicos. Tais dados auxiliarão agências governamentais, organizações de ensino, de fomento e até o pesquisador individual a melhor gerir e planejar suas atividades e recursos.
Dessa fonte de dados fundamentais, novos serviços de informação e de apoio à decisão poderão ser mais fácil e rapidamente desenvolvidos pelas instituições, de forma inclusiva, colaborativa e aberta, quiçá pela própria comunidade acadêmica e científica.
Para a RNP, mais do que uma plataforma tecnológica, o grande desafio é a criação de um modelo de dados que apoie e integre todos os agentes envolvidos, de forma a garantir informações integradas, acessíveis e confiáveis de órgãos de fomento, projetos e pesquisadores. Tal desafio só poderia ser superado por meio do esforço conjunto, no âmbito do consórcio CONECTI, onde todos juntos se unem para resolver o que não poderia ser resolvido por um ator sozinho.
Ações da RNP: A RNP como membro técnico do CONECTI vem desenvolvendo uma solução para integrar os sistemas dos entes do consórcio com a plataforma ORCID (Open Researcher and Contributor ID). Exemplos desses sistemas são: a Plataforma Sucupira da Capes; a Plataforma Lattes do CNPq; o OASIS do IBICT; o CONFAP-CRIS do CONFAP. Essa solução integradora, por meio do ORCID, permitirá inicialmente recuperar, cadastrar e/ou atualizar os dados de currículo do pesquisador. A solução está hospedada na infraestrutura da RNP bem como os dados. Essa abordagem foi adotada para garantir que todos os membros tenham a mesma versão do sistema de integração com o ORCID.
CECÍLIA LEITE, DIRETORA DO IBICT
Expectativa: Nossa expectativa, hoje, não difere daquela acordada nas reuniões em que participei voltadas à constituição do Consórcio ORCID, isto é: que tenhamos um sistema de informação de financiamento de pesquisa que integre dados das agências de fomento, devidamente padronizados, capaz de interoperar com os sistemas existentes no IBICT e outros em desenvolvimento, como, por exemplo, a base de instituições e de editais. Ao final, esses sistemas integrarão o ecossistema nacional de informação de pesquisa (sistema de sistemas), isto é, o próprio BRCRIS. Esse grande sistema, fruto de 5 anos de estudos conceituais desenvolvidos pelo IBICT, será apoiado em padrões de interoperabilidade, sistemas de classificação de pesquisa, entre outros.
Ações do IBICT:- Constituição de uma base de instituições padronizada, referência nacional para cadastro de instituições de ensino e pesquisa, de forma a promover a integração entre sistemas de informação, por meio de identificadores persistentes.
- Constituição de um modelo padronizado de editais de fomento à pesquisa, referência nacional para chamadas de financiamento, de forma a facilitar sua futura integração aos sistemas a eles vinculados.
- Integração da Plataforma Lattes ao OASISBR -- o "Portal Brasileiro de Publicações Científicas em Acesso Aberto", um repositório integrado da produção científica (que contém a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações - BDTD).
- Constituição de um protótipo de sistema de informação contendo todos os módulos de um CRIS, utilizando registros do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), que representam volume significativo de pesquisas e resultados em áreas de impacto no Brasil.
EVALDO FERREIRA VILELA, PRESIDENTE DO CONFAP
Expectativa: Esperamos que a integração de conteúdo das instituições que participam do consócio promova uma racionalização de recursos e esforços, dando mais agilidade e qualidade aos processos de seleção e avaliação das políticas de fomento. Isto é particularmente importante na gestão dos convênios que as Faps realizam com outras instituições do Conecti.
Além disso, com informações integradas é possível consolidar os resultados gerados pelas pesquisas e inovações tecnológicas e demonstrar a importância deste setor para o desenvolvimento do país.
A maior transparência das informações sobre ciência e Tecnologia é outro resultado que poderá trazer grande impacto na forma como se faz gestão do sistema de CT&I, não apenas por demonstrar onde o recurso está sendo aplicado, mas também pelos benefícios que trará para a comunidade científica, uma vez que tornará mais claro o que está sendo desenvolvido por outros pesquisadores e qual a estrutura disponível para realização das pesquisas; poderá impactar a sociedade, na medida em que permitirá visualizar os resultados gerados nas pesquisas e a agências de fomento, pois fornece subsídios para o aperfeiçoamento das suas políticas de fomento e estabelecimento de novas parcerias estratégicas.
Um resultado indireto, mas nem por isto menos importante, é a oportunidade que a participação no consórcio traz de se conhecer melhor os demais agentes do sistema de C,T&I: suas boas práticas, forma de operação, dificuldades e estratégias, o que será vital para estabelecimento de novas e frutíferas parcerias.
Ações do Confap: Enquanto signatário, o Confap participa ativamente dos encontros e decisões do ConectiBrasil. Além disto, está desenvolvendo, em parceria com a RNP, um sistema que integrará os dados das diversas Faps do país, permitindo uma visão detalhada do fomento realizado por estas agências. Uma vez concluído, este sistema poderá se integrar às demais plataformas do Conecti, permitindo uma visão global do fomento à pesquisa e inovação no país.
Com informações da CCS/CAPES
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Ter, 30 Jul 2019 17:26:00 -0300
UFABC e CNPq lançam Mestrado Acadêmico para a Inovação
Em evento no campus da UFABC, a universidade e o CNPq assinaram um Acordo de Cooperação entre as duas instituições que prevê a concessão de 10 bolsas de mestrado, além de 20 bolsas de iniciação tecnológica para projetos do MAI. A UFABC amplia, assim, o projeto piloto do MAI, iniciado em 2018, com sete bolsas de mestrado.A Universidade Federal do ABC (UFABC) lançou, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Mestrado Acadêmico para Inovação (MAI), em solenidade nessa segunda-feira, 29, que contou com a presença do Presidente do Conselho, João Luiz de Azevedo, e do secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal do ABC, o engenheiro Edgard Brandão Junior. Na ocasião, foi assinado um Acordo de Cooperação entre as duas instituições que prevê a concessão de 10 bolsas de mestrado, além de 20 bolsas de iniciação tecnológica para projetos do MAI. A UFABC amplia, assim, o projeto piloto do MAI, iniciado em 2018, com sete bolsas de mestrado.
Reitor da UFABC, Dácio Matheus, e o presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo, assinam o acordo de ampliação do MAI. Foto: UFABC/Divulgação
A cerimônia fez parte do Seminário Anual do Doutorado Acadêmico Industrial (DAI), coordenado pelo professor Demétrio Jackson dos Santos, que passa a assumir também a coordenação do MAI, ao lado do professor Renato Altobelli Antunes, vice-coordenador do novo curso.
O DAI marcou o início da parceria entre CNPq e UFABC, em 2013, com uma ação piloto que hoje, já consolidada, conta com vinte bolsistas de doutorado em projetos que aliam universidade e setor produtivo. Após a experiência bem sucedida com a UFABC, com a primeira tese defendida em agosto de 2017, outras instituições como a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) assinaram acordos com o CNPq para implantação da iniciativa e, posteriormente, foi aberta a primeira chamada de seleção de propostas no âmbito do programa.
O evento
Na oportunidade, o reitor Dácio Matheus ressaltou a importância da pesquisa aplicada já desenvolvida pelo DAI e lembrou o histórico de sua concepção. Aprovada pelo então presidente do CNPq, Glaucius Oliva, em 2013, na sequência de entendimentos com o ex-reitor Helio Waldman, a ideia do novo doutorado foi elaborada a partir de um diálogo entre Glaucuis e o professor Klaus Capelle, em 2011, na época pró-reitor de pesquisa, e que se tornaria posteriormente reitor da UFABC.
Desde então, o DAI tem obtido grande sucesso e se inserido nas estratégias de desenvolvimento da região, com frutos para empresas de diversos setores. Inicialmente, envolveu grandes empresas, expandindo sua atuação com a incorporação de outras de porte médio e pequeno no escopo de sua atuação. Segundo Dácio Matheus, a continuidade de políticas públicas é fundamental para esse processo. Wagner Carvalho, vice-reitor e um dos primeiros coordenadores do DAI, lembrou que as bases da proposta do novo mestrado têm suas raízes no doutorado, e agora se expandem dadas as possibilidades de interação com o setor privado na região do ABC e de todo o país.
O presidente do CNPq saudou a iniciativa e lembrou o pioneirismo da UFABC nessa modalidade de pós-graduação, a qual foi posteriormente seguida pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e pelo próprio Conselho. O sucesso do DAI, dentre outros fatores, permitiu ao CNPq lançar, em 2018, edital para o Programa Doutorado Acadêmico para Inovação, com vistas a fortalecer o empreendedorismo e a inovação nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), por meio do envolvimento de estudantes de doutorado em projetos de interesse do setor empresarial. A parceria com empresas, conforme ressaltou João Luiz Filgueiras de Azevedo, merece mais atenção das instituições públicas. Azevedo é Pesquisador Titular (A-III) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), e Professor Colaborador do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Presidente do CNPq fala na abertura do Seminário do DAI. Foto: UFABC/Divulgação
O tema da relação com empresas na perspectiva do desenvolvimento regional foi abordado pelo engenheiro Edgard Brandão Junior, secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Ele lembrou que o consórcio esteve presente nas discussões iniciais para a criação da UFABC e que hoje dialoga com as iniciativas de implantação de um Polo de Tecnologia para a área de Ferramentaria, como parte de uma estratégia de modernização da indústria, considerada por ele fundamental para o desenvolvimento da região.
Nesse sentido, segundo afirmou o professor Demétrio dos Santos, já existem cerca de 40 empresas credenciadas ao DAI, no qual estão cadastrados mais de 70 professores da Universidade, tendo sido formados oito doutores. Desde 2013, o DAI recebeu duas quotas de 20 bolsas cada, concedidas pelo CNPq, além de benefícios propiciados pelo setor privado, como a complementação do valor de bolsas e a doação de equipamentos.
Santos apontou que o nome dado ao novo mestrado indica seu alcance: por ser um Mestrado Acadêmico para Inovação (MAI), ele nasce do DAI, mas possui foco ampliado para outros temas e áreas de atuação da iniciativa privada. Com o MAI, espera-se abrir a Universidade para novos setores, disse o pró-reitor de Pós-Graduação da UFABC, Charles Morphy, que lembrou o caráter fundamental da relação entre a produção de conhecimento e os setores produtivos, por meio da inovação, elementos constituintes, tanto do doutorado já existente, como do mestrado que agora se instala. O MAI prevê a concessão de 10 bolsas de mestrado e 20 de iniciação tecnológica, números bastante animadores em um momento no qual o orçamento público federal enfrenta restrições. Os diretores da Universidade manifestaram seu agradecimento pelo reconhecimento e apoio do CNPq, e a certeza do sucesso da iniciativa do MAI sob condução dos professores Demétrio e Renato.
Convidado para o evento, o professor alemão Wulff Possart, do Department of Materials Science and Materials Engineering, da Universität des Saarlandes, ministrou, durante o evento, a palestra intitulada ¿Interação entre Universidade e Indústria na Alemanha¿. De fato, a competitividade internacional daquele país é notável graças ao investimento do estado e do setor empresarial em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). O estado alemão investe cerca de 3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em PD&I, o que representou em 2018 o valor de 99,3 bilhões de Euros. Aproximadamente duas terças partes deste valor são alocados para pesquisas desenvolvidas diretamente pela indústria alemã; a terça parte restante, cerca de 33,1 bilhões de Euros são gastos pelo governo federal e pelos 16 estados do país, e inclui os dispêndios em pesquisa de todos os órgãos públicos.
O professor Possart destacou ainda que o Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF), que recebe solicitações de pequisa acadêmica, possui orçamento anual de 10 bilhões de Euros, dos quais aproximadamente 40% são destinados ao financiamento de PD&I ligada ao setor industrial. Uma segunda rota envolve pesquisas desenvolvidas pelo setor industrial e é financiada por outro órgão público, o Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Energia (BMWi). Em 2018 essa linha de financiamento aplicou 474 milhões de Euros, com foco no desenvolvimento de empresas de porte médio e pequeno. Nos dois casos, são formados consórcios para acompanhamento da pesquisa. Além desses dois caminhos, há pesquisas desenvolvidas por associações que representam alguns milhares de setores empresariais, como as dos setores de química, de biotecnologia e de aplicações do aço, que se unem sob a designação de Fundação Alemã de Associações de Pesquisa.
O Seminário Anual do Doutorado Acadêmico Industrial foi realizado durante toda a segunda-feira, contando, no período da tarde, com a apresentação de trabalhos dos bolsistas do DAI.
Com informações da Assessoria de Comunicação da UFABC.
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Sex, 26 Jul 2019 16:55:00 -0300
Projeto analisa políticas de saúde no Brasil
O Observatório de Análise Política em Saúde (OAPS), produto central do projeto Análise de Políticas de Saúde no Brasil, lança boletim com as produções desenvolvidas no período de 2014 a 2018 em que contou com apoio do CNPq.O Observatório de Análise Política em Saúde (OAPS) lança boletim com as produções desenvolvidas no âmbito do projeto Análise de Políticas de Saúde no Brasil, no período de 2014 a 2018 em que contou com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto foi contemplado pela Chamada MCTI/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/Decit Nº 41/2013, uma parceria do CNPq com o Ministério da Saúde, e representa uma rede de pesquisadores inseridos em diversas instituições de ensino e pesquisa da área da saúde e afins envolvidas com a produção de conhecimento crítico na área de Políticas de Saúde.
Coordenado pelo professor Jairnilson Paim (ISC/UFBA), bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, o projeto estudou as políticas de saúde implementadas no país, visando à avaliação do grau e do processo de implantação de políticas de saúde; à análise dos determinantes da variedade e do estágio da implementação de políticas selecionadas, em estados e municípios; à investigação da dinâmica do processo político relativo à saúde no âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; e à identificação dos atores políticos e suas visões sobre as decisões e políticas implementadas.
O Observatório de Análise Política em Saúde (OAPS) O OAPS, produto central do projeto Análise de Políticas de Saúde no Brasil, tem como missão proporcionar um espaço de reflexão e análise crítica das políticas de saúde no Brasil, através da articulação de uma rede de pesquisadores da área de Política, Planejamento e Gestão em Saúde (PPGS) de diversos centros de pesquisa.
De 2014 a 2018, o projeto investigou diferentes políticas de saúde, desenvolvendo pesquisas, relatórios de monitoramento e produtos a partir de 12 eixos de pesquisa. A articulação promovida pelo projeto resultou na formação de uma rede de pesquisa composta por 10 instituições: Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), Escola Superior de Ciências da Saúde/DF, Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IMS/UERJ), Núcleo Integrado de Saúde Coletiva da Universidade de Pernambuco (NISC/UPE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (FACEUFMG), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade de São Paulo (USP), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio ¿ FIOCRUZ e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Em 2015, duas instâncias, produtos do projeto, foram implementadas: o Observatório de Análise Política em Saúde (OAPS) e o Centro de Documentação Virtual (CDV). O OAPS e o CDV contam com uma estrutura de governança composta por um Conselho Gestor e por um Conselho Consultivo, além de coordenadores/ as de eixos de pesquisa, Coordenação Executiva, Grupo Operativo, Equipe de Comunicação e Equipe de Tecnologia e Informação.
O projeto atingiu todas as suas metas, destacando-se a elaboração, implantação e operação do OAPS/CDV. A produção científica e técnica resultante do projeto soma 26 teses de doutorado, 34 dissertações de mestrado, 10 livros, 64 capítulos de livros, 149 artigos publicados em periódicos indexados, edição de 4 números especiais de revistas (Ciência & Saúde Coletiva, Saúde em Debate e Divulgação para Saúde em Debate), além de inúmeras comunicações em congressos.
Foi publicado também o e-book Glossário Análise Política em Saúde que reúne um conjunto de termos, noções e conceitos que vêm sendo utilizados na área de Política, Planejamento, Gestão e Avaliação de sistemas e serviços de saúde.
Veja aqui o boletim do OAPS com os principais resultados obtidos.
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Seg, 22 Jul 2019 17:06:00 -0300
Projeto Noleedi é apresentado ao público na Reunião da SBPC
No estande do CNPq na Avenida da Ciência, é apresentado o "Projeto Noleedi - Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação", uma iniciativa da UFMS e do Prevfogo/IBAMA, apoiada pelo CNPq, que está pesquisando os efeitos do fogo no Cerrado e Pantanal. O projeto é executado na Terra Indígena Kadiwéu (MS).O campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) recebe, durante a 71ª Reunião Anual da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Avenida da Ciência, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com exposições das agências de fomento à pesquisa e os institutos vinculados. A abertura aconteceu na manhã desta segunda-feira, 22, com a presença do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz de Azevedo, e o secretário executivo do MCTIC, Julio Semeghini.
No estande do CNPq na Avenida da Ciência, além de uma exposição de fotos do Prêmio de Fotografia Ciência e Arte, é apresentado o "Projeto Noleedi - Efeito do fogo na biota do Pantanal sul-mato-grossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação", uma iniciativa da UFMS e do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), apoiada pelo CNPq, que está pesquisando os efeitos do fogo no Cerrado e Pantanal. O projeto é executado desde janeiro de 2019 na Terra Indígena Kadiwéu, que possui cerca de 540 mil hectares localizados no norte do município de Porto Murtinho, sudoeste de Mato Grosso do Sul.
Será o lançamento público do Projeto e, na ocasião, o visitante poderá conversar com pesquisadores e brigadistas da Terra Indígena Kadiwéu que integram a equipe do projeto, conferir vídeos e áudios, informações de instituições parceiras, além de conhecer artefatos utilizados em campo e o artesanato Kadiwéu.
A 71ª Reunião do SBPC tem como tema "Ciência e Inovação nas Fronteiras da Bioeconomia, da Diversidade e do Desenvolvimento Social", e este ano será realizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), entre os dias 21 a 27 de julho.
Confira a programação completa do CNPq no evento.
O Projeto Noleedi
Noleedi é a denominação para fogo no idioma Kadiwéu. Ao longo de 36 meses o Projeto pretende gerar dados sobre os efeitos do fogo ocorrendo em diferentes épocas (precoce, modal e tardio) na biota da região; verificar a interação dos diferentes padrões de inundação com os efeitos do fogo sobre alguns grupos-chave da biota local; criar de forma cooperativa e com o envolvimento de agentes do Estado, populações tradicionais e pesquisadores um protocolo de manejo do fogo e também um protocolo de avaliação de impactos de incêndios na biota e avaliar o manejo do fogo como uma estratégia de restauração passiva, além de identificar traços que permitam selecionar espécies com potencial para serem utilizadas na restauração de ecossistemas sujeitos ao fogo, de modo a garantir recursos para a manutenção da fauna e o sucesso no recrutamento de novos indivíduos. Também será conhecido o efeito do fogo sobre a reprodução de espécies da flora utilizadas pela comunidade indígena.
Os incêndios naturais são componentes integrais dos ecossistemas e, tradicionalmente, povos indígenas têm utilizado o fogo para manejo das culturas e para caça. Portanto, existe uma demanda urgente de definição da época e intensidade ideais de prescrição do fogo em locais sob diferentes condições ambientais como, por exemplo, regimes de inundação.
A ação do fogo em áreas de inundação ainda é pouco conhecida. A investigação do manejo prescrito do fogo, proposta pelo Projeto Noleedi, considerando a interação com a inundação, poderá avaliar se há um incremento na ciclagem de nutrientes, na regeneração natural das espécies da flora, e qual o seu efeito na fauna. O manejo adequado do fogo, impedindo com que ele passe a ser um elemento degradador, mas que seja um elemento particular deste ambiente, pode ser considerado como uma estratégia de restauração.
O Professor da UFMS, Danilo Bandini Ribeiro, coordenador do Projeto, irá ministrar a palestra "Efeitos do fogo na biota do Pantanal sul-matogrossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação" no dia 24 de julho (quarta-feira), às 15h4O, no auditório Cerrado da universidade.
Além da palestra do professor Danilo, outros pesquisadores do projeto e integrantes da Terra Indígena Kadiwéu também integrarão mesas redondas, debates e minicursos que tratam de temáticas relevantes ao projeto. Confira:
Mesa-Redonda: FOGO, INUNDAÇÃO E VEGETAÇÃO NO PANTANAL (SBB) (Sênior)
Sexta-feira, 26/7/2019 - das 15h30 às 18h00
Coordenador e palestrante: Geraldo Alves Damasceno Junior (UFMS)
Palestrantes: Alexandre de Matos Martins Pereira (IBAMA) e Edna Scremin-Dias (Fundect-MS)
Multiuso 1 - Bloco 15 - sl. 009
Minicurso: MC-44 - OFICINA DE CERÂMICA INDÍGENA (NEABI/UFMS) (Sênior)
Ministrantes: Antonio Hilário Aguilera Urquiza (UFMS), Viviane Luiza da Silva (UofM) e Creuza Virgílio (AMAK)
Ementa: História da cerâmica indígena de Mato Grosso do Sul contada pelas/pelos palestrantes, com ênfase na correta utilização dos materiais e métodos para confecção dos potes de cada etnia
Público alvo: Geral
FAED - Bloco 08 - sl. de desenho 2
De 22/7/2019 à 25/7/2019 - das 08h00 às 10h00
Encontro: BIOECONOMIA: NOVO PARADIGMA DE DESENVOLVIMENTO PARA MATO GROSSO DO SUL - RESULTADOS E PRÓXIMOS PASSOS - SEMAGRO/GOV MS (UFMS, SEBRAE)
Terça-feira, 23/7/2019 - das 14h00 às 18h00
Coordenadora: Marina Hojaij Carvalho Dobashi (Semagro)
INBIO - Bloco 18 - sl. 215 (2º pav)
Mesa-Redonda: COMO CONSERVAR AS PLANTAS ALIMENTÍCIAS NATIVAS E FORTALECER O DESENVOLVIMENTO LOCAL? (Sênior)
Quarta-feira, 24/7/2019 - das 15h30 às 18h00
Coordenadora e palestrante: Ieda Maria Bortolotto (UFMS)
Palestrantes: Fernanda Savicki de Almeida (FIOCRUZ) e Nathália Eberhardt Ziolkowski (Ecoa)
FADIR - Bloco 03 - sl. 801
Com informações da Assessoria de Comunicação do Projeto Noleedi
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Sáb, 20 Jul 2019 14:19:00 -0300
CNPq na SBPC - Confira a programação
Este ano, a reunião será na UFMS, em Campo Grande (MS), entre os dias 21 a 27 de julho de 2019. O CNPq fará entrega de prêmios, apresentará projeto de pesquisa de manejo de incêndios florestais e realizará uma série de palestras.Com o tema "Ciência e Inovação nas Fronteiras da Bioeconomia, da Diversidade e do Desenvolvimento Social", a 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) será aberta no próximo domingo, dia 21, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande (MS). A reunião da SBPC é realizada desde 1948, cada ano em um estado diferente, e é considerada o maior encontro cientifico da América Latina. Tradicionalmente, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) participa ativamente de várias atividades, entre elas, a entrega três importantes prêmios: Prêmio José Reis de Divulgação Científica, o Prêmio de Fotografia-Ciência & Arte e o Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, além de estande e palestras.
O Prêmio José Reis será entregue na abertura do evento e o vencedor deste ano é o físico Marcelo Knobel, professor da UNICAMP e atual reitor da instituição. Os demais prêmios serão entregues em cerimônia na terça-feira, 23, às 9h45, no Anfiteatro da Faculdade de Direito da UFMS.
O CNPq estará presente, ainda, na Avenida da Ciência, com estande apresentando sobre ações de fomento à pesquisa para manejo e prevenção de incêndios florestais com o ¿Projeto Noleedi¿, apoiado pelo CNPq em parceria com o IBAMA, por meio do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). Além disso, haverá exposição fotográfica do Prêmio de Fotografia ¿ Ciência & Arte, atividades para crianças, entre outras.
Na programação, uma série de palestras completam a participação do CNPq. Confira, ao final, a programação completa.
Projeto Noleedi
O projeto é uma das 25 propostas aprovadas na Chamada CNPq/Prevfogo-Ibama Nº 33/2018 - Pesquisas em ecologia, monitoramento e manejo integrado do fogo. Uma iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o projeto pesquisa os efeitos do fogo no Cerrado e Pantanal. Materiais utilizados em campo, amostras, instrumentos e produtos da Terra Indígena Kadiwéu, na qual o projeto atua, estão expostos para os visitantes conhecerem mais sobre a pesquisa. O projeto é executado na Terra Indígena Kadiwéu, uma área de cerca de 540 mil hectares no norte do município de Porto Murtinho (MS). O manejo dessas áreas, com o uso do fogo por comunidades tradicionais e indígenas, vem acontecendo por séculos e este conhecimento é bastante útil para definição de estratégias de gestão. O uso do fogo na época correta, como feito por povos indígenas, gera pouco impacto sobre a fauna e a flora. Nesse contexto, o projeto iniciou suas atividades em janeiro de 2019 e pretende gerar dados sobre efeitos do fogo ocorrendo em diferentes épocas na biota da região, conhecer o efeito do fogo sobre a reprodução de espécies da flora utilizadas pela comunidade indígena, entre outros objetivos.
No Campus da UFMS, contaremos, ainda, com o caminhão Ponto de Comando Móvel do Prevfogo-Ibama, aberto à visitação, com educadores ambientais do IBAMA mostrando como é feito o monitoramento dos incêndios florestais.
Livro Girinos
No estande, também será apresentado o livro Girinos comilões: conhecendo os girinos do Pantanal e do Chaco, dos pesquisadores Flávia Pereira Lima, Fausto Nomura, Denise de Cerqueira Rossa-Feres e Franco Leandro de Souza. Ele faz parte da Coleção Girinos do Brasil, que conta com seis livros voltados para crianças e adolescentes com informações sobre a diversidade dos girinos, ou seja, as larvas de sapos, rãs e pererecas. A coletânea é fruto de uma grande base de dados sobre girinos produzida no âmbito do projeto "Girinos de anuros da Mata Atlântica, da Amazônia, do Pantanal, do Cerrado e de Zonas de Transição: caracterização morfológica, distribuição espacial e padrões de diversidade¿ da rede de pesquisa Girinos do Brasil, coordenada pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de São José do Rio Preto (SP) e que conta com o apoio do CNPq por meio do projeto SISBIOTA.
Prêmios do CNPq
Saiba mais sobre os prêmios e conheça os vencedores:
Prêmio José Reis de Divulgação Científica: http://www.premiojosereis.cnpq.br/web/pjr/
Sobre o vencedor desta edição: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/7229244
Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica: http://www.destaqueict.cnpq.br/web/pdict/
Sobre os vencedores desta edição: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/7260316
Prêmio de Fotografia - Ciência & Arte: http://www.premiojosereis.cnpq.br/web/pjr/
Sobre os vencedores desta edição: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/7229244
Confira a programação completa do CNPq:
21/07 (Domingo)Abertura oficial da 71ª Reunião da SBPC e entrega do Prêmio José Reis de Divulgação Científica.
Horário: 18h | Local: Teatro Glauce Rocha/ UFMS
22/07 (Segunda-feira)Abertura da Avenida da Ciência
Horário: 9h
No estande do CNPq, exposição fotográfica do Prêmio de Fotografia - Ciência & Arte, o "Projeto Noleedi", realizado pela UFMS, em parceria com CNPq e Prevfogo/IBAMA. No Campus da UFMS, o Ponto de Comando Móvel do Prevfogo-Ibama, com educadores ambientais do IBAMA mostrando como é feito o monitoramento dos incêndios florestais.
Palestra Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação
Palestrante: Procurador do CNPq, Leopoldo Muraro.
Horário: 14h50 às 15h30 | Local: Auditório Cerrado
23/07 (Terça-feira)
Entrega do 16º Prêmio de Iniciação Científica e Tecnológica e do VIII Prêmio Fotografia - Ciência & Arte.
Horário: 9h45 às 10h30 | Local: Faculdade de Direito - Anfiteatro - bloco 3 - UFMS
Palestra Mecanismos de Fomento para CT&I do CNPq e os 20 Anos da Plataforma Lattes
Palestrante: Presidente do CNPq.
Horário: 10h30 às 12h30 | Local: Faculdade de Direito - Anfiteatro - bloco 3.
Encontro Jovens na Ciência
Participação do Presidente do CNPq, premiados do CNPq, além de projeto da Chamada de Apoio às Meninas nas Exatas, Engenharias e Computação
Horário: 15h40 às 16h20 | Local: Auditório Pantanal.
24/07 (Quarta-feira)
Efeitos do fogo na biota do Pantanal sul-matogrossense e sua interação com os diferentes regimes de inundação.
Palestrante: Prof. Danilo Ribeiro, coordenador do Projeto Noleedi e professor da UFMS
Horário: 15h40 às 16h20 | Local: Auditório Cerrado
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Qua, 17 Jul 2019 09:08:00 -0300
CNPq e MCTIC lançam a Chamada de Feiras de Ciências e Mostras Científicas
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC lançam chamada de apoio à realização de feiras e mostras científicas. A Chamada CNPq/MCTIC Nº 11/2019 está com submissão aberta até o dia 30 de agosto de 2019.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC lançam chamada de apoio à realização de feiras e mostras científicas. A Chamada CNPq/MCTIC Nº 11/2019 está com submissão aberta até o dia 30 de agosto de 2019.
As propostas deverão estar enquadradas em uma das categorias descritas a seguir, de acordo com a natureza e o valor estimado no respectivo projeto:
Linha 1: Abrangência municipal
Destinada ao apoio à Feiras de Ciências e Mostras Científicas que:
a) reúnam no mínimo 40 trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas de um só município;
b) divulguem o evento e a inscrição de trabalhos com amplitude municipal, respeitando-se as regras de participação e seleção definidas pela instituição proponente.
Linha 2: Abrangência estadual ou distrital
Destinada ao apoio à Feiras de Ciências e Mostras Científicas que:
a) reúnam no mínimo 80 trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas de pelo menos 10% dos municípios do Estado ou, no caso das feiras distritais, de pelo menos 20% das escolas do Distrito Federal.
b) divulguem o evento e a inscrição de trabalhos com amplitude estadual ou distrital, respeitando-se as regras de participação e seleção definidas pela instituição proponente.
c) No caso das feiras distritais, devem ser realizadas no Distrito Federal.
Linha 3: Abrangência nacional
Destinada ao apoio à Feiras de Ciências e Mostras Científicas que:
a) reúnam no mínimo 200 trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental, ensino médio e técnico, de escolas públicas e privadas;
b) contem com a participação de estudantes de pelo menos 10 unidades da federação, incluindo o Distrito Federal;
c) divulguem o evento e a inscrição de trabalhos com amplitude nacional, respeitando-se as regras de participação e seleção definidas pela instituição proponente.
Abrangência
Valor Máximo por Proposta
Nº Máximo de Bolsas por Proposta
Municipal
Até R$ 20.000,00
5
Estadual/Distrital
Até R$ 100.000,00
20
Nacional
Até R$ 400.000,00
70
Desde 2010 o CNPq apoia a Chamada de Feiras e Mostras Científicas, a qual tem se mostrado uma estratégia de impacto positivo para a popularização da ciência, unindo professores e alunos na produção do conhecimento, no compartilhamento de informações e na incorporação de atitudes de investigação científica.
O apoio às feiras e mostras científicas, no âmbito municipal, estadual e nacional, contribui ainda para a construção da aprendizagem e investimento no letramento científico dos alunos, capaz de despertar vocações científico-tecnológicas e revelar jovens talentosos para a ciência.
Veja mais detalhes da chamada.
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Sex, 12 Jul 2019 18:02:00 -0300
Chamada aberta para bolsas no país e no exterior
O calendário de submissão de propostas está dividido em dois cronogramas: as propostas de bolsas para o início entre os meses de março e agosto de 2020 têm data de submissão até o dia 26 de agosto de 2019. Já para as propostas de bolsas para o inicio entre os meses de setembro de 2020 e fevereiro de 2021, a data limite para a submissão é até dia 09 de março de 2020.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) lança a chamada Nª08/2019- Bolsas no País e no Exterior, com objetivo de apoiar projetos de pesquisas que visam contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do país, por meio da concessão de bolsas no país e no exterior. O investimento total previsto é de R$ 60 milhões.
Serão concedidas bolsas das seguintes modalidades:
No País: Pesquisador visitante, Pós-Doutorado Junior, Pós-Doutorado Sênior, Doutorado-Sanduíche no país, Pós-Doutorado empresarial e Doutorado-Sanduíche empresarial.
No Exterior: Estágio Sênior, Pós-Doutorado no Exterior, Doutorado Sanduíche no Exterior e Doutorado Pleno no Exterior.
O calendário de submissão de propostas está dividido em dois cronogramas:
- As propostas de bolsas para o início entre os meses de março e agosto de 2020 têm data de submissão até o dia 26 de agosto de 2019.
- Já para as propostas de bolsas para o inicio entre os meses de setembro de 2020 e fevereiro de 2021, a data limite para a submissão é até dia 09 de março de 2020.
Veja mais detalhe na integra da Chamada
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Qua, 10 Jul 2019 18:07:00 -0300
CNPq e MCTIC selecionam projetos para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
CNPq e MCTIC recebem, até 22 de agosto, propostas de ações voltadas para Semana Nacional de Ciência e Tecnologia por meio da Chamada CNPq/MCTIC Nº/2019. O objetivo é promover iniciativas de divulgação e popularização da ciência durante o evento, que acontecerá entre 21 e 27/10 com o tema "Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável".O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) recebem, até o dia 22 de agosto, propostas de ações voltadas para Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A seleção será feita por meio da Chamada CNPq/MCTIC Nº/2019, lançada esta semana, com objetivo de promover iniciativas de divulgação e popularização da ciência durante o evento, que acontecerá entre os dias 21 e 27 de outubro de 2019 com o tema "Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável".
As modalidades de eventos previstas pela chamadas são:
a) Exposição de CT&I.
b) Eventos de Comunicação Científica em Rádio, TV e outras mídias
c) Ciência Móvel
d) Portas Abertas
e) Seminário ou Ciclo de Palestras
f) Conjunto de Oficinas de CT&I
g) Mostra de Teatro Científico
h) Mostra de Vídeos
i) Feira ou Mostra de Ciências
Sobre os projetos
Os projetos deverão contemplar, prioritariamente, os segmentos socialmente vulneráveis e as escolas e instituições localizadas, preferencialmente, em municípios com menor IDHM. A tabela com estes municípios encontra-se disponibilizada para consulta na página eletrônica da Chamada.
As propostas podem ser apresentadas em duas linhas: linha A, para projetos de abrangência estadual ou distrital, e linha B, para projetos de abrangência Intermunicipal.
Na linha A, poderão ser contemplados projetos com valores até R$ 100 mil, com, no mínimo, quatro instituições colaboradoras na execução da proposta. Para concorrer a essa linha, os projetos deverão prever o atendimento de um percentual mínimo de municípios, conforme quadro abaixo:
Quantidade de Municípios / UF
Número mínimo de municípios atendidos
Unidades Federativas
Igual ou maior que 300
20
BA, MG, RS, SP
De 200 a 299
15
GO, MA, PB, PR, PI, SC
De 100 a 199
10
AL, CE, MT, PA PE, RN, TO
Menor que 100
5
RJ, RO, RR, SE AC, AM, AP, ES, MS
Os projetos originários do Distrito Federal deverão atender, no mínimo, cinco regiões administrativas e/ou municípios da Rede Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno ¿ RIDE.
Na linha B, poderão ser contemplados projetos com valores até R$ 20 mil, que deverão abranger municípios dentro de uma mesma Unidade Federativa e contemplar, no mínimo, dois municípios e/ou regiões administrativas.
O responsável pela apresentação da proposta deve possuir, no mínimo, graduação completa, ser, obrigatoriamente, o coordenador do projeto e possuir vínculo formal com a instituição de execução do projeto.
Devem ser observadas, ainda, as seguintes orientações:
- Todos os projetos deverão apresentar Plano de Comunicação.
- Os projetos deverão obrigatoriamente possuir natureza gratuita, e estimular o livre acesso a todos.
- Os coordenadores das propostas aprovadas deverão reservar, em sua solicitação, recursos destinados ao custeio de passagens e diárias em encontro que ocorrerá em Brasília para avaliação, troca de experiências e discussão dos resultados obtidos.
- É obrigatório que os membros da equipe tenham seus currículos cadastrados na Plataforma Lattes. Essa exigência não se aplica a estudantes da educação básica ou comunidade em geral, que atuem como colaboradores ou voluntários.
- A equipe técnica poderá ser constituída por pesquisadores, professores, técnicos, coordenadores, estudantes, educadores, divulgadores, profissionais e mediadores de museus e centros de ciência. Outros profissionais poderão integrar a equipe na qualidade de colaboradores.
- As instituições indicadas como participantes e os membros da equipe deverão apresentar anuências formais escritas, as quais devem ser mantidas sob a guarda do Coordenador do projeto.
Veja mais detalhes na íntegra da Chamada.
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Sex, 05 Jul 2019 18:35:00 -0300
USP e Instituto Pasteur inauguram plataforma científica
Em uma cerimônia realizada no dia 4 de julho e que reuniu dirigentes, representantes de agências de fomento e pesquisadores brasileiros e franceses, foi inaugurada a Plataforma Científica Pasteur-USP. O presidente do CNPq, João Luiz Azevedo, prestigiou o evento e destacou a importância da iniciativa.Em uma cerimônia realizada no dia 4 de julho e que reuniu dirigentes, representantes de agências de fomento e pesquisadores brasileiros e franceses, foi inaugurada a Plataforma Científica Pasteur-USP. A cerimônia foi realizada no prédio do Centro de Pesquisa e Inovação Inova USP, em São Paulo.
"Os laços que unem a USP e as instituições francesas são muito fortes e estão na origem da Universidade, quando pesquisadores franceses vieram para lecionar aqui com o espírito de ensinar em um ambiente de pesquisa. É um grande prazer para a Universidade hospedar aqui essa Plataforma, uma oportunidade de trabalharmos juntos, pesquisadores dos dois países, com o propósito de desenvolver pesquisas que melhorem a saúde da população e as políticas públicas", explicou o reitor Vahan Agopyan.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz Azevedo, prestigiou o evento e destacou a importância da iniciativa. "A plataforma é uma ação muito importante para o país e para área das ciências da vida e agrega instituições de reconhecida excelência como a USP, o Instituto Pasteur e a Fiocruz", apontou.
Localizada no Centro de Pesquisa e Inovação Inova USP, a Plataforma terá 17 laboratórios de pesquisa focados em estudo de patógenos para prevenção de epidemias, atuando como uma célula de intervenção de urgências. Nela irão funcionar os primeiros laboratórios de pesquisa de nível de biossegurança 3 equiparáveis aos parâmetros internacionais, onde serão estudados patógenos de alto risco. O investimento previsto é de cerca de R$ 40 milhões, sendo R$ 15 milhões em equipamentos.
O vice-presidente de Administração e Finanças do Instituto Pasteur, François Romaneix, lembrou que "no momento em que o Instituto comemora seus 130 anos, a inauguração da Plataforma Científica reforça que ele continua cumprindo sua vocação internacional. Essa iniciativa associa as competências de pesquisadores brasileiros e franceses na melhoria da saúde mundial, intensificando a transmissão do conhecimento científico e as aplicações da pesquisa e da inovação".
Da esquerda para a direita: Brieuc Pont, François Romaneix, Vahan Agopyan,João Luiz de Azevedo, Nisia Trindade, Américo Sakamoto e Raul Machado Neto. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Prestigiaram o evento o cônsul-geral da França em São Paulo, Brieuc Pont; a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima; o presidente do CNPq; o secretário Executivo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Américo Ceiki Sakamoto; o diretor de Estratégias Institucionais do Instituto Butantan, Raul Machado Neto; coordenador do Inova USP, Luiz Henrique Catalani; os coordenadores da Plataforma, Luís Carlos de Souza Ferreira e Paola Minoprio; entre outros.
Instituto Pasteur do Brasil
A Plataforma Científica Pasteur-USP é resultado de uma parceria firmada entre a USP, o Instituto Pasteur e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), assinada em 2015, com o objetivo de desenvolver pesquisas de agentes patogênicos emergentes e métodos para prevenir epidemias de doenças infecciosas que podem provocar danos no sistema nervoso central, como a zika, a dengue, a febre amarela, a influenza e a doença do sono.
O presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, era o reitor da USP na época em que a parceria foi firmada. "Estou feliz em ver que as novas gestões das três instituições continuaram a apoiar fortemente a iniciativa. Embora muitos pesquisadores da USP, da Fiocruz e do Pasteur já tivessem um longo histórico de colaborações, foi o acordo tripartite assinado em 2015 que deu início à implantação do Instituto Pasteur no Brasil e que criou o primeiro vínculo institucional entre a USP e a Fiocruz", lembrou Zago.
Inova USP
A Plataforma Científica Pasteur-USP é um dos quatro núcleos que compõem o Centro de Pesquisa e Inovação Inova USP.
Inaugurado no final de 2017, o Inova USP foi idealizado para ser um centro de pesquisa interdisciplinar, voltado à inovação e vínculo direto com os setores produtivos da sociedade.
Além da Plataforma Científica Pasteur-USP, compõem o Inova USP o Laboratório de Games e Soluções Digitais (Pateo@USP), o Laboratório de Biologia Sintética e Sistemas (S2B Lab, na sigla em inglês) e o Laboratório de Soluções Inovadoras para Pesquisa Interdisciplinar (IRIS, na sigla em inglês).
Fonte: Jornal da USP
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Ter, 02 Jul 2019 16:56:00 -0300
Jovem brasileiro tem interesse por temas de ciência e tecnologia, mas desconhece cientistas e instituições de pesquisa nacionais
Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro.Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro. A constatação é da pesquisa "O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?", do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), divulgados dia 24 de junho na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O INCT-CPCT é integrante do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Realizado pela primeira vez no Brasil, o estudo teve abrangência nacional e emprego da técnica de survey, para aplicação de questionário estruturado, presencial, junto a amostra da população brasileira de jovens entre 15 e 24 anos. A pesquisa quantitativa ouviu 2.206 pessoas e foi conduzida entre os dias 23 de março e 28 de abril deste ano. Ela envolveu também etapas cognitiva e qualitativa, para saber dos jovens suas opiniões e atitudes sobre ciência e tecnologia.
Os jovens que participaram do estudo manifestaram apoio e confiança na ciência e defenderam que se deve investir no setor. Segundo o estudo, os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista e devem ter as mesmas oportunidades.
No momento em que movimentos antivacina ganham repercussão, 75% dos jovens defenderam que não é perigoso vacinar crianças. O estudo mensurou, pela primeira vez no Brasil, acesso ao conhecimento científico, desinformação e percepção sobre fake news. Além disso, buscou-se medir a influência das trajetórias de vida e do posicionamento moral e político dos jovens sobre as atitudes relacionadas à Ciência e Tecnologia.
"Apesar da grande importância de entender como os jovens interagem e se engajam em temas de ciência e tecnologia, ainda há poucos estudos nessa direção no Brasil", afirma Luisa Massarani, líder do INCT-CPCT e uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa. "Nosso objetivo com este estudo, que inclui survey de caráter nacional, entrevistas e grupos de discussão, é justamente trazer luzes para esta questão, o que pode gerar subsídios para desenhar políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinada aos joven"s, completou a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
O evento na Fiocruz contou com a presença de especialistas na área da percepção pública sobre ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Além da apresentação dos resultados da survey, foram discutidas as contribuições mais recentes do campo e possibilidades de uso dos dados gerados.
Principais resultados - Resumo executivo da pesquisa
Para seleção dos entrevistados, foi utilizada amostra probabilística até o penúltimo estágio, com aplicação de cotas amostrais de sexo, idade e escolaridade no último estágio. O intervalo de confiança é de 95 por cento. As entrevistas, realizadas por equipe treinada, foram feitas em domicílio entre os meses de março e abril de 2019.
Dentre os resultados, é possível destacar:
- A maioria dos jovens brasileiros manifesta grande interesse para temas de ciência e tecnologia, tanto as mulheres quanto os homens, e em quase todos os grupos sociais; o interesse por Ciência e Tecnologia, em geral, é maior que o por esportes, e comparável com o interesse por religião.
- Os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista, e devem ter as mesmas oportunidades;
- Entretanto, a maioria dos jovens, até mesmo os que estão frequentando cursos superiores, não consegue mencionar o nome de sequer uma instituição brasileira que faça pesquisa, nem de algum(a) cientista brasileiro(a)
- Os jovens manifestam dúvidas também sobre controvérsias sociais e políticas que atravessam a ciência, hoje: 25 por cento acreditam que vacinar as crianças pode ser perigoso; 54 por cento concordam que os cientistas possam estar "exagerando" sobre os efeitos das mudanças climáticas; 40 por cento dos jovens dizem não concordar com a afirmação de que os seres humanos evoluíram ao longo do tempo e descendem de outros animais.
Entrevistas e Grupos de discussão
Além da realização da survey, foram conduzidos grupos de discussão e entrevistas com jovens entre 18 e 24 anos, residentes nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA). A técnica de grupos de discussão foi selecionada para o estudo por permitir captar não apenas o que as pessoas pensam e expressam, mas também como elas pensam e o porquê. Um dos aspectos analisados foi a forma como os jovens lidam com as fake news, ou notícias falsas, em especial aquelas relacionadas à ciência e tecnologia.
Dentre os resultados, é possível destacar:
- O estudo sinaliza uma mudança no ecossistema de informações. A informação deixa de ser "buscada" e passa a ser "encontrada"; os jovens passam a "tropeçar" em vários conteúdos e a Ciência e Tecnologia está inserida em tal cenário.
- Os jovens reclamam da dificuldade em identificar a veracidade das informações que circulam tanto na grande mídia como na internet. Relatam angústia e insegurança em relação ao que acontece no mundo: é cada vez mais difícil identificar o que é verdadeiro.
- Não surpreendentemente, nossos dados mostram que a percepção de receber possíveis notícias falsas em Ciência e Tecnologia é maior entre jovens mais engajados politicamente, de maior escolaridade, e que consomem mais frequentemente informação científica.
- A confiança em conseguir identificar notícias falsas depende fortemente do grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais (visitação a museus, participação em eventos etc.).
O estudo contou com apoio do CNPq, da Faperj e da Fapemig.
Fonte: FIOCRUZ/Casa de Oswaldo Cruz
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Qui, 27 Jun 2019 17:07:00 -0300
Jovem brasileiro tem interesse por temas de ciência e tecnologia, mas desconhece cientistas e instituições de pesquisa nacionais
Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro.Temas de ciência e tecnologia despertam grande interesse entre os jovens brasileiros, superando assuntos relacionados a esportes e comparável aos de religião. A maioria porém, incluindo os jovens de curso superior, não consegue citar o nome de uma instituição nacional de pesquisa nem de algum cientista brasileiro. A constatação é da pesquisa "O que os jovens brasileiros pensam da ciência e da tecnologia?", do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), divulgados dia 24 de junho na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O INCT-CPCT é integrante do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Realizado pela primeira vez no Brasil, o estudo teve abrangência nacional e emprego da técnica de survey, para aplicação de questionário estruturado, presencial, junto a amostra da população brasileira de jovens entre 15 e 24 anos. A pesquisa quantitativa ouviu 2.206 pessoas e foi conduzida entre os dias 23 de março e 28 de abril deste ano. Ela envolveu também etapas cognitiva e qualitativa, para saber dos jovens suas opiniões e atitudes sobre ciência e tecnologia.
Os jovens que participaram do estudo manifestaram apoio e confiança na ciência e defenderam que se deve investir no setor. Segundo o estudo, os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista e devem ter as mesmas oportunidades.
No momento em que movimentos antivacina ganham repercussão, 75% dos jovens defenderam que não é perigoso vacinar crianças. O estudo mensurou, pela primeira vez no Brasil, acesso ao conhecimento científico, desinformação e percepção sobre fake news. Além disso, buscou-se medir a influência das trajetórias de vida e do posicionamento moral e político dos jovens sobre as atitudes relacionadas à Ciência e Tecnologia.
"Apesar da grande importância de entender como os jovens interagem e se engajam em temas de ciência e tecnologia, ainda há poucos estudos nessa direção no Brasil", afirma Luisa Massarani, líder do INCT-CPCT e uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa. "Nosso objetivo com este estudo, que inclui survey de caráter nacional, entrevistas e grupos de discussão, é justamente trazer luzes para esta questão, o que pode gerar subsídios para desenhar políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinada aos joven"s, completou a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
O evento na Fiocruz contou com a presença de especialistas na área da percepção pública sobre ciência e tecnologia do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos. Além da apresentação dos resultados da survey, foram discutidas as contribuições mais recentes do campo e possibilidades de uso dos dados gerados.
Principais resultados - Resumo executivo da pesquisa
Para seleção dos entrevistados, foi utilizada amostra probabilística até o penúltimo estágio, com aplicação de cotas amostrais de sexo, idade e escolaridade no último estágio. O intervalo de confiança é de 95 por cento. As entrevistas, realizadas por equipe treinada, foram feitas em domicílio entre os meses de março e abril de 2019.
Dentre os resultados, é possível destacar:
- A maioria dos jovens brasileiros manifesta grande interesse para temas de ciência e tecnologia, tanto as mulheres quanto os homens, e em quase todos os grupos sociais; o interesse por Ciência e Tecnologia, em geral, é maior que o por esportes, e comparável com o interesse por religião.
- Os jovens possuem, em geral, uma imagem positiva da figura do cientista e, em sua maioria, acreditam que homens e mulheres têm a mesma capacidade para ser cientista, e devem ter as mesmas oportunidades;
- Entretanto, a maioria dos jovens, até mesmo os que estão frequentando cursos superiores, não consegue mencionar o nome de sequer uma instituição brasileira que faça pesquisa, nem de algum(a) cientista brasileiro(a)
- Os jovens manifestam dúvidas também sobre controvérsias sociais e políticas que atravessam a ciência, hoje: 25 por cento acreditam que vacinar as crianças pode ser perigoso; 54 por cento concordam que os cientistas possam estar "exagerando" sobre os efeitos das mudanças climáticas; 40 por cento dos jovens dizem não concordar com a afirmação de que os seres humanos evoluíram ao longo do tempo e descendem de outros animais.
Entrevistas e Grupos de discussão
Além da realização da survey, foram conduzidos grupos de discussão e entrevistas com jovens entre 18 e 24 anos, residentes nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA). A técnica de grupos de discussão foi selecionada para o estudo por permitir captar não apenas o que as pessoas pensam e expressam, mas também como elas pensam e o porquê. Um dos aspectos analisados foi a forma como os jovens lidam com as fake news, ou notícias falsas, em especial aquelas relacionadas à ciência e tecnologia.
Dentre os resultados, é possível destacar:
- O estudo sinaliza uma mudança no ecossistema de informações. A informação deixa de ser "buscada" e passa a ser "encontrada"; os jovens passam a "tropeçar" em vários conteúdos e a Ciência e Tecnologia está inserida em tal cenário.
- Os jovens reclamam da dificuldade em identificar a veracidade das informações que circulam tanto na grande mídia como na internet. Relatam angústia e insegurança em relação ao que acontece no mundo: é cada vez mais difícil identificar o que é verdadeiro.
- Não surpreendentemente, nossos dados mostram que a percepção de receber possíveis notícias falsas em Ciência e Tecnologia é maior entre jovens mais engajados politicamente, de maior escolaridade, e que consomem mais frequentemente informação científica.
- A confiança em conseguir identificar notícias falsas depende fortemente do grau de consumo de informação científica e dos hábitos culturais (visitação a museus, participação em eventos etc.).
O estudo contou com apoio do CNPq, da Faperj e da Fapemig.
Fonte: FIOCRUZ/Casa de Oswaldo Cruz
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Ter, 18 Jun 2019 19:14:00 -0300
Vilson Rosa toma posse como Diretor de Cooperação Institucional
O CNPq tem novo diretor de Cooperação Institucional. O pesquisador Vilson Rosa de Almeida tomou posse nesta terça-feira, 18, e estará à frente das ações executadas em parcerias com instituições como institutos de pesquisa, fundações estaduais de amparo à pesquisa e organismos internacionais. Dentre essas ações estão PIBIC, PIBIT, INCT e as cooperações internacionais, entre outros.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tem novo diretor de Cooperação Institucional. O pesquisador Vilson Rosa de Almeida tomou posse nesta terça-feira, 18, e estará à frente das ações executadas em parcerias com instituições como institutos de pesquisa, fundações estaduais de amparo à pesquisa e organismos internacionais. Dentre essas ações estão os Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC e PIBIT), os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) e as cooperações internacionais, entre outros.
Vilson Rosa de Almeida (centro) assina termo de posse. À esquerda, o diretor da DGTI, Manoel da Silva, substituindo o presidente do CNPq, que está em viagem internacional e, à direita, o diretor substituto da DABS, Carlos Alberto Pittaluga.
Bolsista do CNPq de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) nível 1D, o novo diretor tem reconhecimento internacional por relevante contribuição científica, ao compor, triplamente, a lista dos 100 artigos mais citados dos 40 anos de história do renomado periódico internacional Optics Letters, classificado como QUALIS A1 nas áreas de Engenharias III e IV, dentre outras áreas. Os artigos do pesquisador galgaram as posições de 16, 60 e 80 entre os mais citados, caracterizando-o como o brasileiro mais citado e com maior número de artigos ranqueados.
Trajetória e atuação
Vilson Rosa possui graduação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em Engenharia Eletrônica com distinção Magna Cum Laude (1997), além de graduação pela Academia da Força Aérea (AFA) em Ciências Aeronáuticas com habilitação em Aviação Militar (1987), mestrado pelo ITA em Engenharia Eletrônica e Computação (1998) e doutorado pela Cornell University em Electrical and Computer Engineering (2004). É especializado nas áreas de Fotônica e de Engenharia Eletrônica, para aplicações Aeroespaciais e em Engenharia Biomédica e tem experiência na concepção, projeto, fabricação e caracterização de dispositivos em Fotônica Integrada em Silício, de Sensores a Fibra Óptica, em especial para Aplicações Aeroespaciais.
Credenciado na Pós-Graduação do ITA e na Divisão de Fotônica do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), ambos pertencentes ao DCTA-COMAer. Credenciado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica (PPGEB) da Universidade Brasil, é membro da Comissão de Avaliação de Programas de Pós-Graduação da CAPES - Engenharias III (Trienal 2010-2012; Quadrienal 2013-2016). Além disso, é membro do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Ótica e Fotônica (SBFoton), coordenador da Comissão de Área Física na Empresa; (FEM), da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e assessor ad-hoc da FAPESP.
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Seg, 17 Jun 2019 11:10:00 -0300
Jovem Cientista ganha reconhecimento internacional
O brasileiro João Vitor Campos e Silva, vencedor do Prêmio Jovem Cientista, foi um dos laureados pelo Prêmio Rolex de Empreendedorismo. A premiação aconteceu em Washington, nos EUA, no último dia 14. Ele venceu a edição com outros cinco finalistas: um neurocientista francês, um especialista em TI de Uganda, uma bióloga molecular do Canadá e uma conservacionista da Índia.O brasileiro João Vitor Campos e Silva, vencedor do Prêmio Jovem Cientista de 2018, foi anunciado como um dos laureados pelo Prêmio Rolex de Empreendedorismo. A premiação aconteceu em Washington, nos Estados Unidos, no último dia 14. João Vitor foi o único brasileiro finalista no prêmio.
Biólogo, João foi selecionado com um projeto iniciado no doutorado, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em que avaliou um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu, maior peixe de escamas do mundo, com alto valor comercial e cultural. Segundo o estudo, áreas protegidas equivalem a uma poupança bancária, gerando benefícios econômicos e sociais às comunidades. "O projeto desse prêmio é uma continuação do PJC, vamos ampliar o modelo. Com o Prêmio Rolex, teremos condições de ampliar a escala do manejo no rio Juruá, especificamente no Médio Juruá, contribuindo com o zoneamento da pesca e organização das comunidades rurais", aponta o pesquisador.
O pesquisador venceu o Prêmio Jovem Cientista em 2018 na categoria Mestre e Doutor e, agora, sua pesquisa ganha reconhecimento internacional. Foto: Divulgação/Prêmio Rolex
A pesquisa de João Vitor investiga o modelo que foi desenvolvido na Amazônia pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. A primeira experiência de manejo de pirarucu ocorreu em 1999 em uma área da Reserva Mamirauá assessorada pelo Instituto, após anos de pesquisas. Atualmente no Pós-Doutorado na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), João acredita que o plano de manejo é importante não apenas para salvar o peixe, também conhecido como arapaima, como também para garantir os meios de subsistência, a alimentação e a cultura das comunidades nativas, que dependem dos rios da região para sobreviver.
João Vitor explica que o manejo do pirarucu é uma atividade coletiva, onde as comunidades locais, ONGs, Universidades e governo trabalham juntos para garantir a recuperação da espécie e o bem estar das comunidades ribeirinhas da Amazônia. "Nossa ideia agora é pensar o manejo do pirarucu como um instrumento propulsor de desenvolvimento local, onde as florestas e lagos são protegidos pelas comunidades locais, ao mesmo tempo que os benefícios socioeconômicos também são garantidos", afirma.
Os próximos passos da pesquisa, segundo o biólogo, incluem a formação de um coletivo que está articulando a exportação do pirarucu para outros estados brasileiros, para que a sociedade em geral tenha acesso a um produto de alta qualidade que carrega um expressivo valor social e ecológico. "É uma honra muito grande receber esse prêmio, mas para mim o mais importante é a oportunidade de divulgação do trabalho árduo que as comunidades rurais tem desenvolvido na Amazônia. As comunidades rurais indígenas e não indígenas estão garantindo a proteção da maior floresta tropical do mundo", conclui.
O Prêmio Rolex
João Vitor Campos e Silva venceu a edição com outros cinco finalistas. Entre eles estão um neurocientista francês, um especialista em TI de Uganda, uma bióloga molecular do Canadá e uma conservacionista da Índia.
Os projetos deveriam ter foco em áreas como ambiente, tecnologia, saúde, ciência e exploração. Cada vencedor leva uma quantia em dinheiro para a aplicação nos trabalhos.
Segundo a organização do prêmio, os vencedores "mostram que com a dose certa de paixão e empenho, cada um de nós tem o poder de mudar tudo". Conheça os vencedores desta edição: https://www.rolex.org/pt-br/rolex-awards/finalists
O Prêmio Jovem Cientista
João Vitor conquistou, em 2018, o primeiro lugar na categoria 'Mestre e Doutor' da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, cujo tema foi 'Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social'.
Para ele, o "PJC foi fundamental nesse processo, pois ele deu bastante credibilidade ao projeto, em termos de avaliação dos benefícios sociais ecológicos e econômicos oriundos do manejo do pirarucu".
João Vitor durante as atividades de premiação do Prêmio Jovem Cientista, em Brasília, no ano passado. Foto: Roberto Hilário/CNPq
O Prêmio visa revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade.
Instituído em 1981, o Prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a primeira instituição federal de fomento à ciência, tecnologia e inovação e pioneira na concessão de prêmios no Brasil. O Prêmio conta com a parceria da Fundação Roberto Marinho e com o patrocínio da Fundação Grupo Boticário e do Banco do Brasil.
Saiba mais: http://www.jovemcientista.cnpq.br/
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Qua, 12 Jun 2019 15:05:00 -0300
Seminário discute a saúde da população negra no Brasil
Evento organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Saúde reuniu pesquisas contempladas na Chamada CNPq/MS/SCTIE/DECIT/SGEP/DAGEP Nº 21/2014 de apoio a projetos voltadas para a saúde da população negra no Brasil.Evento organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Saúde reuniu pesquisas contempladas na Chamada CNPq/MS/SCTIE/DECIT/SGEP/DAGEP Nº 21/2014 de apoio a estudos sobre a saúde da população negra no Brasil. O Seminário contou com a presença de seis dos oito projetos aprovados e promoveu a discussão dos resultados já obtidos, além da apresentação dos panoramas da situação da população negra no Brasil. Foram mostrados dados relacionados à saúde, educação, violência, comunidades quilombolas, entre outros.
A coordenadora-geral do Programa de Pesquisa em Saúde do CNPq, Raquel Coelho, citou a importância do seminário para os pesquisadores apresentarem os resultados dos projetos diretamente aos gestores das áreas técnicas do Ministério da Saúde. "É uma tentativa de encurtar a distância entre a academia e aqueles que farão uso dos resultados produzidos. Estamos trazendo as evidências científicas para a melhoria da tomada de decisão pelos gestores", pontuou.
Uma das pesquisas apresentadas foi da pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Diana Anunciação que apresentou os resultados da pesquisa Juventude negra no nordeste do Brasil: violência, racismo institucional e proteção social. O projeto investigou a situação de jovens negros entre 13 e 26 anos, de algumas regiões do nordeste do Brasil. Foi constatado que os jovens negros sofrem ações truculentas, sobretudo, nas abordagens policiais. Ela destacou a deficiência de políticas públicas que acolham jovens que sofrem esses e outros tipos de violência.
"O jovem negro vive numa situação perversa de violência, de preconceito, ausência de um estado acolhedor. É importante trabalhar com a interdisciplinaridade com as secretárias de saúde, de segurança pública, de educação para que possam criar políticas para a juventude. Precisamos dar voz aos jovens para que eles se sintam inseridos na sociedade e tenha informação para se protegerem de possíveis situações que envolvam violência", finalizou Diana.
Foram apresentados, ainda, estudos sobre hepatites virais na população negra; segurança e eficácia de anti-hipertensivos; a intersecção do racismo sobre as práticas de atenção à saúde em estados do Nordeste e Sudeste do país; avaliação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e do Programa de Combate ao Racismo; e sobre a qualidade de vida de comunidades quilombolas.
O seminário foi uma iniciativa do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (Decit/SCTIE/MS), em parceria com o Departamento de Apoio a Gestão Participativa e ao Controle Social, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/SGEP/MS) e o CNPq.
A Chamada
A Chamada selecionou oito projetos de pesquisa, em cinco linhas temáticas: i) Avaliação da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra; ii) Racismo Institucional: Avaliação de processos de trabalho e financiamento das ações em saúde da população negra e Avaliação da cobertura e qualidade do registro do quesito raça/cor nos sistemas de informação em saúde; iii) Situações de risco, agravos e incapacidades: doenças crônicas não transmissíveis; doenças transmissíveis; racismo e saúde mental; morbimortalidade por causas externas; morbimortalidade materna; morbimortalidade infantil e doenças negligenciadas relacionadas à saúde da população negra; iv) Identificação e avaliação de estratégias de promoção da saúde e qualidade de vida para a população negra e quilombola em espaços promotores de saúde, levando em consideração as práticas culturais, tradicionais e religiosas afro-brasileiras e v) Racismo no Brasil: seus impactos nas relações sociais e implicações sobre condições de vida, processo de saúde-adoecimento, cuidado e morte da população negra e mortalidade da juventude negra.
Foram quatro projetos na Linha 3 e um projeto em cada uma das outras linhas. A Bahia foi o estado mais contemplado, com quatro projetos apoiados. Um é do estado de Alagoas, um de São Paulo, um do Rio de Janeiro e um do Rio Grande do Sul.
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Sex, 07 Jun 2019 17:47:00 -0300
Fórum do Confap debate ações para continuidade de investimentos em pesquisa nos estados
Fórum do Confap de João Pessoa debate ações para continuidade de investimentos em pesquisa científica e de inovação nos estados. Organizado pela Fapesq, o evento reuniu representes das FAPs, MCTIC, agências nacionais como o CNPq, organismos internacionais e autoridades estaduais.Com o objetivo de propor soluções e alternativas que considerem a melhoria no cenário do fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação no País, o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), no conjunto de suas 26 Fundações, realizou nesta quinta e sexta-feira, dias 06 e 07 de junho, o Fórum Nacional do Confap, em João Pessoa (PB). Organizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), o evento reuniu representes das FAPs, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), agências nacionais, organismos internacionais, autoridades estaduais e imprensa.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz de Azevedo participou de mesa redonda, nessa quinta-feira, com as agências nacionais cujo tema foi "Como superar as dificuldades financeiras para a pesquisa, em especial para a pós-graduação no Brasil".
Entre os temas abordados, foi ressaltada a importância do foco no desenvolvimento regional, ressaltado sobretudo na condição de redutor das assimetrias existentes. De acordo com o presidente do Confap, Evaldo Ferreira Vilela, a união das diferenças com criatividade pode ser capaz de criar um novo movimento em que a ciência, tecnologia e inovação atuem como fator de desenvolvimento econômico e social no País. "Nosso maior problema hoje é a desigualdade e só podemos combatê-la por meio da educação, ciência, tecnologia e inovação. Precisamos pensar no futuro e estamos aqui para renovar nossas forças e planejá-lo juntos", destacou.
Representando o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Marcos Pontes, o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales, destacou que as Fundações tem respondido aos desafios enfrentados no fomento à ciência, sendo importante braço na disponibilização de recursos. "As FAPs são pilar importante do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação no fomento à pesquisa. Para o governo federal, essa parceria com os governos estaduais é muito importante, principalmente no momento de crise que estamos passando no País", reforçou.
O governador da Paraíba, João Azevedo Lins Filho, presente à solenidade de abertura, acrescentou que tem dado atenção especial à educação e à ciência e tecnologia que, segundo ele, têm que ser tratada como sistema sério e integrado. "Consideramos a educação desde a básica até os níveis mais altos de pós-graduação e a Paraíba tem ido além e feito investimentos constantes que a elevaram à nona posição no ranking de competitividade dos estados e à primeira colocação na região Nordeste. Nosso Estado tem de manter os investimentos e buscar atrair novos investidores", pontuou de forma estratégica.
Ele trouxe o exemplo da implantação do parque eólico na Paraíba, baseado no mapa da energia eólica construído por meio da pesquisa científica, tecnológica e de inovação. Segundo o governador, o parque está em construção e deverá ser o maior da América Latina.
Complementando essa visão, o deputado Buba Germano, que no ato representava a Assembleia Legislativa da Paraíba, defendeu a criação da frente parlamentar de Ciência, Tecnologia e Inovação e a participação da sociedade nesta causa. "A prerrogativa para mudar a realidade não é apenas do governador, mas de toda a sociedade. E temos indicadores que mostram o retorno para as pessoas e a necessidade de políticas públicas definidas", disse.
Anfitrião do evento, o presidente da Fapesq, Roberto Germano, destacou os últimos lançamentos feitos pelo governo do estado, por meio da Fundação, e que isso é animador para toda a sociedade. Segundo ele, foram R$ 31 milhões investidos como marco dos primeiros meses de governo. Ao final da solenidade de abertura, foi realizada palestra do secretário de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (Seect), Aléssio Trindade, sobre o sucesso do arranjo institucional entre educação e ciência e tecnologia no Estado.
Parcerias nacionais e internacionais
Como forma de orientar ações integradas e discutir soluções para questões conjuntas que dizem respeito ao fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação nos Estados, foram convidados às discussões do Fórum Nacional do Confap parceiros nacionais e internacionais que desenvolvem atividades conjuntas com as Fundações de Amparo à Pesquisa e o Confap. Presentes ao evento, além do CNPq, representantes do MCTIC, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).O secretário do MCTIC, Marcelo Morales, pontuou que as ações do Ministério têm sido baseadas na Estratégica Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2022 (ENCTI) e que, apesar dos investimentos em ciência terem registrados queda desde 2014, há ações em andamento. Ele destacou os programas Ciência na Escola e de infraestrutura de pesquisa, que foram colocados como prioridade pelo ministro Marcos Pontes nas primeiros ações do atual governo. A diretora do Departamento de Infraestrutura de Pesquisa e Políticas de Formação e Educação em Ciência, Maria Zaira Turchi, apresentou dados e orientações relacionadas ao Ciência na Escola para a promoção do Ensino de Ciências nas escolas públicas brasileiras.
O presidente do CNPq apresentou a atual situação da agência e pontuou os impactos que podem ser sentidos em ações desenvolvidas com as Fundações de Amparo à Pesquisa. Segundo o presidente, também estão sendo feitos estudos sobre alternativas de ampliação de recursos privados para a promoção de ações.
Marcelo Camargo do Departamento de Fomento a Interação entre Ciências Aplicadas e Inovação (DICI), da Finep, defendeu a necessidade de investimentos como política de Estado. Ele destacou as ações da agência em parceria com as FAPs, sobretudo dos programas Centelha e Tecnova 2. No Fórum de João Pessoa, também foi feita a assinatura do Termo de Convênio do Programa Centelha-Paraíba entre o Governo do Estado/Fapesq com a Finep.
Representando a Capes, a coordenadora de Programas Estratégicos, Priscila Cagni, apresentou a atual situação de contingenciamento da agência e as ações feitas para minimizar impactos nos programas desenvolvidos, sobretudo com as FAPs. Ela acolheu demandas das Fundações que serão apresentadas à entidade.
Do lado internacional, foram apresentadas ações e oportunidades com a Comissão Europeia, Itália, Reino Unido e Suíça. As ações foram apresentadas pela representante do Setor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Delegação da União Europeia no Brasil, Laura Maragna; o adido científico da Embaixada da Itália em Brasília, Roberto Bruno; a gerente de Projetos, Ensino Superior e Ciências do Conselho Britânico, Raíssa Daher; e as assessoras internacionais do Confap, Elisa Natola e Flávia Cerqueira.
Entre os destaques, novas possibilidades de Chamadas e fomento a projetos conjuntos, incluindo ações do Programa Horizonte 2020 da União Europeia e chamadas conjuntas bilaterais. Também foram apresentados relatos de sucesso em parcerias do Sebrae e do CMED-SE.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do Confap
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Qui, 06 Jun 2019 18:41:00 -0300
Bolsista do CNPq recebe o Prêmio Ernesto Hamburger
O vencedor é o físico Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, professor da UFSCar, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq e Membro de CA de Divulgação Científica. Concedido pela Sociedade Brasileira de Física, o prêmio é uma homenagem ao físico e divulgador de ciências brasileiro Ernesto Wolfgang HamburgerProfessor Titular do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Adilson Jesus Aparecido de Oliveira foi escolhido pela Sociedade Brasileira de Física para receber o primeiro Prêmio Ernesto Hamburger. Criado ano passado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), o prêmio é uma homenagem ao físico e divulgador de ciências brasileiro Ernesto Wolfgang Hamburger (1933-2018), com o propósito de reconhecer trabalhos de popularização das Ciências Físicas.
Oliveira é bolsista de Produtividade em Pesquisa e membro do Comitê de Assessoramento de Divulgação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e atua há quase 20 anos em ações que buscam tornar a ciência mais próxima da sociedade. O pesquisador é responsável pelo blog de divulgação científica www.pordentrodaciencia.blogspot.com, editor e criador da revista eletrônica de divulgação científica Click Ciência (www.clickciencia.ufscar.br) e colunista do Ciência-Hoje On-line desde 2006.
Para o pesquisador, o prêmio é um importante reconhecimento do seu trabalho como divulgador científico, em especial por ser concedido pela Sociedade da qual ele pertence. E ressalta a importância do apoio do CNPq nessa trajetória. "Meus projetos sempre foram majoritariamente financiados pelo CNPq em seus editais de divulgação científica. Espero sempre contribuir junto ao CNPq para que a gente possa implementar e aumentar ainda mais as atividades de divulgação cientifica no Brasil", afirmou.
Confira aqui a entrevista que o professor concedeu para a Sociedade Brasileira de Física sobre o prêmio, o trabalho que realiza e a importância da divulgação científica para a ciência.