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Qua, 17 Fev 2016 11:01:00 -0200
Revista científica de genética destaca artigo de bolsista do CNPq
A população de mais uma espécie de animal marinho encontra-se em declínio no mundo e estudos para sua conservação têm sido desenvolvidos por pesquisadores de vários países. Trata-se da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), ameaçada de extinção.A população de mais uma espécie de animal marinho encontra-se em declínio no mundo e estudos para sua conservação têm sido desenvolvidos por pesquisadores de vários países. Trata-se da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), ameaçada de extinção.
Encontrada nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, esta tartaruga tem um histórico de intensa exploração comercial dos seus ovos, carne, casco e até do seu corpo para taxidermização e utilização para decoração.
No Brasil, a espécie pode ser encontrada buscando alimentos em águas de Fernando de Noronha (PE), Atol das Rocas (RN), Abrolhos (BA), Ilha de Trindade (ES) e Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (SC). Animais desta espécie também utilizam a areia das praias para construir seus ninhos e desovar em várias localidades do Nordeste, principalmente Bahia e Sergipe.
A próxima edição do Journal of Heredity (volume 107, número 3) publicará, com destaque na capa, um artigo liderado pela bolsista de pós-doutorado do CNPq, no âmbito do Ciência sem Fronteiras, Sarah Vargas, professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). O artigo, sob o título Phylogeography, Genetic Diversity, and Management Units of Hawksbill Turtles in the Indo-Pacific, aborda a diversidade genética e estrutura populacional das tartarugas de pente.
"Apesar do trabalho ter focado populações do Indo-Pacífico, tem grande importância para as populações do Atlântico, inclusive Brasil, pois tivemos evidências de migração, via Cabo da Boa Esperança, entre populações de desova do centro do Oceano Índico (Seychelles, Chagos) e regiões de alimentação no Sul do Atlântico, no Atol das Rocas e Fernando de Noronha, e Caribe", informa Sarah Vargas.
Neste trabalho, a equipe de pesquisadores que a bolsista do CNPq integra analisou um grande número de amostras abrangendo a maior área geográfica até então analisada para a espécie. Foram analisadas 492 amostras de 14 populações da região do Indo-Pacífico para contribuir com o conhecimento de como a diversidade genética destes animais está distribuída na região e, a partir daí, sugerir unidades de manejos para conservação.
"A caracterização genética destas populações do Indo-Pacífico é de grande importância para a conservação da espécie no mundo inteiro. Com ela, definimos a "impressão digital" das populações, conseguimos entender as suas rotas migratórias e evitar a captura incidental destes animais enquanto migram", disse a professora.
O Journal of Heredity desde 1903 publica artigos nas áreas de genética de espécies ameaçadas de extinção, estrutura populacional e filogeografia, genética molecular de resistência a doenças em plantas e animais, biodiversidade genética, entre outros campos.
Saiba mais em http://sydney.edu.au/news/sobs/1699.html?newscategoryid=173&newsstoryid=15641
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Foto: Rainer von Brandis
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Seg, 01 Fev 2016 15:41:00 -0200
Pesquisadores apoiados pelo CNPq são destaques na Revista Science
A revista científica Science publicou na edição do dia 22 de janeiro um estudo desenvolvido por diversos grupos de pesquisa de Universidades Brasileiras e Internacionais sobre o impacto da perda de polinizadores em regiões do Mundo onde ainda existem populações vivendo em condições de insegurança alimentar.
O estudo, "Mutually beneficial pollinator diversity and crop yield outcomes in small and large farms", combina o conhecimento de agrônomos e biólogos e começou em 2009 com a identificação de vários agricultores na Asia, África e América Latina e o treinamento de equipes para a analise dos dados sobre deficit de polinização.
O projeto resultou de um desafio lançado pela Food and Agricultural Organization (FAO/UN) e os pesquisadores Lucas Garibaldi (líder do projeto , Universidade Nacional de Rio Negro , Bariloche, Argentina) e Luísa Carvalheiro (2ª autora, Universidade de Brasília) foram responsáveis pelas análises de dados onde foram calculados os déficits de produção, ou seja, a diferença de produção entre os campos menos produtivos e campos mais produtivos.
Luísa conta que a maior parte do seu trabalho foi realizado através de financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) por meio da bolsa Atração de Jovens Talentos. Destaca ainda que não é a única a receber apoio da agência. "O trabalho envolve várias instituições brasileiras, havendo outros co-autores financiados pela CNPq", conclui.
De acordo com os pesquisadores os principais resultados obtidos no estudo levam em consideração "que a variação de densidade de polinizadores foi o principal responsável pelo déficit de produção nos campos agrícolas avaliados".
Outro resultado importante a ser considerado "é que o efeito dos polinizadores depende muito do tamanho do campo e da diversidade de polinizadores".
Ou seja, "em campos agrícolas pequenos o aumento da densidade de polinizadores leva a ao aumento consistente da produtividade, entretanto, em grandes propriedades (campos maiores que 2ha), tais benefícios só foram detectados quando a diversidade de polinizadores era elevada'.
Quais os próximos passos?
Estudos recentes mostram que a diversidade e número de polinizadores em áreas agrícolas estão em declínio. Isto representa uma séria ameaça para a produtividade agrícola. Seria importante desenvolver estudos de caráter global, que avaliassem de forma sistematizada os benefícios das diferentes práticas de manejo de polinizadores, bem como, mais estudos sobre os detalhes da biologia das diferentes espécies de polinizadores do Brasil.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Ter, 19 Jan 2016 10:07:00 -0200
Lançado aplicativo sobre nanotoxicologia para telefones inteligentes e tablets
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Nanomateriais de Carbono e a Rede Nacional de Nanotecnologia estão disponibilizando um aplicativo para telefones inteligentes e tablets sobre nanotoxicoloiga. Este aplicativo traz o curso de atualização de conhecimentos sobre nanotoxicologia, que é oferecido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande.
O aplicativo foi desenvolvido pela bolsista de pós-doutorado Sênior do CNPq na área de Divulgação Científica, Laura Geracitano, como parte do Projeto Análise Cientométrico da nanotoxicologia no Brasil e no mundo: Estado atual e perspectivas futuras.
De acordo com a bolsista, no cenário atual em que a comunicação entre os científicos e o público geral pode-se realizar de forma imediata por meio da internet, a quantidade de informação disponível é muito grande, mas a capacidade para compreender e conduzir este conhecimento por parte do público depende da capacidade de cada internauta.
¿Como chegam estes conteúdos à sociedade e qual a qualidade deles no Brasil é um aspecto destas ciências emergentes que têm que ser estudado com seriedade, já que uma informação mal conduzida ou comunicada de forma não responsável pode afetar o entendimento que a população tem respeito destes temas¿, enfatiza a Laura Geracitano, que é também bolsista de Divulgação Científica em Nanociências e Nanotoxicologia do INCT em Nanomateriais de Carbono junto ao Centro Universitário Franciscano (Unifra).
Ainda em relação ao aplicativo, a pesquisadora informa que o usuário pode acessá-lo por ¿nanotoxicologia¿ em diferentes plataformas provedoras de aplicativos, em português ou inglês, resultando o único aplicativo que pode ser obtido para este tipo de pesquisa. ¿Isto significa que é o primeiro no mundo com esta temática¿, informa a bolsiata.
Como obter este aplicativo:
Pode ser procurado por NANOTOXICOLOGIA em inglês ou português nas seguintes plataformas:
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Seg, 18 Jan 2016 19:13:00 -0200
Bolsistas do CNPq estão entre os 3.126 "mais influentes" cientistas do mundo
Dos quatro brasileiros que aparecem na lista dos "mais brilhantes" cientistas em todo o mundo, divulgada pela Thomson Reuters no relatório The World's Most Influential Scientific Minds 2015, três são bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).O relatório aponta 3.126 nomes escolhidos entre os cerca de 9 milhões de pesquisadores contabilizados pela Thomson Reuters e correspondem aos cientistas cujos artigos foram os mais citados ao longo de um período de 11 anos, entre 2003 e 2013.Os brasileiros são:Paulo Artaxo, do Departamento de Física da Universidade de São Paulo, na área de Geociências.Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A, foi membro do Comitê de Assessoramento de Física e Astronomia. Currículo: http://lattes.cnpq.br/3977660018939385Ado Jorio, da Universidade Federal de Minas Gerais (Física).Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A e membro do Comitê de Assessoramento de Física e Astronomia.Currículo: http://lattes.cnpq.br/0034894070455412Adriano Nunes-Nesi, da Universidade Federal de Viçosa (Ciências das Plantas e dos Animais).Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1D.Currículo: http://lattes.cnpq.br/4220071266183271Álvaro Avezum, do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese (Medicina Clínica).Currículo: http://lattes.cnpq.br/5000252539139347De acordo com a metodologia adotada pela Thomson Reuters, estes 3.126 cientistas são responsáveis por 1% dos artigos mais citados em 21 áreas de pesquisa. Artaxo, por exemplo, está entre os 148 mais citados em Geociências; Jorio, por sua vez, está entre os 119 da Física.Dentre esse grupo de elite, o estudo identificou os mais populares ¿ responsáveis por 0,1% dos papers mais citados. Com 19 nomes, a lista é encabeçada, pelo segundo ano consecutivo, por Stacey B. Gabriel, do Broad Institute of MIT e Harvard, com 25 artigos muito populares e que incluem suas contribuições ao projeto Atlas do Genoma do Câncer. A área de genômica, com 198 cientistas no pelotão de elite, tem sete representantes nessa seleta lista, sendo seis do Broad Institute of MIT e Harvard.Quase a metade dos 3.126 pesquisadores está vinculada a instituições sediadas nos Estados Unidos. Os demais se distribuem entre instituições do Reino Unido, Alemanha, China, Austrália, Canadá, Holanda, Japão, França, Suíça, Arábia Saudita e Espanha.Entre as 21 áreas de pesquisa classificadas, as maiores - por mais prolíficas - são as das Ciências da Vida: Medicina Clínica, Biologia e Bioquímica e Biologia Molecular e Genética. Ciências da Computação, Matemática e Economia e Negócios reúnem um número menor de pesquisadores que produzem, proporcionalmente, menos artigos.O relatório se baseia em dados e análises realizadas pelos especialistas em bibliometria da Negócios de Intellectual Property and Science, uma unidade de negócio da Thomson Reuters. Foram avaliados mais de 120 mil papers, indexados entre 2003 e 2013, em cada área de estudo.Coordenação de Comunicação Social do CNPq com informações da Agência FAPESP
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Seg, 18 Jan 2016 18:40:00 -0200
Pesquisador brasileiro ganha prêmio nos Estados Unidos
A Sociedade de Ressonância Magnética Cardiovascular dos Estados Unidos (SCMR, sigla em inglês) anunciou o pesquisador brasileiro João Lima como vencedor do Prêmio Medalha de Ouro de 2016. O prêmio é concedido anualmente pela SCMR como reconhecimento ao trabalho na área de ressonância magnética cardiovascular e pelo serviço exemplar para a sociedade.
Dr. Lima atua nos EUA como professor de medicina, madiologia e epidemiologia na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo Ciência sem Fronteiras, como Pesquisador Visitante Especial, em Salvador, Bahia.
Sob a coordenação de Professora Ana Marice Teixeira Ladeia, João Lima atuou como bolsista do programa na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública com o projeto ¿Associação entre o Processo de Urbanização e a Presença de Doença Cardiovascular Subclínica em Populações Indígenas Tradicionais da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco: Efeitos das Barragens e Transposição do São Francisco¿.
João Lima é reconhecido mundialmente na área e tem atuado como líder ao longo dos últimos 25 anos, incluindo a atuação no SCMR desde sua fundação. Segundo a instituição, ele tem sido um dos principais nomes no campo da ressonância magnética cardiovascular, em particular no âmbito da pesquisa científica ao longo das últimas duas décadas e meia, ressaltando o Estudo Multiétnico de Aterosclerose (MESA), que tem sido fundamental para os avanços na área. Esse publicou mais de 1.000 artigos ao longo dos últimos 15 anos. Além disso, Dr. Lima é autor de 39 editoriais de alto nível e de diretrizes diretamente relacionadas à CMR.Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qua, 23 Dez 2015 15:12:00 -0200
Pesquisa apoiada pelo CNPq sobre doença da tireoide é destaque na Nature Endocrinology
Os hormônios tireoidianos são fundamentais para o perfeito funcionamento de todos os órgãos e sistemas do nosso organismo. Em um número significativo de pacientes gravemente enfermos, internados em Unidades de Terapia Intensiva, ocorre uma diminuição nos níveis dos hormônios da tireoide circulantes, uma enfermidade conhecida como ¿Síndrome do T3 baixo¿. Mais importante, essa alteração está associada com um aumento importante da mortalidade desses indivíduos.
Pensando nisso, os pesquisadores do Serviço de Endocrinologia do HCPA/UFRGS vem pesquisando sistematicamente sobre o tema nos últimos anos. Seus artigos levantam questões relevantes e lançam luz em problemas antes desconhecidos.
Digno de destaque, um destes artigos, ¿IL-6 promotes nonthyroidal illness syndrome by blocking thyroxine activation while promoting thyroid hormone inactivation in human cells¿, do Serviço de Endocrinologia do HCPA/UFRGS, desenvolvido pelas pesquisadoras, Simone Wajner e Ana Luiza Maia, foi recentemente citado entre os 10 trabalhos mais relevantes para o avanço no conhecimento das doenças da tireoide da última década (Edição Novembro 2015).
O estudo, que foi publicado no Journal of Clinical Investigation (2011), demonstrou, pela primeira vez, que o estresse oxidativo é o fator determinante na diminuição dos níveis dos hormônios tireoidianos em pacientes gravemente enfermos. Segundo a professora Ana Luiza Maia, ¿a compreensão dos mecanismos causadores da doença é essencial porque abre novas frentes para o tratamento e conseqüentemente para a melhoria na sobrevida dos pacientes que apresentam essa enfermidade¿. A pesquisadora disse ainda que apesar ¿da doença já ser conhecida há várias décadas, não se sabia o que exatamente causava essa alteração¿.
Ana Luiza agradeceu ao apoio do CNP que, segundo ela, ¿foi fundamental para a realização do estudo. Além do trabalho de pesquisa propriamente dito ter sido financiado através do Edital Universal, o aporte de bolsas aos pesquisadores também é de extrema importância. A coordenadora do Projeto é bolsista de Produtividade em Pesquisa, além dos alunos de iniciação Cientifica que participaram do Projeto¿.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Ter, 22 Dez 2015 11:05:00 -0200
Bolsista do CNPq cria Aplicativo para facilitar compreensão da geometria e ganha prêmio
Para tornar o aprendizado da geometria mais atraente e menos complicado, pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desenvolveram um aplicativo para estudantes de diversos níveis.Para tornar o aprendizado da geometria mais atraente e menos complicado, pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desenvolveram um aplicativo que pode ser usado por estudantes de diversos níveis, desde aqueles com idade entre 13 e 14 anos até os que já estão na universidade. O Geotouch, como foi denominado, funciona em dispositivos móveis (smartphones e tablets) por meio de gestos simples, deslizando os dedos na tela do aparelho.
O novo aplicativo foi desenvolvido pela pesquisadora Helena Macedo em sua dissertação de mestrado concluída em 2014, sob o título Concepção de um Software de Geometria Interativa Utilizando Interfaces Gestuais para Dispositivos Moveis apresentada no ICMC, que teve bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O projeto de Helena recebeu o prêmio de melhor dissertação de mestrado no 4º Congresso Brasileiro de Informática na Educação, realizado em outubro deste ano. "Nosso sistema propõe um novo modelo de interação com softwares de ensino de geometria e faz uma síntese das funcionalidades de outros já existentes, como o Sketchometry, Geometry Pad e o Geogebra", explica a pesquisadora. Aliás, os três sistemas citados foram analisados em dissertação de mestrado.
O aplicativo criado pela ex-bolsista do CNPq ter menu no espaço da tela, facilita a interação e pode contribuir com o aprendizado "O Geotouch é acionado com o toque e o deslizamento dos dedos na tela", disse a bolsista, exemplificando como pode ser desenhada uma circunferência utilizando-se o aplicativo: "Como toda circunferência parte de um centro, o usuário deve construir o ponto central com um breve toque de um dos dedos na tela. Em seguida, basta fazer o gesto de uma circunferência". Comparando-se o mesmo movimento num desktop, utilizando-se um mouse, dificilmente a circunferência seria precisa. "No Geotouch, mesmo que o movimento não seja perfeito, a circunferência será exata", garante a pesquisadora.
O aplicativo passou por um teste de usabilidade com cinco estudantes de pós-graduação do ICMC, especialistas em análise de interfaces e foi aprovado. "Usuários iniciantes podem demorar mais tempo para aprender os gestos, principalmente se não possuem conhecimentos de geometria. Mas o Geotouch disponibiliza um manual que permite o rápido aprendizado", ressalta a pesquisadora, lembrando que entre todos os aplicativos avaliados, o Geotouch é o único a ter um manual.
Veja neste vídeo uma demonstração de uso do Geotouch.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq, com informações da Agência USP de Notícias
Fotos: Divulgação
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Seg, 21 Dez 2015 16:27:00 -0200
MCTI anuncia repasse de R$ 17 milhões para os INCTs
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai repassar, até o dia 31, R$ 17 milhões para financiar os projetos de pesquisa do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). Os recursos vão custear as iniciativas vigentes. O anúncio foi feito pelo ministro Celso Pansera nesta segunda-feira (21).
Criada em 2008, a iniciativa reúne cientistas de diversas áreas do conhecimento para o desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas em áreas consideradas estratégicas para o Brasil. São, hoje, 125 institutos credenciados, com um investimento total de R$ 832 milhões. Dele participam 6.794 pesquisadores e 1.937 instituições integrantes, demonstrando o alinhamento do Programa com as áreas estratégicas da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
"Os INCTs cobrem todo o território nacional e contribuem com pesquisa científica, transferência de conhecimento com grande impacto intelectual, econômico e social", destacou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Hernán Chaimovich.
Em sete anos, pesquisadores ligados aos INCTs ¿ que funcionam como redes, cada uma coordenada por uma instituição ¿ avançaram, por exemplo, na investigação de doenças (como dengue, tuberculose, obesidade e diabetes), desenvolveram vacinas moleculares contra a leishmaniose, criaram um curso de graduação em segurança pública e aprimoraram as técnicas aplicadas à exploração de fontes não convencionais de petróleo e gás. Além disso, as pesquisas dos institutos colocaram o Brasil no centro do debate científico mundial sobre produção de alimentos, economia de baixo carbono e desenvolvimento sustentável.
A abrangência regional e temática dos INCT, os resultados obtidos nos campos cientifico e tecnológico e a interação expressiva de Grupos de Pesquisas Nacionais consolidados com grupos emergentes no País e com mais de mil cientistas estrangeiros, demonstra que o Programa INCT é uma das mais exitosas iniciativas que visa colocar o Brasil na fronteira do conhecimento.
Os investimentos nos projetos de inovação apoiados resultaram em acordos de cooperação entre os institutos e empresas, geraram patentes e inovações, que ganharam a forma de softwares, equipamentos, kits de diagnósticos, procedimentos e políticas públicas. Outro resultado são avanços na inserção internacional do País, por meio da atuação de laboratórios internacionais e empresas estrangeiras.
A Chamada INCT 16/2014 visa dar continuidade a esta iniciativa e, no momento, o CNPq está avaliando as 345 propostas recebidas neste edital, sendo 114 com o objetivo de dar continuidade a INCTs já existentes.
Fonte: MCTI
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Sex, 18 Dez 2015 16:04:00 -0200
CNPq apresenta ações sobre o clima na COP 21
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) participou da 21ª Conferência do Clima (COP 21), realizada em dezembro de 2015, em Paris. O evento teve como principal objetivo fechar acordo entre os países para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo o aquecimento global.
O diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Marcelo Morales, representando o CNPq, participou das discussões, onde fez uma apresentação sobre a história da ciência e tecnologia no Brasil, a missão do CNPq no fortalecimento das Estratégias Nacionais de Desenvolvimento, as ações deste Conselho no financiamento de pesquisas sobre o clima e o impacto das mudanças climáticas no país.
Além disso, participou, juntamente com o coordenador geral substituto da Cooperação Internacional, Paulo Siqueira, da Oficina de Restituição dos Projetos do Programa "Luta contra a desertificação na África", quando foi apresentado os resultados da chamada de projetos em cooperação tripartite com Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) da França e a Agência Pan Africana da Grande Muralha Verde. A chamada denominada CNPq/IRD/APGMV 15/2012 teve como objetivo colaborar para combater a desertificação na África.
Sobre a COP 21
A COP21 foi a maior Conferência realizada sobre o clima e reuniu 195 nações que assinaram o acordo e se comprometeram em adotar medidas para conter as mudanças climáticas.
Em 12 dias, mais de 40 mil participantes discutiram e debateram os temas abordados no documento histórico que prevê limitar o crescimento da emissão de gases de efeito estufa, estabelecendo um teto de 1,5º C para o aquecimento global, a criação de um fundo anual de US$ 100 bilhões financiados por países desenvolvidos, para incentivar programas de baixa emissão de carbono para nações em desenvolvimento, entre outras conquistas.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Qui, 26 Nov 2015 17:40:00 -0200
CA Multidisciplinar de Saúde divulga critérios para julgamento de bolsas PQ
Reunidos na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nas duas últimas semanas de Outubro, os Comitês de Assessoramento (CAs) julgaram milhares de pedidos de Bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ), Auxílio à Realização de Eventos (ARC) e Bolsas no País e Exterior.
O encontro reuniu 300 pesquisadores de 48 áreas do conhecimento e teve como resultado não só os pedidos aprovados, mas, também, uma avaliação do processo de julgamento, como o relatório produzido pelo CA Multidisciplinar de Saúde, composto pelos professores Brasília Maria Chiari (Unifesp), Débora B. Grossi (USP); Fernanda D. Fernandes (USP), Leslie P. Ferreira (PUC-SP), Marco Túlio de Mello (UFMG), Pedro C. Hallal (UFPEL) e Sérgio T. Fonseca (UFMG).
O CA Multidisciplinar de Saúde reúne as áreas de Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia. Hoje, as bolsas estão divididas da seguinte forma: a Educação Física possui atualmente 85 bolsas vigentes, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional possuem 65 cotas e a Fonoaudiologia tem 51 bolsas PQ.
As bolsas da Educação Física estão distribuídas entre oito estados da Federação, sendo que 40% estão alocadas a docentes do estado de São Paulo. As bolsas da Fisioterapia e Terapia Ocupacional estão alocadas a pesquisadores de sete estados, sendo que 63% dos bolsistas trabalham no estado de São Paulo. Na Fonoaudiologia, as bolsas estão concentradas em seis estados, sendo 71% delas alocadas a pesquisadores vinculados a instituições paulistas.
Do total de bolsas do CA, 62,5% são de nível 2, 18,5% são 1D, 5,5% são 1C, 8,5% são do nível 1B e 5,0% são do nível 1A. Estes percentuais estão em desacordo com as normas do CNPq, que sugerem 10% das bolsas nos níveis 1A e 1B e 50% no nível 2.
Segundo o documento, o objetivo é esclarecer sobre os critérios adotados pelo CA para a concessão de bolsas PQ, distribuídas anualmente pelo CNPq, que define critérios mínimos para ingresso em cada nível. Segundo o CA, esses critérios mínimos são condicionantes para que os pedidos sejam considerados e colocados para avaliação dos critérios específicos do Comitê. Sendo assim, foram eliminados, por exemplo, pesquisadores com atuação predominante em outras áreas ou que não atingiam os critérios mínimos de orientação e produção científica.
Os critérios que o CA Multidisciplinar de Saúde utilizou neste momento foram cinco, com os seguintes pesos: produção científica no período avaliado (35%), orientações (25%), índice H do Institute for Scientic Information - ISI (20%), média de citações por artigo, calculada a partir da base Scopus (15%) e projeto de pesquisa submetido (5%).
Como resultado final, o relatório aponta que foi possível atender 30% da demanda da Educação Física, 31% da demanda da Fisioterapia e Terapia Ocupacional e 49% da demanda da Fonoaudiologia. ¿Tais números comprovam a competividade do sistema e estimulam esse CA a buscar o aprimoramento dos critérios de avaliação continuamente¿, aponta o documento.
Veja aqui o relatório completo.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qui, 26 Nov 2015 10:30:00 -0200
Seta do tempo é comprovada em nível molecular em pesquisa realizada com apoio do CNPq
Artigo publicado na Physical Review Letters detalha os resultados de um experimento pioneiro realizado por físicos brasileiros, irlandeses e alemães detectam a seta do tempo, uma propriedade fundamental do UniversoO Universo em que vivemos possui duas propriedades fundamentais e imutáveis: a seta do tempo e o aumento da entropia. Estas propriedades são tão inerentes ao nosso cotidiano que quase nunca paramos para questioná-las.
A seta do tempo é traduzida pelo transcorrer do tempo, que é sempre unidirecional e irreversível, indo do passado em direção ao futuro ¿ e nunca em sentido contrário. Já a entropia tem a ver com a crescente desorganização do Universo, que nasceu simples, num ponto infinitamente pequeno, quente e denso, e começou a se expandir e se desorganizar a partir do Big Bang, formando nuvens de gás, galáxias, estrelas, planetas e, eventualmente, vida, num caminho sem volta.
As propriedades da seta do tempo e do aumento da entropia já foram testadas e confirmadas pelos físicos em diversos ambientes e situações, mas sempre em circunstâncias macroscópicas. No entanto, a seta do tempo, atrelada ao aumento da entropia, jamais foi verificada num ambiente quântico microscópico, vale dizer, atômico ou subatômico. Até agora. No mundo microscópico, a emergência da irreversibilidade intriga os físicos porque as leis da mecânica quântica não têm uma direção preferencial no tempo, ou seja, não distinguem a seta do tempo do seu reverso, qual seja, o retorno ao passado. Essa aparente incompatibilidade entre uma direção preferencial do tempo e a leis microscópicas da Física tem gerado muitos debates ao longo de décadas e promete gerar muitos mais a partir desta pesquisa.
Um artigo recentemente publicado na revista Physical Review Letters detalha os resultados de um experimento pioneiro realizado por físicos brasileiros, irlandeses e alemães. Eles comprovaram, pela primeira vez, que a seta do tempo e sua relação intrínseca com o aumento da entropia também se manifestam em um sistema quântico isolado. Para isso, eles estudaram o comportamento do spin (propriedade magnética similar ao ímã ou a agulha de uma bússola) do núcleo de um único átomo, no caso, o isótopo carbono 13, numa molécula de clorofórmio.
O experimento foi realizado nos laboratórios do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, e os resultados estão associados à pesquisa realizada no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Informação Quântica (INCT-IQ), apoiado pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para verificar a emergência da seta do tempo num ambiente microscópico, os pesquisadores usaram um equipamento chamado Espectrômetro de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), como explica um coautor da pesquisa, o físico Roberto Menezes Serra, da Universidade Federal do ABC, em Santo André. Como o sistema quântico tem energia muito pequena, a amostra de spins foi preparada a uma temperatura baixíssima.
Os átomos de carbono 13 foram resfriados a alguns bilionésimos de grau acima do zero absoluto, ou seja, - 273,15 graus Celsius. Nessas condições, os núcleos de carbono foram submetidos a um pulso de radiofrequência, cuja intensidade é modulada no tempo a uma frequência de 125 MHz, similar às ondas das emissoras de rádio FM. "A temperatura do nosso sistema é conhecida como temperatura de spin, e o sistema permanece nesse estado por algumas frações de segundo durante o experimento," diz Serra.
Quando os spins nucleares resfriados interagem com as ondas de rádio, cuja intensidade aumenta, eles mudam de estado, aumentando sua energia interna. Esse aumento acontece rapidamente, fazendo com que parte da energia absorvida pelos spins se apresente de forma desorganizada, como se os spins "tremessem".
Uma analogia a esse processo seriam os pistões de um motor a combustão, que se movem para cima quando os gases provenientes da explosão do combustível se expandem no cilindro. Quando o pulso de radiofrequência é desligado, parte da energia absorvida pelos núcleos de carbono (aquela na forma desorganizada) precisa ser dissipada no meio ambiente na forma de calor. Quando isso acontece, o sistema volta ao estado original, chamado de equilíbrio térmico.
Para revelar a seta do tempo, a estratégia do experimento foi ligar e desligar as ondas de radiofrequência num ritmo alucinante, na ordem dos milésimos de segundo. "Fizemos esse processo tão rápido que não dava tempo para o sistema trocar energia (calor) com o meio ambiente", diz Serra. Foi nessas condições que os pesquisadores detectaram a produção de entropia em um sistema quântico, ou seja, observaram a origem do aumento da entropia no nível microscópico.
Flutuações quânticas
O pesquisadores realizaram o mesmo processo modulando as ondas de rádio de forma reversa, diminuindo a energia das ondas de forma muito rápida e, consequentemente, diminuindo a energia do sistema de spins. Analogamente à compressão da mistura ar/combustível em um pistão do motor a combustão.
Eles compararam então o que acontecia com os núcleos de carbono durante o processo de aumento e diminuição da energia das ondas de rádio, detectando uma diferença sutil entre os dois processos. Ora, se as leis que governam os sistemas quânticos isolados são simétricas no tempo esse processo também deveria ser simétrico, não é mesmo? Não foi isso que o time de pesquisadores constatou. De fato, eles detectaram uma leve assimetria durante o processo de aumento e diminuição da energia no núcleo de carbono. Mas de onde surgiu essa assimetria?
"São as flutuações quânticas", revela Serra. No mundo microscópico do átomo e das partículas atômicas acontecem coisas bizarras. O vácuo, por exemplo, é tudo menos vazio. Nele podem pipocar a partir do nada partículas subatômicas. Elas surgem e desaparecem sem prévio aviso e como que por encanto. São flutuações quânticas.
No caso do experimento, o que se detectou foi um fenômeno semelhante em que as flutuações estão associadas com as chamadas transições entre estados quânticos do spin nuclear. Para ilustrar tal fenômeno imagine que você está parado segurando um pêndulo. Ele se move de um lado para o outro, certo? Agora digamos que você resolveu dar alguns passos em qualquer direção, sempre segurando o pêndulo em movimento. Ele continua se movendo de um lado para o outro, mas podem ocorrer pequenos movimentos laterais imperceptíveis, ou o pêndulo pode "tremer", em função do seu caminhar.
Essa é uma analogia para as flutuações quânticas nos spins nucleares quando a intensidade das ondas de rádio muda rapidamente. Foi exatamente isso o que foi observado no experimento.
Trocando em miúdos, o time internacional de pesquisadores pôde constatar a emergência da seta do tempo no ambiente quântico, porque eles detectaram no experimento uma assimetria entre um processo e seu reverso. Essa assimetria tem origem nas transições entre os estados quânticos. É dessa forma que a entropia do sistema aumenta. Eis aí o surgimento da seta do tempo no mundo microscópico.
Mas pra quê serve tudo isto? Quais as aplicações práticas de determinar a seta do tempo em nível quântico? "Nosso grupo de pesquisa tem sido pioneiro nos experimentos em Termodinâmica Quântica", afirma Serra. "Todo esse esforço é para compreender os fenômenos termodinâmicos em escala microscópica e quântica. Do ponto de vista prático queremos entender os limites da nova tecnologia quântica em microescala."
Esta é uma das fronteiras da ciência atual. Espera-se, no longo prazo, que dela evoluam tecnologias como a dos computadores quânticos, com potencial muitas vezes superior à computação tradicional. Outro dividendo será a criptografia quântica com códigos invioláveis, cuja segurança pode ser garantida pelas leis da mecânica quântica. "Esta é uma das tecnologias que deverão dominar o cenário do século 21".
Os resultados do experimento foram publicados no artigo Irreversibility and the Arrow of Time in a Quenched Quantum System (doi: http://dx.doi.org/10.1103/PhysRevLett.115.190601) de T.¿B. Batalhão, R.¿M. Serra e outros, publicado pela Physical Review Letters e disponível em http://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/PhysRevLett.115.190601.
Fonte: Peter Moon - Agência FAPESP
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Qui, 19 Nov 2015 11:23:00 -0200
Seminário discute o conhecimento cientifico e seus desafios
O Seminário Caminhos da ciência e desenvolvimento acontece no dia 2 de dezembro, no Centro Britânico Brasileiro, em São Paulo
O evento visa explorar o conhecimento científico como fonte de progresso, além de debater os desafios para seu avanço sustentável. Voltado para Pesquisadores, cientistas, profissionais de saúde, jornalistas, lideranças empresarias, autoridades governamentais e demais interessados em Ciência o evento promove a integração e a troca de conhecimentos sobre um assunto cada vez mais relevante para o desenvolvimento de qualquer nação.
Com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de várias outras instituições como a FINEP, a Fapesp e o BNDES, o seminário vai contar com a presença de pesquisadores, CEOs, cientistas e jornalistas.
A programação completa está disponível na página do evento, assim como o formulário de inscrições, que são gratuitas e limitadas. Acesse: http://www.cienciaedesenvolvimento.com.br/
Serviço:Local do Evento:
Centro Britânico Brasileiro (Teatro)
Rua Ferreira Araújo, 741 - Pinheiros
São Paulo - SPData:
02 de dezembro de 2015 (quarta-feira)
Horário: das 08:30 às 16 horasCoordenação de Comunicação do CNPq