Notícias Destaque em CT&I
-
Ter, 20 Set 2016 11:40:00 -0300
Pesquisador do CNPq e mecânico lançam pomada à base de urucum em MG
Desde a década de 2000, o mecânico mineiro Aloísio José dos Reis e o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Paulo César Stringheta trabalham na criação de produtos que em sua fórmula utiliza o extrato de urucum - planta utilizada pela "ciência" popular e conhecida para curar diversos males e até emagrecer.Desde a década de 2000, o mecânico mineiro Aloísio José dos Reis e o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Paulo César Stringheta trabalham na criação de produtos que em sua fórmula utiliza o extrato de urucum - planta utilizada pela "ciência" popular e conhecida para curar diversos males e até emagrecer.
Os dois dedicaram 17 anos pesquisando e desenvolvendo produtos, a partir dos conhecimentos populares, e aperfeiçoando os processos de produção. A parceria resultou em uma linha de pomadas que utiliza a mesma semente que os indígenas já conheciam há séculos.
Professor Stringheta conta que o estimulo inicial era trazer ao mercado "um produto capaz de ajudar com o mínimo de efeitos colaterais possíveis. Que tivesse um preço acessível e que fosse viável financeiramente".
Ainda segundo o professor, não foi uma tarefa fácil, pois, "umas das maiores dificuldades encontradas durante o processo é dar continuidade nas pesquisas, ora por motivos logísticos, ora por dificuldades de financiamento. E o investimento privado, muitas vezes, é escasso, pois buscam um resultado imediato".
Entretanto, com muita dedicação, os dois transformaram a pesquisa em realidade e a resposta popular foi maior que a esperada. Os parceiros, então, decidiram investir tudo que tinham na ideia e hospedaram a empresa na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev), vinculada à UFV.
Hoje a "Profitus Newderm" é utilizada no tratamento de doenças como psoríase, dermatite e outros problemas cutâneos. Os produtos podem ser encontrados em farmácias de todo o pais e também via internet.
Coordenação de Comunicação do CNPq
-
Qua, 14 Set 2016 17:36:00 -0300
Bolsista do Ciência sem Fronteiras ganha prêmio na Austrália
O estudante Ewaldo Moritz Neto, na Austrália desde o início deste ano como bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras pelo CNPq, compôs equipe que conquistou o primeiro lugar em uma das maiores competições australianas de inovação e empreendedorismo.O estudante Ewaldo Moritz Neto, na Austrália desde o início deste ano como bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras pelo CNPq, compôs equipe que conquistou o primeiro lugar em uma das maiores competições australianas de inovação e empreendedorismo.
O evento - o HaTCHathon, - Health and Technology Challenge, promovido pelas empresas Johnson & Johnson Medical e Janssen-Cilag - aconteceu entre os dias 9 e 11 setembro, na Austrália, reunindo designers, desenvolvedores e empresários em uma corrida de inovação que os obriga a usar suas habilidades e criatividade para ajudar a resolver alguns dos desafios mais difíceis para os cuidados de saúde hoje.
Ao todo, foram onze times competindo. Eles tiveram 48 horas para desenvolver um produto para a área da saúde. A equipe de Moritz - formada por mais dois colegas, Adam Pryor e Afonso Firma - venceu com uma solução projetada para fornecer suporte para pacientes em recuperação de cirurgia de prótese do joelho.
Ewaldo Moritz tem 21 anos e é estudante de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e bolsista na University of New South Wales. Ainda no Ensino Médio, já foi medalhista duas vezes na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2011 e 2012.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Seg, 12 Set 2016 10:00:00 -0300
Pesquisador do CNPq participa de estudos que estabelecem uma nova estratégia terapêutica para o tratamento da hipertensão arterial
O Pesquisador do CNPq, Benedito H. Machado e o Professor Davi J. A. Moraes, Melina P. da Siva, do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, participaram de um estudo publicado no dia 05/09/2016 no periódico Nature Medicine, no qual uma nova estratégia terapêutica, envolvendo um medicamento recentemente desenvolvido, foi estabelecida para o tratamento da pressão arterial anormalmente elevada (hipertensão arterial).O Pesquisador do CNPq, Benedito H. Machado e o Professor Davi J. A. Moraes, Melina P. da Siva, do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, participaram de um estudo publicado no dia 05/09/2016 no periódico Nature Medicine, no qual uma nova estratégia terapêutica, envolvendo um medicamento recentemente desenvolvido, foi estabelecida para o tratamento da pressão arterial anormalmente elevada (hipertensão arterial).
Esse estudo desenvolvido com participação de pesquisadores da Inglaterra, Nova Zelândia, Brasil e uma indústria farmacêutica dos Estados Unidos, representa para o Professor Benedito H. Machado ¿um excelente exemplo da interação internacional entre pesquisadores de áreas básicas (fisiologia e farmacologia), clínica (cardiologia) e a indústria farmacêutica, o que resultou num medicamento com provável uso terapêutico nos próximos anos¿.
Ao invés de combater a hipertensão arterial bloqueando os efeitos da atividade neural excessiva sobre o coração e os vasos sanguíneos, esta nova abordagem visa reduzir a atividade dos corpúsculos carotídeos, um conjunto de pequenos órgãos sensoriais dedicados a controlar o oxigênio no sangue, que, quando anormalmente ativados, podem fazer com que a pressão arterial se mantenha elevada. Os corpúsculos carotídeos estão situados nas bifurcações das artérias carótidas que levam o sangue para o cérebro e são os menores órgãos do corpo, sendo cada um do tamanho de um grão de arroz. Quando os níveis de oxigênio no sangue diminuem, as células dos corpúsculos carotídeos se tornam ativas e enviam sinais para o cérebro que provocam aumentos na pressão arterial.
Em indivíduos saudáveis os corpúsculos carotídeos têm níveis muito baixos de atividade. Essa equipe internacional e multidisciplinar coordenada pelo Professor Julian F. R. Paton, da Universidade de Bristol (Inglaterra), descobriu que esses órgãos sensoriais se tornam hiperativos em condições de hipertensão, aumentando a atividade de regiões do cérebro que geram a atividade nervosa para o coração e os vasos sanguíneos. Desta forma, alterações na atividade dos corpúsculos carotídeos podem determinar os níveis elevados de pressão arterial e, portanto, dentro dessa nova estratégia passaram a representar um alvo terapêutico para combater a hipertensão arterial. Para realizar este estudo, a equipe de pesquisadores utilizou animais com hipertensão arterial de origem neural, a qual é a mais frequente em seres humanos. Nesse estudo eles demonstraram que o ATP, uma molécula conhecida por ser fonte de energia para células, foi capaz de ativar persistentemente o seu receptor P2X3 nos neurônios que constituem as comunicações entre as células dos corpúsculos carotídeos e as regiões do cérebro que geram a atividade nervosa para o coração e os vasos sanguíneos. Ao bloquear estes receptores usando o medicamento denominado MK-7264/AF-219, que se caracteriza por bloquear os receptores P2X3, a pressão arterial diminuiu significativamente em animais hipertensos. A equipe de pesquisadores pretende iniciar em breve estudos clínicos, na Inglaterra, para testar o efeito do MK-7264/AF-219 em pacientes hipertensos na Inglaterra.
Os experimentos realizados pela equipe de pesquisadores brasileiros da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP e financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) foram determinantes para os avanços dessa nova estratégia terapêutica. ¿Os nossos registros intracelulares dos neurônios que constituem as comunicações entre as células dos corpúsculos carotídeos e as regiões do cérebro que geram a atividade nervosa para o coração e os vasos sanguíneos nos permitiram caracterizar de forma inequívoca os efeitos positivos desse novo medicamento (MK-7264/AF-219) no processamento das informações neurais anormalmente elevadas provenientes dos corpúsculos carotídeos de animais hipertensos¿ explicou o Professor Davi J. A. Moraes. ¿Queríamos entender quais seriam os mecanismos envolvidos na hiperatividade das células dos corpúsculos carotídeos na hipertensão. A nossa hipótese de que o ATP e os receptores P2X3 estariam envolvidos foi confirmada. Este novo medicamento (MK-7264/AF-219) não silencia a atividade dos corpúsculos carotídeos, mas faz com que a mesma se mantenha em níveis semelhantes ao normal¿ afirmou a pesquisadora Melina P. Pires.
Este medicamento pode ser considerado como uma nova estratégia terapêutica dirigida à origem do aumento excessivo da atividade neural para o coração e os vasos sanguíneos. Esta pesquisa se caracteriza como sendo translacional, pois estudou desde a molécula até o provável uso na prática médica, e reflete ¿a importância dos estudos fisiológicos para o desenvolvimento de novos medicamentos e novas estratégias terapêuticas para o tratamento de doenças que acometem os seres humanos¿ explicou o Professor Benedito H. Machado.
Segundo ele, esse estudo foi também um esforço de equipe multidisciplinar, e não teria sido possível sem a estreita colaboração entre os pesquisadores da Universidade de Bristol (Inglaterra), da Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto, Brasil), da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) e da Afferent Pharmaceuticals (uma empresa subsidiária da Merck & Co., Inc., Kenilworth, Estados Unidos).
O Professor aponta, ainda, o apoio financeiro da FAPESP como fundamental para o sucesso desse estudo publicado num dos mais expressivos periódicos científicos na área das ciências biomédicas, além da Bolsa de Produtividade em Pesquisa que recebe do CNPq e os outros auxílios com os quais o laboratório no qual trabalha já foi contemplado nos últimos anos, como projetos do Universal e bolsas de Apoio Técnico e de Pós-Graduação: ¿Foram determinantes para o sucesso desse projeto envolvendo equipes multidisciplinares de universidades e industria farmacêutica de países desenvolvidos¿, explica.
Por fim, Machado ressalta a importância do contínuo apoio financeiro do CNPq aos pesquisadores brasileiros, especialmente para os mais jovens. ¿Será determinante para que num futuro não muito distante os Currículo Lattes da maioria dos pesquisadores brasileiros estejam povoados de publicações em periódicos científicos expressivos no âmbito mundial como é o caso da Nature Medicine", conclui.
O artigo ¿Purinergic receptors in the carotid body as a new drug target for controlling hypertension¿ pode ser lido em: http://www.nature.com/nm/journal/vaop/ncurrent/full/nm.4173.html
-
Seg, 05 Set 2016 15:09:00 -0300
Pesquisa desenvolvida por brasileiros é destaque em revista especializada internacional
Dentre os autores, está o Prof. Caio Lewenkopf, pesquisador 1B do CNPq, além de Vladimir Miranda, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Prof. Luis Gregório Dias do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP)
Em 2010, Andre Geim e Konstantin Kovoselov receberam o prêmio Nobel de Física por estudos inovadores com o grafeno, um material bidimensional construído por uma folha de átomos de carbono dispostos num padrão hexagonal. O grafeno é tido como um material bastante promissor para uso em dispositivos eletrônicos uma vez que os portadores de carga se propagam como férmions relativísticos sem massa, o que confere a este material propriedades eletrônicas muito peculiares. Mais recentemente, tem havido esforços no sentido de combinar estas propriedades eletrônicas com propriedades *magnéticas*, o que abriria uma enorme gama de possibilidades para funcionalidades híbridas (elétrica e magnética) em dispositivos à base de grafeno.
Uma das possibilidades exploradas é gerar momentos magnéticos em grafeno através da remoção proposital de átomos de carbono, gerando assim "vacâncias" na rede hexagonal. No entanto, a existência de "magnetismo de vacâncias" em grafeno tem sido um tópico controverso, com resultados conflitantes na literatura. A formação de momentos magnéticos ocorre tipicamente em sistemas que contem átomos com orbitais d e f. O alvo central do debate teórico e experimental é a possibilidade de geração de magnetismo tipo p em grafeno com vacâncias.
Um trabalho recente, fruto de uma colaboração entre o Prof. Luis Gregório Dias do IF-USP e Vladimir Miranda e Caio Lewenkopf, ambos, da UFF, teve como objetivo lançar alguma luz sobre esta discussão.
O artigo "Coulomb charging energy of vacancy-induced states in graphene", publicado em 8 de Agosto de 2016 no prestigioso periódico Physical Review B, foi escolhido para a seção de "Editor's Suggestions¿ da revista.
O principal resultado do trabalho é um cálculo realista da energia de carregamento U da vacância. Este parâmetro U essencialmente codifica a energia de repulsão Coulombiana entre elétrons que ocupam o estado induzido pela vacância, sendo crucial para o aparecimento de magnetismo. Combinando métodos analíticos e computacionais, os pesquisadores obtiveram valores de U da ordem de 1 eV para amostras com tamanhos da ordem de microns, um número significativamente maior do que estimativas anteriores. Estes resultados dão um forte suporte teórico à emergência de magnetismo em grafeno com vacâncias diluídas, em linha com resultados experimentais recentes da literatura.
SERVIÇO:
Link para o artigo:
http://journals.aps.org/prb/abstract/10.1103/PhysRevB.94.075114
Assessoria de Comunicação do Instituto de Física da USP
-
Seg, 05 Set 2016 11:45:00 -0300
Pesquisador do CNPq é eleito para Comitê internacional
O Professor Jefferson Cardia Simões, Pesquisador 1B do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ganhou a eleição para a vice-presidência do Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR) do Conselho Internacional para Ciências (ICSU).O Professor Jefferson Cardia Simões, Pesquisador 1B do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ganhou a eleição para a vice-presidência do Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR) do Conselho Internacional para Ciências (ICSU).
O SCAR é responsável por iniciar, desenvolver e coordenar a investigação científica internacional de alta qualidade na Região Antártica (incluindo o Oceano Antártico) e sua função no sistema do planeta.
Além do seu papel científico, o SCAR também fornece consultoria científica objetiva e independente para as reuniões dos membros consultivos do Tratado da Antártida e outras organizações como, por exemplo, o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), sobre questões de ciência e conservação que afetam a gestão da Antártica e do Oceano Austral.
¿O SCAR assessora o Tratado que cuida do futuro de quase 10% do Planeta. Trata-se, portanto, de uma clara atuação de diplomacia da ciência¿, avalia Simões, sobre a importância do cargo.
O Pesquisador
Além de Pesquisador do CNPq, Simões coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT/CNPq) e é professor titular de Geografia Polar e Glaciologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor colaborador do CCI/University of Maine, Orono, EUA.
Membro titular da Academia Brasileira de Ciências, é o pioneiro da ciência glaciológica no Brasil, obteve seu PhD pelo Scott Polar Research Institute, University of Cambridge, Inglaterra, em 1990 e é pós-doutor pelo Laboratoire de Glaciologie et Géophysique de l'Environnement (LGGE) du CNRS/França e pelo Climate Change Institute (CCI), University of Maine, EUA.
Toda sua carreira foi dedicada às Regiões Polares, tendo publicado 135 artigos, principalmente sobre processos criosféricos, tendo participado de 22 expedições científicas às duas regiões polares. No verão de 2011/2012 liderou a expedição que instalou o primeiro módulo científico brasileiro no interior da Antártica (Criosfera 1).
Além disso, Simões criou o Centro Polar e Climático da UFRGS, a instituição que lidera no Brasil a pesquisa sobre a neve e o gelo e coordena a participação brasileira nas investigações de testemunhos de gelo antárticos e andinos e faz parte dos comitês gestores do programa International Trans-Antarctic Scientific Expedition (ITASE) e da iniciativa International Partnerships in Ice Core Sciences (IPICS).
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Ter, 23 Ago 2016 16:26:00 -0300
Coordenadores e agências discutem os impactos de chamada sobre tecnologia de Smart Grids
Aberta, na manhã desta terça-feira, 23, a reunião de avaliação e acompanhamento da Chamada MCTI/CNPq/CT-ENERG No. 33/2013 - Tecnologias em Smart Grids, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. "O CNPq está trabalhando para que façamos mais avaliações de impacto dos resultados das chamadas enquanto política pública", reforçou o Diretor Substituto de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Alexandre Garcia.
A reunião será realizada em dois dias - 23 e 24 de agosto - e conta com a presença dos coordenadores de projetos contemplados pela chamada, do Coordenador-Geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Eduardo Soriano Lousada, e de Florian Remann, da Cooperação Internacional da Alemanha (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit - GIZ), além de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).
Com 13 projetos aprovados, a Chamada foi lançada em "um cenário promissor de mercado, com 170 projetos em andamento de pesquisa e desenvolvimento", como lembrou Eduardo Soriano durante a abertura.
Soriano ressaltou que a ação se deu no âmbito da parceria do Ministério com a ANEEL para atender necessidades ainda existentes para a pesquisa em Smart Grids no Brasil, como estruturar o conhecimento, gerar recursos humanos capacitados e equipar laboratórios.
Hoje, segundo Alexandre Garcia, algumas cidades brasileiras, como Brasília, já contam com a tecnologia em Smart Grids em algumas casas, reintroduzindo energia na rede de abastecimento local. Mas ainda há muito para crescer. Garcia apontou que o país não pode continuar contando com a sorte de ter um clima favorável e lidar com o risco de crises energéticas por conta de questões climáticas como aconteceu em 2015.
Como apontou Eduardo Soriano, as pesquisas no Brasil tinham um foco muito grande na medição inteligente. Mas as necessidades são maiores que essa. Por isso, a Chamada elencou temas específicos para financiamento: a) Desenvolvimento de equipamentos que integram as Redes Elétricas Inteligentes (medidores, chaves, transformadores, disjuntores, sensores, etc); b) Desenvolvimento de equipamentos de manutenção e diagnóstico para Redes Elétricas Inteligentes; c) Qualidade de energia em Redes Elétricas Inteligentes; d) Tarifação de energia em Redes Elétricas Inteligentes; e) Redução de perdas comerciais e técnicas em Redes Elétricas Inteligentes; f) Segurança de informação em Redes Elétricas Inteligentes; g) Eficiência e sustentabilidade de Redes Elétricas Inteligentes; e h) Operação de Redes Elétricas Inteligentes.
O especialista em regulação da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética - SPE (ANEEL), Márcio Venício Pilar Alcântara, fez uma apresentação com a visão da agência sobre o Smart Grids. Para Alcântara, o Brasil precisa investir em redes mais eficientes e seguras, evitando os mini apagões, recorrentes em alguns estados brasileiros. Aumentar a fiscalização evitando furto e roubo de energia, que causam grandes prejuízos para as distribuidoras.
"Smart Grids pode proporcionar através do redirecionamento do fluxo de energia uma melhora na qualidade dos índices de apagões e reduzir as perdas de energia elétrica com a introdução da medição inteligente", disse Márcio Alcântara.
Segundo ele, para solucionar esses problemas é preciso desenvolver soluções próprias.
"Não é possível, simplesmente, importar soluções de outros países e tentar introduzir ela no Brasil. Por isso é extremamente importante o desenvolvimento de pesquisas desse tema voltado para o Brasil".
Também participou da abertura Carlos Frees, Lider de Projeto Smart Grid da Agencia Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Nelson Fonseca Leite, Presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).
O evento segue até o final do dia de amanhã, 24. Confira a programação completa aqui.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Marcelo Gondim
-
Ter, 23 Ago 2016 15:44:00 -0300
Pesquisa financiada pelo CNPq é premiada em Dublin na Irlanda
A professora Brunna Cristina Bremer Boaventura, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi agraciada com Prêmio Internacional mais importante concedido a um jovem pesquisador na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, o IUFoST Young Scientist Award.A professora Brunna Cristina Bremer Boaventura, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi agraciada com Prêmio Internacional mais importante concedido a um jovem pesquisador na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, o IUFoST Young Scientist Award.
A cerimônia de premiação ocorreu na última segunda-feira, 22 de agosto, em Dublin, Irlanda, durante o 18th World Congress of Food Science and Technology (IUFoST 2016). Brunna estava acompanhada de sua orientadora, a professora e doutora Renata Amboni.
A pesquisa sobre efeitos da erva-mate foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e a CAPES. Brunna Faz parte do Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo (GENEO), do Grupo de Pesquisa em Comportamento e Consumo Alimentar (CNPq).
Antioxidantes
A pesquisa estudou os efeitos da crioconcentração (concentração por refrigeração) de compostos bioativos com atividade antioxidante do extrato aquoso de folhas de erva-mate. A pesquisadora concluiu que o consumo do extrato submetido ao processo de crioconcentração proporcionou melhora no estado antioxidante de seres humanos saudáveis, quando comparado ao consumo da versão não crioconcentrada.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Seg, 22 Ago 2016 10:59:00 -0300
CNPq realiza reunião para acompanhar e avaliar chamada sobre tecnologia de Smart Grids
Coordenadores dos projetos aprovados na chamada MCTI/CNPq/CT-ENERG No. 33/2013 - Tecnologias em Smart Grids estarão reunidos na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) nesta terça e quarta, dias 23 e 24 de agosto, para compartilhar e avaliar os resultados das pesquisas financiadas.
Coordenado pelo CNPq, o evento contará com a presença do Coordenador-Geral de Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Eduardo Soriano Lousada, e de Florian Remann, da Cooperação Internacional da Alemanha (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit - GIZ).
Além disso, participarão convidados representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).
A chamada foi lançada em 2013 pelo CNPq e o MCTI, com objetivo de apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em Smart Grids (Redes Elétricas Inteligentes - REI). O valor total aplicado nessa iniciativa foi de R$ 8 milhões oriundos do FNDCT/CTENERG.
As Redes Elétricas Inteligentes podem ser compreendidas como a rede elétrica que utiliza tecnologia digital avançada para monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade em tempo real com fluxo de energia e de informações bidirecionais entre o sistema de fornecimento de energia e o cliente final.
O tema é abrangente e promissor em inovações e oportunidades uma vez que possibilita uma gama de novos serviços, abrindo a possibilidade de novos mercados. Desta forma, a REI se apresenta como uma das fortes tendências de modernização do sistema elétrico em vários países.
Para saber mais sobre a reunião veja aqui a programação completa.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Qui, 18 Ago 2016 14:26:00 -0300
Tese de Doutorado apoiada pelo CNPq recebe o mais importante prêmio internacional na área de computação gráfica
Tese de Doutorado de Eduardo Simões Lopes Gastal - Efficient High-Dimensional Filtering for Image and Video Processing - foi agraciada com o ACM SIGGRAPH Outstanding Doctoral Dissertation Award.Tese de Doutorado de Eduardo Simões Lopes Gastal - Efficient High-Dimensional Filtering for Image and Video Processing - foi agraciada com o ACM SIGGRAPH Outstanding Doctoral Dissertation Award.
Financiada pelo CNPq e pela CAPES, a pesquisa foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sob orientação do Professor Manuel Menezes de Oliveira Neto.
O Prêmio é o mais importante reconhecimento internacional para uma Tese de Doutorado em Computação Gráfica, que considera as contribuições do trabalho para a área. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 25 de julho de 2016 na Califórnia, durante a conferência ACM SIGGRAPH 2016.
A ACM (Association for Computing Machinery) é a maior e mais importante sociedade científica e profissional da área de Computação. ACM SIGGRAPH (Special Interest Group in Graphics) é o braço da ACM especializado em Computação Gráfica e Técnicas Interativas.
A escolha dos jurados foi unânime: "Em reconhecimento pelo potencial de impacto e pelas notáveis contribuições feitas durante o seu doutorado, o comitê, de forma unânime, o selecionou para receber a primeira edição do prêmio ACM SIGGRAPH Outstanding Doctoral Dissertation Award este ano no SIGGRAPH".
Tese também recebeu o prêmio de Melhor Tese de Doutorado em Computação de 2015, outorgado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) durante o Congresso da SBC realizado no inicio de julho de 2016 em Porto Alegre. O trabalho, bem como os vários artigos publicados durante o doutorado, estão disponíveis no endereço http://www.inf.ufrgs.br/~eslgastal/
A Tese e suas contribuições
Técnicas de filtragem de imagens e vídeos com preservação de arestas são uma ferramenta fundamental para diversas aplicações como, por exemplo, manipulação de detalhes, remoção de ruído, redução de faixa dinâmica (tone mapping), ampliação, filtragem espaço-temporal, recolorização e estilização, para citar apenas algumas. As técnicas de filtragem com preservação de arestas existentes antes do desenvolvimento desta Tese de Doutorado são capazes de produzir bons resultados em várias situações práticas, mas são computacionalmente ineficientes. Assim, não são adequadas para uso em aplicações de tempo real envolvendo imagens e vídeos coloridos - uma condição de enorme interesse prático. Tal ineficiência decorre, fundamentalmente, do fato deste tipo de filtragem envolver a utilização de espaços de alta dimensionalidade (espaços com cinco ou mais dimensões).
A Tese de Doutorado de Eduardo Gastal mudou completamente este cenário ao introduzir três técnicas computacionalmente ótimas para realização de filtragrem com preservação de arestas. As novas técnicas permitem a realização destas operações em tempo real e se baseiam em sólida fundamentação matemática. A primeira delas, chamada Domain Transform (Transformada de Domínio), é atualmente a mais rápida técnica para filtragem com preservação de arestas em espaços de alta dimensionalidade a utilizar métrica geodésica. A segunda técnica, Adaptive Manifolds (Variedades Adaptativas), por sua vez, é a mais rápida técnica existente para filtragem com preservação de arestas (em espaços de alta dimensionalidade) a utilizar métrica Euclideana. Estas duas técnicas tem sido utilizadas por pesquisadores de várias empresas como Google, Disney e Adobe, e foram incorporadas ao OpenCV, uma biblioteca de software para aplicações de processamento de imagens e visão computacional bastante popular na comunidade de pesquisadores e desenvolvedores de software.
A terceira contribuição da Tese corresponde a uma formulação matemática com custo linear para aplicação de filtros recursivos arbitrários a sinais amostrados de maneira não-uniforme. Trata-se de um resultado importantíssimo, visto que várias aplicações são melhor definidas utilizando amostragem não uniforme (e.g., algoritmos para síntese de imagens fotorealísticas, processamento de imagens e vídeos com preservação de arestas, processamento de sinais livre de aliasing, etc.). Por sua vez, ferramentas tradicionais de filtragem, como a transformada rápida de Fourier (FFT), convoluções e filtros recursivos requerem uma amostragem uniforme dos dados de entrada. A Tese introduz uma nova formulação matemática capaz de tratar dados amostrados de maneira não uniforme. Este resultado deve ter impacto em diversas outras áreas da computação e de processamento de sinais.
Em síntese, a Tese introduziu três soluções ótimas (i.e., com custo linear) para diferentes aspectos do problema de filtragem de imagens e vídeos em espaços de alta dimensionalidade e mudou a nossa compreensão sobre este problema fundamental.
A seguir, exemplos de filtros (efeitos), entre muitos possíveis, utilizando as técnicas rápidas de filtragem desenvolvidas na Tese. A ênfase, portanto, não está nos efeitos em si, na eficiência computacional dos métodos que garante desempenho em níveis muito acima do que antes não era possível.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
com informações do Setor de Comunicação do Instituto de Informática da UFRGS
-
Ter, 16 Ago 2016 15:32:00 -0300
Bolsista do Ciência sem Fronteiras ganha prêmio internacional
Invento da bolsista Christine Veras de Souza, do Programa Ciência sem Fronteiras, conquista o terceiro lugar no concurso "Best Illusion of the Year".
Organizado desde 2005, o prêmio é oferecido pela Neural Correlate Society, organização sediada nos Estados Unidos que reúne expoentes da academia norte-americana nas áreas de neurologia, oftalmologia e psicologia, entre outras.
Christine é bolsista de doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na Nanyang Technological University, em Cingapura, eleita recentemente a terceira melhor universidade da Ásia. A mineira é formada em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde concluiu, ainda, o Mestrado em Artes, também como bolsista do CNPq.
O trabalho premiado é fruto da tese de doutorado e consiste em um aparelho chamado Silhouette Zoetrope, baseado nos tradicionais zootropos (um mecanismo que permite formar pequenas animações), que cria uma inovadora ilusão de ótica.
Segundo a pesquisadora, o produto é uma "homenagem aos primeiros brinquedos óticos que vêm aguçando nossos sentidos desde a Era Vitoriana e oferece uma mudança de paradigma com relação ao Zootrópio tradicional, não apenas pela inversão de sua estrutura, mas também pela combinação entre o teatro de sombras com os antigos brinquedos óticos".
Quando o Silhouette Zoetrope gira, as fendas piscam atrás das imagens recortadas, animando-as aparentemente como se estivessem dentro do cilindro, criando assim a ilusão de silhuetas animadas no espaço.
Veja o vídeo que demonstra o funcionamento da invenção: https://youtu.be/fJn9rOtEJfM.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Qui, 11 Ago 2016 17:52:00 -0300
CNPq apoia coleção de livros focados no Ensino Fundamental
Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e da FINEP/FAPESPA, a editora do professor Danilo Teixeira Alves, Paka-Tatu, tem contribuído com o desenvolvimento de uma nova geração livros didáticos e paradidáticos digitais de alta interatividade.Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FINEP/FAPESPA a Editora Paka-Tatu tem contribuído com o desenvolvimento de uma nova geração livros
didáticos e paradidáticos digitais de alta interatividade.
Segundo Danilo T. Alves, coordenador do projeto, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, o foco principal é o uso de tecnologias de informação para criar materiais que contribuam com a melhoraria da educação nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Assim surgiu a "Coleção O Sapinho Guloso", que é formada por 62 livros paradidáticos digitais interativos voltados para Língua Portuguesa e Matemática (alfabetização, letramento e numeramento). A coleção tem como público-alvo o primeiro ano do Ensino Fundamental.
Todos os livros apresentam recurso de leitura sincronizada, importante recurso para crianças em fase de alfabetização, com as palavras escritas e podem ser instalados em qualquer computador ou dispositivo, com qualquer sistema operacional (incluindo Linux, usualmente adotado nas escolas públicas) e sem requerer conexão à internet.
Saiba mais em: Sapinho Guloso Wordpress
A coleção foi contemplada com uma cota de R$ 262 mil para uso em bolsas de fomento tecnológico do programa RHAE.
Outros pesquisadores que fazem parte da equipe:
Silvio C. Pereira Filho (coordenador técnico - bolsista-SET-C/CNPQ),David W. Couto (bolsista EV-3/CNPQ)Gabriel S. de Oliveira, Sylvia Calandrini, Lucival Lobato, Breno A. Baena,Ramayana Ísis Torres Pena, Raimundo Belém de Jesus, Alan Pereira(contratados com apoio da FINEP/FAPESPA)Armando Alves (diretor da Editora Paka-Tatu)
Coordenação de Comunicação do CNPq
-
Sex, 05 Ago 2016 10:40:00 -0300
Pela primeira vez, brasileiros recebem prêmio de melhor artigo científico da Sociedade Americana de Ficologia
Trabalho liderado por pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) recebeu, no dia 28 de julho, o "Provasoli Award", concedido pela Sociedade Americana de Ficologia (Phycological Society of America). Este prêmio, de reconhecimento mundial, é concedido anualmente, desde 1986 (http://www.psaalgae.org/provasoli-award/), mas essa é a primeira vez que um grupo de pesquisa brasileiro é agraciado com tal honraria.
O Prêmio foi entregue a Wladimir C. Paradas, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como reconhecimento ao melhor trabalho publicado em 2015 na conceituada revista Journal of Phycology e foi entregue na sessão de encerramento do encontro da PSA realizada na John Carroll University, Cleveland, Ohio.
O trabalho - Mevalonosomes: specific vacuoles containing the mevalonate pathway in Plocamium brasiliense cortical cells (Rhodophyta) - destaca os aspectos da importância evolutiva da produção e compartimentalização de substâncias que podem auxiliar algas e plantas a armazenar e secretar substâncias que atuam na mediação das interações com competidores, organismos incrustantes e herbívoros. A descoberta principal do trabalho é de que a enzima que catalisa o primeiro passo da via de biossíntese do ácido mevalônico é encontrada em estruturas celulares que ainda não haviam sido descritas e que foram batizadas pelos autores com o nome de mevalonossomos. A linha de pesquisa desenvolvida pelo grupo de pesquisa está focada na caracterização das vias de biossíntese de produtos naturais ou metabólitos secundários, processos de armazenamento celular e fornecem informações acerca da toxicidade, funções ecológicas e aplicabilidade biotecnológica de substâncias naturais na indústria farmacêutica e de anti-incrustantes.
O grupo de pesquisa responsável pela pesquisa é liderado por Gilberto M. Amado Filho e Leonardo T. Salgado (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro) e por Renato C. Pereira (Universidade Federal Fluminense), todo Bolsistas de Produtividade do CNPq e Cientistas do Estado da FAPERJ. Participaram, também, como co-autores do artigo, os professores Alphonse Kelecom (UFF) Angélica Ribeiro Soares (UFRJ), Bernardo A P. Gama (UFF), Claire Hellio (Portsmouth University), Leonardo R. Andrade (UFRJ) e os alunos de graduação e pós-graduação, Geysa M. Soares (JBRJ), Lilian J. Hill (JBRJ), Ricardo R. Paranhos (UFF) e Thalita M. Crespo (JBRJ).
O CNPq, a FAPERJ e a CAPES apoiaram financeiramente a pesquisa até 2015.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
com informações do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
-
Qui, 23 Jun 2016 17:56:00 -0300
Pesquisa apoiada pelo CNPq defende o direito de acessibilidade ao cinema da pessoa com deficiência visual
A dissertação "Design para acessibilidade: Inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema", defendida pelo ex-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Diego Normandi, demonstrou as dificuldades, facilidades e possíveis soluções para o acesso das pessoas cegas a experiência de cinema pelo viés do design.A dissertação "Design para acessibilidade: Inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema", defendida pelo ex-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Diego Normandi, demonstrou as dificuldades, facilidades e possíveis soluções para o acesso das pessoas cegas a experiência de cinema pelo viés do design. "O CNPq financiou por dois anos a minha pesquisa, contribuindo decisivamente com seu desenvolvimento", ressaltou Normandi, que concluiu o Mestrado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP).O estudante ficou interessou pelo tema enquanto trabalhava em uma campanha para inclusão de pessoas com deficiência. Segundo estimativas do apresentadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, aproximadamente 35 milhões de brasileiros tem algum tipo de deficiência visual.
De formação publicitária, Normandi escolheu o design como campo de estudo, pois, na percepção do pesquisador "a publicidade orienta sua atuação no sentido do produto ao ser humano", defende. Utilizando a pesquisa com abordagem qualitativa, enfoque exploratório e descritivo partiu de perguntas simples como "quais dificuldades um cego enfrenta no processo que envolve a experiência de assistir um filme no cinema?", "o que diz a legislação brasileira sobre a inclusão de deficientes visuais a conteúdos culturais?" Para formular sua dissertação e apresentar sua posição.
O especialista identificou que a maioria das ferramentas, atuais, de design não contemplam o deficiente visual, pois, são dependentes aos estímulos visuais, o que impossibilita a interação de pessoas com severa deficiência. "É preciso encontrar novas ferramentas e procedimentos para desenvolver produtos e serviços orientados a pessoas com múltiplas deficiências".
Engajamento com inclusão
Na conclusão de sua dissertação, o autor defende que, para incluir o deficiente visual no mundo do cinema, é preciso reconsiderar os processos envolvidos no cotidiano das salas de cinema. Tudo passa pela adaptação de uma linguagem accessível, pelo treinamento de profissionais que entendam as dificuldades envolvidas pelas pessoas portadoras de deficiência, pela garantia de mobilidade e transporte urbano confortável e seguro para o deslocamento desse público, pela sensibilização dos agentes que financiam, produzem, distribuem e exibem os filmes e, em especial, pela aplicação e fiscalização de leis e normas de inclusão.
A dissertação de mestrado foi orientada pela professora Cibele Haddad Taralli, do Departamento de Projetos da FAU/USP.
Coordenação de Comunicação do CNPq
-
Sex, 08 Abr 2016 11:17:00 -0300
Fundação Gates, Ministério da Saúde e Fiocruz reúnem força-tarefa de pesquisadores contra Zika
Evento pretende identificar como estudos brasileiros já existentes podem contribuir para esclarecer mecanismos da doença e apresentar soluções para a epidemia
Nesta sexta-feira (8), pesquisadores brasileiros financiados pelo programa Grandes Desafios Brasil estarão reunidos com gestores públicos para debater como estudos em saúde materno-infantil podem contribuir para o combate à Zika no Brasil e no mundo. Esta é a primeira vez que o programa Grand Challenges reúne uma força-tarefa de especialistas no Brasil para responder às principais questões científicas sobre uma epidemia. Criado pela Fundação Bill & Melinda Gates em 2003, o Grand Challenges investe em pesquisas inovadoras para solucionar graves problemas em saúde e em desenvolvimento. A iniciativa já financiou mais de 1927 projetos em 84 países - 30 deles no Brasil.
O evento "GC Brasil Workshop de Pesquisa em Zika" é organizado pelos parceiros e financiadores do programa Grand Challenges no Brasil, Ministério da Saúde, Fiocruz, CNPq e Fundação Bill & Melinda Gates. Representantes destas organizações e outras 10 instituições estarão presentes na reunião. Os representantes do CNPq Marcelo Morales e Raquel Coelho também estarão presentes na reunião.
O principal objetivo do workshop é elaborar uma agenda de pesquisa em saúde materno-infantil relacionada à epidemia de Zika e às síndromes neurológicas congênitas que responda as principais questões científicas sobre a doença. Além de preencher lacunas de conhecimento, os estudos também devem atender as necessidades dos gestores públicos das cidades mais afetadas pela epidemia. Com base nessas prioridades, os especialistas identificarão quais pesquisas em curso e as já financiadas pelo programa Grand Challenges no Brasil e no mundo podem atender a essas necessidades. Também serão identificados estudos adicionais que terão de ser desenvolvidos para uma melhor resposta à doença.
No Brasil, o programa Grandes Desafios da Fundação Gates mantém parceria desde 2011 com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa foi a primeira voltada para um país específico. Duas chamadas de pesquisa já foram lançadas. Em 2013, 12 pesquisadores brasileiros receberam 8,4 milhões de reais para desenvolver pesquisas inovadoras com o objetivo de reduzir as altas taxas de prematuridade no país. Em 2014, a chamada Grandes Desafios Brasil: Desenvolvimento Saudável para Todas as Crianças buscou estudos e intervenções capazes de detectar obstáculos ao desenvolvimento infantil e propor medidas inovadoras para solucioná-los. Nove projetos receberam 11 milhões de reais para desenvolver suas pesquisas em quatro anos.
Além do programa Grandes Desafios Brasil, a Fundação Gates também lança a cada seis meses chamadas globais do programa Grand Challenges Explorations. O objetivo é financiar ideias altamente inovadoras com US$ 100 mil por projeto. No Brasil, o programa conta com a parceria de Fundações de Amparo à pesquisa de 17 Estados que complementam o financiamento da Fundação com recursos adicionais. Nove pesquisadores brasileiros já foram contemplados nas mais diversas áreas. A iniciativa está com inscrições abertas até o dia 11 de maio em seis temas de saúde. Para mais informações, basta acessar o site: http://grandchallenges.org/grant-opportunities
Fonte: Global Health Strategies
-
Ter, 05 Abr 2016 18:10:00 -0300
Grupo da USP coordenado por ex-bolsista do CNPq desenvolve catalisador sustentável
O Grupo para o avanço no design de nanomateriais (Group for Advancing in Nanomaterials Design) do Instituto de Química da USP (GrAND) é coordenado pelo professor Pedro Henrique Cury Camargo, que concluiu a graduação e o mestrado em química com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).O Grupo para o avanço no design de nanomateriais (Group for Advancing in Nanomaterials Design) do Instituto de Química da USP (GrAND) é coordenado pelo professor Pedro Henrique Cury Camargo, que concluiu a graduação e o mestrado em química com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O Grupo tem como uma de suas principais linhas de pesquisa a utilização de nanomateriais como catalisadores, elementos cuja presença em uma reação química acelera e potencializa o seu andamento, sem que eles próprios sejam reagentes. ¿Apenas a superfície do material age sobre a reação química¿, explica Camargo. ¿Quanto menor o tamanho do material, maior a razão entre a sua superfície e o seu volume¿. Desse modo, a utilização de nanomateriais resulta em grande economia de material usado, uma vantagem tanto ambiental quanto financeira ¿ quando se leva em conta que alguns dos principais catalisadores usados na indústria são metais nobres como ouro, prata e platina.
O mais recente trabalho do grupo, publicado esse ano, utilizou o ouro, por ser um material interessante para vários tipos de reação utilizados na indústria, como oxidação, redução e acoplamento. Foram utilizadas partículas com tamanhos entre 1 e 3 nanômetros (unidade um bilhão de vezes menor que o metro), pequenas até para os padrões de nanomateriais, em geral cerca de dez vezes maiores. As partículas de ouro, porém, tenderiam a se aglomerar, reduzindo sua superfície de contato com os reagentes. Para evitar que isso aconteça, a solução encontrada foi dispor as partículas uniformemente em nanofios de dióxido de manganês (MnO2). A presença deles não apenas permite o maior aproveitamento da quantidade de material empregada, mas também facilita sua reutilização em outras reações, uma vez que permitem uma recuperação mais fácil das nanopartículas.
O resultado da experiência comprovou a eficiência da técnica: para um mesmo desempenho da reação, foi necessário utilizar cem vezes menos material do que nas alternativas mais eficientes até então conhecidas, partículas pouco maiores de ouro combinadas com dióxido de silício ou em nanotubos de carbono. A atividade catalítica do material facilita ainda outros aspectos do processo: não há necessidade de uso de solventes potentes ¿ sendo suficiente a água ¿ nem de aquecer os reagentes, bastando a temperatura ambiente para que ocorra a reação. Esses dois diferenciais representam ainda outras vantagens ambientais.
Em suas pesquisas, o grupo também procura outras formas mais econômicas e sustentáveis de suprir essa necessidade da indústria química. Uma delas é a chamada catálise plasmônica, que foi testada na prata: trata-se daquela que usa, como fonte de energia, apenas a luz. A experiência tece sucesso em conseguir reações de oxidação ¿ a luz energiza os elétrons, que se unem ao oxigênio. Foram feitos ainda experimentos com objetos ocos (economizando material) de diferentes formatos ¿ o nanotubo oco liso foi o que demonstrou o melhor resultado. ¿Não é convencional fazer nanomateriais tão precisos na sua forma¿, afirma Camargo, que também recebeu auxílio financeiro do CNPq o projeto ¿Síntese de Nanoestruturas de Ag-Au, Ag-Pd e Ag-Pt com Forma, Composições e Estrutura Controladas para Aplicações em Catálise¿. ¿Temos condições privilegiadas¿.
Fonte: USP
-
Qua, 30 Mar 2016 10:10:00 -0300
Projeto de bolsista do CNPq divulga ciência por meio de vídeos
O projeto Mulheres Cientistas: promovendo o interesse de meninas na ciência por meio da física surgiu quando a professora e vice-coordenadora do projeto, Daniela Borges Pavani da UFRGS teve a ideia de discutir na escola e na universidade o porquê da baixa representatividade de mulheres na ciência, do desinteresse de meninas em idade escolar pelas carreiras nos campos de ciência e tecnologia.O objetivo é despertar o interesse de meninas pela vida cientifica
O projeto Mulheres Cientistas: promovendo o interesse de meninas na ciência por meio da física surgiu quando a professora e vice-coordenadora do projeto, Daniela Borges Pavani da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve a ideia de discutir na escola e na universidade o porquê da baixa representatividade de mulheres na ciência, do desinteresse de meninas em idade escolar pelas carreiras nos campos de ciência e tecnologia.
Daniela explica que o objetivo foi produzir e testar um plano de ações capaz de impactar de maneira sensível o interesse de meninas pela ciência e sua disposição para perseguir carreiras no campo de C&T. "Desde o início nos propusemos a enfrentar estas questões onde as primeiras decisões sobre que carreira seguir são tomadas (escola básica) e onde são executadas (Universidade). Neste último caso, sempre nos interessou também discutir a percepção das/dos estudantes e professoras(es) sobre a ocorrência ou não de discriminação de gênero e o impacto sobre a permanência na carreira".
A coordenadora e mais quatro bolsistas começaram a produzir vídeos motivacionais que estão disponíveis no youtube. O conteúdo dos vídeos são depoimentos destacando a realização profissional de mulheres nos campos de C&T. Assim, nasceu em parceria com a UFRGS TV o programa "Lugar de Mulher". Os programas estão disponíveis no canal da UFRGS TV na internet e também no canal de TV que a Universidade passa seus programas (canal 15 da net Porto Alegre).
O projeto é mais um dos 325 aprovados na Chamada 18/2013 - Meninas e Jovens fazendo Ciências Exatas, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi desenvolvido ao longo de 2014. Daniela explica que além de produzir o programa Lugar de Mulher com entrevistas com mulheres bem estabelecidas em suas carreiras, em paralelo foram realizados estudos em escolas públicas. O estudos realizado com mais de 300 alunos e alunas do ensino médio e séries finais do ensino fundamental identificou o interesse dos estudantes em ciências e nas carreiras de C&T, dentre os quais se destacou a Astronomia. Após isso, foram realizados debates sobre questões de gênero, palestras e oficinas científicas (em especial envolvendo temas astronômicos) e exposições.
"Como forma de empoderamento e com o objetivo de destacar que as discriminações de gênero ocorrem e que devemos dar voz as meninas e mulheres para que se desenvolvam pessoal e profissionalmente, levamos ao IF 100 meninas da escola, no que chamamos "Jornada de Mulheres na Ciência", para vivenciarem um dia especial. Neste dia elas visitaram os laboratórios de pesquisa do Instituto e participaram de oficinas envolvendo física e astronomia. Esta atividade teve grande impacto na mídia local com reportagens em jornais e TV", explica Daniela.
O projeto continua ativo como programa de extensão da universidade, e já está entrando em sua terceira edição. Em 2016, o programa entrou na grade fixa da TV da universidade e foi contemplado com recursos do edital MEC/Proext para realização de atividades que envolvem oficinas de robótica e de ciências para meninas e meninos de escolas públicas, oficinas de gênero, palestras para o público em geral, debates no Instituto de Física.
Prêmio
Daniela Pavani recebeu no dia 09 de março o Troféu Mulher Cidadã 2016, na categoria Educação da Mulher, concedido pela Câmara legislativa do Rio Grande do Sul. O troféu é uma homenagem às personalidades femininas que se distinguirem na sociedade rio-grandense por relevantes serviços prestados.
A professora do Departamento de Astronomia, do Instituto de Física da UFRGS, graduou-se em Física também pela UFRGS, é mestre em Física e doutora em Ciências, com pós-doutorados realizados na USP e UFRGS. Atua no ensino (graduação e pós), pesquisa (astrofísica e educação em astronomia) e extensão. Nessa área, é coordenadora do Programa de Extensão Observatório Educativo Itinerante (OEI), focado na formação continuada de professores em Física, Astronomia e Ensino de Ciências, bem como atividades de divulgação científica voltadas ao público em geral. É fundadora e, atualmente, vice-coordenadora do Programa de Extensão Aventureiros do Universo, voltado à interação entre professores universitários e docentes de escolas das redes municipais e estaduais, prioritariamente em regiões de vulnerabilidade social, com atividades didáticas voltadas ao ensino de Ciências através da Astronomia. Também fundou e é vice-coordenadora do Programa de Extensão Meninas na Ciência, voltado à discussão sobre as questões de gênero, visando promover, entre meninas e jovens, carreiras científicas.
Para saber mais sobre o projeto acesse: www.ufrgs.br/meninasnaciencia
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Qua, 16 Mar 2016 18:37:00 -0300
Pesquisadores brasileiros entram em projeto astronômico revolucionário
De acordo com Luiz Nicolaci da Costa, coordenador do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), pesquisador do Observatório Nacional e bolsista PQ 1A do CNPq, pela primeira vez a astronomia poderá observar um universo dinâmico, podendo ver objetos fracos do Sistema Solar se movendo e explosões acontecendo em galáxias distantes.Em 2022, está previsto entrar em operação um supertelescópio que já se apresenta como revolucionário pela comunidade astronômica mundial antes mesmo de ser inaugurado. O Large Synoptic Survey Telescope (LSST) se encontra em construção em Cerro Pachón, no Chile.
De acordo com Luiz Nicolaci da Costa, coordenador do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), pesquisador do Observatório Nacional e bolsista PQ 1A do CNPq, pela primeira vez a astronomia poderá observar um universo dinâmico, podendo ver objetos fracos do Sistema Solar se movendo e explosões acontecendo em galáxias distantes. Os dados do LSST poderão ser usados para uma grande variedade de estudos desde o sistema solar ao da energia e matéria escura. Outro papel importante será o de gerar amostras apropriadas para os grandes telescópios de nova geração.
¿O LSST vai ser um grande gerador de dados. Para se ter uma ideia, ele terá uma câmera com aproximadamente 3 milhões de pixeis, que cobrirá, em cada exposição, uma área do céu correspondente a 40 luas cheias, vai fazer da ordem de 1000 exposições por noite com duração de 30 segundos cada uma, gerando 15 terabytes de dados por noite. A cada três dias, as observações vão cobrir todo o céu visível. Em apenas uma noite serão lançados 10 milhões de alertas de objetos que se movimentaram ou tiveram mudanças no brilho¿, afirma o pesquisador Luiz Nicolaci da Costa. Isto significa um grande desafio para a área de TI que está motivando o desenvolvimento de novas tecnologias cujo uso será bem mais amplo do que apenas Astronomia.
Os dados obtidos por este telescópio no Chile serão primeiro transferidos para La Serena, a seguir para Santiago e, via Brasil, para os Estados Unidos. Para transmitir o grande volume de dados que o telescópio vai gerar, será necessário ampliar a ligação entre a América do Sul ao Norte. Para esta ligação a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Academic Network at São Paulo (ANSP) estão fazendo importantes contribuições o que permitiu ao LIneA e ao Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) negociar a entrada de pesquisadores brasileiros no projeto. Estas negociações levaram a assinatura de um memorando de entendimento pelo qual um total 50 pesquisadores (10 contratados por instituições brasileiras e quarenta pesquisadores juniores, do nível de estudantes ou pós-doutorando) podem participar do projeto imediatamente a custo zero. Pelo Brasil assinaram, em ordem alfabética, ANSP, LIneA, LNA e RNP. Espera-se que até o início das operações em 2022 seja possível negociar um novo memorando para a entrada de toda a comunidade, o que implicará numa contribuição financeira para a operação do telescópio.
Como os dados vão naturalmente transitar pelo Brasil, está previsto o país ter um centro de dados regional de apoio aos pesquisadores brasileiros para que estes possam participar pró-ativamente na análise dos dados.. Isto inclui altas taxas de transferência entre centros de pesquisa espalhados geograficamente, grande capacidade de armazenamento e processamento, e um sistema de software capaz de gerenciar este ambiente e analisar os dados com eficiência. Segundo Nicolaci, estas necessidades não são exclusivas da astronomia e é preciso criar no Brasil um centro de e-Ciência para atender a este novo tipo de demanda. Este centro poderia ser uma federação de centros especializados para diferentes áreas de pesquisa compartilhando a infraestrutura física e uma base de conhecimento comum.
O LIneA, criado em 2010, é na verdade um bom exemplo do que se imagina ser um centro de e-Ciência, só que voltado para a Astronomia, desenvolvendo uma infraestrutura de hardware e software, para lidar com o desafio de projetos envolvendo Big Data. Ao mesmo tempo, o LIneA apoia uma rede de pesquisa formada de pesquisadores de vários institutos e universidades nacionais, que participam em projetos de grande envergadura e geradores de grandes volumes de dados como o Dark Energy Survey e o Sloan Digital Sky Survey. ¿O LIneA é considerado inovador porque é uma das primeiras iniciativas da qual participam várias unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, como o Observatório Nacional (ON), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), e universidades brasileiras¿, afirma o coordenador. O laboratório conta com recursos do CNPq, entre os apoiadores. Além disso, a experiência adquirida desde sua criação em projetos como o SDSS e o DES será fundamental para garantir o sucesso da participação da comunidade científica brasileira no projeto do supertelescópio no Chile no projeto LSST.
Saiba mais sobre o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA)- http://www.linea.gov.br/
ANSP: http://www.ansp.br/index.php/br/
LNA: http://www.lna.br/
RNP: http://www.rnp.br/
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Ter, 01 Mar 2016 09:31:00 -0300
Bolsista de doutorado do CNPq cria projeto ecológico de recuperação ambiental
Bruno Vidal desenvolveu o projeto para compensar o gasto energético envolvido com a tese de Doutorado O projeto intitulado O Despertar do Gigante desenvolveu atividades de recuperação ambiental com sistema agroflorestal, hortas comunitárias orgânicas, educação ambiental infantil e produção de mudas de árvores nativas.Bruno Vidal desenvolveu o projeto para compensar o gasto energético envolvido com a tese de Doutorado
O projeto intitulado O Despertar do Gigante desenvolveu atividades de recuperação ambiental com sistema agroflorestal, hortas comunitárias orgânicas, educação ambiental infantil e produção de mudas de árvores nativas.
O Despertar do Gigante foi idealizado pelo bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Bruno Vidal, com mais três amigos da Escola de Engenharia de Lorena (ELL) da Universidade de São Paulo (USP). O projeto hoje é desenvolvido com parceria com a Secretaria de Meio Ambiente de Lorena e com a Floresta Nacional de Lorena - FLONA ICMBio.
Durante o período de desenvolvimento da tese foram obtidos os seguintes resultados sócio-ambientais: produção e plantio de mais de 3.500 mudas de árvores nativas, implementação de duas hortas comunitárias agroecológicas na cidade de Lorena, realização de diversas oficinas sustentáveis de formação em Permacultura (compostagem doméstica, sabão com óleo usado, recuperação da vida do solo, entre outros), formação ambiental por meio de vivências na Floresta de Lorena de mais de 200 crianças e de professores da rede municipal de Lorena.
O bolsista explica que a tese de doutorado foi desenvolvida para ajudar a elevar a vida útil de revestimentos refratários de Panelas de Aciaria de Usinas Siderúrgicas de grande porte, tema de elevado interesse do setor siderúrgico e de produção de refratários.
Segundo Bruno as panelas de aciaria são reatores industriais usados para o refino secundário do aço nas aciarias. Estas panelas possuem revestimento refratário de magnésia-alumina-carbono na linha de metal e magnésia-carbono na linha de escória. Cada panela de aciaria possui cerca de 90 toneladas de refratário e transportam cerca de 230 toneladas de metal liquido com temperaturas próximas à 1600 °C.
"Durante o processo de refino do aço ocorre simultaneamente processos de oxidação/corrosão/choque térmico do revestimento refratário, causando a redução da vida útil do revestimento e favorecendo a elevada geração de resíduo refratário. Cada panela gera ao longo de sua campanha cerca de 40 toneladas de resíduos refratários, sendo que cada panela possui um ciclo de vida de revestimento refratário de 100 ciclos de produção de aço em aciarias com ótimo desempenho". Explicou Bruno.
A tese de doutorado foi desenvolvida para elevar o conhecimento sobre os refratários de panela de aciaria com a finalidade de gerar subsídio técnico-científico para elevar a campanha destes revestimentos refratários, gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos.
Bruno foi bolsista de iniciação cientifica durante a graduação em Engenharia de Materiais na USP, logo em seguida foi bolsista de Doutorado quando desenvolveu a tese e o projeto.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
-
Ter, 23 Fev 2016 17:11:00 -0300
Estudante de doutorado do Ciência sem Fronteiras se destaca em competição na Irlanda
Danielly de Paula é estudante de Doutorado Pleno na National University of Ireland (NUIG) e é a única brasileira no time composto por 10 Irlandeses.A equipe da estudante ficou em terceiro lugar na competição que premiou os melhores empreendimentos universitários da Irlanda
Danielly de Paula é estudante de Doutorado Pleno na National University of Ireland (NUIG) e é a única brasileira no time composto por 10 Irlandeses. O projeto intitulado Wallflower Initiative, liderado por Aaron Molloy Reynolds, é vinculado a Enactus que é uma organização internacional que mobiliza estudantes, acadêmicos e líderes de negócios que estão comprometidos a usar o poder da ação empreendedora para possibilitar o progresso no mundo.
O projeto social beneficiou grupos de pessoas em situação de rua. Danielly explica que o objetivo é ensiná-los a criar e vender kits de jardim vertical: "Inicialmente, eles serão treinados a criar os kits a partir de material que não agride ao meio ambiente. Logo após, eles serão treinados para vender esses kits".
Segundo ela, espera-se que com esse projeto o grupo social consiga engajar mais com a sociedade, ganhar dinheiro e consequentemente aumentar as possibilidades de conseguir uma casa. "No momento, nós temos uma parceria com duas instituições aqui na Irlanda: Simon Community e COPE GALWAY. Essas duas instituições trabalham com vários grupos sociais, atuando assim como nossa conexão com eles", disse.
A competição recebeu mais de 100 inscrições. Apenas 6 times foram pras finais e a equipe da estudante foi o único representando a NUIG, que ficou em terceiro lugar na competição. Eles receberam 250 euros e certificado.
Para a estudante participar e ser classificada nessa competição uma enorme responsabilidade, além de enriquecer sua experiência fora do seu país de origem."Eu moro na Irlanda há menos de 1 ano, e ficar em terceiro lugar em uma competição tão importante para o país, me fez perceber que eu estou no caminho certo".
A equipe vai investir o dinheiro que ganhou na competição para ajudar nos custos do projeto, que será apresentado, em uma fase mais evoluída, em Maio na competição nacional da Enactus. E, posteriormente, na competição mundial no Canadá no final do ano.
Para saber mais sobre o projeto acesse:
https://www.facebook.com/theWallflowerInitiative15/?fref=ts
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Fotos: Arquivo pessoal da estudante
-
Seg, 22 Fev 2016 14:31:00 -0300
Observatório das Metrópoles disponibiliza 70 livros para download
A Rede INCT Observatório das Metrópoles disponibiliza mais de 70 livros para download com o objetivo de dar continuidade à sua política de difusão científica com o compartilhamento amplo e gratuito de toda a sua produção de conhecimento.A Rede INCT Observatório das Metrópoles disponibiliza mais de 70 livros para download com o objetivo de dar continuidade à sua política de difusão científica com o compartilhamento amplo e gratuito de toda a sua produção de conhecimento.
As publicações fazem parte da trajetória da rede de pesquisadores e seu compromisso com o desenvolvimento metropolitano brasileiro, especialmente os resultados do qüinqüênio 2009-2014 no qual o Observatório passou a integrar o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia - INCT, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os livros tratam de temas como dinâmicas de metropolização, organização social do território, desigualdade social e segregação urbana, megaeventos, governança urbana e cidadania.
O Observatório das Metrópoles constitui um grupo nacional de instituições que realiza Pesquisa em Rede, comparativa e multidisciplinar, sobre os impactos metropolitanos da mudança de modelo de desenvolvimento. Sob a coordenação geral do IPPUR/UFRJ, o Observatório reúne cerca de 115 pesquisadores principais integrantes de 50 instituições dos campos: universitário (54 programas de pós-graduação), governamental e não-governamental.
As instituições reunidas no Observatório das Metrópoles vêm pesquisando de maneira sistemática as 15 principais metrópoles brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Recife, Salvador, Natal, Fortaleza, Belém, Brasília, Vitória, Baixada Santista e a aglomeração urbana de Maringá.
Desde 2009, o Observatório integra o Programa INCT (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia) e busca ser uma rede plurinstitucional e pluridisciplinar que procura aliar suas atividades de pesquisa e ensino com a missão social de realizar e promover atividades que possam influenciar as decisões dos atores que atuam no campo da política pública, tanto na esfera do governo, como da sociedade civil.
Ao longo da sua trajetória a Rede Observatório das Metrópoles já publicou cerca de 120 livros, resultado dos seus esforços para fortalecer os estudos metropolitanos e o e o debate sobre o papel das metrópoles brasileiras para o desenvolvimento nacional. Nos últimos anos a nossa rede vem reforçando sua política de difusão científica, compartilhando suas publicações em formato PDF ou E-BOOK para o público geral.
Agora a Rede INCT Observatório das Metrópoles oferece uma compilação de 70 livros para download gratuito - as publicações tratam de temas fundamentais para o planejamento e gestão dos grandes centros urbanos do Brasil - tais como dinâmicas de metropolização, organização social do território - políticas habitacionais, mobilidade urbana, saneamento básico; desigualdade social e segregação urbana - bem-estar urbano, desigualdades escolares e segregação residencial; megaeventos, governança urbana e cidadania.
Acesse no link a seguir a Lista dos 70 Livros do Observatório das Metrópoles.
Saiba mais sobre os INCTs: http://inct.cnpq.br/
Assessoria de Comunicação - Observatório das Metrópoles
Coordenação de Comunicação Social do CNPq