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Ter, 06 Fev 2018 10:14:00 -0200
O CNPq lamenta o falecimento do Prof. Dr. Nestor Schor
É com pesar que recebemos a informação do falecimento do professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Nestor Schor, no dia 03 de fevereiro deste ano.
Paulista, filho do médico romeno Hirsch Schor e de Tuba Laser Schor, Nestor teve uma trajetória de reconhecido mérito para a medicina e para a ciência.
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo em 1972, fez doutorado em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP em 1977, a seguir Pós-Doutorado na Harvard Medical School entre 1978 e 80 e na Cornell Medical School em 1993.
Livre-docente pela Unifesp, em 1989, foi aprovado em concurso, três anos depois, para a função de Professor Titular dos cursos de Graduação e Pós-graduação do Departamento de Medicina. Foi Chefe da Disciplina de Nefrologia, Chefe do Departamento de Medicina, Presidente da Fundação Oswaldo Ramos/Hospital do Rim e Hipertensão e Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da UNIFESP.
No início de 1990, desenvolveu o Laboratório de Biologia Celular. Foi Presidente da Sociedade Paulista de Nefrologia, da Sociedade Brasileira de Investigação Clínica e da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Em 2007 foi Presidente do Congresso Mundial de Nefrologia. Era Professor Titular da Universidade Federal de São Paulo e Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Nacional de Medicina.
Atuava como professor, pesquisador e palestrante em diversos temas, como hemodinâmica glomerular e microcirculação renal, fisiopatologia renal, insuficiência renal aguda, litíase renal, nefrotoxicidade, infecção urinária, produtos naturais, biologia celular e molecular de células mesangiais glomerulares e células tronco e rim.
Fazia parte do corpo editorial de 40 periódicos, dentre eles o American Journal of Kidney Diseases, Clinical Jounal of American Society of Nephrology, Current Opinion in Nephrology and Hypertension, Renal Failure, Kidney International, Einstein e International Brazilian Journal of Urology dentre outros. Publicou mais de 200 artigos em revistas científicas, mais de 280 capítulos em livros e foi editor principal em mais de 50 livros. Teve mais de mil resumos publicados em canais de congresso.
Recebeu dezenas de prêmios, sendo os mais recentes: Melhor Artigo Científico da Einstein (2006), do Instituto de Ensino Pesquisa Albert Einstein; o Best Basic Science Abstract (2005), concedido pela International Continence Society; o primeiro lugar da categoria de trabalhos originais (2005); Award and Title of "Comendador" of National Order for Scientific Merit from Science and Technology Minister and from the Republic President (2002); International Medal from National Kidney Foundation-USA (2003); Lifetime Achievement Award for "Recognition of Outstanding Lifetime Contributions to the Field of Urolithiasis Research" (2012); Prêmio do Presidente da Sociedade Latino-americana de Nefrologia e Hipertensão Arterial (2014); Prêmio Lide Saúde 2015: "Grandes Nomes da Medicina Brasileira" (2015), etc.
Formou dezenas de mestres e doutores e foi homenageado em 2017 pelo seu legado à Nefrologia Sulamericana.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq (Com informações da Sociedade Brasileira de Nefrologia)
Foto: Currículo Lattes
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Qua, 03 Jan 2018 06:00:00 -0200
Nova tecnologia identifica presença de mercúrio no ar
Uma pesquisa conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Socioambiental (ISA) constatou que algumas aldeias indígenas chegam a ter 92% de sua população contaminada por mercúrio. Neste caso, boa parte da contaminação se dá pela água, por meio da presença do metal em peixes consumidos pelos indígenas. Contudo, os pesquisadores lembram que o mercúrio presente no ar também é um agravante para a situação.
E foi com foco nesse mercúrio no ar que pesquisadores da Unicamp, em parceria com a Universidade de Victoria (Canadá) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), desenvolveram um amostrador capaz de medir a quantidade de mercúrio presente no ar e, assim, verificar se uma determinada área está contaminada com o metal. Enriquecido com nanopartículas de ouro em vidro poroso, o dispositivo tem o tamanho de um botão e, em contato com o mercúrio, tem sua coloração modificada.
O professor Ítalo Odone Mazali, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp e pesquisador de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é um dos responsáveis pelos estudos. Ele diz que embora o foco da tecnologia seja a contaminação presente no ar, ela poderia ser utilizada, por exemplo, para avaliar a exposição ao mercúrio de populações que vivem ao redor do Rio Xingu, na região Amazônica. "Eles não estão explorando o ouro, mas estão em uma área próxima da exploração e o mercúrio acaba chegando lá".
Já a pesquisadora estrangeira, também do IQ da Unicamp, Anne Helene Fostier, informa que a população mais exposta ao mercúrio gasoso são os garimpeiros. "Mas esse mercúrio lançado no ar vai ser depositado à curta, média ou longa distância, a milhares de km. Quando o mercúrio é depositado na água, ele acaba sendo incorporado à cadeia alimentar", conta a professora.
A tecnologia pode auxiliar no controle da saúde da população que reside no entorno de regiões onde há mineração de ouro. A ideia é que os trabalhadores do setor de mineração passem a utilizar o dispositivo acoplado a suas roupas. A pesquisa foi divulgada, no último dia 28 de novembro, pelo periódico científico Scientific Reports, publicação do grupo Nature.
Colocado à prova, o sensor já foi testado por trabalhadores de uma mineração e mostrou ser bastante eficiente. Os testes comprovaram que a exposição ao mercúrio gasoso era superior à quantidade estabelecida pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration). De acordo com o órgão, o limite máximo de exposição permitida para o vapor de mercúrio é de 0,1 mg/m3 de ar. Em campo, a pesquisa constatou a presença de 30 a 555 nanogramas de mercúrio, número bem superior ao estipulado pela OSHA.
Com participação do professor Elias de Barros Santos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-bolsista do CNPq, durante seu projeto de pós-dourado pela Universidade de Victoria, os testes foram realizados em uma mina de Burkina Faso, na África, em um ambiente bem contaminado. Durante a extração artesanal de ouro, os mineiros usam mercúrio como amalgamador (utilizado na separação de ligas metálicas). "Depois disso, para separar o ouro da amálgama, é preciso que essa mistura seja aquecida a 400 graus Celsius. Esse aquecimento faz com que o mercúrio evapore e seja inalado pelos trabalhadores", afirma Santos.
Os docentes salientam que a situação precária e insalubre a que os profissionais da mineração são expostos, sem nenhum tipo de preparo para lidar com a exposição ao mercúrio, é um problema mundial. "A estimativa é que existam 20 milhões de pessoas, espalhadas pela América Latina, África e Ásia, trabalhando nessas condições. O ambiente é bem inóspito. Além disso, tem famílias com crianças que vivem nesses garimpos e que estão expostas a esse ambiente", alerta Santos.
Dentre os problemas de saúde ocasionados pela contaminação por mercúrio, estão o nervosismo, ansiedade, irritabilidade, mudanças de humor, agressividade, confusão mental, insônia, lapsos de memória, enxaqueca, alucinações, tendência a cometer suicídio, tontura e labirintite.
Hoje em dia não há tecnologia semelhante no mercado. "Os sistemas que medem o mercúrio na atmosfera, hoje, são muito mais sofisticados, mais caros e que precisam de uma fonte de energia fixa e de gases especiais para funcionar, permitindo uma única medida naquele momento", completa Anne Helene Fostier.
Além de ser um amostrador portátil e que permite obter resultados em poucos minutos, a tecnologia tem como diferencial o fato de ser barata e reutilizável. Os responsáveis pelos estudos estimam o custo para obtenção do dispositivo em menos de 2 dólares. "O sensoriamento é fácil, sendo necessário apenas um celular e um programa que faça convolução em RGB, permitindo acompanhar o nível de exposição total", afirma Mazali.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq, com informações do Jornal da Unicamp
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Ter, 02 Jan 2018 11:50:00 -0200
Grupo da Unicamp divulga questionário para identificar pesquisadores negros e indígenas
O Grupo de Estudos Feminismos Negros da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) criou questionário para mapeamento que servirá de base para um catálogo de pesquisadores negros, negras e indígenas que atuam no campo das Ciências Sociais Brasileiras. O trabalho é um desdobramento das atividades do grupo, até então realizadas, com o objetivo de intensificar diálogos com pesquisadores de outras instituições.O Grupo de Estudos Feminismos Negros da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) criou questionário para mapeamento que servirá de base para um catálogo de pesquisadores negros, negras e indígenas que atuam no campo das Ciências Sociais Brasileiras. O trabalho é um desdobramento das atividades do grupo, até então realizadas, com o objetivo de intensificar diálogos com pesquisadores de outras instituições.
Nesse primeiro momento, a pesquisa delimita o recorte de titulação mínima de mestre com, ao menos em uma das etapas da formação acadêmica - graduação, mestrado ou doutorado - em Antropologia, Arqueologia, Ciência Política, Ciências Sociais, Relações Internacionais e Sociologia.
A pesquisadora Stephanie Lima, bolsista de doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e uma das integrantes do grupo, explica que a ideia do catálogo surgiu com o objetivo de criar um local de busca para jovens pesquisadores terem conhecimento sobre as pesquisas em desenvolvimento por parte de pesquisadores negras, negros e indígena. " Infelizmente, esse grupo ainda representa uma parcela muito pequena no total de pesquisadores do país", lamentou.
Os dados obtidos pelo questionário buscam gerar informações ainda inexistentes, mas fundamentais para adensar às reflexões a respeito da visibilização de produções intelectuais de pesquisadores e cientistas negras, negros e indígenas no país atualmente.
O grupo da UNICAMP foi criado em agosto de 2016 por uma demanda dos alunos da pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp por um espaço de debates de intelectuais negras. ¿Durante essa primeira experiência organizamos uma emenda com textos e debatíamos semanalmente textos selecionados por nós, com alunos da pós e da graduação¿, lembra Stephanie.
"Por sermos apenas 3 pessoas na organização, resolvemos limitar, inicialmente, para Ciências Sociais. Contudo, o interesse do catálogo é chegarmos a um grande número de cadastros e, assim, podermos entrar com um pedido de financiamento para criarmos um tipo de plataforma online, onde possa reunir pesquisadores negros, negras e indígenas de todas as áreas", completou a pesquisadora.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qua, 13 Dez 2017 15:02:00 -0200
Presidente do CNPq é condecorado com o Mérito Tamandaré
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, recebeu, nesta quarta-feira, 13, a medalha Mérito Tamandaré.Mario Neto Borges recebe a medalhaCriada em 1957, a honraria é concedida a autoridades, instituições, civis e militares, brasileiros ou estrangeiros, que tenham prestado relevantes serviços à Marinha do Brasil.A solenidade foi realizada no âmbito das comemorações do Dia do Marinheiro, 13 de dezembro, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília. A medalha é uma homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Foto: Roberto Hilário
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Qua, 06 Dez 2017 18:21:00 -0200
Prêmio Celso Furtado homenageia pesquisas sobre desenvolvimento regional
Autores de diversas pesquisas sobre desenvolvimento regional receberam, na última terça-feira, 5, o Prêmio Celso Furtado, uma iniciativa do Centro Celso Furtado e do Ministério da Integração Nacional. O objetivo do prêmio, que está na quarta edição, é incentivar a elaboração e execução de planos que levem em conta potencialidades e realidades locais.
Pela primeira vez, a premiação contou com a participação formal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a presença da Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais, Profª. Adriana Maria Tonini, que compôs a mesa da cerimônia de premiação.
"O Prêmio visa promover a reflexão, do ponto de vista teórico e prático, sobre o desenvolvimento regional no Brasil e, assim, a participação do CNPq é muito pertinente com a sua missão, atuação e história. Desde sua fundação, na década de 1950, o CNPq tem se notabilizado por fomentar a pesquisa científica em todas as áreas do conhecimento", reforçou a diretora. Adriana lembra que no tema 'desenvolvimento regional', o CNPq tem entre seus bolsistas de produtividade alguns dos mais destacados pesquisadores brasileiros sobre o assunto e, ao longo dos anos, vem concedendo bolsas e auxílios à pesquisa nessa temática. "Além de possuir uma modalidade de bolsa, Desenvolvimento Científico Regional (DCR), com o foco de contribuir para a diminuição das desigualdades regionais por meio da fixação de pesquisadores experientes em regiões que carecem de maior desenvolvimento científico e tecnológico", completou.
O nome do prêmio, lançado em 2009, celebra um dos mais importantes pensadores brasileiros, Prof. Celso Furtado. Este importante pesquisador esteve vinculado a muitas instituições de ensino e pesquisa, sobretudo internacionais, e suas contribuições são fundamentais para o entendimento e superação do atual estágio de desenvolvimento do Brasil e da América Latina. Como gestor público, destacam-se, ainda, sua atuação na criação e como superintendente da SUDENE, onde trabalhou em prol do desenvolvimento regional, atentando ao desenvolvimento de sub-regiões extremamente empobrecidas e lutando pela minimização das diferenças entre as regiões Ao longo de sua história, o CNPq fez algumas parcerias com a SUDENE, especialmente por meio do Programa do Trópico Semi-Árido e do Prêmio Nordeste de Ciência e Tecnologia.
"A única maneira de reduzir o hiato da pobreza é o investimento em conhecimento, dos mais simples aos mais complexos", afirmou o secretário executivo da Integração Nacional, Márcio Ramos. Já o secretário do Desenvolvimento Regional do órgão, Marlon Cambraia, defendeu a incorporação dos conhecimentos às políticas públicas do país. Para que tal apropriação comece a ocorrer, os trabalhos serão disponibilizados na página do ministério na Internet.
A quarta edição do Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional teve mais de 400 trabalhos inscritos em seis categorias: produção de conhecimento acadêmico; práticas exitosas de produção e gestão institucional; projetos inovadores para implantação no território; Amazônia - tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste - desenvolvimento para a faixa de fronteira; e Nordeste - inovação e sustentabilidade. O prêmio para o primeiro e o segundo colocados das seis categorias foi de R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
Primeiro lugar na principal categoria, a de Produção de Conhecimento Acadêmico, o servidor público e pesquisador Vitarque Lucas Paes Coelho disse que os prêmios "incentivam o sonho de fazer um Brasil melhor, com mais oportunidade de desenvolvimento em todo o país". Baseando-se nas teses do pensador e economista Celso Furtado, criador da Sudene, Coelho destacou que os brasileiros vivem em um território ¿imenso em suas desigualdades¿ e que é preciso fazer o país crescer. Para ele, "não é suficiente apenas o crescimento, mas sim o desenvolvimento", o que envolve progresso técnico, sustentabilidade e transformação.
Milton Santos
A quarta edição do prêmio homenageou o geógrafo Milton Santos, intelectual negro que ultrapassou fronteiras nacionais, tendo sido reconhecido em diversos países, ao defender um conhecimento interdisciplinar e útil à superação das desigualdades. É de Milton Santos o conceito de território como espaço produzido por relações sociais, bem como a ideia da globalização como um processo em disputa, o qual pode resultar em fábula ou perversidade.
Durante muitos anos, Milton Santos foi bolsista de produtividade PQ-1A do CNPq, compôs Comitês de Assessoramento representando o Programa Básico de Geografia e sua produção acadêmica, de projeção internacional, especialmente sobre o território brasileiro, é fundamental para a compreensão das desigualdades, seja dentro do Brasil, seja com relação aos demais países.
A atualidade de pensamento do geógrafo foi ressaltada por seu neto, o doutorando Arlei Santos, que representou a família durante a homenagem. Ariel destacou as teses do avô sobre a importância de um esquema de desenvolvimento que considere os interesses nacionais e locais e acrescentou que o prêmio deve servir parar 'estimular o pensamento acadêmico, sobretudo de vertente crítica, sobre modelo de desenvolvimento'. O pesquisador disse esperar que conceitos como solidariedade e igualdade, que nortearam a obra de Santos, possam 'voltar a reger os rumos do país', na busca da superação das desigualdades.
Durante o evento, foi exibido trecho do documentário Milton Santos - O Mais Importante Geógrafo do Brasil, produzido pela TV Brasil, da EBC, em 2011, que resume a trajetória do intelectual. Nesta terça-feira (5), foi anunciado também o nome do homenageado na próxima edição do Prêmio Celso Furtado, em 2019: o médico Josué de Castro, escritor e ativista brasileiro do combate à fome, que considerava "uma verdadeira catástrofe social". Por seus trabalhos que vasculham a história do Brasil, Castro recebeu três indicações ao Prêmio Nobel.
Premiados
Na categoria produção do conhecimento acadêmico, o vencedor foi Vitarque Lucas Paes Coelho, com o trabalho A Esfinge e o Faraó: a Política Regional do Governo Lula (2003-2010). Em segundo lugar, ficou Beatriz Macchione, com a pesquisa Comércio Ecologicamente Desigual no Século XXI: Evidências a Partir da Inserção Brasileira no Mercado Internacional de Minério de Ferro. Com o tema práticas exitosas de produção e gestão institucional, os premiados foram Siidarta Tollendal Gomes Ribeiro e Kerstin Erika Schmidt, com o trabalho Internacionalização e Regionalização da Ciência no Instituto do Cérebro da UFRN, e Ana Maria Costa, Fábio Gelape Faleiro, Geraldo Magela Gontijo e Fátima Cecilia Paim Kaiser Cabral, com o estudo Trabalho: Geração Tecnológica Integrada para Uso Sustentável da Biodiversidade: Maracujá Pérola.
Na categoria projetos inovadores para implantação no território, os vencedores foram Rebert Coelho Correia, Marcelino Lourenço Ribeiro e José Nilton Moreira, com Lago de Sobradinho: Plantando o Desenvolvimento Regional, e Luciano Charlita de Freitas, Leonardo Euler de Moraes e Renato Couto Ramposo, com Uso da Banda Larga Satelital para Universalização do Acesso à Banda Larga e como Indutor de Redução das Desigualdades Regionais. A categoria Amazônia - tecnologia e inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) premiou os trabalhos de Jonas da Silva Gomes Júnior, ONGs Transnacionais e os Sentidos de Sustentabilidade Amazônica: Imaginários, Discurso e Poder, e Armando Araújo de Souza Júnior e Ricardo Silveira Martins, Avaliação de Políticas Industriais de Formação de Polos e Zonas Francas sob o Paradigma de Cadeias de Suprimentos.
A quinta categoria, Centro-Oeste - desenvolvimento para a faixa de fronteira; e Nordeste - inovação e sustentabilidade, teve como vencedores Maurício Munhos Ferraz, com o estudo Agroecologia nas Fronteiras, e Caroline Krüger Guimarães e Fábio Henrique Corrêa Bogado Guimarães, com Fronteira Centro-Oeste: Proposta de uma Plataforma Digital de Soluções Compartilhadas para o Desenvolvimento Transfronteiriço. Na sexta categoria, Nordeste, foram premiados os trabalhos Implantação do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf) e dos Serviços Municipais de Apoio à Agricultura Familiar (Semaf) na Bahia, de Wilson José Vasconcelos Dias, e Programa de Estudos e Ações para o Semiárido - Transformando Vidas na Terra de Celso Furtado, de Mônica Tejo Cavalcanti.
A lista completa dos selecionados, inclusive os que receberam menção honrosa, está disponível no site do prêmio.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq com Agência Brasil/EBC
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Qua, 29 Nov 2017 13:05:00 -0200
UFMS seleciona professor visitante estrangeiro
A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) abriu neste mês de novembro um processo seletivo para contratar pesquisadores estrangeiros com o objetivo de fortalecer os programas de pós-graduação e os grupos de pesquisa da instituição.
Serão disponibilizadas 20 vagas para contratação dos pesquisadores visitantes estrangeiros, nas mais diversas áreas do conhecimento, das Ciências Exatas, Sociais e Humanas, que atuarão no ensino e no desenvolvimento de pesquisas vinculadas aos programas de pós-graduação stricto sensu, com recursos orc¿amentários e financeiros da UFMS.
Essa iniciativa foi incentivada a partir da parceira entre a UFMS e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cienti¿fico e Tecnológico (CNPq) firmada por meio do Protocolo de Intenções assinado em outubro deste ano.
A duração do contrato é de 24 meses e pode ser prorrogado por igual período, o Docente irá atuar em regime de dedicação exclusiva com remuneração no valor de R$ 19.440,48.
Para participar, os candidatos deverão enviar toda a documentação necessária em inglês para o e-mail da direção da vaga de seu interesse, e uma cópia para o e-mail visiting@ufms.br, até o dia 10 de fevereiro de 2018.
Mais informações aos candidatos, incluindo o edital e as áreas disponíveis estão em visiting.ufms.br.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq (Com informações da UFMS)
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Seg, 23 Out 2017 13:30:00 -0200
Entidades realizam o Dia C da CIência
Por iniciativa do Colégio de Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação das Instituições Federais de Ensino e do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (FOPROP) o Dia C da Ciência é uma mobilização nacional que envolve as instituições de ensino superior e pesquisa.
O objetivo é realizar, da próxima quarta-feira, 25 de outubro, um dia de atividades em escolas, museus, espaços públicos, espaços institucionais próprios e externos, para mostrar à comunidade a importância das pesquisas e como influenciam o cotidiano de todo cidadão.
Espera-se que essa atividade passe a ser realizada anualmente, sempre no período da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, criando então a cultura do Dia. "Temos a certeza que a conscientização e o apoio da sociedade são decisivos para a sobrevivência do ensino superior gratuito e de qualidade, bem como a manutenção do financiamento público no Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação", aponta a orgnaização do evento.
Conheça toda a programação do evento: http://www.diacdaciencia.org/
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Sex, 20 Out 2017 15:40:00 -0200
CNPq participa de debate sobre integridade acadêmica e plágio
Problemas de integridade acadêmica e plágio são reais e a importância de identificar e prevenir esses casos vai desde a graduação até o doutorado. Esse alerta foi feito pela Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Adriana Maria Tonini.
A Diretora do CNPq, Adriana Tonini, fala no evento sobre integridade acadêmica e plágio
"O papel do orientador é muito importante para a prevenção do plágio, muitas vezes o estresse do estudante o leva ao caso extremo, que é copiar outro trabalho e apresentar como seu", observou a Diretora, que preside a Comissão de Integridade na Atividade Científica (CIAC) do CNPq e apresentou uma palestra na última terça-feira, 17, em um evento organizado pela a empresa de tecnologia educacional Turnitin, que promoveu um encontro de especialistas no assunto de integridade acadêmica.
A CIAC foi criada em 2012 com o objetivo de coordenar ações preventivas e educativas sobre a integridade na pesquisa realizada, criar ações como cursos, eventos e publicações para estimular boas práticas na execução e publicação de pesquisas.
Segundo Adriana, desde a sua criação, a comissão recebeu 52 casos, entre eles, plágio, falsificação de resultados, informação falsa no Currículo Lattes, entre outros casos de má conduta. "É um assunto muito complexo quando se trata de plágio e má conduta, e o objetivo da comissão não é julgar e punir os casos, mas sim, analisar e dar recomendações. Dentre essas recomendações há possibilidade de advertência, suspensão de benefícios entre outros", explicou, apontando que a Comissão atua pela denúncia da comunidade científica e pela constatação interna de casos em seus processos de fomento.
A Diretora informou, ainda, que a Comissão se reunirá no dia 07 de novembro próximo e vai analisar os casos recebidos este ano. A comissão é composta por membros das comunidades científicas representando ás áreas de Engenharias e Tecnológicas, Humanas e Sociais, Exatas e da Terra e das Ciências Biológicas e da Saúde.
No evento da Turnitin, participaram, também, Rita de Cássia Barradas Barata, Diretora de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Sabine Righetti, jornalista responsável pelo Ranking Universitário da Folha, fundadora da consultoria educacional Data14 e pesquisadora doutora associada à Unicamp e Laércio Dona, diretor da Turnitin no Brasil.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
Foto: Marcelo Gondim
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Ter, 22 Ago 2017 08:47:00 -0300
CNPq sedia encontro Finep para Inovação
A Finep oficializou nessa segunda-feira, 21/8, a ampliação de sua atuação no fomento à ciência, tecnologia e inovação no Centro-Oeste, durante o segundo Encontro Finep para Inovação, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. O escritório de representação da financiadora no estado será transformado em uma agência efetivamente operacional, com o objetivo de intensificar a atuação junto a parceiros e potenciais clientes da região. "Estamos implementando um processo estratégico de regionalização. É fundamental a presença física de técnicos da Finep distribuída por todo o País", reforçou o presidente da financiadora, Marcos Cintra.
Segundo ele, com a presença no Centro-Oeste, a Finep pretende auxiliar a região a retomar as ações de pesquisa e desenvolvimento. "Esperamo ter tanto sucesso aqui quanto estamos tendo no Nordeste, onde o escritório de Fortaleza já vem mostrando resultados", disse Cintra, relembrando o primeiro Encontro Finep para Inovação, no início de julho, que marcou o anúncio da chegada da Finep ao Ceará.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, destacou a proximidade da agência com outro braço importante no apoio à pesquisa no Brasil: "Finep e CNPq vão poder trabalhar muito mais integrados e as ações serão potencializadas". Kassab frisou ainda a necessidade de investimento constante em ciência e tecnologia, um dos setores estratégicos para o País. "A crise jamais será superada se não investirmos muito em educação, ciência, tecnologia. Todos os países com a dimensão do Brasil superaram assim as suas crises", concluiu.
O evento contou ainda com apresentação de Fernando Ribeiro, da Finep, sobre mecanismos de apoio da agência, além de palestra de Maria Zaira Turchi, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), sobre inovação e desenvolvimento regional. "A Finep está entendendo a importância da região para o desenvolvimento do Brasil", disse Turchi.
Na ocasião, foi assinado termo de intenções entre Finep e Banco de Brasília (BRB) pelo presidente da Finep, Marcos Cintra, e Vasco Cunha Gonçalves, presidente do BRB. O objetivo é tonar o banco um agente credenciado do Inovacred (programa de descentralização de crédito da agência). Além disso, houve entrega de placas de reconhecimento a empresas inovadoras do Centro-Oeste. As homenageadas foram: ICF (Instituto de Ciências Farmacêuticas); Softex; Carta Goiás Indústria e Comércio de Papel; e Gradual Ópticos.
Participaram do evento Mario Borges Neto, presidente do CNPq; Jorge Audy, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec); Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS); Márcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB); Alfonso Orlandi, secretário-executivo adjunto do MCTIC. Além da diretoria-executiva da Finep, representada por Márcio Girão, diretor de Inovação I; Victor Odorcyk, diretor de Inovação II; Wanderley de Souza, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Ronaldo Camargo, diretor Financeiro e de Controladoria; e Rennys Aguiar, diretor de Gestão Corporativa.
Atendimento
Nesta terça-feira, 22, segundo dia de evento, empresários locais e dos demais estados da região terão a oportunidade de agendar atendimentos individualizados com especialistas da Finep para esclarecer dúvidas sobre funcionamento de linhas e programas, itens financiáveis, condições de financiamento, entre outros pontos. Cada cliente será encaminhado para a linha de financiamento ou para o programa adequados à sua demanda.
Serviço
Entrada gratuita: solicite confirmação de presença para o email ¿ encontrofinep@alvoeventos.com.br
Data: 22 de agosto
Hora: 8h30 às 18h
Local: CNPq
Endereço: St. De Habitações Individuais Sul Ql1 ¿ Conjunto B ¿ Térreo Edifício santos Dumont ¿ Lago Sul
Programação
22/8 (terça-feira)
8h30 ¿ Credenciamento
9h ¿ Abertura
9h30 ¿ Estratégias e instrumentos de apoio à inovação
10h30 ¿ Coffee break
11h ¿ Mesa redonda ¿ Experiências de Apoio Finep por Representantes de Empresas e Instituições Apoiadas
12h30 ¿ Almoço
14h às 16h - Workshop de apoio Finep às ICTs
14h às 16h ¿Workshop com parceiros locais ¿ debate sobre atuação em parceria
14h às 18h ¿ Atendimento individualizado a clientes ¿ Esclarecimento de dúvidas, orientações e encaminhamentosCom informações da Finep
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Qui, 03 Ago 2017 15:56:00 -0300
Ministro se reúne com presidente do CNPq para discutir recursos para bolsas
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o secretário-executivo da pasta, Elton Zacarias, tiveram reunião nesta quarta-feira (2) com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, e o diretor de Gestão da entidade, Carlos Roberto Fortner.Gilberto Kassab ressaltou o diálogo com a equipe econômica pela recomposição do orçamento e a preservação de recursos para pesquisa. CNPq financia cerca de 100 mil bolsistas. Pagamento das bolsas de agosto está garantido.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e o secretário-executivo da pasta, Elton Zacarias, tiveram reunião nesta quarta-feira (2) com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, e o diretor de Gestão da entidade, Carlos Roberto Fortner. No encontro, realizado no gabinete do ministro, foram discutidos os recursos para o pagamento de bolsas de pesquisa no país. Nesta semana, o CNPq manifestou preocupação com o cumprimento de obrigações com cientistas e pesquisadores. E Kassab apontou que a pasta trabalha pela liberação de valores, destacando a importância do financiamento oferecido pelo CNPq.
Segundo Mario Neto, o CNPq financia estudos e pesquisas de cerca de 100 mil bolsistas brasileiros. O pagamento das bolsas de pesquisa referentes ao mês de agosto - a ser feito em setembro - está assegurado.
A preocupação de cientistas e dirigentes do CNPq e de outras entidades se refere aos meses seguintes, em meio ao contingenciamento de gastos do governo federal.
Kassab ressaltou que o MCTIC tem mantido diálogo com a equipe econômica pela recomposição orçamentária e a preservação de recursos para pesquisa científica. Destacou a importância da ciência para o país e reiterou que as bolsas de pesquisa científicas de responsabilidade do CNPq são fundamentais.
"Estamos em diálogo permanente com o governo, com os ministérios econômicos e trabalhamos com a perspectiva de suprir o que é necessário para o CNPq", disse o ministro.
Para o presidente do CNPq, Kassab transmitiu "confiança" à direção da agência. "Manifestamos a preocupação com relação a recursos e bolsas de pesquisa, e o ministro nos tranquilizou quanto à situação, nos deixou confiantes para continuar trabalhando pela normalidade no CNPq", afirmou Mario Neto Borges.
O CNPq vem adotando medidas para aperfeiçoar a gestão orçamentária, com a redução de 30% no valor de locação do imóvel de sua sede em Brasília, além de diminuir despesas com contratos de manutenção predial, entre outras iniciativas. Segundo Borges, o CNPq passou a dividir espaço em Brasília com o escritório da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência também vinculada ao MCTIC, o que amplia a sinergia de projetos das duas entidades.
CNPq
Criado em 1951, o CNPq é uma agência vinculada ao MCTIC que desempenha papel fundamental na formulação e condução das políticas de ciência, tecnologia e inovação. É responsável pelo Edital Universal, lançado pela primeira vez em 2000 para democratizar o fomento à pesquisa científica e tecnológica do país, contemplando todas as áreas do conhecimento.
A atuação do CNPq também foi decisiva para a criação do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), que apoia atividades de pesquisa de alto impacto científico em áreas estratégicas e na fronteira do conhecimento. Além disso, o CNPq possui bolsas para iniciação científica e tecnológica, graduação e pós-graduação.
Fonte: MCTIC
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Sex, 21 Jul 2017 16:39:00 -0300
Diretor do CNPq assume a presidência de entidade internacional
Durante o Congresso Internacional de Biofísica realizado conjuntamente com o Congresso Europeu, em Edimburgo- Escócia (16-20 de julho), o Diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Marcelo Morales, tomou posse como novo Presidente da União Internacional de Biofísica Pura e Aplicada (IUPAB).
A entidade foi fundada em Estocolmo, em 1961, é membro do Conselho Internacional para a Ciência (ICSU) e já foi presidida por renomados cientistas, tal como o Premio Nobel de química, Kurt Wutrich, laureado em 2002. Dentre os afiliados à IUPAB, estão órgãos nacionais de 61 países, sendo a sua função principal promover a pesquisa e ensino em biofísica, além de realizar os Congressos trienais internacionais.Morales é o mais jovem Presidente da entidade e tem como desafio modernizar a comunicação em biofísica, tornando seus conceitos, novas técnicas e novas descobertas acessíveis através de cursos a serem organizados em todo mundo e que deverão estar disponíveis no sítio eletrônico da União com acesso democrático.A integração de pesquisadores que fazem biofísica em todos mundo para melhor avanço do conhecimento também é anseio do novo Presidente. Para ele, as nações mais desenvolvidas tem grande responsabilidade no avanço e promoção da ciência e podem contribuir fortemente para que países menos privilegiados possam aprimorar a suas estruturas educacionais, científicas e tecnológicas e, dessa forma, tornar o mundo mais justos e sustentável.Para Morales, a União Internacional deve ser o principal elo de promoção do avanço do conhecimento permitindo que a ciência (no caso a Biofísica) esteja mais acessível para proporcionar o bem estar da humanidade.O próximo Congresso Mundial de Biofísica, em outubro de 2020, será realizado no Rio de Janeiro e o Brasil será o anfitrião do palco das discussões mais avançadas da área.Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Qua, 21 Jun 2017 17:20:00 -0300
Parcerias para a biodiversidade brasileira
O fomento à pesquisa em biodiversidade é considerado estratégico no planejamento das políticas de ciência, tecnologia e inovação, onde o CNPq tem buscado executar de modo articulado o financiamento, a implementação, o acompanhamento e a avaliação de ações de fomento à pesquisa nessa temática. Instituições de fomento à pesquisa e à formação de recursos humanos que tenham interesse no cofinanciamento de propostas poderão solicitar informação e comunicar sua adesão ao CNPq.Com o objetivo de ampliar a competência técnico-científica e a abrangência temática e geográfica das pesquisas em biodiversidade no Brasil, o CNPq está articulando com parceiros o cofinanciamento de uma chamada pública robusta para o fomento a redes de pesquisa em biodiversidade. "A nova ação visa fortalecer a capacidade nacional de gerar conhecimento em escala e de modo mais convergente e integrado, com maior aporte de recursos para pesquisa, formação de recursos humanos e estruturação de base de dados e de gestão do conhecimento sobre a Biodiversidade Brasileira", salienta o Diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, Marcelo Morales.
Esta iniciativa vai ao encontro dos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica - CDB, incluindo as Metas Nacionais de Biodiversidade para 2020, buscando incentivar pesquisas que subsidiem o alcance dos objetivos estratégicos para o cumprimento das metas nacionais de Aichi, a saber: a) tratar das causas fundamentais da perda da biodiversidade, fazendo com que as preocupações com a biodiversidade permeiem governos e sociedade; b) reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o seu uso sustentável; c) melhorar a situação da biodiversidade protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética; d) aumentar os benefícios advindos do conhecimento da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos; e) promover a implementação das metas por meio de planejamento participativo, gestão de conhecimento e capacitação.
"A ideia leva em conta a posição do Brasil como o país de maior diversidade biológica do mundo, em um contexto de capital natural e de serviços ecossistêmicos essenciais para setores importantes para a economia nacional, tais como agricultura, energia, pesca, silvicultura, extrativismo e saúde. A urgência da continuidade no financiamento de pesquisas na temática considera ainda que embora reconhecida como essencial para o desenvolvimento ambientalmente sustentável e alicerce para o bem estar humano, a biodiversidade vem enfrentando perdas e ameaças em todos os biomas brasileiros, em um contexto mundial de declínio, abrangendo genes, espécies e ecossistemas, especialmente devido às crescentes pressões sobre a biodiversidade, em grande parte como consequência das ações antrópicas, conforme o Quarto Panorama da Biodiversidade Global", diz Morales.
O fomento à pesquisa em biodiversidade é considerado estratégico no planejamento das políticas de ciência, tecnologia e inovação, onde o CNPq tem buscado executar de modo articulado o financiamento, a implementação, o acompanhamento e a avaliação de ações de fomento à pesquisa nessa temática, como o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO), o Programa Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (SISBIOTA Brasil), o Programa Plantas do Brasil: Resgate Histórico e Herbário Virtual para o Conhecimento e Conservação da Flora Brasileira (REFLORA), o Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), a Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (PRÓ-CENTRO-OESTE), a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (BIONORTE), o Programa de Capacitação em Taxonomia (PROTAX), o Programa Arquipélago e Ilhas Oceânicas (Proarquipélago).
Conforme a experiência do Programa SISBIOTA Brasil, por exemplo, o fomento à pesquisa integrada em redes reforça uma mudança de paradigma na forma de se fazer ciência e formar cientistas no Brasil, possibilitando a troca de conhecimentos e experiências entre os pesquisadores e alunos, enriquecendo as possibilidades de interação e de aprendizado, bem como os modos de interação com a sociedade, por exemplo, por meio da integração das ações de educação, divulgação, políticas públicas para o uso, conservação e gestão da biodiversidade, entre outros.
A nova ação de fomento buscará apoiar pesquisas em rede em torno da gestão do conhecimento sobre a biodiversidade; apoio à implantação e manutenção de redes de inventário da biota; padrões e processos relacionados à biodiversidade; impactos sobre a biodiversidade (mudanças de uso e cobertura da terra, mudanças climáticas, poluição, sobreuso, efeitos de estradas, alteração de regime hidrológico, entre outros); relações entre biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-estar humano; bem como produtos e usos da biodiversidade.
"Também é importante a internacionalização de redes de pesquisa brasileiras em biodiversidade em concordância com a legislação e políticas nacionais, promovendo o fortalecimento da cooperação científica e técnica entre países signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica e seguindo os pilares da CDB de conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade. Nesse sentido já conseguimos a importante participação do Fundo Newton para essa chamada e estamos em contato com parceiros de outros países.", comenta Morales.
¿Ressaltamos que a adesão de cofinanciadores nos distintos estados brasileiros será fundamental, tendo em vista a articulação nacional e o fortalecimento da capacidade regional de pesquisa pretendidos, aprimorando a gestão da biodiversidade também no âmbito estadual. Também estamos articulando com a Capes e programas de pós-graduação, tendo em vista fortalecer a formação de recursos humanos em redes interdisciplinares de pesquisa em Biodiversidade¿, ressalta Morales.
Instituições de fomento à pesquisa e à formação de recursos humanos que tenham interesse no cofinanciamento de propostas poderão solicitar informação e comunicar sua adesão à Diretoria de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde, encaminhando mensagem para o endereço dabs@cnpq.br com copia para cgctm@cnpq.br.
O lançamento da Chamada está previsto para julho de 2017.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Seg, 05 Jun 2017 09:56:00 -0300
Em reunião no CNPq, Ministro propõe força-tarefa contra cortes nos fundos de ciência
O Conselho Consultivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) discutiu na última quinta-feira (1º), na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), caminhos para o Brasil superar a falta de recursos e se preparar para tornar sua indústria mais competitiva e inovadora. O ministro Gilberto Kassab informou sobre a expectativa de que o Congresso Nacional aprove ainda em 2017 projetos de lei para impedir, a partir de 2020, o contingenciamento dos fundos nacionais de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
"Nós do ministério temos conversado individualmente com todos os integrantes do Conselho, e existe um consenso de que as dificuldades que vivemos fazem com que esse encontro seja ainda mais importante", avaliou.
O ministro anunciou que deve se reunir com os presidentes das comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal (CCT), Otto Alencar (PSD-BA), e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (CCTCI), Paulo Magalhães (PSD-BA), "para que a gente possa, junto à comunidade científica, fazer uma força-tarefa para votar uma lei que impeça o contingenciamento do FNDCT e do Fust".
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, ressaltou a produtividade dos debates nas seis comissões temáticas do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), que se reuniram pela manhã e relataram propostas ao ministro. "Para nós da comunidade acadêmica e científica, é extremamente importante ver que essas reuniões estão se tornando realmente rotina", disse. "Estou preocupada com o financiamento, mas também com problemas de interlocução em torno da regulamentação do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação [Lei nº 13.243/2016]."
Já a presidente do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti), Francilene Garcia, reforçou a necessidade de solucionar divergências em torno do decreto de regulamentação do Marco Legal, como interpretações de outros ministérios sobre recursos de custeio e capital e o uso do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv) por fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). "Precisamos de um regramento ágil e que não exponha a nossa ciência a uma burocracia infernal", afirmou.
O presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich, enfatizou a importância de a reunião envolver diversos interlocutores do governo, da comunidade científica e do setor empresarial. "O momento é crucial para a ciência e tecnologia do Brasil, porque a situação financeira está extremamente grave. Laboratórios já estão parando. Em alguns estados com situação financeira pior, com FAPs sem recursos, a condição é mais grave ainda. Tudo isso pode comprometer investimentos anteriores. Então, é um desperdício que começa a implicar em êxodo de cérebros, porque, afinal de contas, o cientista luta até certo ponto e, quando não pode mais desenvolver a sua ciência, ele vai embora do país. Preocupo-me, especialmente, com a recomposição do orçamento deste ano e com o orçamento do ano que vem."
Medidas
O secretário-executivo do MCTIC, Elton Zacarias, informou que a pasta enviou três pedidos de concurso público ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), com demanda de 1,4 mil cargos de analista em ciência e tecnologia para institutos de pesquisa, o próprio ministério, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). "Agora, cabe a cada um de seus agentes políticos reforçar e pressionar para que o MPDG realmente libere isso, porque, como a gente tem dito, o nosso quadro de recursos humanos está extremamente reduzido."
Já o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, anunciou a versão final da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), válida até 2022 e aprovada pelo CCT em dezembro de 2016. "Começamos a desenhar planos setoriais em Água e Biomas e Bioeconomia e temos pela frente outros 10 temas prioritários", apontou. "A ideia é que, assim que os documentos fiquem prontos e sejam aprovados pelo ministro, divulguemos a este Conselho, separadamente mesmo, não esperando estarem todos prontos numa mesma data."
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata, comentou as expectativas do ministério e de empresas de ampliar a abrangência da Lei do Bem (11.196/2005), a partir de demanda do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em busca de produtividade e competitividade. "Há um reconhecimento de que esses benefícios, na verdade, não representam uma renúncia fiscal, mas investimentos no futuro. Para que tenhamos uma ideia, o uso do instrumento, na forma como está hoje, representou uma renúncia de R$ 11 bilhões por parte do governo federal, de 2006 a 2014, associada a um investimento de R$ 60 bilhões das empresas. Mais difícil de computar é o aumento de faturamento que veio em decorrência disso, porque elas se tornaram mais competitivas, ampliaram o seu mercado e, assim, geraram aumento na arrecadação em relação ao investimento."
A secretária de Radiodifusão do MCTIC, Vanda Nogueira, detalhou os processos de desligamento do sinal analógico de televisão e migração de rádios AM para FM, enquanto o secretário de Política de Informática, Maximiliano Martinha, atualizou os conselheiros acerca do Plano Nacional de Internet das Coisas e da Estratégia Digital Brasileira. O presidente da Telebras, Antonio Loss, fez um relato sobre o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1), lançado ao espaço em 4 de maio.
Durante o encontro, o ministro ouviu relatos dos coordenadores das comissões temáticas do CCT, por conta dos pesquisadores Luiz Davidovich (Capital Humano), Helena Nader (Pesquisa e Infraestrutura), Fernando Galembeck (Tecnologia e Inovação), Francilene Garcia (Marco Legal), José Roberto Boisson de Marca (Assuntos Cibernéticos) e Adalberto Val (Financiamento, Cooperação Internacional, Acompanhamento e Avaliação).
Coordenaçãço de Comunicação Social do CNPq, com informações do MCTIC
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Qui, 25 Mai 2017 08:58:00 -0300
Seminário no CNPq discute a importância do Biodiesel e Bioquerose para a economia e sustentabilidade brasileira
O Presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, participou, nesta quarta-feira, 24, da abertura do seminário "Biodiesel e Bioquerosene: Sustentabilidade econômica e ambiental", promovido pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), na sede do Conselho, em Brasília.
O evento busca promover o diálogo entre setor produtivo, consumidor e distribuidor, governo, instituições de pesquisa e sociedade.
Na cerimônia, Mario Neto Borges, falou sobre o tema e sua "proximidade com as atividades do CNPq". Para o presidente, "além do aspecto econômico do biodisel e da bioquerosene, ainda existe o aspecto da defesa do meio que estes tipos de combustíveis trazem para o momento atual".
A programação, que se estende até a quinta-feira, 25, inclui três painéis de discussão e lançamento da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação. Estarão presentes nos painéis representantes dos ministérios de Minas e Energia (MME), Meio Ambiente (MMA), Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Relações Exteriores (MRE), Secretaria de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Embrapa Agroenergia, Sindicom e FGV Energia, entre outros.
No seminário, também foi celebrado os 10 anos de trajetória da Ubrabio, representando nacionalmente a cadeia produtiva desses combustíveis renováveis.
Sobre a Ubrabio
Desde 2007, a Ubrabio vem representando nacionalmente toda a cadeia produtiva desses biocombustíveis, com o objetivo de estimular a produção, comercialização, realização de pesquisas e elaboração de projetos e propostas em busca de uma melhor regulação de toda cadeia produtiva.
Coordenação de Comunicação do CNPq
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Seg, 22 Mai 2017 12:06:00 -0300
Carta do Rio de Janeiro sobre Patrimônio Cultural da C&T
Documento elaborado a partir da decisão dos participantes do IV Seminário Internacional Cultura Material e Patrimônio de Cultural de Ciência e Tecnologia, realizado no Museu de Astronomia e Ciências Afins, entre 05 e 08 de dezembro de 2016. A partir de uma minuta elaborada por Bruno Melo de Araújo, Emanuela Sousa Ribeiro e Marcus Granato, o documento passou pela avaliação dos participantes e suas sugestões, após análise, foram incorporadas e resultaram neste documento de orientação sobre o Patrimônio Cultural da Ciência e Tecnologia.
Clique aqui para acessar a carta
Fonte: MAST
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Seg, 08 Mai 2017 16:15:00 -0300
Concea inicia fase piloto de novo sistema de cadastro de instituições que utilizam animais para pesquisas
Operação do Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca), plataforma desenvolvida pelo MCTIC, deve possibilitar mais transparência dos dados relativos ao uso de animais em atividades de ensino e pesquisa no país. "Poderemos conhecer a qualidade das instalações em que esses animais são criados ou mantidos", afirma a coordenadora do Concea, Monica Levy Andersen.O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) definiu nesta sexta-feira (5) a iniciativa de convidar comissões de ética da área para testar a nova versão do Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca), sistema desenvolvido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC). A decisão partiu da 36ª Reunião Ordinária do Concea, que aconteceu em Brasília (DF).
Segundo a coordenadora do Concea, Monica Levy Andersen, o objetivo da ferramenta é traçar um panorama nacional em torno do número e das espécies de animais utilizados em instituições de ensino e pesquisa. O novo sistema sucede a uma primeira versão da plataforma, colocada no ar em 2012.
"A modernização do Ciuca atende a necessidades dos usuários e permite uma maior transparência dos dados", explicou. "Assim, poderemos conhecer a qualidade das instalações em que esses animais são criados ou mantidos."
Ainda neste mês, a fim de testar o sistema, o Concea deve convidar até 30 Comissões de Ética no Uso de Animais (Ceuas), indicadas por membros do colegiado. Condição indispensável para a legalização e o credenciamento de uma instituição junto ao Conselho, as Ceuas são responsáveis por fazer cumprir localmente o disposto na Lei Arouca (11.794/2008) e nas normas estabelecidas pelo Concea. Na opinião de Monica, a fase piloto precisa envolver diferentes grupos biológicos, e não apenas ratos e camundongos, para aperfeiçoar a plataforma diante da real diversidade das atividades no país.
Em sua última reunião como integrante do Concea, a representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na instância, Lucile Winter, recordou que o Ciuca teve origem em um decreto de julho de 2009, mas, em busca de mais transparência, o sistema vinha sendo reconstruído desde 2013. "Saio hoje do Concea muito feliz porque vejo o Ciuca acontecer. Esse trabalho começou há quatro anos", disse.
Desenvolvimento
Para o diretor de Tecnologia da Informação do MCTIC, Bernardo Veiga, o futuro sistema representa "um primeiro passo na transparência ativa das atividades de ensino e pesquisa com animais no país", já que o modelo vigente dificulta o acesso a informações. "É você sair de um ambiente onde não havia forma de se obter dados confiáveis da realidade para, então, alcançar um avanço no sentido de trazer sustentabilidade e humanização a essa área, um anseio presente tanto na comunidade científica como nas sociedades protetoras."
O coordenador-geral de Sistemas do MCTIC, George Hideyuki Kuroki Júnior, informou que o formulário de cadastramento do sistema está praticamente pronto, à espera de contribuições dos usuários e da consolidação de um cronograma de implantação. A previsão é que uma análise das dúvidas e sugestões recebidas seja apresentada aos conselheiros na 36ª Reunião Ordinária do Concea, marcada para 16 a 18 de agosto.
Criado em 2008, o Concea é uma instância colegiada multidisciplinar de caráter normativo, consultivo, deliberativo e recursal. Dentre as suas competências destacam-se o credenciamento das instituições que desenvolvam atividades no setor e a formulação de normas relativas à utilização humanitária de animais com finalidade de ensino e pesquisa científica, bem como o estabelecimento de procedimentos para instalação e funcionamento de centros de criação, de biotérios e de laboratórios de experimentação animal.
Fonte MCTIC
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Sex, 05 Mai 2017 08:30:00 -0300
ABC realiza REUNIÃO MAGNA 2017 nos dias 8, 9 e 10 de maio, no Museu do Amanhã
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) reúne nos dias 8, 9 e 10 de maio, no Museu do Amanhã (Praça Mauá), os principais nomes da ciência do Brasil e do mundo para a Reunião Magna de 2017. Neste ano, a ABC vai apresentar os resultados da iniciativa "Um projeto de ciência para o Brasil", conjunto de propostas que visa ao fortalecimento de setores estratégicos para o desenvolvimento do país. A ação mobilizou cientistas brasileiros de excelência, distribuídos em 14 grupos de estudo de diferentes áreas.
A primeira versão do documento será apresentada no dia 10 de maio, às 14h, em sessão que contará com os coordenadores do projeto: o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) Jerson Lima e o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), José Tundisi. Também estarão presentes o presidente da ABC Luiz Davidovich e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) Jorge Guimarães.
Com entrada gratuita e aberta ao público, mediante inscrição prévia, a Reunião Magna receberá pesquisadores brasileiros e internacionais que vão debater temas atuais, como robótica e inteligência artificial, a vacina contra o HIV, os mistérios por trás das ondas gravitacionais, a descoberta de novos agentes antivirais na luta contra a hepatite b e c, e o uso da ressonância magnética para o estudo das proteínas.
Ao longo dos três dias de evento, o público também poderá participar das tradicionais Sessões Científicas Multidisciplinares. Nelas, membros da ABC e pesquisadores convidados vão discutir questões de grande interesse para a sociedade brasileira, como ¿Amazônia, mar e atividades espaciais¿, ¿Cérebro e envelhecimento¿, ¿Ecossistemas e desenvolvimento econômico¿, ¿Segurança alimentar, recursos hídricos e energia¿, ¿O valor da ciência para o desenvolvimento¿ e a ¿Regulamentação do Código de Ciência e Tecnologia (C&T)¿.
Para participar da Reunião Magna, é preciso fazer a inscrição no link, até o dia 5 de maio (sexta-feira). Será emitido certificado de participação aos presentes. Jornalistas que forem cobrir o evento também devem efetuar inscrição no link, colocando ¿Imprensa¿ e o nome do veículo no campo ¿Instituição¿. Confira abaixo a programação completa.
SESSÕES CIENTÍFICAS MULTIDISCIPLINARES
8/5, 2ª feira
09:00 | FRONTEIRAS DO BRASIL: AMAZÔNIA, MAR E ATIVIDADES ESPACIAIS
Helena Nader, Adalberto Val, Andre João Rypl, José Henrique Meulbert e Segen Farid Estefen14:00 | CÉREBRO, ENVELHECIMENTO E CAPACIDADE COGNITIVA
Patricia Bozza, Jorge Moll Neto, Fabrice Chretien, Sergio Teixeira Ferreira.
9/5, 3ª feira
09:00 | ECOSSISTEMAS E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Carlos Alfredo Joly, Fábio Scarano
14:00 | SEGURANÇA ALIMENTAR, RECURSOS HÍDRICOS E ENERGIA
Elibio Rech, Edson Watanabe, Mauricio Lopes, Paulo Canedo10/5, 4ª feira
09:00 | O VALOR DA CIÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO
João Fernando Oliveira, José Roberto Boisson, Hugo Aguilaniu e Marcos Cintra
14:00 |UM PROJETO DE CIÊNCIA PARA O BRASIL
Jerson Lima, José Tundisi, Jorge Guimarães e Luiz Davidovich
17:20 | SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DO CÓDIGO DE C&T
Francilene Garcia, Ângela Maria Paiva Cruz, Helena Nader e Maria Zaira Turchi
CONFERÊNCIAS MAGNAS
8/5, 2ª feira
11:30 | Humans, Machines, and Work: The Future is Now - Moshe Vardi
O israelense é professor de engenharia computacional da Rice University, em Houston, no Texas, e diretor do Ken Kennedy Institute for Information Technology. Vardi é referência no debate sobre inteligência robótica e engenharia computacional e produziu inúmeros artigos e pesquisas sobre a polêmica questão "Os robôs podem tomar o lugar de humanos um dia?"
16:20 | The HIV Vaccine Problem - Michel Nussenzweig
O brasileiro é líder do laboratório de Imunologia Molecular da Universidade de Rockefeller, nos EUA, e ganhador do Prêmio Robert Koch de 2016. Formado em medicina, mas atuando em pesquisa, estuda mecanismos de defesa do organismo, com amplo conhecimento em células dendríticas e em clonagem de anticorpos contra o HIV.
9/5, 3ª feira
11:30 | Discovery and development of novel antiviral agentes to elimante HCV and HBV infections ¿ Raymond Schinazi
O microbiologista egípcio é diretor do Laboratório de Farmacologia Bioquímica na Emory University, nos EUA, e responsável pela descoberta e desenvolvimento de oito medicamentos retrovirais, incluindo HIV e hepatites B e C.
16:20 | Searching for - and finding! - gravitational waves ¿ Gabriela González
A astrofísica argentina é professora da Universidade do Estado de Louisiana, nos EUA, e líder do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro (LIGO, em inglês) que detectou as ondas gravitacionais expostas na Teoria da Relatividade Geral, de Einstein.
10/5, 4ª feira
11:30 | Nanotechnology might be able to stop cancer from murdering human and animal type species ¿ Mostafa Amr Sayed
O físico-químico egipto-estadunidense recebeu a Medalha Nacional de Ciência dos EUA e é professor da Georgia Tech, nos EUA. Se dedica a pesquisa de física e química de materiais e é conhecido pela regra de El-Sayed usada em espectroscopia. Apontado pela Thomson Reuters como o maior químico da década.
16:20 | Aleitamento materno no século XXI ¿ Cesar Gomes Victora
Potencial indicação ao Nobel na área de Saúde Global, o médico epidemiologista brasileiro é professor emérito da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Suas pesquisas sobre amamentação e nutrição materno-infantil resultaram, em 2017, na obtenção do Prêmio Gairdner na categoria de Saúde Global, o prêmio científico mais importante do Canadá.
Com informações da ABC
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Qua, 26 Abr 2017 15:48:00 -0300
CNPq lamenta do falecimento do pesquisador Carlos Clemente Cerri
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta o falecimento do pesquisador e Professor, Carlos Clemente Cerri, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP (CENA/USP ) desde 1975. O professor era bolsista PQ 1A do Cnpq na área de Agronomia/Ciência do Solo.
Cerri especializou-se na pesquisa sobre a dinâmica da Matéria Orgânica do Solo em ecossistemas naturais e modificados pelas práticas agrícolas, pecuária e de reflorestamento. Quantificou as variações no teor e na qualidade da matéria orgânica do solo (carbono e nitrogênio) e nos fluxos de gases do efeito estufa (CO2, CH4 e N2O) em diversas situações de mudança de manejo agrícola como: preparo convencional do solo para plantio direto na palha ou cultivo mínimo; pastagem e ou agricultura convertida para integração lavoura-pecuária (ILP e ILPF); colheita manual da cana-de açúcar precedida de queima da palhada para colheita mecanizada sem queima da palhada; pastagem degradada para pastagem recuperada por diferentes práticas; agrossistemas com e sem adição de resíduos orgânicos.
Dentre as diversas premiações recebidas, destacam-se a da EMBRAPA Frederico Menezes da Veiga por sua contribuição de real valor ao desenvolvimento agrícola nacional e ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Recebeu, ainda, o prêmio Ernesto Illy Science Prize da TWAS (Itália) e a medalha Fernando Costa da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo.
Carlos Clemente Cerri faleceu no dia 21 de abril de 2017.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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Ter, 18 Abr 2017 18:08:00 -0300
Ex-bolsista do CsF transforma a experiência do Programa em ações concretas
Após um ano de estudos no curso de Engenharia de Negócios (Business Engineering) na Universidade de Ciências Aplicadas de Magdeburg, na Alemanha, e de uma estágio de seis meses em uma empresa alemã chamada "FI Test- und messtechnik", o ex-bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) Vinicius Rennó Campos, se destaca nas áreas de aviação e de drones autônomos.
Durante o período em que permaneceu na empresa alemã foi responsável pelo marketing e vendas de um aparelho desenvolvido em parceria com a Airbus, capaz de reduzir em até 70% o tempo do balanceamento dos controladores de voo das aeronaves. "Com esse aparelho fomos finalistas do prêmio Hugo Junkers de melhor invenção do estado. Representando a empresa, participei também da MRO Aviation Week em Madri, uma das mais importantes feiras relacionadas à aviação do mundo", disse.
Vinicius voltou para o Brasil em 2015 e começou a praticar o conhecimento adquirido tornando-se membro de marketing na empresa júnior da Universidade Federal de Itajubá.(Unifei). Porém foi entrando na equipe Black Bee Drones - primeira equipe acadêmica do Brasil que desenvolve aeronaves não tripuladas (drones) capazes de realizar missões complexas - que aplicou o conhecimento adquirido no intercâmbio. Ele e sua equipe competiram em dois campeonatos mundiais, um na China e outro na Alemanha, onde conquistaram a terceira colocação.
A Black Bee Drones é a primeira equipe acadêmica de drones inteligentes para competição do Brasil. A equipe é composta por alunos de diversos cursos da Universidade Federal de Itajubá - MG, entre eles Engenharia Mecânica, Mecânica Aeronáutica, Elétrica, Eletrônica, Ambiental, de Produção, de Controle e Automação e de Computação e também dos cursos de Administração, Ciência da Computação e Sistemas de Informação.
O Presidente do CNPq, Mario Neto Borges, teve a oportunidade de conhecer o projeto no início de Abril, quando esteve na UNIFEI para proferir a palestra "Ciência, Tecnologia e Inovaçaõ para o Desenvolvimento do Brasil" e ficou impressionado com a qualidade do projeto.
O ex-bolsista elogia a experiência e o conhecimento proporcionados no programa Ciência sem Fronteiras. "Devido à experiência no Ciência sem Fronteiras, me tornei o responsável por fazer o planejamento de marketing, conseguir patrocínios e ajudar na estruturação da equipe". "Nós transformamos a Black Bee Drones, de apenas um ano e meio de existência, na principal referência acadêmica de drones autônomos do Brasil".
"Esse ano iremos competir em Toulouse na França e além disso, estamos organizando em parceria com a SAE Brasil, a primeira competição acadêmica de drones autônomos realizada em solos brasileiros, onde fomos responsáveis por capacitar os professores do ensino médio técnico para serem os coordenadores das equipes", concluiu Rennó.
Em menos de 1 ano de criação a Black Bee surpreendeu a todos com a terceira colocação na IMAV Competition (International Micro Air Vehicle), que ocorreu em Setembro de 2015 em Aachen, na Alemanha. Na ocasião, mesmo com poucos recursos financeiros, eles superaram países consagrados tecnologicamente como França e Holanda. Além da excelente colocação, eles receberam também uma menção honrosa por ser a única equipe formada apenas por graduandos, sendo que as demais eram compostas por Mestrandos e Doutorandos. Na IMAV 2015, os drones deviam combater incêndio, fazer mapeamento de território, reconhecimento de vitima, entregar pacotes, perseguir objetos, entre outras provas, tudo de maneira autônoma, ou seja, sem a necessidade do piloto.
Para o estudante, o estágio em uma empresa de grande porte e a experiência no programa Ciência sem Fronteiras enriqueceu sua experiência profissional e fez a diferença na volta ao Brasil.
CsF
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras promoveu a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. Ao todo, 101.446 bolsas foram concedidas em quatro anos, conforme meta inicial do programa.Coordenação de Comunicação do CNPq
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Ter, 11 Abr 2017 17:16:00 -0300
Falece o professor Josué Mendes Filho, da UFC
Faleceu hoje o pesquisador Josué Mendes Filho, professor emérito do Departamento de Física da Universidade Federal do Ceará. O professor Josué dedicou grande parte da sua vida ao Departamento de Física, tendo por várias vezes coordenado a pós-graduação e sendo, inclusive, o arquiteto da ascensão do curso de pós-graduação ao nível 6 de qualidade da Capes.
O Prof. Josué foi condecorado Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, que premia personalidades nacionais e estrangeiras que se distinguiram por relevantes contribuições à ciência e à tecnologia. Ele era pesquisador nível 1A do CNPq e realizou inúmeras contribuições na Física da Matéria Condensada, especialmente na área da espectroscopia Raman, com amplo reconhecimento da comunidade científica nacional. O prof. Josué publicou 300 artigos, que acumularam mais de 4600 citações, orientou mais de 40 estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado.Coordenação de Comunicação Social do CNPq